Projeto Percy Lau realiza entrevista online

Entrevista online com a Professora Heliana Angotti-Salgueiro, doutora em História pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (1992), com pós-doutorados pela Fapesp e The Getty Foundation. Realizada inteiramente em plataforma livre, em sistema operacional Linux-Ubuntu, uma parte importante também da proposta deste projeto. Com direção de Leonardo Gomes, estudante de Geografia e proponente do projeto, conversamos e analisamos a contribuição das obras de Percy Lau para a formação da iconografia brasileira. Foto: Têmis Nicolaidis

Seminário A Justiça de Transição e a militância em defesa dos Direitos Humanos

No próximo dia 28 de maio, sábado, a partir das 13 horas, ocorrerá o Seminário A Justiça de Transição e a militância em defesa dos Direitos Humanos, no auditório do Instituto de Arquitetos do Brasil, situado na Rua General Canabarro, 363, Bairro Centro, em Porto Alegre/RS. O evento tem como propósito aproximar o debate da Justiça de Transição, focado na Ditadura Civil-Militar implantada no Brasil a partir do golpe de 1964, com atuação dos militantes em defesa dos Direitos Humanos nos dias atuais. Dessa forma, destacar como processos históricos inacabados (como a ausência de efetiva transição do regime autoritário) interferem na construção de consciência coletiva e na efetivação da democracia na sociedade brasileira, que historicamente desrespeita os Direitos Humanos, principalmente da classe popular. Nesta perspectiva, o debate reunirá perseguidos políticos pelo Regime Autoritário militar, advogados populares, grupos de assessoria jurídica e representantes de movimentos populares que hoje lutam pela efetivação dos Direitos Humanos e que conjugam esforços com o povo para a transformação da dura realidade ainda vivenciada. Em anexo é apresentada a programação da atividade, a entrada é franca. Para confirmação de presença e outros esclarecimentos, solicitamos comunicar-se com a instituição pelo telefone (51) 3028-8058 ou pelo correio eletrônico acessocidadaniadh@gmail.com. Acesso – Cidadania e Direitos Humanos.

Ruralistas comemoram morte de extrativista com vaia ao anúncio durante a votação do Código Florestal

Do sítio do MST Era perto das 16h quando uma cena grotesca aconteceu no plenário da Câmara dos Deputados. O líder do Partido Verde, José Sarney Filho, lia uma reportagem sobre o extrativista José Claudio Ribeiro da Silva, brutalmente assassinado pela manhã no Pará, junto com sua mulher Maria do Espírito Santo da Silva, também uma liderança amazônica. Ao dizer que o casal que procurava defender os recursos naturais havia morrido em uma emboscada, ouviu-se uma vaia. Vinha das galerias e também de alguns deputados ruralistas. A indignidade foi contada no Twitter e muito replicada. “Foi um absurdo o que aconteceu”, diz Tasso Rezende de Azevedo, ex-diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro. “Ficamos estarrecidos”. O assassinato de Zé Claudio, como era conhecido, e de Maria do Espírito Santo aconteceu às 7h da manhã, a 50 km de Nova Ipixuna, sudeste do Estado, na comunidade de Maçaranduba. “Eles vinham no carro deles, indo para a cidade. Tinha uma ponte meio danificada no igarapé. Ele desceu para ver e ali foi a emboscada”, conta Atanagildo Matos, diretor da regional Belém do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, o ex-Conselho Nacional dos Seringueiros. Zé Claudio foimorto fora do carro, Maria foi baleada dentro do veículo. Uma orelha foi arrancada pelos pistoleiros, conta Atanagildo, o primeiro a ser avisado por Clara Santos, sobrinha de Zé Claudio. O casal vinha sofrendo ameaças desde 2008. “É um área muito tensa, que vinha sofrendo muita pressão de madeireiros e carvoeiros”, conta Atanagildo. “Era a última área da região com potencial florestal muito bom. Zé Claudio e Maria resistiam muito ao desmatamento.” Os dois viviam em Nova Ipixuna há 24 anos, em um terreno de 20 hectares no Projeto de Assentamento Agroextrativista (Paex) Praialta- Piranheira, às margens do lago de Tucuruí. Extraíam óleo de andiroba e castanha. Em palestra em novembro, no evento TEDx Amazônia, Zé Claudio denunciava o desmate. “É um desastre para quem vive do extrativismo como eu, que sou castanheiro desde os 7 anos da idade, vivo dafloresta e protejo ela de todo jeito. Por isso, vivo com a bala na cabeça, a qualquer hora”. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência estava no Fórum Interconselhos quando um dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) deu a notícia. Foi ao Palácio, relatou à presidente Dilma Rousseff e ela determinou ao ministro da Justiça José Eduardo Cardozo que a Polícia Federal apure o assassinato dos sindicalistas.

Morre Abdias do Nascimento, guerreiro do povo negro

Faleceu nesta manhã de terça, 24, no Rio de Janeiro, o escritor Abdias do Nascimento. Poeta, político, artista plástico, jornalista, ator e diretor teatral, Abdias foi um corajoso ativista na denúncia do racismo e na defesa da cidadania dos descendentes da África espalhados pelo mundo. O Brasil e a Diáspora perdem hoje um dos seus maiores líderes. Aos 97 anos, o paulista de Franca passava por complicações que o levaram ao internamento no último mês. Deixa a esposa Elisa Larkin, o filho e uma legião de seguidores, inspirados na sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos. Foto: doolharnegro.blogspot.com Comunicado enviado ao e-mail da Catarse através da rede de contatos do Comitê Latino Americano.

