No dia 18 de Abril, sexta-feira da paixão, foi organizado um ato público e cultural, “A Paixão de Claudia”.
Articulado pela empresa Cubo Preto Ensino de Arte e Cultura Ltda., juntamente com ONGs, associações, coletivos culturais, empresas, órgãos da imprensa formal e informal e por profissionais de várias áreas das artes e interessados na vida em sociedade de modo geral, constitui-se como uma homenagem à mulher negra, trabalhadora e mãe brasileira, Claudia da Silva Ferreira, de 38 anos, que no dia 16 de março de 2014, foi atingida por uma bala perdida dispara por agentes da Polícia Militar do Rio de Janeiro, socorrida pela mesma ainda em vida e arrastada por cerca de 350 metros, chegando ao hospital morta e com partes de seu corpo em carne viva.
Carregando rosas vermelhas, partiu-se defronte à Igreja da Nossa Senhora da Consolação até a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, localizada no Largo do Paissandu, onde encontra-se a estátua da Mãe Preta, feita pelo artista Júlio Guerra representando todas as mães pretas que foram e são base desse Brasil, e lá foram entregues as rosas. Rosas vermelhas, uma beleza que a própria natureza armou com espinhos para se proteger de seus opressores. (fonte: divulgação)
E no meio de tanta dor e revolta, a delicadeza ao levar sua rosa como se fosse cada uma das mães pretas desse Brasil. O evento foi marcado por muitos cartazes, tambores e manifestações culturais. Mas eu só lembro das rosas… rosas para Cláudia.
Acesso o ensaio completo no Flickr, aqui.