Repercussão da reportagem sobre a PEJ no jornal do GAPA/RS

Opiniã do Blog Ponto de Vista publicada hoje sobre reportagem em jornal produzido pela Catarse. Segue abaixo: É NEGLIGÊNCIA, SIM Esta é a última edição do jornal “Mais Expressão de Vida”, do Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS/RS (GAPA). O suplemento especial “Caos da saúde nos presídios” está desagradando as autoridades do sistema. Sobre a situação dos portadores do HIV: “Os doentes de AIDS, as pessoas que já estão com a saúde bastante debilitada por causa do avanço da doença, o tratamento que a Casa (Penitenicária Estadual do Jacuí) oferece é simplesmente largar eles dentro da galeria com o coquetel que governo oferece. Porque realmente o pessoal da saúde da Casa não está dando atendimento algum. Os doentes de Aids estão dependendo única e exclusivamente da boa vontade de seus colegas de cárcere, que, muitas vezes, nem têm instrução necessária pra dar o atendimento correto que eles deveriam receber, a alimentação necessária. Muitas pessoas também não têm auxílio de sua família, e fica difícil às vezes, precisa de alguém até mesmo para ajudar a tomar um banho, preparar um alimento. NÓS TEMOS CASOS DE PESSOAS AQUI QUE PERDERAM A SUA VIDA NOS PORTÕES DAS GALERIAS POR FALTA DE ATENDIMENTO, POR NECLIGÊNCIA DO TRABALHO DE SAÚDE NAS PENITENCIÁRIAS.” (depoimento de um preso). O suplemento não foi feito a partir de um release – material fornecido pelas assessorias de relações públicas – mas a partir de um trabalho de reportagem. “Susepe quer testar pulseiras” é um release publicado – evidentemente – por ZMentirona, edição de 13.07.2007, pág.59. Trata-se de uma medida para reduzir custos com o encarceramento dos pobres. Sobre a precária situação de saúde dos presos continuaremos sem saber nada pelos veículos da mídia corporativa.

Registro da Rede Mística Feminina

PROTAGONISTAS DO SEU TEMPO,MULHERES DAS CLASSES OPRIMIDASSE ORGANIZAM EM MOVIMENTOSPOPULARESE LUTAM PELA DIGNIDADE DA VIDA. SÃO ESPAÇOS DE RESISTÊNCIA E ESTÍMULO.DE CELEBRAÇÃO DA FÉE AÇÃO TRANSFORMADORA. MÍSTICA COMO ALIMENTO DA ESPERANÇAEM UM MUNDO DIFERENTE,DE UMA NOVA MULHER. *** 20 ANOS DE ENCONTROS DA REDE MÍSTICAFEMININA DO MEIO POPULAR ASSENTAMENTO FILHOS DE SEPÉ, MSTMUNICÍPIO DE VIAMÃO, JANEIRO DE 2007 ***Esse o texto de abertura do vídeo-documento (35 min.) realizado pela Catarse para as mulheres da Rede Mística. Um trabalho de reportagem descritiva, que acompanha cenas do encontro, num registro de sua memória. A equipe de reportagem foi só de homens (André de Oliveira, Jefferson Pinheiro e Rafael Corrêa).Com um orgulho enorme, podemos dizer que nos aproximamos da alegria de mulheres guerreiras, vibrantes, religiosas (no sentido da palavra de religação mística). Nos encontramos com o futuro de dignidade. Mas há muita luta a fazer ainda. Elas fazem parte desse caminho. E nós da Catarse também somos frutos da Mística. Agradecemos por isso.EXIBIÇÃONo último sábado, 30 de junho, houve exibição do vídeo-documento na Terreira da Bia, na Ilha da Pintanda. Uma TV 20 polegadas e um aparelho de DVD substituíram as imagens religiosas de sempre, elas ficaram todas guardadas ao fundo da sala. E as pessoas ali presentes se viram protagonistas do vídeo delas.Filmamos todo ritual de umbanda que ocorreu no Encontro e parte dele está presente no vídeo-documento. Recebemos os agradecimentos e agradecemos tudo que recebemos por poder trabalhar e dividir nosso trabalho com essa comunidade. Logo em seguida, acompanhamos a imagem de Nossa Senhora sendo levada da Terreira, onde estava desde o encontro de janeiro, para o oratório da Ilha Grande. Nós chegamos de carro, mas a imagem de barco, pelas águas. Ali foi realizado cerimônia religiosa, num final de tarde frio e alaranjado da beira do rio.FILMEHaverá ainda a realização de outro trabalho a partir desse registro. A Catarse está na etapa de montagem de um filme documentário que parte da mobilização da Rede Mística para falar do espírito do feminino nas lutas sociais, da sua religiosidade. Provavelmente um longa-metragem.

