Ano Afrodescendente – Acampamento na 21ª Semana da Consciência Negra

Kit do Projeto Tambor de Sopapo O Coletivo Catarse, em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado e o IGTF, convidam para as comemorações do Acampamento na 21ª Semana da Consciência Negra e Ano Afrodescendente. De 14 a 20 de novembro, haverá uma programação cultural e educativa extensa no Parque Estância da Harmonia e Escolas da Rede Pública Estadual. Entre as atividades entre as atividades, uma série de Rodas de Vivências entre estudantes e mestre griôs, utilizando o documentário O Grande Tambor como fio condutor da história afro-gaúcha. Toda a programação está sendo realizada em parceria com Piquete dos Lanceiros Negros Contemporâneos, Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul, Ação Griô Nacional e IP. O patrocínio é do Banrisul e Corsan, com apoio da Carris. Programação Acampamento da 21ª Semana Consciência Negra: Dia 14 – No Parque Estância da Harmonia 20 h – Ato de Abertura do Acampamento da 21ª Semana Consciência Negra. 21 h – Acendimento da “Chama da Liberdade” com ato religioso de matriz africana.22 h – Apresentação de dança do Grupo Mário Terra Dia 16 a 18  – No  Parque Estância da HarmoniaDia 16 – 10 h e 14 h – Apresentação do filme “O Grande Tambor” e Rodas de Vivência com mestres griôs para estudantes da rede pública.Dia 17 – 19 h – Entrega do Troféu Maestro Mota e apresentação grupo de dança e tambores do Instituto Afro-Sul Odomodê.Dia 18 – Seminário Boas Práticas LEI 10.639 – SEDUC. Dia 16 a 18 – Nas Escolas Estaduais de Porto AlegreExibição do filme “O Grande Tambor” e Roda de Vivência com mestres griôs, em 6 escolas de Porto Alegre. Dia 18- No Parque Estância da Harmonia22 h – Baile da Consciência Negra. Programação do dia 20 de Novembro  – No Parque Estância da Harmonia9h e 30 min. – 9ª CAVALGADA DA CONSCIÊNCIA NEGRA – saída do parque com desfile pelas ruas de Porto Alegre.15 h – Baile Domingueira.20 h – Ato de Encerramento do Acampamento da Consciência Negra com a extinção da Chama da Liberdade. Programação do dia 21 de novembro a 20 de dezembroExibição do filme “O Grande Tambor” e Roda de Vivência com mestres griôs, em 10 escolas no interior do Estado. Mais informações sobre o projeto Tambor de Sopapo, clique aqui

Quilombo do Limoeiro

Localizada no município de Palmares do Sul, no Rio Grande do Sul, a Comunidade Quilombola do Limoeiro, atualmente, luta pelo reconhecimento e titularização de suas terras. Este vídeo foi gravado no dia 29-10-2011 quando estivemos reunidos com a comunidade. A memória da dona Merecilda e da dona Maria contam um pouco do trabalho e da luta pela terra.

Produção do terceiro documentário Lab Cultura Viva

Um programa de rádio pode ser terapêutico para quem ouve e para quem faz. Ele pode transcender os limites das ondas, uma tempestade que invade as esferas do autoconhecimento, ele vai além do que se ouve e do que se pode ver. Na Rádio Comunitária da Amorb essa viagem acontece, para os ouvintes, às terças, 14h, sob a batuta de alguns usuários do Serviço de Saúde Mental e profissionais da saúde do GHC.Nessa terça, dia 8 de novembro, a equipe responsável pelo projeto Lab Cultura Viva, formada pela Catarse, Ponto de Cultura Ventre Livre e as oficinandas do curso de audiovisual do Ponto, acompanhamos e registramos um pouco dessa rotina. Este material fará parte do terceiro documentário da série de quatro aprovados neste projeto. Mais notícias e fotos clik aqui.

