Mais uma vez a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, na capital, foi o espaço ocupado por servidores públicos estaduais. Desta vez, praticamente todas as categorias do funcionalismo participaram de um protesto unificado. Nem a grande quantidade de policiais militares que faziam a segurança do prédio, impediram manifestações contundentes de lideranças sindicais.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da BM, Leonel Lucas, afirmou que a governadora Yeda Crusius conseguiu um feito histórico no estado. Para ele, a união de professores e brigadianos pode ser eficaz para a retirada do projeto na Assembléia Legislativa.
“A governadora conseguiu fazer um negócio inédito na história do Rio Grande do Sul que foi unir servidores da segurança pública com educação e com o restante do funcionalismo no RS. Nós estamos todos combatendo esses projetos que prevêem a demolição do estado e do serviço público do estado. Pela primeira vez na vida poderá ter uma greve geral no estado com todo o funcionalismo é que esse projeto atinge todo o funcionalismo e a governadora não pode desmontar o estado como ela está desmontando desse jeito”, afirma.
O CPERS Sindicato elaborou um documento, assinado por diversas entidades e sindicatos, que foi entregue para os líderes das bancadas dos partidos políticos na Assembléia. No documento, constam as reivindicações das categorias e o pedido de retirada dos projetos. De acordo com a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, as medidas anunciadas pela governadora implantam um completivo salarial que atinge uma pequena parte da categoria e sobre o qual benefícios obtidos ao longo da carreira não são incorporados. Além disso, ela afirma que a Assembléia Legislativa tem um papel fundamental no processo.
“Nós queremos dizer para o governo que no dia 09 (12) nós temos na pauta da nossa Assembléia o tema da greve. Portanto, ou o governo retira o projeto, inclusive a Assembléia Legislativa tem que fazer o seu papel e fazer um movimento com relação ao governo para que esses projetos sejam retirados. Pois governo com a sua irresponsabilidade de entregar esses projetos na Assembléia, mais uma vez não volte a gerar conflitos e problemas no final do ano letivo”, revela.
De acordo com o deputado Dionilso Marcon, (PT), os trabalhadores devem intensificar as manifestações. Para ele, como o governo estadual tem a maioria dos deputados na Assembléia o projeto pode ser aprovado, caso seja colocado para votação.
“É um projeto muito perigoso de desmonte do estado que a governadora Yeda enviou para a Assembléia. Nós temos uma Assembléia nessa legislatura que a maioria dos deputados tem a mesma lição da senhora governadora que são surdos e mudos. Não conversam e não ouvem ninguém. Então, tem que ter mobilizações, o povo tem que estar na rua, pois esperar pela Assembléia está sujeito a aprovar,” explica.
Também participaram do ato, trabalhadores da Polícia Civil, servidores dos presídios e da perícia, da saúde, da administração direta e do judiciário.
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