Fabiana Mendonça
A liberdade tornou-se palavra gasta por mentes aprisionadas.
Arrotam liberdade, mas se alimentam de regras, de limitações.
Escrevem tratados de como ser, agir e pensar.
Não a queremos assim.
A liberdade foi aprisionada, espancada.
O seu conceito foi pervertido.
Hoje, chamam de liberdade a liberdade de consumo!!
Puro absurdo. Estúpido.
Onde estaria a liberdade de comer? De ter saúde? De trabalhar?
Para o povo, a liberdade de olhar. Só olhar. De longe.
Escutar e tocar, não. Nem saber, nem pensar.
Comunicar não é permitido.
Mas não queremos o que é permitido.
Não queremos a liberdade esta que querem nos vender.
Liberdade não se compra!
Não queremos a liberdade com moral.
Queremos a liberdade que não sabe o que é moral.
Queremos a liberdade em que não há leis, há bom senso.
O bom senso que conhece e respeita a liberdade coletiva e a liberdade individual.
Queremos a liberdade de ser livres.
De escolhermos as opções que não são as que a sociedade impõe.
Queremos criar nossas opções, pular os muros, derrubar as cercas, nadar em outras direções, amar de mil formas, ler o que está escrito e, principalmente, o que não está escrito, escrever o que jorrar de nossas canetas, voar com nossas asas-pensamentos.
Queremos a liberdade solta, a brincar com as crianças em corpos de crianças.
E as crianças em corpos de adultos.
Queremos a liberdade esvoaçante a flertar com a vida, a namorar a alma.
Queremos a liberdade de não concordar com as ervas daninhas deste mundo.
A mesma liberdade que permite que elas cresçam.
Não as arrancaremos.
Seremos livres para plantarmos e cultivarmos flores e frutos em todo o seu redor.
Queremos essa liberdade para tudo e todos neste mundo.
Este mundo que sonha, um dia, ser livre.
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Se quem eu defendia não é mais a solução que eu esperava, mudo minha posição. Não quero mais política partidária. Quero a política libertária. Não quero mais eleger representantes. Não quero que corruptos decidam por mim. Eu voto NULO.