Agroflorestas na reconstrução das cidades

Diante da situação de calamidade climática e social que assola o Rio Grande do Sul desde o começo de maio, um movimento de centenas de instituições propõe para a reconstrução do Estado quatro programas na Carta das Agroflorestas e Soluções Baseadas na Natureza. É uma iniciativa de universidades, associações, ONG’s, institutos de pesquisa e iniciativas ecológicas de caráter urbano e rural, que busca sensibilizar os governos para reconstruir o Rio Grande do Sul através dos sistemas agroflorestais e de outras soluções em sintonia com os ambientes naturais. Neste episódio do podcast A Cidade é sua Casa, produzido pelo Coletivo Catarse em parceria com a Rádio Armazém, conversamos com Gabriela Coelho de Souza, que é coordenadora da AsSsAN Círculo e professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS. E também com Vicente Guindani, que é professor e agroflorestor no sítio Florestaria Tarumim, em Gravataí, integrante da Rede Água se Planta de Agricultura Sintrópica e da Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí. Ambos participam da articulação da Carta e nos falam sobre a importância de implementar ações e políticas, neste momento, que torne nossas cidades mais resilientes, ao mesmo tempo ajude a população diretamente atingida pelas enchentes e preserve a natureza para que o impacto de novos eventos climáticos extremos seja menor no futuro. Imagem de destaque da capa por Carta das Agroflorestas.

Under the Shadow – um podcast sobre o verdadeiro Império

Este ano de 2024 marca 200 anos da Doutrina Monroe – a regra que os Estados Unidos criou e reforçou e que segue ativa de ninguém, a não ser este país, “tocar” nas Américas. Aqui segue um trabalho do jornalista independente, Michael Fox, numa parceira que o Coletivo Catarse está realizando, fazendo a edição, desenho de som e checagem de fatos, do podcast Under the Shadow. Um trabalho em idioma estrangeiro, em inglês, mas de grande importância. A quem entende… Ouça! UNDER THE SHADOW – um podcast investigativo, uma série que leva os ouvintes através da história da América Latina, a alguns dos cenários mais devastadores, revolucionários e históricos. Nesta primeira temporada, o jornalista independente Michael Fox vai fundo no passado da América Central, descortinando a história da intervenção estadunidense e suas consequências, na região, nos dias de hoje. Um trabalho originalmente publicado no portal NACLA (North American Congress on Latin America), acesse aqui: https://nacla.org/under-shadow.

Povos em luta fecham a BR 386

No entardecer do último sábado (20/01/24), o trecho próximo ao KM 410 da BR386 (no distrito de Vendinha, entre Montenegro e Triunfo, região metropolitana de Porto Alegre) foi interrompido pelo ato Parada da Légua. Atendendo ao chamado amoroso e solidário da Comunidade Kilombola Morada da Paz – Território de Mãe Preta (COMPAZ), mais de cem pessoas, do Fio de Contas de Mãe Preta CoMPaz, Teia dos Povos/RS e diversos outros Territórios compuseram o ato contra a ampliação da BR. Além dos impactos ao território, a comunidade denuncia a falta de consulta prévia livre informada e de boa fé.

O Grande Tambor 10 anos depois

Marcelo Cougo, no Podcast do Coletivo Catarse, convida seu colega Gustavo Türck, diretor do documentário O Grande Tambor, para apresentar o Projeto O Grande Tambor 10 anos depois. Esta é uma série proposta pelo responsável pela trilha sonora do filme, com 4 episódios contando um pouco dessa história lançada em 2010, que trata sobre uma parte da trajetória do povo negro no Rio Grande dos Sul, tendo o Sopapo, tambor originário das charqueadas na Zona Sul do estado, como personagem principal. E, para além de resgatar essas histórias, a ideia é atualizar o momento dos personagens que fizeram parte do filme, com o Sopapo. Confira abaixo a série de podcasts:

Meu Sopapo – um podcast com Mestre José Batista

O luthier do sopapo, filho da história, de Mestre Baptista e Dona Maria, conta e compartilha com convidadas a sua relação com este grande tambor. Uma hora e meia de felicidade e poesia – e muita história! Com Luciana Custódio (insta:@lucianacustodio e face:https://www.facebook.com/luciana.custodio.16), ativista social, Raquel Moreira, psicopedagoga clínica, assessora Jurídica ocupação Canto de Conexão/Pelotas, ativista do movimento negro, mestre em políticas públicas e direitos humanos, e Sandra Narcizo (insta:@narcizosandra, face:https://www.facebook.com/sandra.narcizo.7/, https://ms2produtora.wordpress.com/), produtora cultural. Esta poesia a seguir foi feita por Marcelo Cougo, captando as próprias expressões de cada uma durante a conversa. Sopapo assentamentocouro do tambor em vidaancestralidade em movimento Batuque no peito no leito da ruaTrovãode longe se ouve o pensamento desse som Eles já nos viram!Muitos mais ouviramdas mestras mãos de Giba GibaO Grande Tambor dos Batistas Alma, pulso, corpo gravea vida do sopapo maravilhao elo de Xangô foram relâmpagoscruzando os céus de Brasília Por onde andam os 40 de Pelotas?Ainda ressoam os tambores CaBoBu?Tanto sal na carnedaqueles que venceram máquinastanto sol no couro daqueles que verteram lágrimassegue sendo sonhoem mãos não mais aflitassopapo de todas as coresO Grande tambor dos Batistas

Dona Maria: Minha História – Parte 2

No Heavy Hour desta semana, nós seguimos com a segunda parte da “Minha História”, projeto contemplado no edital FAC Digital e que conta a safa de Dona Maria Islair Madruga Baptista, a mãe do Sopapo. Entre memórias emotivas e histórias que estavam para serem contadas, esse programa segue no embalo do tambor com a participação de Leandro Anton, do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, da colega de Coletivo Catarse, Têmis Nicolaidis, e, claro, Zé Baptista, herdeiro e luthier criador da linhagem de tambores da Família Baptista.

Paulo Dionísio

Paulo Dionísio, músico, compositor, vocalista da Produto Nacional, que, em mais um Espaço Griô, conta parte de sua história e ajuda a equipe do Heavy Hour na tarefa de jogar luz nos mecanismos de poder da mídia cultural. Com uma trajetória que vem desde os anos 80, Dionísio nos traz o açoite das tranças horrendas contra a Babilônia, que a tudo tenta engolir. Das rodas de cerveja e música à descoberta do Reggae como linguagem universal, a formação da Produto Nacional (maior banda de reggae do Sul do Brasil!), a tomada de consciência, a mescla de estilos, o alerta a oprimidos e opressores, o artista que não se conforma e canta a esperança, a negritude, a sua voz como uma bazuca contra o sistema. Paulo, tal o deus romano da natureza e da alegria, nos embebeda com o vinho de sua música (na verdade foi com cachaça @cana_caipora) e transforma o Heavy em Reggae no Estúdio Monstro, mantendo o peso com suas ideias e melodias.

Dona Maria: Minha história – Parte 1

A Dona Maria deve ter uma peça em papel velho, desbotada pelas marcas do tempo. O Mestre Batista deve ter uma cuíca em metal pesado, desgastada pelos toques do batuque. E os sopapos que estão vindo estão saindo desse ventre de cuíca… Minha História é o Heavy Hour especial Espaço Griô/FAC Digital em que conversamos com Dona Maria, a Mãe do Sopapo. Sua trajetória de vida, memórias afetivas, os encontros de nossa grande família, formada em torno do Tambor de Sopapo, matéria e espírito, legado ancestral, presente de lutas e futuro de permanência e transformação. O grande tambor, que nas charqueadas era tronco no chão, em Rio Grande, barril de toneleiro, nas ruas de Pelotas ressoava nas mãos de negros grandes, é pura memória e metamorfose. Um símbolo da vida de nossa gente, transformou a família de Dona Maria e transforma nossas vidas. Esse é só um primeiro episódio, recheado de músicas do passado, melodias e letras viscerais, contrastando com a fala macia e pausada de nossa Mestra.

Espaço Griô – Marietti Fialho

Uma lutadora romântica e apaixonada pela cultura de Porto Alegre. No Espaço Griô do Heavy Hour nesta semana, a conversa restauradora de ânimos e afetos nos faz viajar nos tempos de Oswaldo Aranha, Porto Reggae, FSM e nos traz, hoje, aquela vontade de dançar e sorrir, enquanto se luta! Nossa viagem, na companhia luxuosa de Marietti Fialho, inicia lá no início dos anos 90, na tradicional Lancheria do Parque, caminha pelas ruas de uma Porto Alegre negra e reggaera, enfrenta o machismo e o preconceito racial, conhece cada canto desse estado, vai pelo mundo e volta pra seguir indo à luta, sem jamais esquecer o romantismo. Marca tradicional na arte feita por esta mulher ícone da música feita na nossa cidade. Esse bate-papo nos trouxe lembranças e conhecimentos antigos, nos deu sede de limonada e etílicos, fez rodar Da Guedes pela primeira vez no programa e mostrou quais os caminhos de reinvenção e resistência essa artista segue trilhando, mesmo em pleno isolamento pandêmico. Os motivos de admiração por essa trajetória são óbvios! Muita gente já sabe, desde os tempos de Ipanema FM. Para você, que não conhece ainda, essa é uma oportunidade de ouvir e curtir a natureza guerreira e amorosa de Marietti Fialho! Para acompanhar a cantora e compositora entre e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/user/MARAVILHAETI Setlist: Marietti Fialho – Eu vou à luta Marietti Fialho – Guria Da Guedes – Fração (Até Quando Esperar) Motivos Óbvios – Quadrilha Richard Serraria e Marcelo Delacroix – Doce amor se fez samba puro Marietti Fialho – Na Moral do Blues Marietti Fialho e Cia Luxuosa – Louco pra te ver Marietti Fialho – Telhados de Paris