Da leitura à produção audiovisual

No dia 11 de junho, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura Ventre Livre esteve no Ponto de Cultura Vale Arvoredo para finalizar o projeto da oficina prática de produção audiovisual “Vamos fazer um filme?”, marcando uma importante parceria entre os dois Pontos de Cultura junto à EMEIEF Tiradentes em Morro Reuter, escola que recebeu o projeto de braços abertos. Abaixo confira a postagem que conta mais sobre essa iniciativa: Depois de elaborar a leitura audiovisual, de criar uma história possível de ser filmada em pouco tempo na escola, partimos para o set de filmagens. Nessa manhã de trabalho, cada um sabia o seu papel e todas crianças estavam focadas em fazer a história acontecer com um olho no storieboard e o outro na cena que acontecia ao vivo. Todas e todos participaram, até a profe e a dire, e só foi possível chegar ao final pelo empenho e concentração total da nossa equipe. Todo esse esforço resultou no filme curta-metragem de ficção “Trio Parada Dura – E o mistério do brilho no mato”. Quase um filme de ficção científica! Para fazer um fechamento à altura do que foi esse mês de oficina, o Vale Arvoredo abriu as Portas para receber as crianças, diretora Márcia Sparremberger e a professora Dani Frank, essenciais na produção dessa jornada audiovisual, quem nos recebeu lá foi o Andreson Freitagm residente do Vale. Inclusive, importante ressaltar a importância de contar com a receptividade da escola Tiradentes nesta empreitada, pois faz toda a diferença quando a escola abraça de verdade a proposta, tudo sai com mais qualidade, e foi o que aconteceu com esse projeto. Antes de assistirmos ao curta-metragem “Trio Parada Dura”, asistimos juntos o curta-metragem “As Aventuras de Pinóquio”, um filme de animação em sombras filmado em 2021 lá no Vale Arvoredo, o diretor da Cia Teatro Lumbra Alexandre Fávero estava presente e falou um pouco sobre a produção. Confira o resultado final da oficina:

Estamos fazendo um filme!

Numa parceria com o Ponto de Cultura Vale Arvoredo, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre desenvolveu, ao longo do mês de abril, Vamos fazer um filme? oficina prática de produção audiovisual para crianças, através de projeto contemplado pela Lei Paulo Gustavo no município de Morro Reuter. Foram 5 encontros até o momento, quando crianças do 1º, 2º, 3º e 4º anos da EMEIEF Tiradentes tiveram a oportunidade de experimentar um pouco de como é a lida da produção de um vídeo mais trabalhado. Juntos, contamos histórias, assistimos filmes, trabalhamos em grupo, fizemos um roteiro e filmamos um pequeno curta-metragem – que está em fase de edição. “Num momento onde o audiovisual é onipresente em nossas vidas, a importância de um projeto como este é o desenvolvimento de um pensamento crítico a respeito do que é consumido como entretenimento ou mesmo como informação. Saber e viver os bastidores de um filme, a exemplo do que foi feito com essas turminhas, é desmistificar as produções, colocando em perspectiva o conteúdo que chega através dos computadores, televisões e, principalmente, celulares. É estimular a reflexão a respeito do que é verdade e do que é puramente ficção. Colocar os pequenos como produtores de um filme é dar voz ativa ao público que diante de uma tela, normalmente é passivo e, isso, é dar ferramentas para que possam decodificar as mensagens, tendo opinião própria sobre o que assistem”.Têmis Nicolaidis – Oficineira No dia 7 de maio, as crianças visitarão o espaço do Ponto de Cultura Vale Arvoredo, proponente deste projeto. Lá, conhecerão mais sobre este espaço cultural, que é uma referência no município, e participarão de uma sessão de cinema com filmes produzidos em Morro Reuter, culminando com a estreia do filme que produziram: Trio Parada Dura – e o mistério do brilho no mato.

Frutos de resistência – Marcha das mulheres indígenas pelas lentes da Retomada Gah Ré

Em abril deste ano, pouco antes do Acampamento Terra Livre, a mulher araucária Gah Té plantou uma semente: “precisamos de oficinas para que a juventude da comunidade possa cobrir a ‘III Marcha das Mulheres Indígenas – Mulheres Biomas em defesa da Biodiversidade”. Setembro chegou trazendo os frutos: a juventude da retomada participou da marcha entre os dias 11 e 13 com a câmera em punho, registrando sua luta do seu próprio ponto de vista.

Oficina de fotografia na Retomada – dia 19 de agosto de 2023.

Dando continuidade à nossa formação em fotografia com jovens da Retomada kaingang Gãh Ré realizada com apoio da Witness Brasil, fui buscar o pessoal no Morro Santana. Lá deixei algumas instruções para Van Fej, que ia viajar com sua vó, Gãh Té, para Nonoai. Essa viagem ia ser a primeira da jovem como “fotógrafa” das atividades da Cacica. A nossa outra oficinanda, Fran, estava apoiando o trabalho de sua mãe com artesanatos. Desse modo fomos eu e Jonas rumo ao Centro, primeiro na Catarse, buscar equipamentos, e depois ao museu Júlio de Castilhos, onde estava tendo a Virada da exposição com coleções fotográficas indígenas no espaço Memória e Resistência. Nesse momento tivemos a companhia do Billy Valdez, fotógrafo do Coletivo Catarse. A visita por todos os cantos no museu rendeu várias fotos legais e pudemos seguir nossa oficina na prática. Depois, voltando para a sede da Catarse, foi o momento de aprender a baixar os arquivos no notebook e voltar pra Retomada, não sem antes deliciarmo-nos com um belo Xis coração de almoço! abaixo, algumas das imagens captadas por Jonas Durante a atividade. Texto: Marcelo CougoFotos da Oficina: Marcelo Cougo e Billy Valdez.

Na Trilha das Andarilhas pelas lentes da Retomada Gah Ré

Seguindo as oficinas de fotografia com a juventude Kaingang da Retomada Gah Ré com apoio da Witness Brasil, a função dessa vez foi no Centro de Porto Alegre. Acompanhar a peças “Na Trilha das Andarilhas”, do Quilombo do Sopapo dirigido pelo bonequeiro Leandro Silva, foi uma experiência muito impactante, tanto esteticamente como pelo discurso forte que ecoou pela Praça do Tambor e arredores. Uma oportunidade para o grupo de oficinandos ver e registrar a arte popular feita nas ruas, pelo povo e para o povo. Os bonecos gigantes da Trupi di Trapo, a música, tudo foi motivo de encantamento e observação cuidadosa pois, afinal, estávamos em “aula”. Uma aula de cidadania. Oportunizar aos jovens essa experiência foi muito legal! Mas também foi muito importante transitar portando máquinas modernas e manter o olhar atento ao que nos cercava. No final fomos toda turma comer uma deliciosa pizza no Mariamaria Espaco Cultural Aguardamos a próxima! Texto: Marcelo CougoFotos: Vanfejj, Jonas e Fran.

Ciclo Audiovisual de Impacto Social, com Vitor Ribeiro, em Porto Alegre

No inicio do mês de agosto recebemos o Vitor Ribeiro, video ativista e articulador da Witness Brasil, para uma sequência de encontros sobre o uso do vídeo como ferramenta de defesa de direitos e territórios. O primeiro encontro foi na noite de 4 de Agosto na sede do Cirandar, ponto de cultura com sede no Centro de Porto Alegre. Além de contar um pouco de sua trajetória no audiovisual, o documentarista, oficineiro multimidia e articulador social também trouxe um pouco da sua vivência na produção do filme a Rota da Canoa, junto da comunidade Caiçara de Piratininga, em Niterói/RJ. Um dos fundadores da Bombozila – maior plataforma brasileira de documentários online -, Vitor também trouxe dados importantes sobre os Streamings independentes. De acordo com o oficineiro, o Brasil é um dos países com mais plataformas independentes, tendo iniciativas voltadas para diferentes públicos batalhando pela diversidade nas telas, como Todes Play, Hands Play, Tela Trans, Amazonia Flix, entre outras. Ao final foi realizada uma exibição de curtas e bate papo. Na manhã do dia seguinte, o oficineiro carioca esteve junto dando sequência à série de oficinas de fotografias que estão sendo ministradas pelo Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre junto à jovens da Retomada Gãh Ré com apoio da Witness Brasil. Nessa ocasião, além de exercícios práticos de vídeo com o celular e exibição de filmes, tivemos a oportunidade de acompanhar nosso parceiro (oficinando do projeto CORAL), Vitor Ramón, compartilhando seu conhecimento com Vân Fejj, jovem kaingang, que está sendo preparada para registrar as atividades da Retomada. Ao final, um churrasco e a ida dos participantes para a I Carijada Kaatártica – importantes momentos de articulação e fortalecimento dos laços. texto e fotos: Marcelo Cougo e Bruno Pedrotti.

Oficina de Discotecagem e Formação de Oficineiros HipHopers – com Piá

No Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, dia 24 de janeiro, 18:30, inicia um curso gratuito e completo, com aulas divididas em teoria e prática, sendo utilizados toca-discos, mixer, microfones, caixas de som, controladoras e tudo o que envolve a prática. Confere aqui como foi a live de lançamento, com Piá dando a letra de como vai ser nossa oficina! E aí?! Quer te inscrever? Acessa este formulário: https://forms.gle/xMy2L711S1nPPUj27 Lembrando que as vagas são limitadas! Onde:Ponto de Cultura e Saúde Ventre LivreRua Fernando Machado, 464, Centro Histórico de Porto Alegre Quando:24/01 – 18:30 às 22:3025/01 – 18:30 às 22:3026/01 – 18:30 às 22:3031/01 – 18:30 às 22:3001/02 – 18:30 às 22:30

Encontro Coral Território Audiovisual

De 14 a 20 de novembro, comunicadores que usam o audiovisual para defesa de território estiveram reunidos em Paraty/RJ. Convocado pela Witness – ONG que defende o direito de filmar – o encontro foi o primeiro a reunir os participantes brasileiros da rede Coral – Coletivos Reunidos da América Latina. Em paralelo e traçando conexões, companheiras e companheiros de outros territórios latinoamericanos se reuniram na Cidade do México. A semana de trabalho foi intensa, com diversas atividades de formação, aprofundamento de capacidades, compartilhamento de saberes e vídeos produzidos nos diferentes territórios. E, de fato, o evento conseguiu reunir representar um pouco da diversidade territórial Brasileira, com participação de grupos do norte do Amazonas, fronteira com a Venezuela, até grupos do Rio Grande do Sul, vizinhos do Uruguai e Argentina. Além das atividades teóricas e práticas, realizadas no Silo Cultural (Ponto de Cultura local de Paraty) foram realizadas saídas em grupo para as praias do Sono e da Trindade, nas quais os grupos acompanharam as atividades de pesca artesanal dos grupos Caiçaras que vivem na região. Ponto culminante de um processo híbrido de formação de formadores em gestação desde 2021, o encontro conseguiu juntar diversos coletivos do país na missão de tecer uma rede independente. Diversas sementes foram plantadas, reforçando a necessidade entre os coletivos de mais encontros e espaços de fortalecimentos dos diversos territórios participantes da articulação. Porém, seguiu o desafio de integrar o grupo de coletivos brasileiros aos companheiros do restante de Abya Yala – tarefa complexa dadas as barreiras linguísticas e culturais, mas imprencisdível para se alcançar uma solidariedade continental que conecte os territórios em luta. Texto: Bruno Pedrotti.Fotos: Paulinho Bettanzos.

Oficina de Tambor de Sopapo com Mestre José Batista – Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre

Oficina virtual parte do projeto do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. Neste encontro, Mestre José Batista fala sobre a construção deste histórico tambor tipicamente gaúcho e a visão que empresta, como Luthier, à produção do Sopapo na atualidade. Acompanhado por sua mãe, Dona Maria, testemunha da história do Tambor de Sopapo no carnaval, sua quase extinção e seu resgate através do projeto Cabobu. Confira abaixo uma compilação de as postagens, em vídeos e textos, relacionadas ao Tambor de Sopapo:

Detalhes sobre os bastidores do filme O Cosmonauta

Este filme pode-se dizer que foi feito quase solitariamente, é claro, perto do que pode vir a ser uma equipe de produção de um filme como este. Assim, com essa equipe muito enxuta surgiu a história do Cosmonauta, que fica em cima de um muro onde de um lado está a ficção e do outro a realidade. Fala sobre esperança, esquecimento, entrega, degradação, transformação. Fala sobre todos nós que enfrentamos a mais de um ano a presença marcante da Pandemia em nossas vidas. Diferentemente do filme A Dominação, feito remotamente, esta produção pode ser feita presencialmente. De maio a junho realizou-se o argumento, roteiro de texto e imagem, gravação das locuções e registros fotográficos, já que o filme utilizou apenas fotos para compor a narrativa. Em julho o filme foi editado e a trilha sonora produzida. Para, enfim, ser lançado em novembro juntente com os dois outros filmes produzidos neste ciclo de oficinas A Dominação V19 e Ocitocina. Confira algumas imagens deste processo e abaixo, assista ao filme: