Estação Ferrinho 47 anos

Programação cultural celebra os 47 anos do Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho Desde o dia 03, o Grupo Trilho de Teatro Popular promove o evento Estação Ferrinho 47anos (Av. Dona Teodora, 1250, Humaitá). Para comemorar mais um aniversário do Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho, foram programados espetáculos de teatro e de música abertos à comunidade (entrada franca), representando mais uma vez a importância de sua existência. Inaugurado em 1963, o Ferrinho fica a cada dia mais cheio de vida. Começou Ferrovia e, resistindo ao tempo, hoje representa tanto a memória como o futuro da comunidade do Humaitá, além de abrir seu horizonte a novos parceiros por toda Porto Alegre. A manutenção das atividades do Ferrinho possibilita fazer arte e fruir arte, além de proporcionar diálogo e construção, com toda a rica e histórica bagagem do trabalhador ferroviário. Ainda dá tempo de participar: DIA 06/11 SÁBADO 18 HORAS “ESTACÃO DESCENTRALIZADA: Teatro Popular (?)” Bate-papo com o deputado estadual Raul Carrion, o professor de teatro da UERGS Carlos Mödinger, o coordenador de artes cênicas da Secretaria Municipal de Cultura, Breno Ketzer e os artistas interessados na temática. Após o bate-papo, está programado um coquetel ao som da MPB do Grupo UPA. DIA 07/11 DOMINGO 20 HORAS “A História da Tigresa” Conta a homérica história de um soldado chinês que por motivos alheios se separa de sua tropa. Entregue a sua própria sorte, ele se vê obrigado a salvar o único fio de vida que lhe resta. Enfrenta tempestades, avalanches de água, escala montanhas, corre por descampados enormes, sobe encostas, até que encontra uma gruta onde pode se abrigar. Entretanto, ali também é morada de uma tigresa e seus filhotes. Surpreendentemente ele não vira comida de tigres. Ao invés disso começa uma relação nada comum entre um homem e um animal. Texto de Dario Fo. Espetáculo da Cia. Destemperados, atuação de Anderson Balhero.

Filas do SUS em Porto Alegre: a prevalência do abandono

Antes do dia chegar, quando a noite ainda dorme mergulhada no escuro, os que precisam do Sistema Único de Saúde já estão na rua. Esperam nas calçadas, contra as grades e os muros dos postos de saúde, às vezes no frio e na chuva, a chance de encontrar um médico. Em Porto Alegre, são estes locais os responsáveis pelo atendimento básico à população. Em frente às unidades de saúde, a precariedade na oferta de consultas faz com que as pessoas se organizem como podem, antes do expediente começar. Procuram o abrigo que não tem, disputam um lugar, chegam a brigar por uma ficha. O poder público sabe, mas se omite. Só que o problema está na sua porta. Se houvesse médico para todos isso aconteceria? O Coletivo Catarse, com apoio do Sindisprev-RS e Simers produziu uma reportagem em vídeo de 48 minutos sobre esta situação. Será exibida nesta quinta, no auditório do Sindisprev RS, seguida de debate. Você está convidado. Dia 04 de novembro de 2010 (quinta-feira), às 18:30h.Sede do SINDISPREV RS – Trav. Leonardo Truda, 40 – 12º andar. Centro de Porto Alegre. Abaixo, um trailer do vídeo:

Quilombo dos Silva no Desinformémonos

Desinformémonos para nos informar: “Aderimos às batalhas que se passam ‘abajo y a la izquierda’, à margem do poder e dos poderosos. Estamos do lado da autonomia dos povos, pelo direito a decidir sobre nossos próprios destinos. Somos, sem ambiguidades, fruto de uma luta que, desde 1º de janeiro de 1994, nos transformou: o levantamento do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). E é no terreno da ‘desinformação’ que atuaremos”, disse a jornalista Gloria Muñõz ao jornal Brasil de Fato. Publicamos esta ‘desinformação’ aqui, em abril deste ano. Agora, quando chegamos em novembro, tempo de nunca esquecer de lembrar de Zumbi e de João Cândido, de Maria Firmina dos Reis, e de cada mulher e homem negro que nos educa enquanto resiste, o Desinformémonos traduz para espanhol e veicula a reportagem que fizemos sobre o primeiro quilombo urbano reconhecido e titulado no Brasil: o Quilombo da Família Silva. Pela sensibilidade e determinação de Joana Moncau (gracias!), brasileira que subverte cores, calendários, geografias e notícias nas selvas mexicanas, o vídeo foi traduzido para espanhol e integra a edição número 13, deste projeto de contra-informação (outra informação) que nos inspira. DESINFORMÉMONOS HERMANOStan objetivamente como podamos desinformémonos con uncióny sobre todocon disciplina que, espléndido que tus vastas praderaspatriota del podersean efectivamente productivas desinformémonosqué lindo que tu riqueza no nos empobrezcay tu dádiva llueva sobre nosotros pecadoresqué bueno que se anuncie tiempo seco desinformémonosproclamemos al mundo la mentidad y la verdira desinformémonosnuestro salario bandoneón se desarrugay si se encoge eructa quedamentecomo un batracio demócrata y saciado desinformémonos y bastade pedir pan y techo para el míseroya que sabemos que el pan engorday que soñando al rasose entonan los pulmones desinformémonos y bastade paros antihigiénicos que provocanerisipelas y redundanciasen los discursos del mismísimo basta de huelgas infecto contagiosascuya razón es la desidiatan subversiva como fétida garanticemos de una vez por todasque el hijo del patrón gane su pancon el sudor de nuestra pereza desinformémonospero también desinformemos verbigraciatiranos no tembléispor qué temer al pueblosi queda a mano el delirium tremens gustad sin pánico vuestro scotchy dadnos la cocacola nuestra de cada día desinformémonospero también desinformemos amemos al prójimo oligarcacomo a nosotros laburantes desinformémonos hermanoshasta que el cuerpo aguantey cuando ya no aguanteentonces decidámonoscarajo decidámonosy revolucionémonos. Poema de Mario Benedetti.

Lançamento da música: A Princesa é uma Senhora

Gustavo, Valentim e Marcelo ao vivo na RÁDIOCOM conversando sobre o filme O Grande Tambor, tocando sopapo e lançando oficialmente a música A Princesa é uma Senhora, trilha original do filme. Faça o download da entrevista da equipe na RádioCom, clicando aqui. Ouça ao vivo a Rádiocom: https://radio-com.blogspot.com/

O dia do Saci Pererê

por Elaine Tavares Em luta neste dia 30, no Trapiche da Beira-Mar, às 10h, em Florianópolis, contra o estaleiro Não há nada mais servil do que se deixar dominar culturalmente. Quando a força das armas vem, pode-se até entender. Mas quando o domínio se dá de forma sub-reptícia, via cultura, parece mais letal. O Brasil vive isso de forma visceral. A música estadunidense invade as rádios e a juventude canta sem entender a mensagem. No comércio abundam os nomes de lojas em inglês e até as marcas de roupa ou sapato são na língua anglo-saxônica, “porque vende mais” dizem as atendentes. Nas vitrines, cartazes de “sale”, ou “50% off” embandeiram a escravidão cultural. E tudo acontece automaticamente, como se fosse natural. Não é! Outra prática que vem invadindo as escolas e até os jardins de infância é a comemoração do Halloween, o dia das bruxas dos estadunidenses. Lá, no país de Obama, esta data, o 31 de outubro, é um lindo dia de festividades com as crianças, no qual elas saem fazendo estripulias, exigindo guloseimas. Tudo muito legal dentro da cultura daquele povo, que incorporou esta milenar festa irlandesa lá pelo início do 1800. Nesta festa misturam-se velhas lendas de almas penadas, de gente que enganou o diabo e outras tantas comemorações pagãs. Além disso, hoje, ela nada mais é do que mais uma boa desculpa para frenéticas compras, bem ao estilo do capitalismo selvagem, predador. Aqui no Brasil esta festa não tem qualquer razão de ser, exceto por conta das mentes colonizadas, que também associam o Halloween ao consumo. Não temos raízes celtas, nem irlandesas ou inglesas. Nossas raízes são outras, Guarani, Caraíba, Tupinambá, Pataxó… Nossos mitos – e são tantos – guardam relação com a floresta, com a vida livre, com a beleza. O mais conhecido deles é ainda mais bonito, fala de alegria e liberdade. É o Saci Pererê. Uma figurinha buliçosa que tem sua origem nas lendas dos povos originários, como guardião das generosas florestas que garantiam a vida plena das gentes. Com a chegada dos povos das mais variadas regiões da África, o menino guardião foi agregando novos contornos. Ficou negro, perdeu uma perna e ganhou um barrete vermelho na cabeça, símbolo da liberdade. Leva na boca um cachimbo (o petyngua), muito usado pelos mais velhos nas comunidades indígenas. Sua missão no mundo é brincar, idéia muito próxima do mito fundador de quase todas as etnias de que o mundo é um grande jardim. Pois é para reviver a cada ano as lendas e mitos do povo brasileiro que vários movimentos culturais e sociais usam o 31 de outubro para comemorar o Dia do Saci. Com atividades nas ruas, as gentes discutem a necessidade da libertação – coisa própria do Saci – das práticas culturais colonizadas. Ao trazer para o conhecimento público figuras como o Saci, o Caipora, o Boitatá, o Curupira, a Mula Sem Cabeça, todos personagens do imaginário popular, busca-se, na brincadeira que é próprias destes personagens mitológicos, incutir um sentimento nacional, de brasilidade, de reverência pela cultura autóctone. Não como sectária diferença, mas como afirmação das nossas raízes. Em Florianópolis, quem iniciou esta idéia foi o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, que decidiu instituir o 31 de outubro como o Dia do Saci e seus amigos. Assim, neste dia, durante vários anos, os mitos da nossa gente invadiam as ruas, não para pedir guloseimas, mas para celebrar a vida. Tendo como personagem principal o Saci, o sindicato discutia a necessidade de valorizarmos aquilo que é nosso, que tem raiz encravada nas origens do nosso povo. Mas, agora, sob outra direção, que não conspira com estas idéias de nacionalismo cultural, o Saci não vai sair com a pompa usual. Mas, não tem problema, porque neste 30, prenunciando seu dia, por toda a cidade, se ouvirão os loucos estalos nos pés de bambu. É porque dali saem, às carreiras, todos os Sacis que estavam dormindo, esperando a hora de brincar com as gentes. Redemoinhos, ventanias, correrias e muito riso. Isso é o Saci, moleque danado, guardião da floresta, protetor da natureza. Ele vem, com seus amigos, encantar o povo, fazer com que percebam que é preciso cuidar da nossa grande casa. Não virá pela mão do Sintufsc, mas pelo coração dos homens, mulheres e crianças que estarão no trapiche da Beira-Mar, às 10h, em Florianópolis, em luta contra o estaleiro que Eike Batista quer construir na nossa região. O Saci é protetor da natureza e vai se unir a barqueata que singrará os mares no encontro das gentes em rebelião. Ah Saci, eu vou te esperar… Que venhas com o vento sul… Publicado no site da Adital.

1ª Feira do Livro Anarquista

Porto Alegre terá sua 1ª Feira do Livro Anarquista! Salve! PROGRAMAÇÃO Sexta (5 de novembro) Abertura da Feira do Livro AnarquistaA partir das 19:00 Espetáculo “O Homem Banda”, com Mauro Bruzza, da Cia. UmPédeDoisLançamento dos livros Dias de Guerra, Noites de Amor – Crimethinc e Zonas Autônomas –(vol. 2) – Hakim Bey, pela Editora Deriva Sábado (6 de novembro) Oficina: Costura de Livros sem frescuraDas 11h às 12:30Proponente: Editora Deriva Almoço VeganoA partir das 13h Bate-papo: Anarquismo e GeografiaDas 14:30 às 16:00Convidado: Dilermano Cattaneo Bate-papo História pelos AnarquistasDas 16:30 às 18:00Convidado: Anderson Romário Pereira CorrêaO saber histórico serve para compreender e explicar o processo pelo qual as sociedades e os indivíduos passaram para chegar a ser o que são hoje. Conhecer este processo é um dos pressupostos para poder agir sobre ele. O saber histórico serve também como discurso para justificar ações e posturas presentes. O texto “A história na visão de anarquistas” pretende conhecer como alguns anarquistas “clássicos” pensavam a História. A modesta intenção do texto é provocar a discussão entre aqueles que se identificam com o anarquismo e que procuram referências teóricos e metodológicos para seus estudos em História. Filme e bate-papo: ÁcratasÀs 19hO documentário reconstói narrativamente a experiência dos “anarquistas expropiadores” no Rio da Prata dos anos 30. Documentário independente realizado com fotografias, filmes de época, materiais de arquivo e testemunhos de sobrevivientes. Conta também com intervenções do historiador anarquista Osvaldo Bayer, quem tem escrito sobre o fenómeno dos anarquistas expropiadores, Abel Paz, historiador da revolução espanhola e do intelectual ítalo-uruguaia Luze Fabbri. Domingo (7 de novembro) Oficina Stencil Às 10:00Proponente: Alisson Almoço VeganoA partir das 13h Bate-papo: Anarcologia e ProtopiaDas 14:30 às 16hConvidado: AltUm papo sobre saberes anarquizantes (Anarcologia). Sobre ações históricas em favor da autonomia e experiências comunalistas: das barricadas de Comuna de Paris aos Caracóis da Selva Lacandona. Embates territoriais em contextos de ampliação do aparato de repressão e controle no contexto urbano. Possibilidades protópicas, a estratégia das zonas autônomas, formas de libertação da imaginatividade. Bate-papo: Política e anarquismoHorário: 16:30 – 18:00Convidado: Bruno Lima Rocha Bate-papo: Feminismo e AnarquismoHorário: 18:30 – 20:00Convidado: Ação AntisexistaPropomos um diálogo sobre as conexões entre anarquismo e feminismo.Existe anarquismo sem feminismo? Qual a importância dos principios libertários para o feminismo contemporâneo?Estaremos também lançando os zines Nem Escravas Nem Musas #2 e Reajindo – Defesa pessoal para mulheres de todas as idades.

Polícia identifica artistas por teatro de rua na esquina "democrática"

Da Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA…: “No dia 16 de Outubro de 2010 a Esquina ‘Democrática’ voltou a ser palco de embate. A Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA… apresentava sua montagem de Teatro de Rua Árvore em Fogo quando vários soldados da Brigada Militar tentaram interromper a apresentação abaixo de ameaças de prisão e de gritos para intimidar os atores. Nós, da Cambada, em um verdadeiro ato de resistência, levamos a apresentação até o final. Foi quando nos vimos detidos (inclusive uma criança de 11 anos que participa da peça), não poderíamos deixar o local nem poderíamos levar nosso material cênico, caso não nos identificássemos. Fomos levados a delegacia quando, por sorte, um pedestre se identificou como advogado e nos acompanhou. Não sabemos o que seria dentro da delegacia cercados por vários policiais sem este advogado que apenas passava e resolveu não ficar calado diante de tão absurda atitude dos soldados. Um deles argumentou que um dos motivos que os fizeram tentar parar a peça foi que ‘algumas pessoas não estavam gostando’. Depois de algum tempo de discussão dentro da delegacia, fomos identificados e liberados. Esta intervenção da Brigada Militar desrespeita o Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 que diz: ‘É LIVRE A EXPRESSÃO DA ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO INDEPENDENTEMENTE DE CENSURA OU LICENÇA’. Este foi mais um ato estúpido, inexplicável e inconstitucional da polícia. Árvore em Fogo é um alerta para a necessidade de Liberdade. Junto com Brecht a Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA…afirma: DE HOJE EM DIANTE TEMEREMOS MAIS A MISÉRIA QUE A MORTE!!”