Marcha da Via Campesina em Porto Alegre

Uma marcha com mais de 3 mil pessoas pelas ruas de Porto Alegre encerrou a manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina no dia 19 de maio. Eles estavam acampados no pátio do Ministério da Fazenda desde a manhã do dia anterior. Na tarde de 19 de maio, eles partiram em marcha até o Palácio Piratini, onde realizaram um grande ato. Os camponeses e as camponesas do MST, MAB e MPA pedem a renegociação das dívidas da agricultura familiar. No encontro com Tarso Genro, o governador se comprometeu com a vinda do ministro Gilberto Carvalho para um encontro com os trabalhadores. O Secretário-Geral da Presidência da República deve conhecer de perto o problema das dívidas dos pequenos agricultores do sul. O ministro foi designado pela presidente Dilma Rousseff para coordenador o grupo de trabalho que trata da questão das dívidas em Brasília.Os pequenos agricultores e assentados do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento dos Sem Terra (MST), que integram a Via Campesina, devem permanecer mobilizados até que a pauta das famílias seja atendida. reportagem: Bianca Costafonte: sítio do mst

Primeiro anúncio de publicidade no blog

O interesse do Governo do Estado do Rio Grande do Sul em publicar este anúncio de campanha pública no topo de página do nosso blog foi uma novidade para o Coletivo Catarse e, neste editorial, gostaríamos de dividir com os que acompanham nosso trabalho na internet a decisão em aceitá-lo, já que significa uma mudança na gestão dos recursos que administramos. Há seis anos e sete meses fundamos a Cooperativa. Este blog/site existe desde o começo. Nunca havíamos cobrado por publicidade. Não procuramos anunciantes, nem nunca fomos procurados. Nunca recebemos nenhum recurso que não fosse para remunerar o nosso trabalho. Somos trabalhadores livres, sem patrão, organizados numa instituição sem fins lucrativos. Trabalhamos para movimentos sociais, cooperativas e sindicatos de trabalhadores do campo e da cidade, coletivos de artistas, projetos sociais, universidades, TVs públicas, organizações não governamentais, pequenos empreendimentos solidários e, também, órgãos públicos em geral. Como militantes da comunicação, nos engajamos a serviço das causas pelas quais acreditamos. Mas não prestamos serviços para partidos políticos e governos. Recusamos todas as ofertas que nos chegaram. Também não aceitamos recursos de empresas privadas que estejam envolvidas com qualquer violação de direitos ou que pratiquem mercantilismo. Por outro lado, entendemos como legítimo acessar financiamento público para produzir algo de interesse social. Sempre se debate nos espaços que lutam pela democratização da comunicação que a publicidade governamental com dinheiro público financia em grande parte a mídia comercial. É com recursos públicos que a imprensa corporativa manipula contra o direito dos pobres e dos trabalhadores, usa seus veículos para reforçar a alienação, o consumismo e a dominação do capital. Todas as televisões e rádios no Brasil são concessões públicas e, quase sempre, estão na mão de empresários-políticos. Ainda são poucas na mão de trabalhadores, e menos ainda as geridas pelos movimentos sociais. A nossa política é o trabalho da Catarse. As organizações que apoiamos e as lutas que abraçamos são como nossas, daqueles que querem transformar o mundo num lugar justo de se viver, em que as pessoas tenham o mesmo valor e os mesmos direitos. Trabalhamos para as pessoas e ideias que acreditamos. Temos lado, e está nas reportagens, imagens, texto e emoções que usamos contra a alienação e a dominação de uns sobre os outros. Mesmo com essa mudança de rumos que o governo do Estado incia na área da publicidade oficial, ainda há muito o que avançar. Por exemplo: somente quatro agências de publicidade estão autorizadas a investir os R$ 159 milhões destinados pelo governo. É preciso existir controle social direto sobre essa verba. As regras de escolha, muitas vezes, são ditadas pelas agências, e é praxe que fiquem com 20% do que é cobrado por anúncio. Nós próximos dias, o governo Tarso lançará o Gabinete Digital e a Câmara de discussão, no Conselhão estadual, da necessidade de criação do Conselho de Comunicação. Se for no interesse de participação, é ótima oportunidade para a sociedade discutir os gastos e as concessões públicas. A própria secretária Vera Spolidoro adiantou, ao declarar em evento na Fabico hoje [23.05], que os empresários de mídia vão reclamar. Logo eles, que sabem tanto negociar.

Marcha da Maconha Porto Alegre

Na tarde de ontem em Porto Alegre aconteceu a Marcha da Maconha. Esta marcha foi no Parque da Redenção e contou com a participaçnao de muitas pessoas que lutam pela  discriminalização da canabis.A marcha foi pacifica e sem a presença da brigada militar.“Prende os banqueiros e solta os maconheiros”, gritavam os que participavam da marcha. Abaixo algumas fotos da marcha.