Ele voltou! E vai para a 2ª Carijada Serrana em São Chico

Após algumas semanas aos cuidados do amigo e médico veterinário Fabio Haussen, que o resgatou das águas da enchente do Rio Taquari – que acometeu sua morada em Triunfo -, o soque de erva-mate do Coletivo Catarse passou por uma “internação” nas mãos do marceneiro Juca Rocha, ali mesmo, no bairro Olaria, e… voltou a funcionar! Depois desse processo de recuperação, deve chegar em São Francisco de Paula um dia antes da carijada marcada para passar por uma limpeza profunda e ajustes finais, quando ficará à disposição para voltar a bater erva novamente. Esta que será a 2ª Carijada Serrana do Caconde, já contando com muita gente inscrita e que vai ocorrer entre os dias 26, 27 e 28 de julho. Um evento que marca também os 20 anos do Coletivo Catarse e os 10 anos do lançamento do documentário Carijo! Para mais informações, clique aqui e leia a matéria original de divulgação da carijada. Confira mais imagens da recuperação do soque, que passou (e vai passar mais um pouco) por troca e limpeza de rolamentos – da estrutura de madeira e do motor (que ficou uma semana embaixo da água e voltou a funcionar!) -, limpeza e refeitura do cocho da erva-mate, afiação das lâminas, mais uma desinfecção e lubrificação geral. *Texto de Gustavo Türck e fotos e vídeo de Bruno Pedrotti e Billy Valdez.

2ª Carijada Serrana acontece em 26, 27 e 28 de julho

Evento que aconteceria em maio já firmou nova data! Serão 3 dias para experienciar um feitio ancestral da erva-mate. Na sexta, sábado e domingo (26, 27 e 28 de julho), na Fazenda das Taipas, localidade de Caconde, São Francisco de Paula, vai ocorrer a segunda edição da chamada Carijada Serrana. Uma realização do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP – https://www.cetap.org.br/site/) e da Câmara Temática Agroflorestas e com o apoio, entre outros, do Coletivo Catarse – no que deve marcar mais uma atividade dos 20 anos do Coletivo e também os 10 anos do lançamento do documentário Carijo, o filme (https://coletivocatarse.com.br/acervo/carijo/). Esta é uma atividade que se repete após dois anos, quando foram produzidos cerca de 50 kg de erva, podando-se árvores nativas e realizando-se todos os processos e etapas da produção em formato de oficina – montagem do carijo, poda/coleta, sapeco, secagem, ronda, moagem e mateada. Veja como foi a primeira edição! Na carijada deste ano, a proposta é complementar a vivência dos processos com uma perspectiva do manejo agroflorestal para a fabricação artesanal de erva-mate neste sistema ancestral que é o carijo. O CETAP é uma organização que atua nesse contexto já há muito tempo, na região dos Campos de Cima da Serra, e está trazendo essa ideia para enriquecer ainda mais uma função que já é recheada de valores históricos e ecológicos por si só. “Acredito que a inclusão dessa questão do manejo agroflorestal, de se conectar essas pontas da parte de campo, dos manejos, das práticas, da poda, das roçadas, adubação e tudo o mais com o processamento em si, na proposta deste ano, traz mais um importante elemento nos arranjos agroflorestais possíveis para podermos replicar na região, aproveitando os princípios regionais dos campos de cima da serra e, claro, para espalhar a outras regiões também. Então, acho que vai ser uma atividade bem interessante, de se movimentar, por exemplo, uma área com um sistema já estabelecido há pelo menos uma década” – pondera o engenheiro agrônomo da equipe técnica do CETAP e também um dos responsáveis pela organização do evendo, Tiago Fedrizzi. Na programação também está prevista a projeção do documentário Carijo, o filme pela equipe do Coletivo Catarse, que estará presente acompanhando e auxiliando na realização de toda a carijada. Um documentário realizado em edital de Patrimônio Cultural Imaterial em convênio com o IPHAN, baseado em estudos e com acompanhamento do biólogo Moisés da Luz, que trata sobre a metodologia de fabricação artesanal de erva-mate no sistema de carijo, suas implicações, relações e desdobramentos deste conhecimento ancestral. A circulação do filme vem permitindo, na última década, a disseminação do conhecimento de uma prática, hoje, tradicional, carregada na própria história do Rio Grande do Sul, que remonta à época da dominação indígena no território. “Impressiona que, na atualidade, com todo esse avanço tecnológico e a circulação de informações, e mesmo com o massivo consumo de chimarrão no estado, não é todo mundo que conhece como se iniciou a história desta que, hoje, é oficialmente a nossa bebida símbolo e que acompanha milhares de pessoas na rotina do dia-a-dia – seja solitariamente, nas rodas de amigos e familiares e até mesmo no trabalho. Como que algo que é uma construção da cultura indígena, intrinsicamente ligada à Natureza, vira uma commodity industrializada? E quase some depois?” – é o que instiga à reflexão Gustavo Türck, diretor do documentário e que estará presente na 2ª Carijada Serrana. O filme está disponível para quem quiser assistir no canal do YouTube do Coletivo Catarse (clique aqui). Importante ainda destacar que as vagas para participação são limitadas, e as inscrições devem ser feitas o quanto antes. O valor estabelecido de R$ 150,00 por pessoa garante alimentação nos 3 dias e área para acampamento com estrutura de banheiro e energia elétrica. Abaixo segue a programação: DIA 1 – SEXTA-FEIRA – 26/07– final do dia (a partir das 17h), chegada dos participantes e sessão de cinema com exibição do documentário Carijo, o filme (20h) DIA 2 – SÁBADO – 27/07– visita ao SAF com manejo do erval em área de regeneração natural, com Professor Ricardo Mello (UERGS)– montagem da estrutura do carijo– colheita e sapeco da erva-mate– início da secagem e celebração da ronda no carijo DIA 3 – DOMINGO – 28/07– cancheamento e soque da erva-mate– mateada e divisão da erva-mate de carijo As inscrições devem ser feitas em contato com Tiago Fedrizzi pelo telefone 51-99105.4541.

