20 anos completos, e um novo ciclo se inicia!

No dia 5 de outubro, na Comuna do Arvoredo, o Coletivo Catarse fez a festa de comemoração dos seus 20 anos de existência. Um evento contando com a discotecagem de DJ Piá, clássico das picapes, que foi integrante da também clássica Rádio Ipanema 94.9 FM. A junção rolou na garajona, em dia de Maria Maria Espaço Cultural, marcando o início de uma nova fase de programação continuada na parceria com “as gurias” e o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. Passaram diversas turmas das 17h às 23h, bombando o “bailinho” com muito groove e músicas pra dançar. O Coletivo brindou com os amigos, parceiras e ex-cooperades, o bolo, feito pela Márcia “Maria”, foi partilhado e as homenagens foram feitas – além do desejo de pelo menos mais 20 anos de estrada. O que foi alimentado também pelo projeto “Ventre Livre e Maria Maria em catarse na Comuna do Arvoredo”, apresentado – e contemplado – no Edital BOLSA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES ARTÍSTICAS CONTINUADAS 2024 – PROGRAMA RETOMADA CULTURAL RS, direcionado a propostas de grupos, coletivos, espaços e eventos artísticos calendarizados de 95 municípios do Rio Grande do Sul, em estado de calamidade pública – conforme o Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024, e a Portaria 1.802 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, de 31 de maio de 2024. Uma ação do Governo Federal em apoio ao setor da cultura para mitigar os efeitos das enchentes de maio e que permitirá um fortalecimento de uma programação continuada no Espaço Cultural – que abre semanalmente de quinta a sábado desde janeiro de 2023. Serão diversas atividades a se consolidarem com este apoio em 6 meses: 3 sessões de talk show (Talk Exu), com música e outra apresentação cultural; uma sessão de teatro de rua; uma sessão de arte de sombras; a produção de telas por artista visual popular; 2 sessões comentadas de filmes (Sessão Bodoqe); e apoio a pelo menos 10 apresentações musicais de artistas populares, com assistência técnica de som e gravação de um clipe ao vivo de uma música de cada um. São movimentos que preveêm suporte na manutenção, memória, comunicação e divulgação, intercâmbios, produção cultural de coletivos e artistas multidiversos, não por si só, exclusivamente, mas pela rede que se incluem, numa proposta de auxílio na sustentabilidade e busca por estabilidade, de forma continuada, apresentando diversidade estética, artística e acessível, estimulando a formação de um público que vem crescendo, de geração de trabalho e renda, desenvolvendo uma rede produtiva de artes e seus agentes, estimulando, assim, a ampliação do acesso e a fruição de bens e serviços artístico-culturais. Será uma programação envolvendo trabalhadores da cultura, artistas visuais, músicos, produtores de teatro, do audiovisual, uma gama interessante que já se vê circulando pelo espaço nesses últimos anos. E a Festa dos 20 anos foi um momento marcante para este novo ciclo que se inicia agora, inclusive, DJ Piá, que apresentou seus scratchs, já está confirmado para uma Quinta do Vinil, dia 04/12, dentro desta programação, que vai sendo divulgada nos canais do Maria Maria Espaço Cultural, do próprio Coletivo Catarse e da Comuna do Arvoredo. Fotos: Billy Valdez

Under The Shadow, um podcast indispensável

Infelizmente é em inglês, ou seja, ainda com acesso restrito ao público daqui, do continente médio e sul-americano. Mas conta a nossa história. A primeira temporada é sobre a Doutrina Monroe, do direito imperialista inventado de se manter a América para os estadunidenses, falaciosamente protegendo-a do neocolonialismo europeu. Um pacto de dominação que varreu por décadas as repúblicas do Caribe – Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá – e El Salvador, empilhou corpos e deu vez a diversas ditaduras sanguinárias como que se mantivesse um quintal agroexportador exclusivo aos yankees – entre outras coisas, claro. Essa doutrina completou 200 anos, e o jornalista estadunidense Michael Fox, dando sequência em uma parceria de muitos anos, trouxe a série para ser trabalhada com o Coletivo Catarse, que realizou checagens de fatos e toda a produção de som (edição e desenho). Ao longo de 13 episódios (alguns com 2 partes) e materiais bonus, é possível entender como a política do expansionismo dos Estados Unidos, baseada em ideologia e com fins econômicos, literalmente destroçou uma área paradisíaca do continente americano. Numa troca de mensagens realizada em setembro, realizamos uma conversa com Mike, perguntando de onde teria vindo a ideia de realizar o Under The Shadow, como que ele executou o trabalho e se haverá uma segunda temporada. Além de questionarmos a relação da nacionalidade estadunidense dele na exposição de tamanho mal causado por seu país – que segue até os dias de hoje. Michael Fox: “Oi Gustavo, tudo bem? Estou no interior, no norte da Argentina, na província de Santiago de Estero. Tivemos problemas com nosso carro, ficamos acampados num posto de gasolina e, agora que arrumamos amigos, uma família argentina que nos convidou para ficar na casa deles… Eu vou até fazer um show de violão e muito violino. Cara, eu nem sei o que está acontecendo mais. Essa é a vida na estrada fazendo esse podcast. Eu estive no Paraguai agora, já trabalhando na segunda temporada, em Assunção, onde tem o Arquivo do Terror, que são documentos que foram achados em 92, que comprovam que existia o Plano Condor. Esses são documentos que darão base para a temporada dois, que é sobre América do Sul e, em particular, o Plano Condor, que foi organizado pelos Estados Unidos. Eu estive num lugar de memória em Assunção, que é o Museu da Memória. Ali que é um centro de assuntos técnicos da polícia. Mas ali era um lugar de detenção, das pessoas. Tinha celas atrás, uma prisão, que ainda existe. E era um lugar de tortura, cara. E quem ensinava como torturar era um gringo. Os documentos mostram que este cara esteve lá por dois anos, de 56 a 58. O gringo tinha um escritório do lado da sala de tortura. Ele estava lá para ensinar exatamente isso. Então, esse é o nível, e estamos falando sobre… Voltando lá nos anos 50. Então, sim, vai ter a temporada dois. Sim. É muito importante a gente não esquecer essas coisas. E tua pergunta, o que significa pra mim, que sou cidadão norte-americano, que está fazendo isso… É que muito da população norte-americana não entende. Eles não sabem isso, não sabem essas histórias. Então, isso fica nos livros de história. Ficam em livros que ninguém lê, que só os acadêmicos sabem – ou seja, nem eu, nem a maior parte deles. Então, eu estou tentando fazer algo real. Estou tentando levar pessoas para os lugares para ver, para tocar, para sentir que eles estão ali. É algo que realmente eu tenho em mãos nesse podcast, uma ideia de que seja uma máquina do tempo. Eu sei que tu brinca com isso, cara. Com aquela coisa de Michael J. Fox, Back to the Future – afinal, esse é meu nome, né? Mas é essa ideia, eu quero levar quem ouve para os lugares que essas pessoas não podem ir. As coisas que os Estados Unidos têm feito são inimagináveis, e nós temos que compreender. Temos que contar essas histórias e temos que lembrar disso tudo na Centro-América e na América Latina. Eles falam muito sobre a memória histórica. Isso é resgatar as coisas ruins do passado para reconhecer no presente, para assegurar que nunca mais aconteçam, né? Isso é mais ou menos o que estou tentando fazer com esse podcast, mas contando em inglês para um público norte-americano. Primeiramente, para que entendam todo o mal que tem feito e segue fazendo o nosso governo. Essas não são coisas do passado, são coisas no presente! E é por isso que eu volto para o passado. E volto para o presente para contar o legado em cada caso. Como vimos na Centro-América, em Honduras, o legado terrível, mais profundo em cada lugar que entram os Estados Unidos. Cada lugar onde há ingerência, cada lugar onde eles geram um impacto… E o que temos, então? Uma enorme quantidade de imigração de pessoas indo para os Estados Unidos. A crise migratória da fronteira com o México, por exemplo, essa enorme quantidade de pessoas que estão viajando para lá, é tudo por causa do próprio papel dos Estados Unidos. As sanções ilegais internacionalmente dos Estados Unidos contra a Venezuela, por exemplo, é a razão do que está por trás da grande maioria da migração venezuelana que temos visto nos últimos anos. São cerca de 8 milhões de pessoas! Os Estados Unidos entraram e destruíram a economia brasileira. A venezuelana. Do mesmo jeito que destruíram a economia chilena, por exemplo, lá nos anos 70. Naquela época, justo antes do golpe contra Allende para destruir a economia. E eles fizeram no Chile a mesma história, né? Fizeram na Nicarágua nos anos 80 e fizeram na Venezuela, aqui, nos últimos anos. E assim é a realidade. 8 milhões de venezuelanos fugindo do seu país por causa do crime econômico e correndo para os Estados Unidos. Depois, os Estados Unidos chamam de crise migratória, mas nunca olham para seu próprio umbigo. E, bom, é meu próprio governo. E eu, como norte-americano, sinto a necessidade …

Novas Fronteiras do Ativismo Social, 8ª sessão – live! 19/09, 19h30

Quintou na Comuna do Arvoredo com mais uma sessão do ciclo de debates. Desta feita, o Maria Maria Espaço Cultural apresentará sua experiência. Esse coletivo, com sede no local, oferece culinária vegetariana e orgânica, valorizando a gastronomia étnica, de raízes ancestrais. Ademais, promove uma alternativa popular aos circuitos de música, teatro, poesia e literatura, engajando-se em várias causas sociais. Vem se tornando um espaço de referência e presença constante de ativistas no Centro de Porto Alegre. Os comentários ficarão por conta do Coletivo Afro Aya. Andressa Correa, doutora em Sociologia e moradora da Comuna do Arvoredo, na qual funciona o Maria Maria, será a analista. O evento acontece ao vivo na própria sede do espaço, na rua Fernando Machado, 464 (compareça!) e também pode ser conferido online, em live, no Canal do YouTube do Coletivo Catarse (se inscreva que a notificação do ao vivo vem na hora que se abre a transmissão). Desde 2023, o Maria Maria Espaço Cultural promove atividades gastronômicas e socioculturais. Seu nome é uma homenagem a ascendentes familiares de algumas de suas quatro idealizadoras, evocando também a canção de Milton Nascimento, imortalizada na voz de Elis Regina. Além disso, “as Marias”, como ficou conhecido, evoca a sua condução por mulheres e sinaliza a agenda feminista intrínseca aos propósitos do coletivo. Está situado no Centro Histórico de Porto Alegre, num dos espaços térreos da Comuna do Arvoredo (também, um coletivo!). Funciona num estilo bar/restaurante e palco para apresentações artísticas, dispondo ainda de uma pequena biblioteca. Os pratos servidos são vegetarianos, as bebidas e ingredientes em sua maioria provêm de produtores locais, agroecológicos e artesanais. Os jantares são feitos por chefs convidadas, valorizando a gastronomia popular de raízes ancestrais. Semanalmente, acontecem shows de música, esquetes teatrais, recitais poéticos, bailes de forró e rodas de leitura, entre outras atividades. A programação privilegia artistas locais e circuitos de ativismo negro, LGBTQIA+ e indígena, principalmente. O Maria-Maria abre espaço para artistas de grande qualidade, desconhecidos do grande público. Tem compromissos com a agenda do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, coordenado pelo Coletivo Catarse (outro coletivo!). Saiba mais, clique aqui. Assista a todos os paineis até o momento, conheça mais sobre o ciclo, clique aqui.

Novas Fronteiras do Ativismo Social, 7ª sessão – live! 13/09, 19h30

Nesta sexta-feira, 13 de setembro, 19h30, acontece uma nova sessão do ciclo de debates sobre os ativismos sociais contemporâneos. Na temática Cultura e Arte, será apresentado o Dandô – Movimento de Arte e Saberes Dércio Marques, com os comentários do Coletivo Retomada Gáh Ré Kaingang, do Morro Santana, em Porto Alegre. Dois grupos que representam diversidades importantes em suas histórias, de militância cultural e social, de luta popular e resistência, e que serão analisados pelos Professores Caleb Alves e Raquel Weiss, doutores em Sociologia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O evento ocorre, ao vivo, na Cooperativa GiraSol (compareça!), na Av. Venâncio Aires, n°757, e também pode ser conferido online, em live, no Canal do YouTube do Coletivo Catarse (se inscreva que a notificação do ao vivo vem na hora que se abre a transmissão). O Dandô – Movimento de Arte e Saberes Dércio Marques é um coletivo dedicado à cultura, arte e bem viver que dá destaque a esse tema no “Terceiro Arquipélago”: uma iniciativa admirável, com uma agenda intensa de atividades, de irradiação nacional. Teve início em 2013, a partir do seu núcleo de São Paulo, sob liderança da cantautora Kátya Teixeira, nas pegadas inspiradoras do músico e artista Dércio Marques. Hoje, reúne profissionais e amadores da arte em cerca de 40 municípios, que promovem eventos e se apresentam em rodízio em shows programados pelas redes locais de apoio. O Dandô possui 14 núcleos no RS. O núcleo de Porto Alegre, fundado em 2019, foi estudado na pesquisa sobre o “Terceiro Arquipélago”. Saiba mais, clique aqui. Confira um resumo da última sessão: Novas Fronteiras do Ativismo Social É um ciclo de debates proposto por um conjunto de pesquisadores e ativistas, no contexto das interações e dos resultados propiciados pelo Projeto de Pesquisa O TERCEIRO ARQUIPÉLAGO – A RECIPROCIDADE E OS COLETIVOS DE AUTO-ORGANIZAÇÃO DA VIDA COMUM como forma de oportunizar devolutivas e criar momentos de diálogo entre ativistas, estudiosos e outros agentes. O ciclo consiste em uma sequência de painéis, com apresentações, comentários e conversas, versando sobre práticas contemporâneas de ativismo social, abordadas em sua diversidade temática e em suas múltiplas formas de atuação. O propósito é trazer conhecimento (mútuo) a respeito, com referência principalmente aos coletivos de auto-organização da vida comum, e propiciar diálogos acerca de suas motivações, inovações e sentidos, no contexto local (Porto Alegre), regional (em países ou continentes) e global. Direcionado principalmente a ativistas, agentes (ONGs, entes públicos, entidades diversas), pesquisadores, acadêmicos e demais interessados, objetiva promover o diálogo direto, face a face, entre os participantes. mação temática mensal, ocorrendo para cada tema em duas datas – uma no Espaço Cultural Maria Maria (Comuna do Arvoredo, Rua Fernando Machado, 464 – Centro Histórico de Porto Alegre) e outra na Cooperativa GiraSol (Avenida Venâncio Aires, 757 – Santana). Cada painel é composto por ao menos um ou uma ativista no papel de apresentador/a de sua experiência, por ao menos um ou uma ativista de outra experiência (idealmente, a ser apresentada no mês seguinte), no papel de comentador/a e, ainda, por pessoa conhecedora do tema (pesquisadores, intelectuais engajados, agentes sociais, acadêmicos), no papel de analista. Assista a todos os paineis até agora, conheça mais sobre o ciclo, clique aqui.

Regina Tchelly, do Favela Orgânica, fala sobre aproveitamento de alimentos em Porto Alegre

Fundadora do Favela Orgânica e cozinheira autodidata, Regina Tchelly estará em Porto Alegre neste final de semana, quando cumpre agendas nas quais irá falar de seu projeto, que há mais de dez anos ensina o “uso de ingredientes até o talo”, por meio do combate ao desperdício dos alimentos e da fome, fazendo da cozinha um espaço de transformação social. Sua proposta é modificar a relação das pessoas com a comida e seus ingredientes. Na sexta-feira (6), ela participa do evento de lançamento da Cartilha Exigibilidade do Direito a Estar Livre da Fome, de autoria da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, atividade marcada para as 19h no Sindicato dos Aeroviários, na Rua Augusto Severo, 82, bairro São João. Já no sábado (7), a partir das 8h30min, Regina faz uma caminhada seguida de uma roda de conversa nas Feiras Ecológicas da Redenção – Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) e Feira Ecológica do Bom Fim (FEBF), na Avenida José Bonifácio, junto ao Parque Farroupilha (Redenção). O Favela Orgânica foi criado em setembro de 2011. A iniciativa, precursora em seu formato, teve origem nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Na época, com apenas R$ 140,00 para montar uma primeira oficina de aproveitamento de alimentos, Regina fez o projeto crescer, espalhando suas sementes, multiplicando saberes e democratizando a comida criativa, econômica e nutritiva não somente dentro da favela, mas pelo Brasil e em viagens ao Exterior, a convite de diversas organizações e chefs renomados. Trabalhando conceitos como consumo consciente, gastronomia alternativa, compostagem caseira, hortas em pequenos espaços e defendendo o uso de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), Regina ensina como usar integralmente folhas, raízes, cascas, talos e por aí afora. Ideias que inclusive viraram um livro de receitas ao ar livre, por meio de murais pintados em setembro de 2019 na entrada do Morro da Babilônia que reproduzem as dicas de Regina. A inciativa Favela Orgânica atua no combate ao desperdício do alimento e da fome. A proposta é modificar a relação das pessoas com os alimentos. “Aproveitar o alimento é coisa de gente inteligente”, defende. Sobre a convidada Natural de Serraria, interior da Paraíba, nasceu em 4 de agosto de 1981. Aos 12, já era manicure. Três anos mais tarde, se mudou para João Pessoa. Chegou ao Rio com 20 anos, onde trabalhou como doméstica para uma família que comia de forma saudável, novidade para ela na época. Como adorava cozinhar, superou o estranhamento inicial e passou a se interessar por alimentos integrais e orgânicos.“Quando cheguei ao Rio de Janeiro vi o volume e a quantidade de alimentos sendo desperdiçados nas feiras livres da cidade. Foi uma das coisas que mais me incomodou, porque lá na Paraíba a gente sabe como aproveitar tudo”, conta. Sobre a Aliança A Aliança pela alimentação Adequada e Saudável é uma coalizão que reúne organizações da sociedade civil, associações, movimentos sociais, entidades profissionais e pessoas físicas que defendem o interesse público com o objetivo de desenvolver e fortalecer ações coletivas que contribuam para a realização do Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA). Suas ações buscam o avanço de políticas públicas para a garantia da Segurança alimentar e Nutricional (SAN) e da soberania alimentar no Brasil. Em Porto Alegre, o Núcleo RS da Aliança surgiu em outubro de 2016, durante o 24º Congresso Brasileiro de Nutrição, que teve como sede a Capital gaúcha. As bandeiras e práticas da Aliança são orientadas pela promoção da equidade, da transparência, da realização e respeito dos direitos humanos. Assim como pela valorização da interação entre culturas de forma recíproca, respeitando e incluindo saberes e práticas de lugares não acadêmicos. por Anahi Fros | Semeadora Comunicação | parceira do Coletivo Catarse(Assessoria de Imprensa Voluntária)

Novas Fronteiras do Ativismo Social, 6ª sessão – live! 22/08, 19h30

Na sexta-feira, 30/08, 19h30, assista à apresentação do Coletivo Yapó, formado por pessoas arquitetas e engenheiras dedicadas à elaboração de projetos e à construção de edificações (casas, centros sociais ou de cultura etc.), com uso de tecnologias ecossustentáveis. Ao vivo pelo canal do YouTube do Coletivo Catarse e, no local, na Cooperativa GiraSol (Av. Venâncio Aires, 757 – Santana, Porto Alegre). O Coletivo Yapó tem seus principais focos de atuação são a Bioarquitetura e a Permacultura, conjugadas à arte e à educação. A gama de serviços inclui projetos construtivos, mutirões e capacitações, planejamento sistêmico, cursos e oficinas, além de consultorias para “arquitetxs”. “O Yapó busca estabelecer relações de apoio e afetividade com quem se relaciona. Ao longo de nossa jornada, tivemos o prazer de conhecer pessoas e coletivos que estão em busca similar à nossa; busca essa sintetizada pela ‘filosofia’ do bem viver.” Os comentários são de representanto do Espaço Cultural Maria Maria e a análise, da socióloga e psicanalista Kellen Pasqualeto. Saiba mais sobre o Yapó, acesse suas redes: https://www.instagram.com/yapoarq/ Saiba mais sobre o Espaço Cultural Maria Maria, acesse: https://www.instagram.com/mariamariaespacocultural/ Confira todas as sessões que aconteceram até agora, acesse: https://coletivocatarse.com.br/novas-fronteiras-do-ativismo-social/

Cinema na pedreira do Morro Santana

Nas últimas semanas, o Coletivo Catarse vem trabalhando na produção do Encontro de Cineastas Indígenas, que acontecerá na Retomada Gãh Ré, do Morro Santana, em outubro deste ano. Dentro da programação, o encontro prevê uma exibição de cinema aberta ao público, projetada nada mais nada menos do que na pedreira do Morro Santana. Por conta disso, um grupo de trabalho foi formado junto aos moradores e coletivos locais do território (Preserve Morro Santana, Sagrado Formigueiro, Coletivo Mães da Periferia, entre outros). No último domingo, foi realizada uma visita técnica ao local, para planejar a logística do encontro. Em breve serão divulgadas mais informações.

Debate sobre cooperativismo e seus encargos

O Coletivo Catarse foi convidado pelos amigos da Pedal Express para participar do I Encontro Economia Solidária e Tributação. A iniciativa parte das cooperativas Señoritas Courier e Eita e busca pautar o debate sobre tributação justa para cooperativas inseridas no contexto da Economia Solidária. O encontro acontecerá 27 de agosto, das 9h às 11h, presencial em São Paulo, com transmissão e participações online. Para se inscrever, o link está na bio do Instagram @senoritas_courier. Reforçamos o convite aos coletivos e cooperativas da Economia Solidária para uma partilha de conhecimentos sobre o assunto!

Novas Fronteiras do Ativismo Social, 5ª sessão – live! 22/08, 19h30

Nesta quinta-feira, 22/08, ao vivo e online, conheceremos a Apoena Socioambiental, coletivo de longa atuação, com foco principal em tratamento de resíduos e licenciamento ambiental. “Somos uma empresa de consultoria e treinamento em estratégias para sustentabilidade e inovação na área socioambiental, com mais de 10 anos de experiência. Nosso propósito é auxiliar no desenvolvimento de uma sociedade sustentável, através do engajamento de pessoas, empresas e poder público, integrando os conceitos sociais, ambientais e de governança.” – assim se autodescreve o grupo. A Apoena tem trabalhado continuamente no apoio e assessoria a cooperativas de reciclagem. Além disso, toma parte de mobilizações sociais, campanhas, debates e variadas atividades educativas. Tem publicado matérias em jornais e produzido vídeos e cartilhas. Para assistir pela internet, visite o canal YouTube do Coletivo Catarse (https://www.youtube.com/@coletivocatarse) e inscreva-se. Uma notificação da live será enviada ao seu celular quando for ao ar! Caso prefira assistir por computador, abra o canal minutos antes do início da transmissão (19h30) e aguarde abrir o sinal, automaticamente. Ao vivo, basta chegar no Espaço Maria Maria, no Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, Comuna do Arvoredo, na Rua Fernando Machado, 464, Centro Histórico de Porto Alegre. Contamos com a sua participação! E, para saber mais sobre o Cicle de Debates Novas Fronteiras do Ativismo Social, acesse a página e assista todas as sessões na íntegra, clique aqui!

Pontos em encontro

Agosto vem sendo um mês de muitas movimentações nas redes de pontos de cultura no Estado do Rio Grande do Sul. Entre as várias articulações envolvendo ações de recuperação em razão dos desastres das enchentes – que atingiu, também, o campo da cultura popular em cheio -, há um processo de retomada no ar. São projetos se iniciando e pessoas se reencontrando – e novas ideias a serem colocadas em pauta, já que tem-se a Política Nacional Aldir Blanc a pleno vapor. Uma das ações que fez a Rede RS de Pontos de Cultura se movimentar foi o lançamento do Projeto “Ponto a Ponto – Tecendo as Culturas Gaúchas”, do Pontão de Cultura Ilê Axé Cultural Assobecaty, de Guaíba. Uma entidade que já vai completando seus 90 anos e que trouxe o Conselho Gestor do projeto e vários Pontos de Cultura de todas as regiões funcionais do estado para um evento na Biblioteca Pública do RS, no Centro Histórico de Porto Alegre, em 9 de agosto. Após várias apresentações culturais e com o fim das atividades, alguns dos ponteiros se reuniram na sede do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, na Comuna do Arvoredo, em noite do Espaço Cultural Maria Maria, e se deleitaram com um feijão sopinha – especialmente preparado pelo Seu Tadeu, do Ponto de Cultura STR, de Mostardas. Este, um alimento típico e característico de uma cultura originária, quilombola, já de séculos dessa região do litoral médio do estado, de Mostardas e Tavares. Pontos de Cultura TV OVO, de Santa Maria, ASSOBECATY, de Guaíba, ACEFH, de Harmonia, AIPAN, de Ijuí, STR, de Mostardas, e Ferrinho, de Porto Alegre, curtiram uma “Noite do Vinil” nas Marias com muitos papos e muitas trocas de ideias! É a cultura viva. E, para completar, dia 20, um encontro no Ponto de Cultura Cirandar, próximo à Casa de Cultura Mário Quintana, também no Centro de Porto Alegre. Foi realizada uma conversa coletiva com a Rede POA de Pontos de Cultura, exatamente sobre a PNAB, com representantes do Ministério da Cultura, que estão realizando um trabalho de base, ouvindo críticas e sugestões sobre editais e outros procedimentos, no intuito de, quem sabe, se incrementar uma política que vem se tornando de base e estrutural da cultura brasileira.