#Ele não em Porto Alegre: ontem hoje e sempre
Presenciamos uma manifestação contra o candidato de extrema direita e notamos que esse movimento segue ganhando força.
Dia 29 de setembro, em um sábado quente e abafado, acompanhamos o ato contra o candidato fascista que concorre a presidência do país.
O que testemunhamos foi uma união sem precedentes. Importante destacar o protagonismo das mulheres, que começaram a se articular contra as declarações machistas do candidato.
Mas a partir daí, se uniram à causa pessoas das mais diversas etnias, classes sociais, idades e identidades de gênero.
Durante a caminhada, notamos um clima de paz e harmonia. Não percebemos nem mesmo as pequenas depredações comuns em protestos, como pichar ou virar latas de lixo.
Apesar da seriedade das reivindicações, o ato não tinha um clima violento. Pelo contrário, um trio elétrico e marchinhas davam um toque descontraído e de leveza:
“Olha como Luta essa mulher
Será que ela é?
Será que ela é?
Livre!”
O ato era combativo, mas o fazia com a elegância de quem se permite sentir raiva, porém se recusa a odiar seu oponente.
De tempos em tempos se ouvia ressoar o refrão:
“Ele… Não!”
“Ele… Não!”
…
Agora, depois de um primeiro turno assustador no qual o fascismo quase venceu, percebemos novamente e mais forte que nunca a união contra o candidato e seu discurso de ódio.
Pipocam atos em defesa da democracia no Facebook:
Um deles, marcado para as 18 horas de hoje (10 de outubro), convoca os estudantes a defender a universidade pública e a democracia. Outro, marcado para as 18 horas de amanhã (quinta feira 11 de outubro) defende a união das esquerdas contra o nazifascismo e o autoritarismo.
E esses são só alguns exemplos que aparecem na pesquisa da rede social…
Seja protestando, votando ou tentando reverter o voto daquele tio que pretende votar no candidato, entendemos que este momento é extremamente importante para se unir e apoiar o pouco que resta de democracia no Brasil.
Afinal, o candidato já se declarou contra as leis trabalhistas e inclusive afirmou que irá acabar com o décimo terceiro salário. Também se posiciona contra as cotas nas universidades, contra demarcações de terras indígenas e quilombolas, sem falar nos crimes de ódio e preconceito que propaga sempre que se pronuncia.
Assim, reafirmamos aquilo que cantamos no ato do dia 29 de setembro:
“ELE NÃO! ELE NUNCA!!”
Por Bruno Pedrotti