Recuperar o soque para simbolizar a superação

As enchentes no RS atingiram não só diretamente as vidas de pessoas e animais, mas também os objetos, os projetos, as atividades, planos… os diversos futuros. Em Triunfo, há cerca de 500m de distância da margem do Rio Taquari, a residência de um parceiro do Coletivo Catarse foi atingida completamente. Uma área no tranquilo bairro Olaria, fora do centro urbano, mas bem habitada, no estilo vila bucólica. A casa e a estrutura de trabalho da família, um tipo de gleba, com pequena agrofloresta, cheia de frutíferas e outros manejos, ficaram completamente sob as ferozes águas das cheias, que chegaram escoadas em um rio já quase sem mata ciliar em suas margens – uma das razões diretas do absurdo que se viveu na região. O médico veterinário Fabio Haussen e sua companheira, a psicóloga Andreia Vasques (insta: @psico.andreiavasques), agora se dividem na recuperação de suas estruturas e no auxílio à comunidade e ao município – já que fazem parte de uma frente de solidariedade que não vai parar ainda por um bom tempo. A ligação desta família com o Coletivo Catarse vem de algum tempo já. Por certa proximidade e por ter um gosto ligado à cultura do gaúcho, Fabio já participou de duas carijadas realizadas pelo Coletivo – seu sítio, no interior do município, mantém um erval, ao qual teve duas podas cedidas aos eventos, uma em 2016 e outra ano passado, em 2023. Aqui neste link é possível observar todo o processo da produção artesanal de erva-mate que se fez, demonstrado em texo, fotos e vídeo, com as imagens da colheita à pilagem. A pilagem… Foram moídos ali, então, cerca de 25kg de erva, num soque adquirido pelo Coletivo Catarse durante o projeto Roda Carijo em 2015, que acompanhou diversas carijadas ao longo dos anos, apoiando amigos e parceiros ou batucando em eventos próprios, produzidos pelo próprio Coletivo. Numa nova fase de realizações destes eventos, pós um período inerte de pandemia, esta ferramenta pesada já havia circulado alguns bons quilômetros – e se planejava, num futuro bem recente, fazê-lo andar ainda mais. Então, nesta parceria com a família de Fabio, após a I Carjada Kaatártica em Triunfo, decidiu-se por armazenar o soque na casa às margens do Rio Taquari – sob a espectativa da realização, num próximo período, de pelo menos mais duas carijadas. Infelizmente, como mais uma vítima das enchentes – mas jamais igualada em sofrimento com quaisquer das vidas atingidas por tamanho desastre -, o soque ficou completamente embaixo d’água. Agora, Dr. Fabio e o Coletivo Catarse vão, juntos, tentar recuperar esta ferramenta simbólica, fazê-la bater erva novamente e já planejar um novo encontro de carijada para representar uma superação necessária. Amigos e parceiros que não se entregarão ao infortúnio, mas de jeito nenhum! Reportagem: Bruno Pedrotti e Gustavo Türck (texto)Fotos: Billy Valdez Confira uma pequena galeria:

– ADIADO! – 2ª Carijada Serrana! Para vivenciar o feitio de um mate ancestral

Em virtude das questões climáticas que nos assolam, a carijada que ocorreria em São Francisco de Paula, em 17, 18 e 19 de maio, está adiada. Assim que tivermos condições e novas datas marcadas, divulgaremos. Fique atento! ———————————————– – ADIADO! – Nos dias 17, 18 e 19 de maio, na Fazenda das Taipas, localidade de Caconde, São Francisco de Paula, vai ocorrer a segunda edição da chamada Carijada Serrana. Uma realização do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP – https://www.cetap.org.br/site/) e da Câmara Temática Agroflorestas e com o apoio, entre outros, do Coletivo Catarse – no que deve marcar mais uma atividade dos 20 anos do Coletivo e também os 10 anos do lançamento do documentário Carijo, o filme (https://coletivocatarse.com.br/acervo/carijo/). Esta é uma atividade que se repete após dois anos, quando foram produzidos cerca de 50 kg de erva, podando-se árvores nativas e realizando-se todos os processos e etapas da produção em formato de oficina – montagem do carijo, poda/coleta, sapeco, secagem, ronda, moagem e mateada. Veja como foi a primeira edição! Na carijada deste ano, a proposta é complementar a vivência dos processos com uma perspectiva do manejo agroflorestal para a fabricação artesanal de erva-mate neste sistema ancestral que é o carijo. O CETAP é uma organização que atua nesse contexto já há muito tempo, na região dos Campos de Cima da Serra, e está trazendo essa ideia para enriquecer ainda mais uma função que já é recheada de valores históricos e ecológicos por si só. “Acredito que a inclusão dessa questão do manejo agroflorestal, de se conectar essas pontas da parte de campo, dos manejos, das práticas, da poda, das roçadas, adubação e tudo o mais com o processamento em si, na proposta deste ano, traz mais um importante elemento nos arranjos agroflorestais possíveis para podermos replicar na região, aproveitando os princípios regionais dos campos de cima da serra e, claro, para espalhar a outras regiões também. Então, acho que vai ser uma atividade bem interessante, de se movimentar, por exemplo, uma área com um sistema já estabelecido há pelo menos uma década” – pondera o engenheiro agrônomo da equipe técnica do CETAP e também um dos responsáveis pela organização do evendo, Tiago Fedrizzi. Na programação também está prevista a projeção do documentário Carijo, o filme pela equipe do Coletivo Catarse, que estará presente acompanhando e auxiliando na realização de toda a carijada. Um documentário realizado em edital de Patrimônio Cultural Imaterial em convênio com o IPHAN, baseado em estudos e com acompanhamento do biólogo Moisés da Luz, que trata sobre a metodologia de fabricação artesanal de erva-mate no sistema de carijo, suas implicações, relações e desdobramentos deste conhecimento ancestral. A circulação do filme vem permitindo, na última década, a disseminação do conhecimento de uma prática, hoje, tradicional, carregada na própria história do Rio Grande do Sul, que remonta à época da dominação indígena no território. “Impressiona que, na atualidade, com todo esse avanço tecnológico e a circulação de informações, e mesmo com o massivo consumo de chimarrão no estado, não é todo mundo que conhece como se iniciou a história desta que, hoje, é oficialmente a nossa bebida símbolo e que acompanha milhares de pessoas na rotina do dia-a-dia – seja solitariamente, nas rodas de amigos e familiares e até mesmo no trabalho. Como que algo que é uma construção da cultura indígena, intrinsicamente ligada à Natureza, vira uma commodity industrializada? E quase some depois?” – é o que instiga à reflexão Gustavo Türck, diretor do documentário e que estará presente na 2ª Carijada Serrana. O filme está disponível para quem quiser assistir no canal do YouTube do Coletivo Catarse (clique aqui). Importante ainda destacar que as vagas para participação são limitadas, e as inscrições devem ser feitas até o dia 10 de maio. O valor estabelecido de R$ 150,00 por pessoa garante alimentação nos 3 dias e área para acampamento com estrutura de banheiro e energia elétrica. Abaixo segue a programação: DIA 1 – SEXTA-FEIRA – 17/05– final do dia (a partir das 17h), chegada dos participantes e sessão de cinema com exibição do documentário Carijo, o filme (20h) DIA 2 – SÁBADO – 18/05– visita ao SAF com manejo do erval em área de regeneração natural, com Professor Ricardo Mello (UERGS)– montagem da estrutura do carijo– colheita e sapeco da erva-mate– início da secagem e celebração da ronda no carijo DIA 3 – DOMINGO – 19/05– cancheamento e soque da erva-mate– mateada e divisão da erva-mate de carijo As inscrições devem ser feitas em contato com Tiago Fedrizzi pelo telefone 51-99105.4541.

