No Iterra, contando parte da realidade que não se mostra

No ITERRA (Instituto de Educação Josué de Castro), em Veranópolis/RS, estão reunidos 33 jovens de todo o país. Militam no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos Atingidos por Barragens e Movimento dos Trabalhadores Desempregados. Sabem que as trasformações sociais que sonham acontecer e pela qual trabalham com razão e com paixão enfrentam a omissão e as mentiras da grande indústria da comunicação. Por isso, estudam como fazer sua própria mídia, contar sua versão sobre a vida que levam, mostrar seu olhar, fazer ouvir suas palavras, suas canções. O Coletivo Catarse está aqui. E estamos felizes por colaborar nesse processo.

Revolta da população em Jaraguá do Sul

A população de Jaraguá do Sul – SC está indignada com a tentativa de aumentar o número de vereadores na cidade. A campanha distribuiu mensagens para evidenciar o absurdo democrático que vivemos. Vamos apoiar esta campanha e transformar esta luta em mobilização nacional. Não precisamos de mais vereadores.

Gravação com Sopapo: processo e descobertas

Descobrimos que a melhor microfonação para a capatação de sopapo é com 3 microfones, posicionados um mirando a pele, outro na boca (saída de ar) e mais um de ambiência posicionado a mais ou menos 1 metro de distância. Leia o texto na íntegra no site da Bataclã FC: www.bataclafc.com.br

Presidente do Ibama entrega o jogo sobre Belo Monte

A polêmica em torno da construção de Belo Monte foi tema do programa 60 Minutos, da Austrália. Neste trecho, o atual presidente do Ibama, Curt Trennepohl, fala o que realmente pensa sobre os povos do Xingu: O que o presidente do Ibama disse todas as comunidades do Xingu e todos os ambientalistas do Brasil já sabiam. Mas não dizer era uma estratégia pra tentar enganar! E agora? Vamos todos compartilhar o vídeo! Belo Monte tem que parar! Confira o programa na íntegra (em inglês): https://sixtyminutes.ninemsn.com.au/videoindex.aspx?videoid=49f44691-501b-41b9…

Encontro das Mulheres do Campo e da Cidade

Aconteceu no sábado, 02 de julho, o Encontro de Mulheres do Campo e da Cidade – Entre o poder da tortura e a tortura do poder. Organizado pela ONG Acesso, em parceria com a THEMIS e MST, o encontro se realizou no Centro de Formação Sepé Tiaraju, assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, e foi patrocinado pela Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça. Estiveram presentes mulheres de diversas organizações sociais: MST, Movimento das Mulheres Camponesas, Resistência Popular, Mulheres da Paz (Guajuviras – Canoas), MTD, Levante da Juventude, SAJU, Acesso, THEMIS, Procuradoria de Canoas, CPT, Utopia e Luta, Renaap e Somos. Entre as propostas do encontro, justamente reunir as militantes desses diversos movimentos para debaterem, através do recorte da justiça de transição, o papel da mulher na luta por direitos e na efetivação da democracia e liberdade, diante da nossa redemocratização inacabada.

E agora, Josué? Nas terras do Bem-virá!

(Dia desses publicamos aqui a divulgação do filme Nas terras do Bem-Virá, exibido no Ciclo de Debates Conflitos Agrários, atividade do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS. Sobre o debate daquela noite de 06 de julho nos chega esta carta dura, bonita e sincera, publicada originalmente no blog Afrolhetim. Mais uma vez alguém levanta o espelho pra enxergarmos a arrogância e o preconceito dos que acreditam o RS algo melhor e mais digno do que outros lugares do país. Mais uma vez escancarada nossa ignorância.) Porto Alegre, 12 de julho de 2011 “Meu caro amigo, me perdoe, por favor, se eu não lhe faço uma visita. Mas como agora apareceu portador, mando notícias nessa escrita.” Josué, me chamaram esses dias pra assistir ao filme “Nas Terras do Bem-Virá” num ciclo de debates sobre conflitos agrários. Resolvi assuntar e descobri que se tratava de um dos documentários mais completos para se entender a questão dos conflitos agrários no Brasil. Oxe, mas só valeu à pena sair de casa a 5°C pelo filme e Lua sorrindo no fim, porque a noite terminou com uma tentativa frustrada de debate, por falta de tempo, depois de um resgate histórico do tema por um professor e o relato da experiência de uma procuradora federal. Não me culpe, compadre, por começar a te escrever me queixando, mas aquela noite foi danada e eu ando aperreada pra te contar. Longe de botar defeito na atuação da exma. procuradora nos dois anos em que combateu voluntariamente o trabalho escravo nas grandes fazendas da região sul do Pará, minha arenga é pela fala dela quando a telinha se apagou. Sabe… eu esperava uma análise mais complexa e uma visão menos preconceituosa de uma representante do poder público federal, por sua experiência nos conflitos socioambientais daquela região amazônica por mais de 530 dias, mesmo que fosse uma gaúcha “criada no asfalto e shoppings de Porto Alegre”, como ela se declarou. Mas tem cabimento, ô Josué, uma autoridade pública, que deveria discutir os mecanismos de empoderamento e instrumentalização da população sem terra pela exigibilidade do direito a posse da mesma, se considerar “a voz desse povo imigrante nordestino, tão puro e aculturado”, embora “esteja apenas enxugando gelo”. Que voz é essa, ô Josué, se todo homem já nasce gritando? E que gelo é esse que joga pelo ralo tão grande riqueza quanto a cultura nordestina? Confesso, visse, que fiquei arretada quando ouvi o depoimento de um fazendeiro latifundiário no vídeo que considerava um favor submeter àquelas condições subumanas os agricultores nordestinos que migraram para a Amazônia para virarem peões de trecho, diante das propagandas no Regime Militar de uma “terra que mana leite e mel” para “homens sem terras do nordeste em terras sem homens na Amazônia”. Mas fiquei besta quando a procuradora defendeu que essa situação acontece pela “submissão do povo nordestino a um prato de comida, por sua crendice e conformismo religiosos”, lamentando que não tenham “o mesmo sangue lutador do povo gaúcho tampouco sua estrutura cultural”.Crendice? Conformismo? Parei pra pensar que a religiosidade desse povo foi fundamental para resistirem às penúrias da longa e sofrida viagem, antes das condições insalubres de trabalho e vida nas grandes fazendas. E foi essa religiosidade e sabedoria popular que fizeram esses imigrantes, assim como a população local amazônica, respeitarem e reconhecerem na figura emblemática da Irmã Dorothy, uma força divina no enfrentamento do poder dos fazendeiros, políticos corruptos, assassinos e da mídia tradicional. Como alguém pode criticar a “pureza e inocência” dos nordestinos que não só acreditaram nas profecias de Padre Cícero, mas também nas propagandas massivas da “terra que mana leite e mel” (Exodo 3:8) feitas pelo Governo Médici e desconsiderar a iniciativa de um pastor luterano no convencimento da partida dos primeiros gaúchos à região amazônica? E que submissão tão extrema é essa que foi e ainda é capaz de gerar tantos conflitos socioambientais na região? Josué, reduzir as questões religiosas à mera crendice é não levar em conta a influência que a Amazônia teve na própria mudança da orientação católica no Brasil, com o surgimento da Pastoral da Terra (Martins, 1994). Ah, e por falar em influência, andam dizendo por aí que foi tu quem incentivou o desmatamento na Amazônia, para acabar com a fome e a pobreza da região. Como eu sou igual a São Tomé e só acredito vendo, fui dar uma lida nos teus escritos pra não chamar nenhum cabra de mentiroso sem ser. E acertei na veia! “Para melhorar as condições alimentares da área amazônica faz-se necessário todo um programa de transformações econômico-sociais na região. As soluções dos aspectos parciais do problema estão todas ligadas â solução geral de um método de COLONIZAÇÃO ADEQUADA à região.” (Castro, 1946, pg 102). E esse tal de “gauchismo” repetido tantas vezes pela procuradora, que mais me parece uma reza?! Veio acompanhado de mais preconceito contra o povo nordestino, citado por ela como imigrantes no Pará que, entre outras dívidas absurdas que os faziam ficar presos naquelas terras até uma ilusória quitação, precisavam manter seu “gosto pela bebida”. E como se não bastasse a discriminação feita, indistinguiu aquela gente ao exemplificar sua descoberta de trabalho escravo na construção de um shopping em Porto Alegre, através da identificação de trabalhadores de “caras todas iguais, de rosto achatado e grandes orelhas, fotocópias de Sarney!” Pena que ela não vai encontrar num shopping perto de casa caras iguais a de Paulo Freire, Nisia Floresta, Francisco Julião ou a tua… E por falar em Francisco Julião, hoje faz 12 anos da morte desse companheiro, líder das ligas camponesas em Pernambuco, militante da reforma agrária no Brasil (Martins, 1994). Tu não se lembrou da data? Aí não carece de calendários, eu sei. Por aqui as pessoas estão mais preocupadas com o aniversário de uma companhia aérea e suas passagens mais baratas. É… parece que os fluxos migratórios mudaram, mas as promessas de ir a terra prometida continuam. Quem sabe, Josué, isso não resolva os problemas dos maranhenses? Segundo a procuradora, o …

Todas e Todos Contra a Opressão

Assista o vídeo produzido pelo Coletivo Catarse sobre a manifestação em apoio ao Assentamento Urbano Utopia e Luta que, pela segunda vez, foi alvo de ataques nazifascistas em Porto Alegre. Aqui ninguém esconde o rosto. Somos todas e todos contra qualquer tipo de opressão:

O império de Teixeira e da Rede Globo

Ricardo Teixeira disse recentemente que está cagando para o que outros canais de informação estão falando dele. O imperador do futebol brasileiro afirmou que só vai se importar quando sair alguma coisa no Jornal Nacional. Segue matéria de Paulo Henrique Amorin: