Convocatória – Lançamento do Festival Internacional de Musica Livre – #FimLivre #CulturaDigital

“Nós, do movimento Música Para Baixar (MPB) compreendemos a música não apenas como entretenimento mas como uma forma da liberdade de expressão de ideias e sentimentos humanos. A falta de transparência na distribuição de recursos advindos da produção e o acesso intermediado por monopólios não contribuem para a diversidade musical brasileira tampouco para uma maior geração de renda dos artífices envolvidos na cadeia produtiva da música. Vivemos um momento de definições do que é acesso e produção de música. As novas tecnologias, atualmente por terem a capacidade de ampliar as possibilidades de democratização da comunicação, da música e do conhecimento, atravessam um processo de ataques institucionalizados de diferentes setores que acirram a vigilância e o controle sobre o ambiente digital. Leis que regulamentam a circulação de conhecimentos e de propriedade intelectual são cada vez mais rígidas e engessam, por sua vez, as possibilidades criativas, com nítidos objetivos de determinar o que será consumido como cultura. O Festival Internacional de Música Livre (#FimLivre) será um espaço de mostra musical e debates, em que valores como colaboração, flexibilização das leis de direito autoral, generosidade intelectual, ativismo, troca, criação livre, licenças livres, redes sociais digitais e produção compartilhada serão elementos a serem discutidos enquanto novas possibilidades que integram a produção musical e desenvolvimento local. Representam um momento único de reapropriação da música, arte, tecnologia e comunicação colaborativa, por todas e principalmente par aqueles que até agora foram excluídos do acesso à criação, produção e apreciação da música. Reconhecemos o apoio e parceria do Governo do Estado do RS que, através do Gabinete Digital do Governador Tarso Genro, constrói o#FimLivre de forma colaborativa com ativistas da cultura e música digital, para que nesse processo possamos também elaborar políticas públicas para o desenvolvimento de uma sociedade livre para o bem comum, em que a mais pessoas participem desse processo, efetivamente, desde sua concepção até sua implementação. O desafio também é pensar políticas públicas que considerem as práticas da internet, que organizem cadeias produtivas e modelos de criação, produção e apreciação da música, que fomentem relações sociais, culturais e econômicas justas e transparentes, sem intermediários, para que exista cada vez mais equilíbrio entre remuneração justa d@ criador(a) e gestor(a) das suas obras e o livre acesso aos cidadãos. Sob essas perspectivas, o Movimento Música Para Baixar convoca organizações, coletivos e indivíduos para lançamento #FimLivre, que acontecerá na Casa de Cultura Mário Quintana, no dia 13 de abril às 16h em Porto Alegre. O lançamento do #FimLivre é também parte da programação do Festival IberoAmericano “EL MAPA DE TODOS” que acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de abril, em Porto Alegre, com participação de artistas de diversos países. Saiba mais: https://www.elmapadetodos.com.br“ Serviço: O que? Lançamento do Festival Internacional de Música Livre – #FimLivre. Onde? Casa de Cultura Mário Quintana – Porto Alegre Quando? 13 de abril às 16h. O lançamento será transmitido pela internet. O endereço da transmissão será informado neste link: https://openfsm.net/projects/fimlivre/blog/ e nas redes sociais. Contatos: Gustavo Anitelli (11) 86996683 Richard Serraria (51) 91047759

Meta: zerar os conflitos por terra no RS em quatro anos

Em entrevista coletiva a 35 blogs na última terça-feira (05), disse o governador Tarso Genro: “A Constituição Brasileira é hostil à Reforma Agrária. Uma constituição federal que permitisse eficiência na Reforma Agrária daria a emissão imediata de posse da terra desapropriada, após a avaliação feita por um perito do Estado. E essa não permite. A terra que o MST ocupou em São Borja está desapropriada desde o Governo Olívio. A Reforma Agrária é uma decisão política, mas também uma engenharia institucional. A nossa meta é zerar os conflitos de terra no Rio Grande do Sul em quatro anos, se tivermos ajuda do Governo Federal.” Respondendo a uma pergunta do Coletivo Catarse, ele também falou sobre a impotância da agricultura familiar, sobre monoculturas e agrotóxicos. Ao blog Cloaca News afirmou que não tem medo de enfrentar os interesses contrários que possam existir ao projeto de criação do Conselho Estadual de Comunicação Social. Luix, do blog Outros 500, perguntou sobre um possível “tribunal de exceção” nas cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014, e também sobre a violência do Estado contra a juventude negra, citando os casos de Tairone Silva, assassinado em Osório e Helder Santos, que saiu do RS por conta de ameaças e racismo da Brigada Militar. Francisco, do blog Na Práxis, sugeriu ao governador a criação de um tipo de “comissão da verdade” para apurar crimes contra os movimentos sociais. Outras questões foram colocadas na entrevista, mas essas são as que estão registradas no vídeo que fizemos: Mais da conversa com os blogs no RS Urgente e Cloaca News.

Audiência Pública sobre Plano Diretor Cicloviário

Audiência pública debaterá nesta quinta-feira (7), a partir das 18h30min, a circulação de bicicletas em Porto Alegre. O encontro é aberto ao público e será realizado no plenário Otávio Rocha, da Câmara Municipal de Porto Alegre (Avenida Loureiro da Silva, 255). Já existe, desde 2009, um Plano Diretor Cicloviário na cidade que contempla ciclofaixas na maioria dos bairros. Este plano tem verba específica já liberada, mas o Plano está parado por falta de pressão da sociedade. Vamos cobrar a execução imediata deste plano que já é lei desde 2009 (Lei Complementar 626)!É importantíssima a participação de todos! Vamos cobrar políticas públicas que devolvam a cidade às pessoas e um orçamento maior para se investir na circulação de bicicletas. Uma cidade com mais bicicletas é uma cidade com menos carros, mais segura, com menos ruído e poluição! Mais sobre o Plano Cicloviário aqui.

Para não esquecer de lembrar

Parece um boneco, mas é um corpo arrastado pela corda. Uma língua de fogo o lambe. Quatro fuzis saúdam a sua morte. Ouço o barulho de suas costas contra as pedras. Nove mulheres, nove bocas anunciam. Gritam com a garganta e o coração a saudade e a revolta. Há anos se gastam as cadeiras em suas mãos, à espera dos desaparecidos. Cada um que não voltou no corpo volta na lembrança. Os nomes voam pelo ar, grudam secos na pele dos ouvidos. A atuadora me estende os braços e, quando me olha, já é outra mulher, desesperada não pode amanhecer da noite que nunca acabou: “Onde ele está?”. E perguntando aperta os dedos dela contra os meus, coloca seus ausentes em minha mão: Elson Costa. Paulo Mendes Rodrigues. Rubens Beirodt Paiva. David Capistrano da Costa. Vandick Reidner Pereira Coqueiro. João Leonardo da Silva Rocha. Me dobro sobre a cadeira vazia (sempre vazia), abandonada no pátio, onde poderiam estar sentados outros que não se despediram: Suely Yumiko Kamayana. Onofre Pinto. Paulo César Botelho Massa. Os nomes voam pelo corredor da universidade, as vozes distanciam, junto com as mulheres, vão ao longe se apagando. Ainda os procuro pelo chão (como o chão dos que foram pisados pelos torturadores), sobre o qual os presentes caminham agora com essa dor da performance “ONDE? Ação nº2”, da tribo Ói Nóis Aqui Traveiz. E os encontro: José Maria Ferreira Araújo. Walter de Souza Ribeiro. Antonio dos Três Reis Oliveira. Jaime Petit da Silva. Caiupy Alves de Castro. Antônio de Pádua Costa. Guilherme Gomes Lund. José Lima Piauhy Dourado. Áurea Eliza Pereira Valadão. Daniel Ribeiro Callado. Pedro Carretel. Nestor Veras. Paulo Costa Ribeiro Bastos. Morreram muitos outros. Então os militantes de hoje, disfarçados de atuadores abrem a faixa: GOLPE DE 64 PARA NÃO ESQUECER DE LEMBRAR DITADURA NUNCA MAIS Ontem fez 47 anos do golpe. Agora, o debate na universidade pode começar. Sobre a performance “ONDE? Ação nº 2″, da Tribo de atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que aconteceu no dia 1º de abril, em frente ao Salão de Atos da Reitoria da UFRGS, dentro da programação do Seminário Memória, Verdade e Justiça: As Marcas das Ditaduras no Cone Sul.

As coisas são para quem as enxerga.

Entrou rápido e intrépido pela porta mecânica. Corajoso, foi o primeiro a atravessar a estrutura de metal onde um guardião carrancudo cobrava pedágio. Sua dezena de olhos conferia as condições do lugar, e procurava um paradouro seguro para ele e sua protegida. Parou um instante, sentiu o ar e avançou decidido até o fim do corredor. Observou atento as possibilidades da localização, mas ficou em pé. Acenou. Ela respondeu mexendo na bolsa: – Senta lá no fundo, Homem-Aranha, que a mãe tá pagando a passagem. Por Thais Fernandes. Leia mais em Dramaturgia em Miniatura.

Massa Crítica agora virou notícia?

Perguntamos a um funcionário da rbs sobre o súbito interesse no movimento Massa Crítica, como que isso só ocorria agora, após um fato trágico, e porque deste interesse. Por que a pauta do movimento não é pauta da grande mídia, mas a tragédia é? Será que é isso que as pessoas querem realmente?