Reportagem sobre o SEDA Porto Alegre – Semana do Audiovisual Fora do Eixo

Reportagem realizada pelo Inverso Coletivo, uma cooperativa de produção audiovisual que está sendo criada no Ponto de Cultura Teia Viva em parceria com o Coletivo Catarse, Escola Técnica Mesquita e Ministério da Cultura, através do Prêmio Tuxáua, com o objetivo de estimular a auto-organização da sociedade em empreendimentos de economia solidária que são autogestionários e propiciam a geração livre de trabalho e renda. O Inverso Coletivo integra o Circuito Fora do Eixo e foi realizador da SEDA – Semana do Audiovisual de Porto Alegre, juntamente com a Catarse e a Casa Fora do Eixo Porto Alegre. Assista a reportagem. sedaportoalegre.wordpress.com

O Que Significa Mudar o Mundo Hoje? Porto Alegre, 27 e 28 de outubro

ao vivo Watch live streaming video from catarsetv at livestream.com No dia 28/10, às 16h30, na sala A2B2 da Casa de Cultura Mário Quintana, um debate discutirá as alternativas do pensamento radical hoje, os desafios, perigos e potenciais das atuais crises econômica e ecológica, o valor da democracia e da ação política no mundo contemporâneo. Nele, três filósofos – o italiano Giuseppe Cocco (UFRJ), o canadense Norman Madarasz (UGF) e o brasileiro Rodrigo Nunes (PUCRS) – se debruçarão sobre a questão: o que significa mudar o mundo hoje? O debate, que será transmitido ao vivo online pelo blog www.materialismos.wordpress.com, faz parte do seminário O Que Significa Mudar o Mundo Hoje?, que começa no dia 27/10 com um painel no auditório térreo do prédio 5 da PUCRS, às 17h. https://materialismos.wordpress.com/2011/10/13/o-que-significa-mudar-o-mundo-hoje-27-e-28-de-outubro/ O seminário é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS, o grupo de pesquisa Materialismos – Correlacionismo, ontologia e ciência na filosofia continental contemporânea (www.materialismos.wordpress.com), o Centro Brasileiro de Pesquisas em Democracia e a revista Turbulence (www.turbulence.org.uk). Ele conta com apoio da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, TV Software Livre e Catarse – Coletivo de Comunicação.

A farsa parlamentar do diálogo pela busca de soluções para os problemas indígenas e quilombolas

Por Roberto Antonio Liebgott, Cimi Sul – Equipe POA. Porto Alegre, 24 de outubro de 2011. Um espetáculo teatral: diálogo para solucionar os problemas fundiários envolvendo agricultores, indígenas e quilombolas no Estado do Rio Grande do Sul – O palco: Assembléia Legislativa do Estado – Os atores principais: senadora Ana Amélia Lemos, deputados federais do RS e fazendeiros vinculados à Confederação Nacional da Agricultura – Os Coadjuvantes: pequenos agricultores – As vítimas: povos indígenas e quilombolas. Assim pode ser descrita a “audiência pública” convocada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, realizada no dia 21 de outubro, em Porto Alegre, com o intuito de estabelecer um diálogo para a “busca de soluções à questão da demarcação das terras indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul”. No palco, dirigiu a cena a senadora Ana Amélia Lemos (PP), auxiliada pelos deputados estaduais Edson Brum (PMDB) e Gilberto Capoani (PMDB), e pelos de deputados federais Alceu Moreira (PMDB) e Luiz Carlos Heinze (PP), todos parlamentares do Rio Grande do Sul. E, como toda cena teatral reque r apoiadores, lá estavam representadas algumas instituições: Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Federação da Associação dos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul (Famurs), Fundação Cultural Palmares, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ministério Público Estadual (MPE), a subchefe da Casa Civil do Estado Mari Peruzzo e ainda representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA). E, para aplaudir a performance dos protagonistas deste espetáculo, centenas de pequenos agricultores lotaram a platéia da Assembléia Legislativa. Da “audiência”, cuja temática versava particularmente sobre os direitos constitucionais dos povos indígenas e quilombolas, representantes destas populações não participaram como convidados. Não bastasse isso, sua entrada, como espectadores, só se deu de maneira forçada sendo que quase não conseguiram adentrar no auditório Dante Barone. Nem mesmo a Funai, que havia sido convidada para a audiência, se interessou em informar e articul ar as comunidades indígenas da região. Por sua vez ela se fez presente no palco no espetáculo, mas representava, no enredo, o Governo Federal e seus interesses. Estava lá para prestar esclarecimentos sobre procedimentos de demarcação, para justificar a inoperância do governo, apesar de ter por obrigação constitucional criar e executar uma política indigenista e demarcar todas as terras indígenas no país. O que desejavam os promotores desta audiência, com ares de espetáculo e direito a aplausos fervorosos e vaias ensandecidas, não era o diálogo e, muito menos, uma solução justa para o conflito fundiário que se estende por décadas, transformando a vida dos povos indígenas e comunidades quilombolas em um drama sem fim. A questão tomou proporções vultosas no estado do Rio Grande do Sul porque há segmentos importantes do agronegócio implicados. Por isso, a justa luta dos povos indígenas e dos quilombolas pela terra é vista como um “problema” que afeta o bem estar, a produtividade, o desenvolvimento do estado. No teatro que se encenou com a alcunha de audiênci a pública, o interesse era fazer uma demonstração de força, comprometendo os parlamentares com a “causa” deste segmento econômico e social, cuja intenção primeira é limitar os direitos constitucionais dos povos indígenas e dos quilombolas que lutam pela garantia da demarcação e o usufruto de suas terras. E isso ficou evidente quando os personagens principais da peça teatral procederam à leitura de suas propostas para solucionar o problema no estado: a suspensão das demarcações de terras dos quilombolas e indígenas em áreas onde não há consenso (ou seja, todas as áreas indígenas, com exceção, por enquanto, dos barrancos de beira de estrada); revisã o dos decretos 1.775/1996 e 4.887/2003(que regulamentam as demarcações de terras indígenas e quilombolas); suspensão de todos os procedimentos administrativos de demarcação de terras em curso no Rio Grande do Sul; garantia de observância do devido processo legal e da ampla defesa (como se essas não existissem previstas decretos e na Constituição Federal); revisão da legislação indigenista e da Constituição Federal no que se refere à demarcação das terras indígenas e quilombolas; votação e aprovação da PEC 215/2000 (proposta de Emenda à Constituição Federal que visa transferir a autorização para demarcação de terras ao Congresso Nacional e não ao Poder Executivo) ; garantir assistência jurídica e antropológica aos produtores rurais; políticas públicas para as comunidades quilombolas e indígenas(essa proposta é porque alegam que o problema dos povos indígenas não é fundiário, mas social). Os efeitos que se esperam do espetáculo não são, portanto, uma farsa. Longe disso! São reais e estão sendo dinamizadas em diferentes âmbitos, seja por representantes deste novo e articulado pelo movimento ruralista, seja por integrantes do próprio Governo Federal, especialmente da Casa Civil e do Ministério da Justiça. As propostas expostas ao final do último ato daquele bizarro espetáculo falam por si mesmas: são unilaterais, refletem o anseio de impor a vontade de certos segmentos econômicos aos direitos estabelecidos na Constituição Federal e, assim, são propostas que instauram uma insegurança jurídica, uma vez que colocam em questão o teor das leis e t ambém as instituições responsáveis pela sua execução. O suposto diálogo, que deveria ocorrer nesta audiência realizada no espaço da Assembléia Legislativa do Estado é, então, um grande monólogo que expõe a vergonhosa intenção de restringir os direitos dos povos indígenas e das comunidades quilombolas. Aliás, a teatralidade do evento parece refletir uma tendência que se expressa em âmbito nacional: a de considerar “problemática” a presença indígena e quilombola lutando pela posse e garantia de suas terras, desviando o foco do verdadeiro problema que é a omissão do Estado e a morosidade em fazer valer os direitos territoriais destes povos e comunidades. Nesse sentido, a encenação do dia 21 de outubro em Porto Alegre não foi inédita e nem exclusiva. Ela será reprisada em todos os estados da federação. Haverá, …

Luta Quilombola – Morro Alto/RS

Superintendente do INCRA-RS vai até a comunidade quilombola de Morro Alto/RS após reunião com representantes do INCRA nacional. A luta quilombola pela titulação de suas terras continua. Abaixo vídeo produzido pelo Coletivo Catarse no ano de 2010 em Morro Alto.