Carijada na Ecovila Karaguatá

Uma vez mais a chama carijeira iluminou a noite do Rio Grande do Sul, aquecendo corações e reafirmando coletivamente o fazer ancestral. No último fim de semana, 18 e 19/11, reunidos na Ecovila Karaguatá, Santa Cruz do Sul/RS, cerca de dez pessoas prepararam artesanalmente 13 kilos de uma erva mate deliciosa.

I Carijada Kaatártica – uma atividade para revisitar e vivenciar práticas de ancestralidade

O que se passou ali?Nesses restos de uma história passada.Cada elemento do fim conta um pouco do começo. Neste mês de agosto, de 2023, mais precisamente entre os dias 3 e 6, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre revisitou origens da cultura originária do Rio Grande do Sul realizando a I Carijada Kaatártica. Localizada no município de Triunfo, no sítio dos Nicolaidis Cardoso, na região conhecida como Vendinha, a função reuniu a coletividade e mais alguns amigos numa produção artesanal de cerca de 25 kg de erva-mate. Iniciamos numa jornada para buscar o soque em Rolante, levamos a Triunfo e partimos a organizar o acampamento, as estruturas e o carijo – quarta, quinta e sexta-feira (2, 3 e 4 de agosto). Um adendo, na sexta-feira ainda teve coleta de mudas de Palmeira Juçara, semeadas pelos integrantes do Coletivo Catarse há mais de 6 anos, quando da realização de um Planejamento Estratégico no sítio. Esta, também, uma cultura de resistência, de luta ambiental e de sustentabilidade no domínio da Mata Atlântica – assista ao O Ser Juçara e entenda! ( ep1, ep2, ep3). No sábado, um grupo seguiu para o Sítio “Segredos da Terra”, no Corredor dos Garcias, interior do município de Triunfo, de propriedade do médico veterinário e grande parceiro Fabio Haussen Pereira Junior, para fazer a colheita da erva-mate. No local, já planejando uma poda que mantivesse alguns pés para uma segunda carijada – no local, em início de outubro! -, realizou-se um pequeno manejo, com liberação de espaço para facilitar o rebrote dos pés de erva cortados. Cortou-se o suficiente para encher um carijo de 1,70m x 1,70m e de 1,10m de altura. A chegada da erva no Sítio dos Nicolaidis Cardoso coincidiu com a chegada de um grupo de pessoas que veio diretamente da “Oficina de Vídeo para Defesa de Territórios com o Celular”. A ação, envolvendo os indígenas da Retomada Gah Ré, no Morro Santana em Porto Alegre, ministrada por Vitor Ribeiro, de Niterói-RJ, da ONG Witness e Plataforma Bombozila, foi realizada em continuidade ao projeto Coral, articulação latinoamericana de fortalecimento do vídeo como ferramenta de defesa de direitos socioambientais. De lá, chegaram representantes da etnia Kaingang e Guarani, além do próprio Vitor e demais colegas de Coletivo. “Eu tinha pouquíssima – pra não dizer nenhuma – informação sobre o carijo e a erva-mate como um todo. Quando participei da Carijada, tive