[por Wladymir Ungaretti.]
Neste Dia do Jornalista não tenho nada para comemorar. Jornalismo é subversão. O que aqui se pratica, na grande mídia corporativa, é perfumaria, secos e molhados, variedades. Como dizia Pierre Bourdieu, o jornalismo atual, das mais puras variedades, tem uma função ideológica. Desviar a atenção do que é essencial. Não vou cansar de dizer que, em 23 anos como professor de jornalismo na Fabico/UFRGS, os meus 30 melhores alunos, cuja lista tenho na cabeça, não passaram nem na calçada de Zerolândia/PRBS e de qualquer outra firma. Com raríssimas exceções alguns por lá passaram por pouquíssimo tempo. Quase todos estiveram clandestinos. Estou me referindo aos que possuem o legítimo DNA da profissão. Todos ganhando bem mais que o piso da “catigoria”. Nos últimos 23 anos já escrevi algumas dezenas de artigos sobre este showrnalismo. Não vou repetir as razões pelas quais sou contrário à obrigatoriedade do “diproma”, assim como não vou repetir o que penso sobre os cursos de comunicologia e o ensino da covardia.
Chego a ficar enjoado, na atualidade, quando preciso dizer alguma coisa sobre a rede de conivências corporativa, incluindo entidades “representativas” da “catigoria”. Sobre os prêmios ARI-gó de grandes reportagens ou fotojornalismo, da ARI (Associação Riograndense de Imprensa) muita coisa já escrevi. Enfim… não tenho nada de novo a dizer. Vasculhem meu face e blog e encontrarão um pouco de tudo que penso, em uma centena ou mais de artigos e ensaios. Sempre destacando que não tenho a pretensão de ser o dono da verdade. Acredito ter apenas uma pequena parte dela.