A falsa palavra e a luta dos indígenas e quilombolas

por Luix CostaAudiência publica contra Morro Alto e demais territórios A palavra dada pelas autoridades federais aos quilombolas de Morro Alto, de que no dia 13 de outubro apresentariam posição a respeito do prosseguimento do processo de titulação de suas terras, como era esperado, era falsa. Como conseqüência, o procurador do Ministério Publico Federal, Juliano Karam, acaba de dar o prazo de 30 dias para o INCRA RS informar quando o órgão vai iniciar as notificações dos invasores da área quilombola. Reunião dos quilombolas que esperavam uma resposta do INCRA no dia 13 passado A decisão do MPF está vinculada ao reconhecimento dos direitos dos quilombolas de Morro Alto, que lutam há cerca de 7 anos de forma oficial por aquelas terras, tendo seus direitos históricos, antropológicos e etnológicos reconhecidos por técnicos da Universidade do Rio Grande do Sul. Os interesses articulados Os grandes interesses econômicos ali estabelecidos exploram pedreiras, pecuária, propriedades turísticas. Registraram no INCRA 10, 20 hectares mas cercaram 100, 200 ou 300 hectares. Junto com interesses políticos levaram para lá pequenos produtores e os usam como base de defesa. E foram organizados em uma associação recente, assessorada por advogado da Federação da Agricultura do Estado do RS-FARSUL. Seus aspectos políticos, de prefeitos municipais a deputados federais, fazem parte da base política e econômica, do governo federal e estadual. E pressionam para que estes não apliquem a lei, e dêem prosseguimento a titulação da terra quilombola de Morro Alto. Neste caso, para eles, governos e grandes proprietários, é um caso político, é um caso social, é um caso que precisa de “sensibilidade das autoridades”. Quer dizer, contra os interesses quilombolas, e numa perspectiva maior, indígenas. Naquelas terras Eliseu Padilha (veja outra mensagem neste blog), assessor do vice-presidente da republica e agora deputado federal, Michel Temer (vice presidente da republica), e Alceu Moreira (deputado federal), os três do PMDB, têm negócios naquelas terras, e pressionam a Casa Civil da presidência da Republica para que o processo de reconhecimento e notificação dos invasores não aconteça segundo a lei. O argumento da dependência Por isso, durante da ocupação que os quilombolas fizeram ao INCRA do RS, nos dias 5 e 6 de outubro, os representantes do governo federal entraram em colapso. Nas conversas que tiveram com ministros dos vários órgãos federais envolvidos – como Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Fundação Cultural Palmares e superintendência do INCRA RS – concluíram que não tinham poder para decidir além do dar uma posição no dia 13. O que também não aconteceu. O principal argumento foi sempre não ter poder para decidir. Quem teria seriam os ministros. O que também não é, como mostra a falta de palavra de seus funcionários. Mas então quem é? O poder sobre as terras in brasilis está fora do governo. A construção da verdade Os interessados e poderosos trabalham agora para convencer a sociedade de que negros e índios atrapalham o ‘desenvolvimento’. Após matéria publicada no principal jornal regional mostrando a produtividade dos invasores e a incapacidade dos negros, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realiza, em Porto Alegre, discussão sobre a política de regularização fundiária de territórios quilombolas e a demarcação de terras indígenas, bem como possíveis impactos no agronegócio. Nem indígenas nem quilombolas foram convidados. Será uma audiência para a construção da possibilidade de votação do PDL que está no Congresso, alterando o reconhecimento territorial de indígenas e quilombolas, dando base para o julgamento da ADIn, do DEM, que deve ser avaliada pelo Superitor Tribunal Federal, no mesmo sentido. Portanto, é tudo armação para manter grileiros, invasores, racistas e ricos, usando pequenos produtores, em terras que, pela lei, não lhes cabe. E, ao mesmo tempo, defendendo o direito das grandes empreiteiras, capital financeiro articulados nos mega investimentos que estão localizados em territórios indígenas e negros em todo o país. O início da possibilidade de prazo E, por isso, o Ministério Publico Federal acaba de dar prazo para que estes, base do atual governo, diga como vão cumprir a lei. Mas para esses, a lei, ora a lei, deve ser mudada pois é insuficiente para garantir-lhes o que não têm, direitos. Vamos todos lá! Audiência discute os territórios indígenas e quilombolasSexta feira, dia 21, no auditório Dante Barone, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.Início: 14 horas.