Agrofundamentalistas impedem INCRA de trabalhar em Bagé

Nota da assessoria de imprensa: A Superintendência Regional do Incra no RS vem a público lamentar a situação de conflito criada em Bagé por proprietários rurais. Hoje pela manhã, técnicos do Incra estiveram a campo iniciando o levantamento fundiário necessário ao Relatório Técnico de Identificação e Delimitação do território da comunidade quilombola das Palmas. Um grupo de ruralistas cercou a equipe e não permitiu a realização do trabalho, dentro da área do próprio quilombo, em atitude totalmente ilegal e incompreensível. Os servidores registraram queixa, e o Incra/RS está tomando providências para a realização do levantamento em segurança. Cabe ressaltar que a atitude desmedida deste grupo depõe contra os avanços que o estado têm registrado nas políticas de reconhecimento dos direitos das comunidades remanescentes de quilombo. São do RS as duas primeiras comunidades quilombolas urbanas tituladas no país, no resgate de uma dívida histórica que o Estado brasileiro tem com o povo negro. Um avanço na cidadania, nos direitos humanos. Em Bagé, a comunidade das Palmas habita a região há 200 anos. Em 2005, abriu processo no Incra para a regularização do seu território. Já possui laudo sócio-histórico-antropológico feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o Incra/RS precisa iniciar os demais estudos necessários para definir o território a ser titulado em nome da comunidade. Todo o processo é realizado de maneira pública, com muita tranqüilidade, seguindo a legislação competente, com acompanhamento do Ministério Público Federal. Uma vez publicado o RTID, há garantia de prazo de contestação por quem quer que se sinta prejudicado. Proprietários de áreas que devam ser desapropriadas são indenizados, a preço de mercado, conforme os termos legais. Por tudo isto, é lamentável a atitude de um grupo como este em Bagé, que não buscou o diálogo, e sim o confronto. Só podemos entender que esta seja, terrivelmente para os gaúchos, a manifestação explícita de um racismo que tanto castiga o povo negro em nosso país, e que nos envergonha. Os quilombolas vizinhos, na visão destes proprietários, não têm o direito de registrar a sua própria terra. Lamentamos esta atitude. Mas seguiremos o curso da história e da lei, e o município de Bagé poderá se orgulhar de ter resgatado a cidadania de seus quilombolas, quando a comunidade das Palmas estiver de posse de seu título, depois de séculos de espera. Assessoria de Comunicação Social INCRA/RSJornalista: Marja Pfeifer (Mtb 8516)E-mail: marja.coelho@poa.incra.gov.br Fones: (51) 32843309/ 32843311

CORRENTE CONTRA A ANISTIA DOS TORTURADORES

Como participar desta corrente cidadã pela internet: assine a petição on-line e mande e-mail aos Ministros do STF. Divulgue o documentário “Apesar de Você” em sua página ou blog, para isso você pode: 1- Lincar a página do Conversa Afiada em seu sitio recomendando a leitura: https://www.conversaafiada.com.br/video/2010/04/12/o-video-a-que-os-ministros-do-stf-deveriam-assistir-%e2%80%9capesar-de-voce%e2%80%9d-sobre-a-tortura/ 2- Fazer rodar em sua página usando o código EMBED do seguinte vídeo: 3- Incluir banner de acesso: use a imagem acima e o link https://videotecavirtualbnm.blip.tv/ COMITÊ CONTRA A ANISTIA AOS TORTURADORESCompareça dia 14/04 as 13h no STF em BrasiliaDivulgue esta corrente em suas listas O Conversa Afiada reproduziu o email do amigo navegante Marcelo Zelic: Caro Paulo Henrique Amorim o Supremo Tribunal Federal irá julgar na 4ª feira 14/04/2010 a ADPF 153, que é uma solicitação da OAB sobre a Lei de Anistia, pedindo uma definição dos ministros da corte suprema, no sentido de que a anistia não vale para os crimes de tortura, assassinatos, estupro de prisioneiras e desaparecimentos forçados, (crimes de lesa humanidade) cometidos pelos agentes públicos a serviço do estado brasileiro durante a ditadura militar de 1964-1985, ou seja, que os militares, policiais militares, policiais civis e civis que praticaram estes crimes contra os opositores do regime, não são beneficiários da lei ede anistia, através da interpretação errada de que tais barbaridades estariam contidas na definição de crimes conexos. A impunidade vigente estes anos todos, sob o manto do esquecimento e de um falso acordo nacional representado pela Lei de Anistia, fere os tratados internacionais aos quais o Brasil é signatário, a consciência nacional, os direitos humanos e a própria democracia em que vivemos, no sentido que sinaliza com a impunidade, para que os crimes de tortura continuem acontecendo, como acontecem de forma indiscriminada país afora. Envio a vocês o documentário Apesar de Você – Os caminhos da justiça, para fazermos o lançamento em seu sitio de modo a expor para a população brasileira o significado deste julgamento que será realizado no STF, sua importância para o futuro do país, para a defesa da cidadania e para o combate à pratica da tortura, tratamentos cruéis e degradantes. É inadmissível que tenhamos outro resultado que não a decisão dos ministros da Suprema Corte, em favor da legalidade, do ordenamento jurídico internacional dos direitos humanos aos quais o Brasil aderiu, do combate à tortura e da apuração judicial dos crimes praticados pelos torturadores do regime militar, porém estamos receosos; pois pelas declarações de Gilmar Mendes, uma grande maracutaia parece estar a caminho e o STF poderá se tornar mais uma filial da pizzaria nacional. Os ataques contra o Programa Nacional de Direitos Humanos, especificamente à criação da Comissão Nacional da Verdade e as pressões sofridas pelo Ministério Público Federal no sentido de emitir relatório contrario à consciencia nacional, defendendo a não apuração dos crimes deste período de nossa história (com a aceitação destas pressões pelo procurador geral da república, um calaboca foi dado em um instrumento importante da democracia brasileira como é o MPF); mostram o tamanho do embate que enfentamos na luta contra a impunidade em nosso país e para o estabelecimento da verdade e da justiça. Ao lançar na Conversa Afiada este documentário, esperamos que os Ministros do STF o assistam antes de julgar a ADPF 153 e também que os seus leitores ao assisti-lo, participassem de uma campanha relampago, enviando com urgência email aos Ministros do Supremo Tribunal posicionando-se sobre o assunto e pedindo a responsabilização dos torturadores da ditadua militar. PELO ACOLHIMENTO DAS POSIÇÕES DA OAB EXPRESSAS NA ADPF-153 SOBRE A LEI DA ANISTIA.PELO RESPEITO À MEMÓRIA DOS QUE MORRERAM E DESAPARECERAM LUTANDO POR UM BRASIL JUSTO E DEMOCRÁTICO.PELA FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES DE TORTURA PARA QUE SEJAM APURADOS PELO MPF.PELO DIREITO A MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA.PELA REPONSABILIZAÇÃO DOS TORTURADORES DO REGIME MILITAR. Atenciosamente; Marcelo ZelicVice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São PauloCoordenador do Projeto Armazém Memóriawww.armazemmemoria.com.brmzelic@uol.com.br PS – Assinaram o documentário Apesar de Você – os caminhos da justiça: a Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Juízes para a Democracia, Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, Grupo Tortura Nunca Mais-SP, Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Associação dos Magistrados do Brasil, União Nacional dos Estudantes e o Projeto Memórias Reveladas do Arquivo Nacional. ——————————————————————————– MENSAGEM ENVIADA AO GABINETE DOS MINISTROS DO STF – FAÇA A SUA PARTE – MANIFESTE-SE. —– Original Message —–From: Marcelo ZelicTo: ellengracie@stf.gov.br ; mgilmar@stf.gov.br ; mcelso@stf.gov.br ; marcoaurelio@stf.gov.br ; carlak@stf.gov.br ; gcarlosbritto@stf.gov.br ; gabminjoaquim@stf.gov.br ; gaberosgrau@stf.gov.br ; gabinete-lewandowski@stf.gov.br ; anavt@stf.gov.br ; alexandrew@stf.gov.br ; cnj@cnj.gov.br ; mzelic@uol.com.brSent: Monday, April 12, 2010 4:30 PMSubject: ADPF 153 – DIGA SIM À OAB E CONTRA A IMPUNIDADE DOS TORTURADORES Venho através manifestar a minha concordância com a posição da OAB referente à ADPF 153 e sugerir que assistam ao documentário Apesar de Você – Os caminhos da justiça, que debate a questão da impunidade dos torturadores do regime militar. https://videotecavirtualbnm.blip.tv/ Na espera de um posicionamento comprometido com a verdade, a memória e a JUSTIÇA por parte do STF, reafirmo: DIGAM SIM À OAB E CONTRA A IMPUNIDADE DOS TORTURADORES. Atenciosamente Marcelo ZelicVice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São PauloCoordenador do Projeto Armazém Memóriawww.armazemmemoria.com.brmzelic@uol.com.br

A alfabetizacão cinematográfica por Moira Toledo

A forma do filme proporcionando ação de cidadania. É esse espírito de form+ação a soma que vibra pulsante na alma de Moira Toledo, experiente jovem cineasta educadora que circula estusiasmada há dez anos pelas “quebradas” do Brasil ministrando oficinas de alfabetização audiovusual. Sua tese, literalmente falando, pois ela acaba de finalizar a pesquisa do Doutorado em Cinema pela ECA/USP, é propor o processo do fazer cinematográfico como um potente suporte pedagógico de transformação autônoma do indivíduo, principalmente para a juventude nas comunidades de periferia ainda apartadas de espaços culturais que integrem artes sofisticadas como o cinema. Para ela, o aprendizado audiovisual é uma disciplina multi relacional, que consegue trabalhar com diversos problemas de convivência em grupo, porque integra várias inteligências como a musical, viso-espacial, corporal-cinestésica, linguística e, até, matemática e física. “Afinal, a fotografia é composta em frações, ou seja, numerações e equações”, engatilhou Moira para a platéia atenta de 115 professoras de escolas da rede pública municipal de Porto Alegre que participaram, neste sábado 10, do Curso Intensivo de Cinema e Educação, parceria entre a Secretaria Municipal da Cultura (através das suas coordenações de Cinema, Vídeo e Fotografia e Descentralização da Cultura) e a Secretaria Municipal da Educação. A atividade dá largada às ações previstas para 2010 no projeto Programa de Alfabetização Audiovisual, que há dois anos promove uma série de ações voltadas para o aprofundamento e a ampliação da relação da linguagem audiovisual no universo escolar, entre as quais está o Festival Escolar de Cinema Brasileiro, programado para outubro próximo. O Coletivo Catarse esteve lá, interessado que é na área de formação cinematográfica, já que ministra de forma ininterrupta oficinas em diversos espaços de multiplicação cidadã. Aproveitamos, para no final do curso, entrevistar Moira. Queríamos um pouco da tua história, saber por que escolhestes atuar na área de formação audiovisual popular. Sou uma pessoa muito envolvida com as mazelas do mundo. Desde muito novinha decide que qualquer coisa que eu viesse a fazer na minha vida iria ser para transformar a sociedade de alguma forma. Então fiz todo um percurso particular, desde a adolescência trabalhando com movimento estudantil, minha juventude nos partidos, envolvida com política diretamente, fui fazer faculdade de Ciências Sociais e quando cheguei na ECA para estudar Cinema eu pensei: agora, sim, vou mudar o mundo. Mas rapidamente entendi que não se mudava o mundo fazendo filmes. E descobri a educação audiovisual por acaso, porque fui chamada para dar uma oficina. De cara fiquei muito interessada, mas não sabia nem se teria jeito para isso – a existência de muitos professores na minha família me estimulou. Dei a oficina, senti um impacto grande na vida dos meninos com quem trabalhei e pensei: Para aí! – de tudo que fiz na vida, foi onde senti que eu fazia alguma diferença. Assim, hoje, consigo satisfazer essa minha demanda de ser feliz e cumprir minha obrigação transformadora. Não existe nada mais maravilhoso do que entrar numa sala, por exemplo, como essa e trabalhar com 120 professores de escolas públicas, porque sei que cada informação vai para um canto – o impacto de médio prazo é algo que nunca vou saber, mas a certeza é que a semente da transformação está brotando. E isso é muito importante para mim. E por que alfabetizar em linguagem cinematográfica jovens das quebradas, expressão que você usa para o público com o qual trabalha nas comunidades de periferia pelo Brasil? São muitas. A importância óbvia é a que ao promover a alfabetização audiovisual você cria novas formas de se ler os meios de comunicação e nessa ação direta você faz com que os jovens deixem de ser meros depositários da televisão e receptores sem crítica – essa talvez seja a principal. Mas, para mim, como base dessa transformação existe uma característica toda especial do processo cinematográfico que é o de integrar na sua realização diferentes tipos de inteligência, especialmente as pessoais e interpessoais, isso coloca ao aluno uma outra forma de estar no mundo com o seu círculo de relações. Se esses jovens vão se tornar cineastas isso é um efeito colateral, mas, certamente, na minha expectativa, ele terá chances de conseguir lidar melhor com as pessoas, respeitá-las com generosidade e estar atento aos problemas do mundo aprendendo a fazer filmes, o que me deixa muito feliz. Qual a colaboração desses filmes de quebradas para o conjunto da produção cinematográfica nacional? Esses vídeos ainda não fazem parte de alguma escola cinematográfica, sequer consigo dizer que existe um cinema de quebrada, eu sou um pouco reticente a essa idéia. Existe uma intenção de fazer esse tipo de cinema, mas ele é muito pouco afinado e uniforme em termos estéticos. Há um movimento, mas não um cinematografia e se cobrássemos isso dessas produções seria exigir um pouco demais de uma construção que tem somente dez anos e ainda está marginalizada socialmente. Ainda não é o momento de se pensar numa projeção maior, pois haveria uma pressão sobre erros técnicos que ainda são bem evidentes e isso pode boicotar todo o desenvolvimento ulterior que essa produção pode vir a ter. Ainda se está numa situação de bastidores e isso é bom porque está amadurecendo, melhorando e quando um grande filme surgir ele conseguirá botar luz em todos os outros, mas no momento essa luz seria sobre as falhas. E é bom que o movimento ainda fique assim quietinho, de escola em escola, de comunidade para comunidade. Se puséssemos os filmes hoje na televisão eles não teriam impacto, as pessoas não enxergariam novidade pela imperfeição que os trabalhos ainda têm aos olhos do público mais geral. A linguagem está amadurecendo mais rápido do que a técnica, mas chegará o momento em que elas vão se encontrar, espero que num longa metragem de quebrada. Na tua fala aos professores, diversas vezes falastes sobre a “glamourização” do cinema como uma característica de mão dupla, podendo servir para atrair ou decepcionar os alunos de comunidades pobres a descobrirem a linguagem audiovisual. Mas será que não existe uma forma de despirmos …

O MST, a mídia e a ocupação de terras

Estas palavras do João Pedro Stedile ao jornalista Luis Nassif, por conta de informações distorcidas que o jornal Zero Hora teria publicado em relação à ocupação de terras, estão também na cinereportagem É Possível, sobre os 25 anos do MST, produzida pelo Coletivo Catarse para a TVE do Paraná, que nunca foi ao ar. A diretoria de jornalismo da TV também nunca nos disse o motivo. Queremos, em breve, ter as condições técnicas de disponibilizá-la aqui para download. MENSAGEM DE JOÃO PEDRO STEDILE A LUIS NASSIF Estimado Luis Nassif, tenho lido com alguma frequência seus artigos e cumprimento por sua clareza, determinação e coragem. Vi um comentário recente (em https://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/28/sobre-manifestacoes-e-estrategias-politicas/ ), que faz referência a declarações que eu teria dado ao Zero Hora, de Porto Alegre, fazendo uma suposta autocrítica sobre as ocupações de terra. Infelizmente, o jornalista charlatão me fez uma longa entrevista de mais de uma hora, e depois editou de acordo com os interesses de seus patrões. Mas gostaria de esclarecer o sentido das minhas respostas para você e seus leitores. No atual período histórico, disse e reafirmo, não está mais em disputa apenas os interesses dos pobres sem-terra e dos latifundiários, que se apropriaram de grandes extensões de terras públicas mantidas ociosas como reserva de valor. Estamos num novo período histórico, determinado pelo avanço do capitalismo internacional e financeiro sobre a agricultura brasileira, que leva a uma disputa entre dois projetos socioeconômicos para organizar a produção agrícola. De um lado, os latifundiários “modernizados” (em geral, propriedades acima de 500 hectares), que construíram uma aliança com as empresas transnacionais, fornecedoras de insumos, sementes e compradoras da produção. Dessa forma, impõem o preço e controlam o mercado externo, a quem se destinam as chamadas commodities. Esse modelo se chama de agronegócio, que se caracteriza pela necessidade de concentrar a propriedade da terra para aumentar cada vez mais a sua escala. Expulsa o povo do interior para as grandes cidades, porque não oferece oportunidades de trabalho suficientes aos trabalhadores rurais. É agressor do ambiente, pois o monocultivo destrói todas as outras formas de vida vegetal e animal, e só consegue produzir com elevado uso de venenos agrícolas. Daí porque o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de agrotóxicos do mundo – que são, aliás, produzidos por empresas transnacionais. Do outro lado, temos a agricultura familiar, que prioriza o mercado interno, com a produção de alimentos sadios, por meio de práticas agrícolas em equilíbrio com a natureza, com agricultura diversificada e que demanda muita mão-de-obra. No outro ciclo histórico, a ocupação de terras era a principal forma de luta. Era suficiente para enfrentar o latifúndio e abrir um processo de democratização da propriedade da terra. E foi com essa prática que o MST nasceu. Agora a ocupação de terras é insuficiente para enfrentar o modelo do agronegócio. Por isso, além das ocupações, o MST deve desenvolver novas formas de luta, que envolvam todos os camponeses e outros setores da sociedade interessados em mudar esse modelo de exploração agrícola, que agride o ambiente e produz alimentos contaminados. Ou seja, nas regiões do país em que ainda existem muitos latifúndios improdutivos e trabalhadores sem-terra, certamente a ocupação continuará sendo a principal forma de luta – que vem acontecendo, inclusive, independente da existência do MST -, implementada por diversos movimentos sociais ou como reação à pobreza de comunidades rurais.No geral, além das ocupações, devemos desenvolver novas formas de luta, para conscientizar a sociedade das perversidades do agronegócio e suas conseqüências para o nosso povo e para toda a sociedade. Certo de sua atenção, receba um forte abraço Joao Pedro StedileCoordenação Nacional do MST Marcha em 03 de março deste ano, em Porto Alegre, quando as mulheres da Via Campesina receberam apoio de movimentos da cidade.

Na tenda de conveniências dos showrnalistas…

Nas lojas especializadas em perfumarias e de secos e molhados é possível encontrarmos os artigos mais consumidos pelos jornalistas Bundões: pózinho da mentira, fitinha da enrolação, salame para bundões, passarinhos empalhados, bonecos infláveis para fotocascata, falcões da verdade, spray da debilidade mental, maquetes da Vila Cruzeiro (depois do desarmamento bandido), cascatas artificiais (muitos modelos e marcas), chafariz do sorriso, colírios para cegueira, estátuas de réptis quelônios atacando pombinhas, kit fotocampana, postes tombados, águalândia e muitas outras perfumarias. Todos estes produtos podem ser encontrados na matriz (EUA) por preços mais acessíveis. Dependendo do valor da compra o cara recebe uma ficha de inscrição para o próximo Ari-gó. Com carteirinha do Sindicato dos Jornalistas ou de filiação à ARI (Associação Riogrande de Imprensa) é possível pechinchar. A mensalidade deve estar em dia. Ou é só encomendar ao Ô Bobama quando da próxima cobertura internacional da firma. Preferimos bonequinhas do Marilyn Monroe. Sem calcinha. E não fiquem rindo. É uma tragédia. Com a ”livre informação” da mídia corporativa temos um país sem cidadania. Tá tudo dominado. E para o povo, Ó! Dá-lhe W.U.Leia mais no blog Ponto de Vista

Redação da Continental se reencontra

JORNALISMO é profissão que carrega na sua história a marca forte de cada geração. Reconhecer a velha guarda é uma tradição para os mais novos que querem construir algo de relevante. Os dois aí na foto são ícones: fizeram parte daquela dos tempos áureos da Rádio Continental. Na década de 70, o professor Wladymir Ungaretti era chefe da respeitadíssima redação e o músico Wanderlei Falkemberg redator e criador de jingles inesquecíveis. Inovaram a linguagem do rádio gaúcho. O reencontro de ontem, no coração do Bom Fim, inesperado e carregado de emoção, pôs fim a 33 anos de distância entre os dois. O Coletivo Catarse, com o maior orgulho, registrou mais uma história de geração. Parabéns ao JORNALISMO, que na eterna lembrança dos que fazem a diferença vencerá sempre a miséria do jornalismo atual.