a chance de estar junto e aprender sobre o processo, com gente comprometida com sua preservação. A dedicação das pessoas envolvidas e a forma como a brasa era mantida me deixaram muito impactado. Todas as etapas do processo, a convivência em torno do fogo, a cantoria, poder beber o mate recém-nascido no carijo, foi muito impactante pra mim. Senti muita confiança na postura do Coletivo Catarse em trabalhar junto com os povos indígenas para resgatar essa cultura ancestral. Como um carioca que não tem hábito de tomar o mate, acabei voltando com a erva para casa e apresentando paras pessoas na minha comunidade. E fez muito sucesso: equanto sorviamos, eu lhes mostrava os vídeos do fogo, do carijo, do soque, e lhes contava como as pessoas se organizaram coletivamente em torno dessa feitura. Algumas pessoas compararam o trabalho coletivo do mate ao que fazemos na pescaria artesanal de canoa aqui da região, quando nos mobilizamos para pegar, limpar e cozinhar o pescado. Dessa forma acredito que pude compartilhar com minha comunidade esse aprendizado e esse respeito pelo conhecimento ancestral da Natureza.” – relatou Vitor. Com a coletividade completa, se deu início aos processos de encarijamento, partindo-se ao sapeco – primeiro contato da erva-mate com o fogo, quando se passam as folhas rapidamente pelas labaredas altas para gerar um “estralar” alto, demonstrando que as membranas da folha se romperam -, depois a quebra e montagem dos ramos, para, em fim, colocar e preencher o estrado do carijo com a erva-mate. Com o braseiro do sapeco, inicia-se o fogo, mantendo-se o controle de um fogo baixo e uniforme por pelo menos 12h – neste caso, pela umidade da noite, 14h. É a fase da secagem, lenta e gradual, uma noite longa, acompanhada pelos carijeiros que fazem a ronda, trocando causos e conversas ao pé do fogo sem descuidar jamais. O amanhecer, o avanço do Sol chegou, a erva secou, saiu do carijo e foi ao cancheador, para a primeira quebra – não sem antes, ainda bem cedinho, sair o primeiro matezido, bueno, colhido pelas mãos defumadas e batido na mão de pilão, para, então, ir à cuia, que vai fazer sorver o melhor amargo para aquele momento. A fase final é a música do soque mecânico batendo, um samba, cadombe, tambor sequenciado, afinando a erva cancheada e preparando a distribuição da erva a todos, cheia de conhecimento e história, mas não só mais aquela ancestral, mas, agora, também com a de todos que trabalharam. Participaram desta carijada:Têmis, Gustavo, Mainô, Marcelo, Bruno, Billy, Sheiná, Kaariuk, Liane, Ruwer, Najla, Alexandre, Cris Cubas, Vini, Vitor, Lorena, Van Fejj, Kanindé, Vherá Xunú, Eraldo, Estela, Rita, Navarro, Dr. Fábio e família. Depoimento de Alexandre Fávero, artista, sombrista há mais de 20 anos: Texto: Gustavo TurckFotos: Billy Valdez, Bruno Pedrotti, Têmis Nicolaidis.