Àquela hora, o céu tava de cara amarrada. Mas não importa, a juventude marchava com luz própria pela rua.
Quando o caminho se fecha, o pessoal dos movimentos sorri. E se movimenta: “vamos pelo meio da praça então!” Eu ali, de canto, fazendo meu trabalho.
Quem vai em busca do que é direito tem razão. A violência é do Estado.
Ronaldo, lá de cima do carro lembrou: “Somos como massa de pão. Quanto mais bate, mais cresce”. E essa massa crescida tem peso!
Jogo de corpo, sabedoria. A Nora, moradora da Vila Gaúcha, disse umas palavras duras para os que jogam mole na Assembleia. Eles precisavam ouvir, mas não estavam ocupados com o povo.
Amanhã, os parlamentares nos dizem se votam para meia dúzia de empresários, ou com vinte mil brasileiros, mulheres e homens que afirmam aqui sua cidadania.
Fotos de Eduardo Seidl, do Sul 21.