Segue o Baile!

Em um fim de semana cheio de música e alegria na Comuna do Arvoredo (@comuna_do_arvoredo), Espaço Cultural Maria Maria (@mariamariaespacocultural), com as bênção de Fughetti Luz e El Comandante, seguimos nossas parcerias de trabalho e afetos, com Catarse e Ventre Livre e bailador! Sexta teve o lançamento do single Prosseguir, do cantautor Carlos Hahn, que junto de uma banda formada pelo baixista e cantor João Pedro, o tecladista Lucas Caiã e do percussionista Rolando Borges, levantou poeira no galpão roqueiro que se formou nas Marias. Muitos sons do velho patriarca do do rock gaúcho, Fughetti Luz, clássicos de Bob Dylan, Beatles, Raul e algumas autorais deram o tom de uma verdadeira celebração musical e de afetos. Foi a segunda vez de Carlos na Comuna e esperamos que venham muitas outras! No sábado, o baile prosseguiu com o Direito ao Delírio, grupo rico em percussões e harmonias, levando as batidas da música latina para uma novamente cheia garajona. La guitarra americana peleando aprendió a cantar, diz o coletivo de música latinoamericana, como se intitulam os delirantes, garantiu o direito de toda gente ao cantar, ao sonhar, as melodias e letras ricas em significado para além das questões puramente estéticas. Foi a primeira, que venham muitas outras! As fotos são da Dani Tolfo que, junto à sua irmã Márcia Tolfo, tocam de quinta à sábado esse espaço que está se constituindo em importante bastão da cultura no Centro Histórico de Porto Alegre.

No Centro da cidade, um Sarau das matas.

No sábado, dia 22 de junho, aconteceu o Primeiro Sarau das Agroflorestas, no Espaço Cultural Maria Maria. Esse encontro de música e poesia proporcionou a interação presencial de diversas pessoas que ajudaram a construir a Carta das Agroflorestas, um documento que reuniu inicialmente 405 assinaturas e apresenta propostas para reconstrução do Estado por meio dos sistemas agroflorestais.

