A Copa não é esporte, é negócio

Ontem, três ou quatro dezenas de jornalistas, blogueiros e blogueiras, cartunistas, comunicadores populares e ativistas pela democratização da comunicação se encontraram para debater as mudanças e os impactos que as obras da Copa do Mundo de 2014 vão trazer para Porto Alegre. Se engana quem está pegando a onda ufanista, acreditando que todos vão ganhar. Não vão. Pelo contrário. Apenas uma minoria de empresários e gente com muito dinheiro que pensa que a cidade deve ser moldada exclusivamente pelos seus interesses. E a vontade dessas pessoas passa pela apropriação de espaços públicos, que são de todos. Querem passar por cima do que se chama de “direito à cidade”. “A copa não é esporte, é negócio”, diz Luix Costa, que tem acompanhado a situação de algumas comunidades de periferia já afetadas pela determinação dos governos em abrir caminho para grandes obras. Para que três jogos aconteçam em Porto Alegre, leis estão sendo alteradas ou criadas às pressas, desfazendo regras que, em muitos casos, são fruto de muitos anos de debates e da construção de toda a sociedade. Só que a Copa passa em três ou quatro semanas, mas a cidade terá mudado definitivamente. E será mais desigual, se o projeto atual for mantido. “O que está em disputa é uma visão de cidade”, entende Leandro Anton. Neste caso, uma visão que desloca comunidades mais vulneráveis para os limites da capital, distante de suas raízes, de suas referências de vida e trabalho. No período dos jogos, inclusive, por exigência da FIFA, cria-se quase que um estado de exceção, rasgando a constituição federal e ignorando direitos civis. Algo só visto antes no período da ditadura militar. Tudo para que as empresas envolvidas ganhem ao máximo, com as imagens “limpas” percorrendo o mundo, mesmo que não sejam da cidade real. A partir de hoje até a Copa, e ainda depois dela, publicaremos neste blog informações que a mídia corporativa não dará, por conveniência. Afinal, os patrões da grande imprensa não são jornalistas, mas grandes empresários. Duplica pros carro e nós no barro! from levantedajuventude on Vimeo. Mais sobre o vídeo em Levante Popular da Juventude.

Tiene que haber un cambio en lo cotidiano de la comunicación

En Buenos Aires: ¿Cómo se origina el colectivo, qué sueños son los que los animan, cuáles son los horizontes compartidos que estuvieron caminando?En realidad este es un proceso que arranca más o menos en el 2004 y que se había trabajado para “La Folklórica”: (hicimos) una serie de piezas que eran historias, leyendas de América, y la idea era que en la programación salieran esas piezas. Y, a partir de ahí, se colgaron en La Radioteca , un sitio de Internet con el que venimos trabajando desde el 2004. Lo que hace (La Radioteca) es que se cuelgan en su espacio de la web una serie de transmisiones radiales para que estén disponibles para que las radios y los/as comunicadores/as puedan bajarlos y colocarlos en sus propias programaciones. Se responde así a esto de que se piensa que las radios comunitarias no tienen capacidad de programación como para tener las 24 horas llenas de programas; bueno, entonces esto sirve como una ayuda, y se hace un intercambio solidario interesante. Y, a partir de allí, se siguieron esas dos vías: por un lado trabajar para la radio y, por el otro, colaborar con el sitio web. Después de eso, en el año 2005, un grupo consigue que se gestione un programa de radio, también en La Folklórica; así se trabajó desde el 2005 al 2008 (más o menos), en un proyecto que todavía continúa: un programa de radio en donde la propuesta se amplía mucho más, ya se trabaja sobre pensamiento americano, política y realidad social americana, y no se habla tanto de la Argentina porque el enfoque es básicamente sobre un todo -que es América- y los hechos que suceden en cada uno de sus lugares. Y, por el otro lado, una parte de ese grupo siguió trabajando con las historias, y así se establecen estos espacios: por un lado, la radio, y por el otro lo que estamos haciendo nosotros, el trabajar con materiales para que las radios comunitarias lo difundan. También tenemos que tener en cuenta que, con todo el período de trabajo en la radio, se fue armando un archivo enorme, materiales que nosotros mismos fuimos a buscar (como el de Bolivia). De esta manera surgieron las preguntas de qué haríamos con todo eso, que estuvo buenísimo en su momento puntual pero tampoco queríamos que simplemente quedase guardado; así, nos planteamos ir compartiéndolo. Podríamos decir que esto comenzó con esa idea, de compartir con las radios los distintos temas que se tocaron, como minería, cuestiones sociales o ecológicas, etc. Leia mais clicando aqui.

Outras informações em janeiro de 2011

Na edição de janeiro do Desinformémonos (nº 15), o filósofo mexicano Luis Villoro aponta para a existência de diferentes tipos de democracia. Artigo sobre os 17 anos do levantamento do EZLN. Algumas das vozes que não foram ouvidas em Cancún para frear o aquecimento global. E mais, as ações policiais no Rio vistas pelos coletivos Lutarmada e Desentorpecendo a Razão (DAR); Lomas del Poleo, um bairro sitiado em Ciudad Juárez; reflexões sobre as mobilizações em uma Europa em crise; fotos de Paraisópolis e Havana; depoimento de um jovem saraui em resistência no Saara Ocidental; vídeo do Coletivo Catarse sobre a consciência negra no Brasil. Acteal, Chiapas. 22 de diciembre de 2010. Sobrevivientes de La Masacre de Acteal hoy al celebrar una misa para recordar a sus muertos y cumplirse 13 años de dicha tragedia donde murieron 45 hombre, mujeres y niños a manos del grupo paramilitar Mascara Roja.Foto: Moysés Zúñiga Santiago. Campo de refugiados saharauis de Smara

Ajuda para o Mestre Batista

Mestre Batista é um amigo que fizemos na produção de um projeto da Catarse – Tambor de Sopapo. Está doente. Reproduzo aqui o texto escrito pelo Gustavo Turck e publicado no blog Alma da Geral, com um pedido de ajuda ao mestre: “Como pode tão pouco tempo mudar tanta coisa em uma vida.Como pode uma pessoa mexer tanto com crenças, verdades definitivas e conceitos construídos por décadas em meros momentos esparsos de um ano.Mestre Baptista é uma dessas pessoas capazes de agir com tal magia que nos ilumina até o fundo de nossas almas – mesmo de quem não acredita que possam existir almas.Ele nos guiou por um período de tempo, nos fazendo descobrir caminhos escondidos de uma história que o Rio Grande do Sul teima em esconder.Nos apresentou o Tambor de Sopapo, nos ensinou a construí-lo, nos ensinou a senti-lo.Baptista nos adotou, assim como nós o assimilamos de todas as formas possíveis.E, agora, ele precisa de ajuda.Por favor, quem puder doar qualquer quantia de dinheiro para auxiliar uma luta inglória contra um inimigo poderoso que insiste em clamar pela sua vida, deposite na seguinte conta: Banco de Crédito: 237 – BANCO BRADESCO S.A.Agência de Crédito: 2075Conta de Crédito: 61271Correntista de Crédito: NEIVES BAPTISTA (cpf 083.416.050-15)Tipo de Conta de Crédito: Conta Corrente Obrigado.” Mais sobre quem é o Mestre Baptista?Acesse o site do Projeto Tambor de Sopapo clicando aqui. Estive em sua casa na metade do ano passado. Estas fotos são no Instituto de Menores de Pelotas. Lá, para onde o mestre levou quase todos os seus instrumentos, ele ensina jovens a tocar, num projeto para uma orquestra de percussão em homenagem aos lanceiros negros:

Conciencia Negra en Brasil

Estamos de volta. E estamos com tudo. Ano novo, mesmos sonhos, lutas antigas. Resistência renovada na energia que vem da realidade. Em novembro montamos uma reportagem a pedido do quadro Outro Olhar, da TV Brasil, para a semana da consciência negra. Usamos nosso material de arquivo, produzido na cobertura engajada envolvendo o Quilombo da Família Silva, trechos do vídeo que estamos entregando para a SID, sobre o Encontro da Diversidade Cultural, imagens que filmamos para a Rede Mística Feminina do Meio Popular, e pequenos recortes do filme O Grande Tambor, lançado em dezembro em Pelotas e Porto Alegre. Esta matéria está agora na edição de janeiro do Desinformémonos. Um site que, segundo Gloria Muñõz, é uma ferramenta de luta por um mundo justo, livre e democrático. Que aderiu às batalhas que se passam “abajo y a la izquierda”, à margem do poder e dos poderosos. Que está do lado da autonomia dos povos, pelo direito que eles decidam sobre seus próprios destinos. Feito por pessoas que são fruto de uma luta que, desde 1º de janeiro de 1994, os transformou: o levantamento do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Por isso, pra nós do Coletivo Catarse, estar nesta página abre um sorriso, de quem segue no caminho sabendo para onde vai.

A Gangue da Matriz

Escute a música composta por Tonho Crocco sobre os deputados estaduais do Rio Grande do Sul que aumentaram em 73% os próprios salários, inclusive os pseudo-comunistas escondidos atrás da bandeira vermelha.Mais uma daquelas votações nebulosas de final de ano. E o povo continua anestesiado.

Conselho de Saúde desaprova criação de nova fundação

Diversas entidades da sociedade civil de Porto Alegre estão se organizando contra a tentativa do governo municipal de aprovar a criação do Instituto Municipal de Estratégia da Saúde da Família (IMESF), na Câmara dos Vereadores, neste período de festas de final de ano. Estratégia bastante conhecida para aprovar projetos nebulosos. No último dia 22, os vereadores aprovaram por 16 votos a 12, o pedido de urgência para a votação do projeto que cria a fundação. A votação será no dia 30 de dezembro, próxima quinta feira. O mais absurdo é que a Secretaria Municipal de Saúde está afundada em denúncias de corrupção que envolve uma OSCIP de São Paulo, chamada Sollus, que administrava os postos de saúde da capital, ligada ao antigo secretário Elizeu Santos, que foi misteriosamente assassinado neste ano. Nesta terça feira, o próprio conselho de saúde de Porto Alegre enviou uma carta ao prefeito reprovando a criação deste instituto por entender que suas atribuições já existem e estão a cargo da secretaria municipal. Leia parte da carta: Não entendemos a necessidade de ser criado órgão para desenvolver tarefas e atribuições que já são da missão da SMS, através da CRAPS (Coordenação da Rede de Atenção Primária em Saúde), e dos outros órgãos como o FMS e a CGADSS, que fazem a gestão dos recursos financeiros e humanos. O novo órgão terá uma estrutura gerencial, que, é dito que será “enxuta”, mas cujos custos nunca foram apresentados ao Grupo de Trabalho. No entanto, as referências salariais dos cargos de direção são bastante superiores às percebidas pelos servidores de carreira da PMPA. Como serão todos Cargos Comissionados, preocupa-nos a possibilidade de serem ocupados por pessoas não qualificadas, afilhados políticos, ou mesmo por aqueles que representam o interesse do setor privado que, ao se inserir “dentro” do público, o fazem sem o compromisso de atender o coletivo, o social. Temos que impedir esta votação no dia 30 de dezembro. Mais informações no blog Não à Fundação. Participe do abaixo assinado contra esta votação.

Saco é um saco

Apesar do apoio de empresas que enchem muito o saco, e que depois usam outro saco para promover ideias que só ficam bonitas quando se transformam em produtos, a campanha do Ministério do Meio Ambiente tá muito bacana: