Quilombo de Palmas cercado pelos ruralistas

A Comunidade do Quilombo de Palmas, na região de Bagé/RS, está sofrendo pressão de fazendeiros, que estão em vigília na entrada do quilombo há 15 dias. Representantes do Movimento Negro denunciaram ao Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa RS, ao Ministério Público Federal e Estadual, além de outros órgãos, esta presença ostensiva em via pública gerando constrangimentos e impedindo, inclusive, a entrada do INCRA para a realização do trabalho de demarcação da área. Um documento elaborado pelos representantes do movimento negro ontem, dia 20, exige providências aos órgãos responsáveis, como a polícia federal, Secretaria de Segurança Pública do RS, Ministério Publico Federal e Estadual, a Procuradoria do Incra entre outros. Exige-se que estes órgãos garantam a integridade física e moral dos Quilombolas e das Lideranças da Associação, bem como, da defesa do território que se encontra com a presença dos ruralistas fiscalizando o movimento de quem passa para impedir que o INCRA acesse o quilombo. *não foram utilizados depoimentos dos quilombolas neste vídeo por solicitação dos mesmos, que temem por represálias por parte dos ruralistas

Todo dia é dia de índio

Guaranis das aldeias da Estiva, Lomba Grande, Lomba do Pinheiro e Lami foram ontem à Assembléia Legislativa como parte da manifestação oficial alusiva ao Dia do Índio. Não comemoraram nada, pelo contrário, a reunião promovida pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos a pedido do Conselho Indigenista Missionário (CIMI-Sul) só serviu para confirmar o desinteresse pela mobilização guarani. São incontáveis as demandas apresentadas para garantir a mais simples de suas vontades roubadas, a de conduzir com tranquilidade o caminho da vida plena de seu povo em territórios tradicionais, sempre servido da natureza sadia. A única deputada presente, Stela Farias, estava ali para cobrir a ausência de seu colega de partido Dionilson Marcon, obrigado a se afastar de Porto Alegre para uma situação de emergência envolvendo comunidades quilombolas do Litoral Sul do Estado. O registro em áudio e vídeo, praxe em qualquer evento da Casa, não foi previamente providenciado e precisou de solicitação do presidente do Conselho de Articulação dos Povos Indígenas Guarani [CAPI], Maurício da Silva Gonçalves. A lembrança permitiu registrar oficialmente a orientação espiritual da opy Laurinda [na foto na lateral], que num discurso longo, em guarani, disse de toda a tristeza de suas crianças pela perda de suas tradições culturais, as mesmas que minutos antes entoaram o Canto à Tupã, descalças em carpetes, concentradas pela alma, desejando sensibilização entre os povos. Depois do ritual, a deputada foi surpreendida por cada reivindicação dos guaranis, na maioria direitos fundamentais assegurados pela Constituição. Acabou dizendo aos indígenas que os apoiava [seja lá o que isso signifique], se sentia privilegiada em estar recebendo a comitiva, que os guaranis, quiçá, poderiam encaixar as demandas apresentadas a ela “no espírito democrático da campanha eleitoral do próximo outubro” e que a Comissão deveria organizar um ciclo de encontros para preparar o que ela não sabia se seria dossiê, relatório, diagnóstico, documento ou alguma outra coisa do tipo sobre a situação atual das comunidades no Estado. Por fim, garantiu ao índios que a maioria dos colegas não está sensível a transformar as situações precárias das comunidades. Nada de novidade, declararam as lideranças na conversa que fizemos após a reunião. E veja lá. No mesmo dia, a agenda da Assembléia estava concentrada no lançamento do programa “Cooperação: o Rio Grande acima das diferenças”, em café da manhã com a imprensa [estramanhos aqui na Catarse: só fomos convidados para o Dia do Índio]. O que propõem os nobres?Durante este ano, o Parlamento gaúcho vai incentivar a cooperação para que a sociedade viva melhor e as dificuldades sejam superadas. Este é o objetivo da bandeira levantada por Cherini na gestão 2010. “Unidos podemos obter resultados positivos para todos, por meio da difusão de valores, da educação, da solidariedade e do desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente. Deveriam começar escutando a gravação da opy Laurinda. Gravamos toda em vídeo.

Fomos a Bagé: conflito que se desenha por área de quilombolas deflagra mais do que o aparente

Domingo, 3 horas da manhã.Estamos parados em meio ao metro quadrado mais caro da capital do Rio Grande do Sul. Antes, passamos na avenida de um shopping classe A, por concessionária da Mercedes e por um McDonald’s.Deu pra ver algumas mansões, alguns condomínios horizontais que, de fora, mais parecem grandes prisões – chiques -, pela altura de seus muros.O sono pegando forte, afinal, ontem havia sido sábado e a viagem de domingo não fora planejada.Mas lá estávamos nós, uma equipe do Coletivo Catarse, Gustavo, Valentim e Bolivar, parados em frente a uma obra embargada, um “prédio pros filhos dos bacanas” – ouvimos isso outra vez que estivemos por ali.Na contemplação daquela noite quieta, impossível não mirar à esquerda a grande placa que dá a entrada naquele que talvez seja o grande símbolo contemporâneo da luta popular e da resistência nos espaços urbanos aqui do sul: o Quilombo da Família Silva.Entre um mate e outro, conversa indo sobre o que encontraríamos no nosso destino, eis que chegam as lideranças do Movimento Negro Unificado e outro do próprio Quilombo.Pronto, podemos ir!Foram cerca de 4 horas de estrada até Bagé – o mais novo ponto de disputa por território que vem contrapondo os ávidos defensores do ruralismo aos pequenos e ao trabalho do INCRA (clique aqui para ler nota oficial).Saímos do asfalto e entramos em uma estrada de chão batido, 15 quilômetros mais tarde, uma barricada com grandes galhos impedia a nossa passagem, mais adiante era possível perceber um acampamento num entroncamento da mesma estrada.Arrastamos uns galhos, passamos pelo canto, crianças que estavam escondias correram pra avisar alguém de alguma coisa e cruzamos pelo acampamento onde um casal tomava um mate.Nos olharam, não cumprimentaram – o que seria de praxe pelas bandas do interior.Dobramos à esquerda, seguimos, atrás de nosso comboio apareceu um quarto carro, ou melhor, camionete, estranho a nosotros.Chegamos ao nosso destino, e aquele último, com a certeza de sua missão cumprida, passou, olhou, fez a volta e sumiu pelo caminho que viemos.Lá, no agora Quilombo das Palmas, fomos recebidos e colocados em uma roda embaixo de um pequeno capão de mato, atrás de uma simples casa, circundados por gatos, cachorros, cabras, vacas e tudo mais o que a natureza pode nos proporcionar de um cenário bucólico como este.Na conversa, os representantes de movimentos de resistência afirmaram seu apoio na luta pela demarcação das áreas de quilombo – que vão, para além dos trezentos e poucos hectares já existentes, segundo laudo antropológico, aumentar em mais de 400 hectares a área daquelas 42 famílias.Causou “estranheza” – claro que não! – a todos o fato de que, por já 13 dias, aqueles ruralistas estariam fazendo barricadas em via pública, teriam impedido o trabalho de um órgão federal como o INCRA e constrangido não só trabalho da Procuradoria do MPF, mas a vida de todas aquelas pessoas que passam por ali, amigos, parentes ou simplesmente passantes, e absolutamente nada foi feito no sentido de se resolver a situação.Fossem os “times” trocados, fosse o movimento social no lugar dos ruralistas e certamente, no primeiro dia, até helicópteros da Brigada Militar estariam sobrevoando o local – esta era a visão unânime de todas as lideranças presentes na reunião.Após os encaminhamentos e um belo almoço, saímos de volta, rumo a Porto Alegre.Na passada pelo local do acampamento, já não eram somente duas, mas umas vinte pessoas. No cenário montado, dava pra perceber um pernil de ovelha assando e latas de cerveja espalhadas – tudo muito normal, inclusive. A barricada já não existia mais.Enquanto os membros do nosso comboio passaram, o dever nos fez parar, descer e conversar.Nos atendeu para uma entrevista aquele que havia nos seguido lá, às 8 horas da manhã, até a entrada da área quilombola.“Nosso problema não são os negros, é com o INCRA!”; “O INCRA está colocando o negro contra o branco, o pobre contra o rico!”; “Por que eles querem fazer uma associação? Por que dar as terras para uma cooperativa? Por que não deixar a terra no nome dos que já estão aí?”; “Nunca teve quilombo aqui! Quilombo é área de escravos que fugiram. Aqui, esse pessoal sempre esteve aí.”; “Pra que mais 400 hectares? É o MST travestido por trás disso…” – e por aí iam as colocações.Estávamos cercados, impossível não dizer que nos sentimos coagidos, mas fomos, sim, respeitados pelos ruralistas, nos identificamos enquanto comunicadores que exploram o ponto-de-vista dos movimentos sociais e retornamos a Porto Alegre.Na bagagem, cerca de 2 horas de material captado em vídeo, depoimentos dos dois lados e a certeza de que ali, por detrás da cortina da desapropriação de terras, se desenha mais um desdobramento evidente do que está acontecendo no Brasil: a LUTA DE CLASSES. Alguns dos presentes na reunião: na mesa, nossa arma, a câmera, ao fundo, Valentim e Bolivar são participantes, por detrás desta foto está o meu olhar.

A força do JORNALISMO sem patrão e a miséria do jornalismo conivente

Reforça nossa confiança no JORNALISMO AUTÔNOMO, INDEPENDENTE e ENGAJADO que escolhemos para o Coletivo Catarse, quando compartilhamos novidades sobre projetos de vanguarda que alcançam ótima repercussão com nível sofisticado de organização e produção de conteúdo relevante à sociedade. Nosso cooperado Bolívar Almeida voltou semana passada de Buenos Aires com o último exemplar [abril 2010] do MU, editado pela Cooperativa de trabalho LAVACA. Um jornal de puta madre. MU é um dos braços do empreendimento solidário LAVACA, que conta ainda com uma agência de notícias, editora de livro, faculdade autônoma de Comunicação Social, espaço para oficinas de contrainformação, coberturas engajadas em situações de repressão social e agressão ao direitos humanos, ações de formação para organizações sociais e o MU Puento de Encuentro, um espaço físico que é uma loja-bar-livraria-casa coleiva com uma intensa programação cultural. clique nas imagens para aumentar o tamanho NARCO SOJA Reportagem especial de capa do MU é sobre o envenenamento do campo e dos camponeses argentinos no modelo de morte da soja-dependência. A revista abre com o caso vitorioso na Justiça do pueblo de San Jorge, em que uma associação de vizinhos conseguiu barrar a pulverização com bombardeios aéreos de agroquímicos nas lavouras fronteiriças à comunidade, que vive no bairro Urquiza, local onde muitos morreram de doenças ligadas aos venenos e a maioria das crianças apresentava sintomas alergênicos desde o nascimento. Apresenta, na sequência, a exeperiência agroecológica da fazenda Naturaleza Viva, que trabalha a tecnologia de processos biodinâmicos, num modo de aplicar a ciência compreendendo a natureza, onde não se usa herbicidas, pelo contrário, se investe em campos rentáveis, férteis e com melhoramento de solos contínuos. Dá outra página para uma entrevista sobre o livro Millonarios, chacareros y perdedores en la nueva Argentina Rural, com seu autor Gonzáles Arzac, que relata a verdadeira dimensão da concentração econômica na estrutura fundiária argentina, “donde miles de personas son hoy obligadas al éxodo hacia las periferias de la pobreza humana“. Outras duas páginas com esclarecimentos do professor Raúl Montenegro, biólogo especialista em temas ambientais, Premio Nobel Alternativo em 2004, sobre La cruel verdad de la soja. E fecha com a matéria sobre o documentário infantil El cuento de la buena soja [assista o vídeo na janela do Youtube logo abaixo e entre no site do projeto], que numa linguagem fácil convida as crianças a pensarem algumas questões como a origem dos alimentos e as implicações do avanço da monocultura. Há mais 11 matérias, que ocupam as 24 páginas do periódico, inclusive, uma excelente reportagem sobre a organização do Movimento Sem Teto brasileiro.   JÁ O jornalismo DO ATRASO Agora a comparação, para evidenciar o narco-jornalismo brasileiro da matéria paga, estilo que domina principalmente a cobertura obscura sobre o campo, em que as grandes empresas do setor financiam as investidas midiáticas feitas por jornalistas bundões que fazem qualquer negócio com a venda de seu trabalho para patrões. Ao lado, capa da última edição [também de abril 2010] da “revista do agronegócio brasileiro” ISTO É DINHEIRO RURAL, com reportagem sobre o empresário [que coincidência!] argentino da soja que se tornou o maior produtor de grãos das Américas – 250 mil hectares de área plantada sem ser dono de nenhum deles. Nenhuma linha sobre envenenamento, nenhum problema ambiental ou social. Só se lê alegria [$$$ a receita anual de Gustavo Gropocopatel é de US$ 700 milhões] e amenidades do tipo: “… ele é fã de Chico Buarque, não perde uma oportunidade de degustar uma boa caipirinha e, ainda que não reconheça que Pelé foi melhor que Maradona, se diz apaixonado pelo futebol brasileiro”. Que bonito, não? Cuantas famílias, ese tío e su clase, han envenenado en Argentina? “La cuenta”, por favor. Bueno, bueno… – dice la mula al freno.

Sobre a política de cultura…

“O Griô é um caminhante, cantador, poeta, contador de histórias, genealogista, mediador político. É um educador popular que aprende, ensina e se torna a memória viva da tradição oral. Ele é o sangue que circula os saberes e histórias, as lutas e glórias de seu povo dando vida à rede de transmissão oral de uma região e de um país. O papel do griô aprendiz é garantir a vitalidade e continuidade das redes de transmissão oral entre as gerações, as escolas e os pontos de cultura do Brasil” – ( Líllian Pacheco, criadora da pedagogia Griô) Em março participamos através do Ponto de Cultura Ventre Livre do Teia Sul 2010. O Teia Sul é um encontro entre as ações do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura, são ações propostas por organizações sem fins lucrativos da sociedade civil. Lá, foi realizado coletivamente entre Ação Griô, Tuxáuas, Pontos e Pontões de Cultura um videoclipeda música Lá Vai, de autoria do Mestre Paraqueda sobre o Griô. Este primeiro vídeo, o Mestre Paraqueda fala um pouco da música e a canta com o Tuxáua PC Soares. Aqui, o videoclipe realizado durante o Teia Sul…

14 anos do Massacre de Eldorado de Carajás

17 de abril de 1996Município de Eldorado de Carajás2 mil sem terra marcham na rodovia PA-150 por reforma agráriaGovernador Almir Gabriel (PSDB) ordena desocupar a rodoviaAção da Polícia Militar do Pará 19 trabalhadores rurais executados a sangue-frio69 feridos3 mortos dias depois66 mutilados físicos2 mil pessoas mutiladas na alma e na memória (palavras do jornalista Eric Nepomuceno) 144 incrimidados2 condenados (coronel Mario Colares Pantoja e major José Maria Pereira Oliveira, da PM-PA)Nenhum dos responsáveis está preso A violência contra os sem-terra continua – Não saiu a Reforma Agrária Do blog: Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária

Mecenas e arquiteto do cinema documentário

O post de sábado passado foi uma reportagem sobre alfabetização audiovisual. Aproveitando a passagem da cineasta educadora Moira Toledo por Porto Alegre, acompanhamos uma curso de Cinema e Educação ministrado por ela e realizamos uma entrevista bem interessante. Para mantermos nos sábados o mesmo tema, decidimos compartilhar o lançamento da semana: a caixa de 7 DVDs com a obra de Thomaz Farkas, fotógrafo e produtor de documentearios brasileiros que são uma verdadeira aula de cinema: Viramundo, de Geraldo Sarno; Subterrâneos do Futebol, de Maurice Campovilla; Memórias do Cangaço, de Paulo Gil Soares – alguns dos que contaram com a generosidade artística e política de Farkas. O preço é salgado, mas vale organizar uma turma e fazer a compra coletiva ou buscar copiá-lo. É material didático garantido para oficinas audiovisuais. Um olhar particular sobre a realidade nacional. Para descobrir um pouco mais sobre Thomas Farkas, aproveite que ele é o homenageado do FestFotoPoA 2010, de 19 a 25 de abril, em Porto Alegre, no Santander Cultural, Rua Sete de Setembro, 1028 Praça da Alfândega. clique na imagem para aumentar o tamanho Reproducão: O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010 [Caderno 2, D9]

Apoio à reforma agrária

“Não é de hoje que os movimentos sociais sofrem ataques constantes na mídia coorporativa, mas de uns tempos pra cá, a intenção de criminalizar esses movimentos tem assumido níveis absurdos. Os movimentos do campo, que lutam contra o latifúndio, são os mais atingidos. Para dar uma resposta a isto, foi lançada nacionalmente, no último 11 de março em São Paulo, a Rede de Comunicadores em apoio à Reforma Agrária. Nesta quarta-feira, dia 14 de abril, comunicadores aqui do Rio Grande do Sul se reuniram na sede do Coletivo Catarse para conversar sobre que função esta rede poderia ter aqui no estado, quem pode produzir conteúdo e disponibilizar para o blog já existente https://www.reformaagraria.blog.br/.Estiveram presentes representantes do próprio Catarse, do coletivo Mulheres Rebeldes, da Ass. de Comunicação do MST e da Regional Metropolitana da Abraço-RS. Neste primeiro de muitos encontros,trocamos ideias e informações, reafirmamos a importância de ampliar o debate em relação à Reforma Agrária e de fazer um contraponto ao modo como a mídia coorporativa vem tratando a questão. Como encaminhamento prático deste primeiro encontro, ficou o comprometimento de ampliarmos o debate entre os próprios comunicadores (radialistas, blogueiros, cartunistas, muralistas…), para assim termos folego para uma agenda mais propositiva.” O texto acima é do Rodrigo, integrante da Rádio Comunitária A Voz do Morro e da Abraço, que esteve na Catarse na última quarta pra gente levar esta conversa que ele descreve. Queremos estabelecer um fórum de debates permanente, entre pessoas que trabalham com comunicação, para produzir conteúdos sobre reforma agrária com os pontos de vista que nunca são contemplados na grande imprensa, e construir novos espaços para veiculação. Não apenas assinar o manifesto de lançamento da Rede de Comunicadores em Apoio à Reforma Agrária e veicular o conteúdo do blog já existente nas páginas que mantemos, mas aprodundar a cobertura do cotidiano de quem vive, faz ou tenta fazer a reforma agrária. O próximo encontro será dia 28 de abril, às 19hs, na Catarse (Protásio Alves, 2514, sala 401 – próximo da Barão do Amazonas e quase em frente ao Colégio Santa Inês – Petrópolis).” Divulguem e apareçam! Auto-retrato do primeiro encontro.