SEDA 2011 – Semana do Audiovisual Fora do Eixo

De 25 a 30 de outubro, Porto Alegre realiza sua primeira SEDA – Semana do Audiovisual com mostra de filmes, debates, vídeo conferência e oficinas de produção audiovisual, cobertura colaborativa, VJ e videoclipe. A SEDA é um festival integrado de cinema realizado pelo Circuito Fora do Eixo em cerca de 40 cidades do Brasil. O Coletivo Catarse é um dos coletivos do circuito Fora do Eixo que está realizando o SEDA Porto Alegre com a Casa Fora do Eixo Porto Alegre e o Inverso Coletivo. Veja a programação, faça sua inscrição gratuitamente e Participe! veja a programação sedaportoalegre.wordpress.com

Lei Geral da Copa: atentado à soberania nacional

Sediar a Copa do Mundo, maior evento do futebol mundial, pode custar ao Brasil mais do que os investimentos em estádios e obras de infraestrutura. Segundo órgãos de defesa do consumidor, a Lei Geral da Copa, entregue ao Congresso no mês passado, é um atentado à soberania nacional, colocando o Brasil em uma posição subserviente à FIFA, em termos de legislação. A questão motivou ação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que lançou campanha intitulada “Copa sem direitos não dá jogo”, propondo mudanças no texto e pedindo que os internautas enviem carta a autoridades brasileiras para pedir que as leis brasileiras sejam respeitadas. Leia aqui a matéria completa de Igor Natusch, do site Sul 21.

14 anos de Bataclã FC

O Coletivo Catarse/Ponto de Cultura Ventre Livre esteve no domingo apoiando e fazendo todo o registro em vídeo do show de 14 anos da Bataclã FC no Teatro de Arena.Pedro de Camillis, Jefferson Pinheiro e Gustavo Türck não saíram detrás das câmeras, por mais que o som fosse contagiante, acompanhando Marcelo Cougo e Têmis Nicolaidis, também gente da Catarse e que fazem parte da banda, fazendo o show.Nosso agradecimento especial e felicitações com desejos de muitos anos de vida! Vá no site da Bataclã FC e veja mais fotos – clique aqui. Foto: Leandro Anton (Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo)

Quilombolas de Morro Alto ocuparam INCRA RS e exigem resposta do governo

Quilombolas de Morro Alto/RS se acorrentaram no INCRA, na noite da última quarta feira, 05 de outubro, denunciando o racismo institucional, exigindo respeito a sua história e a história dos quilombolas do país. Exigem também o retorno imediato do seu processo administrativo enviado para Brasília sem qualquer justificativa legal por pressões de setores ligados a empreiteiras e ao agronegócio, bem como a notificação dos posseiros e proprietários. Denunciam ainda que vem sofrendo ameaças de morte e difamação de sua luta por parte de setores da mídia ligados a esses interesses. Eles ocuparam a sala do superintendente regional do INCRA, aguardando resposta de suas demandas. Assista a reportagem do Coletivo Catarse: Os Representantes do Governo Federal abandonaram as negociações Depois de 12 horas os representantes do governo federal abandonaram, às 5 horas e 30 minutos desta quinta feira, as negociações com Brasília, na tentativa de resolver o impasse no atendimento da reivindicação dos quilombolas de Morro Alto que ocupam o prédio do INCRA em Porto Alegre. Ao se retirarem, os representantes da SEPPIR; MDA; INCRA Regional e Nacional; Gov. Estado; Fundação PALMARES deixaram os quilombolas como responsáveis pelo prédio até as 10 horas, quando deram a palavra de que retornarão para darem continuidade às negociações. A revolta quilombola iniciou quando descobriram que os órgãos do governo federal fariam uma reunião fechada, sem a presença dos representantes da comunidade de Morro Alto. Os representantes do governo ao se retirarem dos esforços alegaram que esperam com este gesto conseguirem melhores condições para dar continuidade as negociações com os ministros ligados as pastas responsáveis pelas políticas para a comunidade quilombola e negra no país. O superintendente do INCRA regional, Roberto Ramos, e o representante do INCRA Nacional, Richard Torciano, pediram prazo de uma semana para apresentarem uma proposta de continuidade do processo de titulação. O processo deveria estar na fase das notificações dos que se encontram irregular nas terras quilombolas. Entretanto, o processo foi enviado para Brasília para negociações políticas. Esta demora tem causado tensão nas relações sociais na comunidade de Morro Alto, com diversas lideranças quilombolas estando ameaçadas de morte. Ao pedirem mais tempo aos quilombolas para dar prosseguimento ao trabalho que deveria ser técnico, os representantes do governo causaram o aumento da revolta e a ocupação do INCRA. Texto: Luix

Assentamento: relatos da Campanha Gaúcha

Julia Aguiar produziu um vídeo-documentário sobre a reforma agrária no extremo sul do Brasil, como parte de sua dissertação de mestrado em Geografia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Com a assistência-geral de André de Oliveira e realização do Coletivo Catarse, a reportagem cinematográfica procura mostrar a situação produtiva dos territórios de reforma agrária na região de Santana do Livramento, bioma Pampa. O trabalho parte de uma contradição inicial: cerca de 70% dos alimentos in natura consumidos pela população de Santana do Livramento são importados de Porto Alegre, viajando mais de 500 quilômetros por via rodoviária, quando há cerca de 1.000 famílias assentadas na região, produzindo ou podendo produzir alimentos. O documentário procura entender por que isso acontece e mostrar o que os assentados estão produzindo, como se organizam e os obstáculos que enfrentam para que a sua produção chegue à cidade. Um retrato obrigatório para todo mundo que trabalha com e pela Reforma Agrária. [texto de Marco Weissheimer, do blog RS Urgente]

INDIGNAI-VOS!

por Carlos SchmidtCoordenador no NEAProfessor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS Peço desculpas à Stéphane Hessel por plagiar o título de seu manifesto, mas acredito que ele não se importaria, pois deve pensar que sua iniciativa pode ser multiplicada. Como alguns sabem, coordeno o Núcleo de Economia Alternativa (NEA)que desenvolve trabalho de pesquisa, ensino e extensão voltado para formas alternativas de práticas econômicas e especula sobre a viabilidade da transformação social. Um dos trabalhos que realizamos é o apoio à comercialização dos produtos da agricultura familiar, em particular, dos assentamentos da reforma agrária, na perspectiva da sustentabilidade social, ambiental e da segurança alimentar. Na prática, busca-se através de um ponto de comercialização da economia solidária (Contraponto), a venda dos produtos agroecológicos e o abastecimento do sistema dos restaurantes universitários, com produtos desta natureza, por agricultores dos assentamentos. Evidentemente, como é papel da Universidade nesta prática extensionista, está se buscando a geração de conhecimento que possa servir a formulação de políticas públicas, bem como, a discussão de elementos centrais da economia como a teoria do consumidor.Como parte da estratégia de atendimento dessa demanda socialmente orientada, programamos, junto com colegas da engenharia de produção a realização de uma feira agroecológica ao lado da Contraponto (espaço ocioso) a ser feita por mulheres do assentamento de Viamão, filhos de Sepé. Esta feira seria semanal. Como de praxe, fizemos uma solicitação à Superintendência de infra-estrutura, garantindo a não utilização do estacionamento e a limpeza pós realização da feira. Para surpresa nossa, a demanda foi negada e depois de inúmeras tentativas de contatar os responsáveis, estes, concederam a graça de nos receber. Surpresa novamente! Deparamo-nos com um doublé de funcionário do capital e chefete latino-americano, na robusta pessoa do Professor Tamagna. Funcionário do capital nos propósitos e chefete no método autoritário. O referido professor ao ser interrogado sobre o direito que tinham os Bancos de espalhar seus quiosques pelo pátio da Universidade, disse que estes tinham direito porque pagavam. E quando perguntado sobre a existência de regras escritas a este respeito, alegou que neste assunto, quem mandava era ele. Se alguém tem dúvida que para alguns personagens da administração central da universidade, esta deve funcionar, exclusivamente, para o andar de cima da sociedade, a situação acima relatada fala por si só. Aliás, recordando das posições do Professor Tamagna no Conselho Universitário, estas, eram sempre alinhadas com o bloco da UFRGS/S.A. Tivemos, recentemente em nossa Universidade, um seminário da corrente universitária “Universidade Popular”, que discutiu ampla e profundamente as dificuldades da Universidade ser plural quanto as suas finalidades, assim muito mais dificuldade teria de ser uma instituição voltada para os interesses da maioria da população. Portanto, o fato antes relatado, mostra o quanto estão seguros os setores que propugnam uma Universidade voltada aos interesses do capital, com métodos que privilegiam os critérios de mercado (quem paga pode) e exclui, despudoradamente, “esta gente diferenciada” que ousa querer fazer da Universidade um espaço que também é seu, que estuda suas questões, que os acolhe para o diálogo de saberes e que os assume como membros do corpo discente. Se permitirmos que atitudes truculentas como esta tenham livre curso outras bandeiras democráticas e inclusivas pelas quais lutamos ficarão cada vez mais distantes. Portanto, indignai-vos e ajam em conseqüência.

Cine-sarau em luta

Hoje, 01.10, vai acontecer no Utopia e Luta o cine-sarau em apoio às ocupações do MST no Rio Grande do Sul. Fica na escadaria da Borges, 719. Às 20h exibição do filme O Grande Tambor, produção do Coletivo Catarse. Mais sobre o filme clique aqui. Na seqüência vai acontecer uma batucada coletiva. Apareça, leve seus instrumentos e alegria.