A Cidade é sua Casa debate os espaços públicos de Santa Maria

Não há cidade boa pra se viver sem praças, parques e árvores. Sem praças e parques cuidados. Sem árvores nas ruas. Isso é quase uma condição para a saúde física e mental das pessoas. Parece fundamental, inclusive, para a própria sobrevivência das cidades. Ainda mais agora, que já estamos sob o efeito das mudanças climáticas. Se ano passado foi o mais quente de todos os tempos, este ano promete ser mais ainda. E ano que vem será pior, adverte a ciência. Quem chega em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, avista a cidade rodeada por lindos morros verdes de mata atlântica, mas esta natureza normalmente se mantém fora do núcleo urbano, onde a vida acontece no cotidiano. Pelo menos, está pouco presente nos espaços públicos ao ar livre. São raras as praças e, frequentemente, estão sem manutenção ou degradadas. No dia 05 de março passado foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal uma comissão especial para fiscalizar as praças, tamanho o descontentamento da população que vê precarizadas as escassas áreas de lazer públicas. Para agravar, não há um plano de arborização urbana na cidade. No mesmo dia em que se instaurou a comissão especial para acompanhar o abandono das praças, foi ao ar na Rádio Armazém a primeira edição do podcast A Cidade é sua Casa, que propõe pesquisar, refletir e debater sobre a oferta e qualidade dos espaços públicos ao ar livre em Santa Maria. Já lançamos quatro episódios. Para o professor de arquitetura e urbanismo da UFN, Francisco Queruz, além da “falta de espaços públicos, os que existem são muito limitados”. O professor, que foi entrevistado no segundo episódio, indica que parte das pessoas encontram, de certa forma, uma saída nos clubes privados, mas que essa não é uma opção para a maioria da população, que não pode pagar para ter esse acesso. Ele também critica a arborização no município, lembrando os temporais do verão que passou: “A gente não pode usar o fato de que teve um temporal, isso gerou problema na fiação elétrica e as pessoas ficaram sem luz, pra dizer que a cidade não pode ter árvore. Não pode ser essa a conta porque nos outros 360 dias do ano a árvore nos dá sombra, nos dá melhor qualidade de vida. E não é aceitável, com a quantidade de passeio público que temos em Santa Maria, que na verdade não se tenha arborização em via pública”. Deputado estadual apresenta projeto de lei para instituir cota mínima de área verde por habitante nas cidades gaúchas O deputado estadual Matheus Gomes (PSOL) protocolou em 21 de março, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que propõe alterar o Código Estadual do Meio Ambiente para estimular a preservação ambiental e a criar novas áreas verdes urbanas. O deputado, desde o ano passado tem proposto também que o Rio Grande do Sul declare estado de emergência climática, reconhecendo a extrema gravidade da ameaça representada pelo aquecimento global. Caso instituída a declaração, envolveria a adoção de medidas para conseguir reduzir as emissões de carbono a zero num prazo determinado e exercer pressão política aos governos para que tomem consciência sobre a situação de crise ambiental.  Receitando natureza O contato regular com a natureza em ambientes urbanos é tão importante para que a população se mantenha saudável, que a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou em 2019 o Manual de Orientação Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes, que visa orientar e inspirar famílias, pediatras e educadores a respeito da importância do convívio de crianças e adolescentes em meio à natureza para a saúde e bem-estar. Há bastante tempo já se sabe que a infância cada vez mais fechada entre quatro paredes acaba levando ao sedentarismo e ao sobrepeso. Mas agora, surgem também ligações com prejuízos à saúde como hiperatividade, baixa motricidade, déficit de atenção e até miopia. “As crianças precisam de sol na pele, para produzir vitamina D, de espaço para correr e brincar livremente, para desenvolver sua motricidade. Há estudos associando a falta de brincar com o aumento da prevalência de estresse tóxico e de transtornos comportamentais, como o de déficit de atenção, a hiperatividade (TDAH) e a depressão. O contato com a natureza também propicia um relaxamento e a possibilidade de desenvolver curiosidade, criatividade, autonomia. Locais amplos exercitam os olhos a enxergar longe e perto, algo que não ocorre quando se está muitas horas somente em frente a telas e espaços fechados”, relata a pediatra Evelyn Eisenstein, que ajudou a elaborar o manual. “As crianças têm muito pouco contato com a natureza nos espaços urbanos, por questões de segurança, degradação… Muitas áreas periféricas sequer têm espaços recreativos naturais. Quanto mais tempo a criança passar ao ar livre, melhor”, relata o pediatra Daniel Becker, outro dos autores da publicação. O médico explica que os benefícios são incontáveis: “A natureza convida para a atividade física saudável, enquanto espaços fechados convidam para o sedentarismo. A criança ama a natureza quando exposta a ela. Se encanta e parte para correr, brincar, pular, explorar, descobrir. Isso é maravilhoso.” Além disso, segundo Daniel, esse contato é capaz de reduzir problemas de sono, alergias, infecções, melhora a memória e o desempenho escolar. O emparedamento nas cidades O cotidiano e as rotinas na cidade de trabalhos exigentes, trânsito, exposição a ambientes competitivos, desigualdades sociais, poluição sonora ou do ar, entre outros fatores da cultura ocidental moderna, acabam por gerar um ambiente propício ao desenvolvimento de depressão e outras psicopatologias. E embora essas situações possam ser mais gritantes nas metrópoles, também acontecem em cidades médias, como Santa Maria, quinta cidade mais populosa do Rio Grande do Sul. As cidades passam por um processo de “emparedamento”, que vem do perfil das moradias. O número de apartamentos no Brasil cresceu 321% de 1984 a 2019, segundo uma pesquisa do Grupo ZAP. Em um mundo cada vez mais urbanizado, o desafio de reconectar sociedade e natureza se torna uma demanda urgente. No Brasil, o percentual da população que vivia em áreas urbanas em 1960 era …

“É noite. Paira no ar uma etérea magia…”

Gilka Machado (1893-1980), foi a maior representante feminina do simbolismo no Brasil. Poeta carioca, nascida numa família de artistas, lançou seu primeiro livro em 1915, causando alvoroço na crítica desde já.  Tinha a admiração de grandes escritores como Jorge Amado, Olavo Bilac e Carlos Drummond Andrade e venceu o concurso de melhor poetisa do Brasil, em 1933, concorrendo com nomes como Cecília Meireles. No entanto foi duramente criticada por muitos setores da sociedade pelo teor sensual de seus versos e desvalorizada por sua condição social. Gilka foi uma precursora – ou “a antecessora”, na palavras de Carlos Drummond Andrade – usando de um erotismo espiritualizado para falar de desejos, anseios e aspirações da mulher, tirando-a da condição de objeto do homem e apresentando-a protagonista de si mesma. O projeto Língua Lâmina teve início em 2019, quando três artistas independentes (Alexandre Malta, Lorena Sánchez e Thali Bartikoski) idealizaram a elaboração de um sarau a partir da literatura erótica feminina no Brasil. A proposta inicial era apresentar um compilado de diversas autoras, de variadas épocas. Ao direcionar-se o trabalho de pesquisa para a busca das mulheres pioneiras na poesia erótica no país, se chegou na vida e obra da poeta Gilka Machado. Foi idealizado, assim, o sarau sensorial “A Língua Lâmina de Gilka Machado”, onde as palavras do universo gilkiano jogam frequentemente com os cinco sentidos, proporcionando experiências sensoriais ao público, apresentando assim mais concretamente sua poesia essencialmente simbolista.  O sarau chegou a estrear no início de 2020 no espaço do Guernica Bar, mas infelizmente teve as atividades suspensas por conta do isolamento social provocado pela pandemia do Covid19. Durante o período de isolamento, o grupo continuou pesquisando e desenvolveu ações de forma virtual, com videopoesias realizadas de forma caseira pelos três artistas e entrevistas a outras estudiosas da escritora Gilka Machado. O sarau retomou as apresentações presenciais no fim de 2022 com o elenco inicial, se apresentando em palcos alternativos e de forma independente.  Em meio às pesquisas e discussões, realizadas durante e posteriormente ao período de isolamento, foi desenvolvida uma nova concepção em relação ao produto final do projeto. Na pesquisa histórica, identificou-se um grande número de escritoras latino-americanas, contemporâneas de Gilka Machado, todas mulheres pioneiras em seus países com uma escrita ousada e libertária – outras línguas-lâminas que podiam ser somadas. E no desejo dos artistas suscitou a necessidade de transpor o sarau para a condição de espetáculo.  Optou-se pela criação de um monólogo e a formação de uma equipe técnica incorporada à atriz em cena, utilizando de recursos como o audiovisual, a dança, a iluminação e a trilha sonora cuidadosamente pesquisada. Língua Lâmina então toma a forma de um projeto cuja proposta cênica se desenvolve a partir da intersecção de diferentes áreas artísticas, que convergem para a apresentação de elementos da obra de Gilka Machado e da condição feminina na sociedade, como ser autônomo e criador.  As profissionais envolvidas no projeto, sejam artistas ou técnicas, são imersas no universo gilkiano, produzindo harmonicamente elementos em suas especialidades individuais que convergem coletivamente em direção a uma representação da poética para além da palavra. Todo esse processo, somado a atuação e provocações da atriz em cena, devem proporcionar  sensações e estímulos no público O formato em monólogo teve a sua estreia em março de 2023, no evento Elas por Elas, do espaço cultural Cuidado que Mancha.  Língua Lâmina  participou em junho de 2023, no XXX FESTIVALE – FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DO VALE DO PARANHANA, em Rolante/RS, recebendo os prêmios de Melhor Atriz e Melhor Texto Original e as indicações de melhor espetáculo, direção, figurino, cenografia e trilha sonora. Fez, também, apresentação no Salão Mourisco na Biblioteca Pública do Estado. O Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre apoia Culturalmente o Língua Lâmina e tem, na equipe, duas coperadas Lorena Sánchez (atuação e produção) e Têmis Nicolaidis (videoprojeções), que assinam, também, a direção coletiva do espetáculo nessa nova fase.

Bolha Luminosa do Cia Teatro Lumbra no 30º Porto Alegre em CENA.

No dia 19 de setembro de 2023 a Cia Teatro Lumbra apresentou “O marujo e a tempestade” dentro de sua Bolha Luminosa no 30º Porto Alegre em CENA, no Centro Municipal de Cultura Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues, dentro da Sala Álvaro Moreyra.

Projeto na qual eles realizam a apresentação dentro de uma bolha gigante inflada de ar e ao término da apresentação a Cia Teatro Lumbra convidam o público presente a entrar dentro da bolha e conhecer como a “mágica” do espetáculo acontece, gerando uma nova experiência para o público que se diverte ao ter oportunidade de manipular as figuras.

Cia Lumbra atualmente é composta por: Alexandre Fávero, Têmis Nicolaids e Fabiana Bigarella.
Instagram: @clubedasombra
Site oficial: http://clubedasombra.com.br/

Abaixo algumas fotos realizada pelo cooperado Billy Valdez desta apresentação.

Sessão Bodoqe 8 – lançamento mundial do documentário Informar é Vacinar

Na noite de sexta, 23 de junho, a Sessão Bodoqe recebeu a estréia do lançamento Mundial do documentário Informar é Vacinar e esquete com os bonecos de Machado de Assis e Oswaldo Cruz interpretados pela Trupi di Trapu. Depois das distritais do Conselho Municipal de Saúde, da Cinemateca Capitólio e das lives com a a Fiocruz, foi o dia do Maria Maria Espaço Cultural (Fernando Machado 464, Comuna do Arvoredo, Centro de Porto Alegre/RS, Brasil, Terra, Via Láctea) receber o filme sobre fake news e seus efeitos na vacinação. Como mestres de ceremônio para tal evento, ninguém menos que Machado de Assis e Oswaldo Cruz. Confeccionados e interpretados por Anderson Gonçalves e Viviane Marmitt da Trupi di Trapu, os personagens principais do filme receberam o público, contando um pouco da sua odisséia em busca de informações verdadeiras em saúde e vacinação e entrevistando a equipe da produção do documentário. Sinopse:O documentário acompanha a dúvida de Machado de Assis – “Afinal, é para se vacinar ou não?!” -, que busca ajuda de seu amigo Oswaldo Cruz para encontrar informações confiáveis sobre saúde em meio à avalanche de desinformação que toma conta das redes sociais e confunde a sociedade brasileira. A busca dos dois – bonecos, confeccionados e operados pela @trupiditrapu – levanta diversas reflexões sobre as fakenews e seus efeitos na vacinação e no sistema de saúde como um todo. Esta obra é fruto de uma proposta do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre contemplada na Chamada Pública de Projetos da Sociedade Civil de Comunicação Popular e Comunitária em Saúde da Fiocruz e OPAS (2022/2023). O conteúdo desta obra não reflete necessariamente as opiniões das instituições financiadoras. Este filme faz parte do projeto “Informar é Vacinar – uma história de fake news contra as vacinas e o sistema público de saúde”. Uma produçãoPonto de Cultura e Saúde Ventre LivreColetivo Catarse Com apoio doConselho Municipal de Saúde de Porto Alegre Ficha técnica:Machado de AssisAnderson Gonçalves Oswaldo CruzViviane Marmitt Produção executivaGustavo TürckBruno Pedrotti DireçãoGustavo Türck Assistência de direçãoBruno Pedrotti Direção de produçãoMarcelo Cougo RoteiroGustavo TürckBruno PedrottiTêmis NicolaidisMarcelo Cougo Pesquisa de imagensBruno PedrottiTêmis NicolaidisGustavo Türck Operação de câmerasBilly Valdez Operação de somMarcelo CougoGustavo Türck EdiçãoTêmis Nicolaidis Cor e finalização de vídeoBilly Valdez Finalização de áudioGustavo Türck Arte de bonecosTrupi di Trapo Direção de trilha sonoraMarcelo Cougo EntrevistadesBenjamin RoitmanBruno MussaFernando D’AndreaIsabella BallalaiKaren CarvalhoLuana RodriguesMarcia Thereza CoutoMellanie DutraPaola Falceta Unidade de Saúde Nossa Senhora AparecidaSônia José de Souza ElyseuJosé Antônio Souza da SilvaGeorges Peres de OliveiraJéssica Machado Trilha sonoraNeonazi GratiluzRatos de Porão Tema de baixo e caixaGravação demoMarcelo Cougo – baixoPaulinho Bettanzos – caixa Tema de Prata PretaMúsica de Marcelo CougoMarcelo Cougo – violões, escaleta, assovio e sopapinhoMarcelo Lalo – guitarrasBruno Africanamente Capoeira Angola – berimbau violaGravação e mixagem – Gustavo Türck CosmonautaMúsica de Marcelo CougoMarcelo Cougo – BaixoStefano – Piano e GuitarraYvan Etienne – SaxPaulinho Bettanzos – Sintetizador*trilha originalmente composta para o curta-metragem Cosmonauta Aires de TangoMúsica de Marcelo LaloMarcelo Lalo – guitarras e violõesGravação e mixagem – Gustavo Türck Assessoria de comunicação e jornalistas responsáveisBruno Pedrotti (MTB 0019855-RS)Gustavo Türck Arte gráficaTêmis NicolaidisBilly Valdez AgradecimentosFiocruzComuna do ArvoredoGrupo Hospitalar Conceição (GHC)Simone Faoro BertoniHelena Beatriz Silveira CunhaAdiel Coelho da CunhaUnidade de Saúde Nossa Senhora AparecidaGeorges Peres de OliveiraSônia José de Souza ElyseuAna Lúcia Valdez PolettoClaunara Schilling MendonçaCarla DominguezNúcleo de Coordenação do Conselho Municipal de Saúde POAKatia CamargoTiago VeitLeandro Carbonato e Power Line Music ProdutoraRatos de Porão e João GordoMercado 453Maria Maria Espaço CulturalPaulinho Bettanzos