Mulheres da Vila Joana D'arc em vídeo

O projeto Joana D’arc em Luta pela Dignidade, realizado pela Extensão Comunitária da PUC/RS, com financiamento da Petrobras, ganhou um vídeo-registro produzido pela Catarse. Na verdade, foram dois: um de 45 minutos e outro de oito minutos. É a história de um grupo de mulheres, moradoras da Vila Joana D’arc, que estão trabalhando numa padaria e tentando montar uma cooperativa de trabalho. O vídeo conta como foi o primeiro ano de projeto e revela um pouco da vida de algumas dessas mulheres. Para saber mais: www.pucrs.br/proex/joanadarc

Aconteceu na Santa Rosa

Segue as fotos da oficina de Tecnologia Digital que a Catarse tá trabalhando na Vila Santa Rosa… Até semana passada ninguém tinha visto uma câmera sem ser a pilha… Aí embaixo, as fotos do Guga passando seus conhecimentos em hardware… O pessoal tá aprendendo o que é um HD, um processador e a placa mãe, “que todo mundo sempre fala”!

As novas experiências de inexperientes oficineiros

Como já falamos, estamos desenvolvendo ofinas de vídeo com crianças, adolescentes e até mesmo adultos em duas comunidades.Uma é em São Leopoldo.A Têmis e o Rafael Vespo estão trabalhando com o Vlady – um parceirão nosso – uma oficina de animação com a gurizada.Dessa, vai sair uma experiência atuada e apresentada por eles.No momento, o Vlady está trabalhando expressão corporal e fazendo com que eles tomem noção dos personagens, além de instigar a criatividade em cima do roteiro.Acho que vai sair um filme super bom.Aguardem que a gente publica por aqui! E a outra é na Vila Santa Rosa, no bairro Rubem Berta.O lugar é tão longe que o ônibus tem que ir pela Freeway.Chegando lá, a sensação é de que se está em uma outra cidade.A Têmis mesmo já deu a tal da gafe: “Vou pegar o ônibus, então, para voltar para Porto Alegre”.A risada foi geral: “Tá certo, então vou lá em casa pegar a enxada pra capinar…” – responderam.É, essa inexperiencia toda traz algumas situações engraçadas – que poderiam até ser constrangedoras, se não fosse a bela natureza das pessoas com quem estamos nos envolvendo.Em uma das explicações que fiz sobre o processo de edição, fui falar sobre o computador como ferramenta: “E aí? Todo mundo tem computador em casa?”.É.Lá estava eu, depois que terminei a pergunta, me indignando com estapafúrdio questionamento: “Rapaz, olha onde tu tá, burrão! Desce desse pedestal pequeno-burguês de quem mora nos altos do Petrópolis! Filhinho de papai, guri de apartamento…” – brigava comigo minha consciência.Consciência esta muito mais feroz do que meus interlocutores.A gurizada caiu na gargalhada!“Ih, tio! AHAHAHAHAAHAH, nem brinca com isso! Tá nos tirando?”.Tá certo, tá certo.Meu lapso foi para saber se todos conheciam computador, se tinham acesso.E minha ingenuidade pequeno-burguesa foi respondida: sim, todos sabiam e tinham acesso a computador.Aliás, isso foi outra coisa que nos chamou a atenção.Há várias Lan Houses pela Santa Rosa, mais do que qualquer outro estabelecimento comercial…Bem, o lance é que está sendo uma experiência sensacional.É muito bonito ver a ânsia de aprender nos olhos daquela gurizada.Com a chegada de equipamentos (é um projeto do MinC), só imagino a reação da galera, pois a Têmis levou uma claquete e foi um negócio… Na seqüência tem mais relatos.Na foto, Têmis, Rafael (de costas) e Vlady (de barba) na rodinha em São Leopoldo.

Joana D'arc registra sua dignidade

A Extensão Comunitária da PUC/RS desenvolve há um ano na Vila Joana D’arc um projeto de geração de renda, que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida da comunidade. Apoiado pelo programa Fome Zero da Petrobras, agora o Joana D’arc em Luta pela Dignidade terá um registro audiovisual (realizado pela Catarse) do seu processo de construção e das mudanças que gerou na vida de muitos moradores.

Guaranis segundo os Guaranis

De 11 a 14 de abril aconteceu em Porto Alegre a 2ª Assembléia Continental Guarani. A Catarse registrou os quatro dias de atividades que os cerca de 800 índios promoveram no Parque da Harmonia e numa marcha que fizeram junto com outros movimentos sociais até o Centro da cidade. Financiado pelo Centro Indigenista Missionário (CIMI), foram as lideranças guaranis que propuseram um filme falado em sua própria língua, tendo como protagonistas e entrevistados somente os índios.

Kuaray do Sul no Memorial do RS

A reportagem cinematográfica Kuaray do Sul, realizada pela Catarse em 2006, foi exibida em 21 de abril no Memorial do RS, durante programação da Exposição Cultura e Arte Indígena Guarani, promovida pelo Instituto de Estudos Culturais e Ambientais (IECAM) e Artesãos Mbyá-Guarani.

Acampados – cinco filmes para o MST

Produzir comunicação pra ajudar a mudar o estado das coisas. Desejo que nos move e que cria a energia que faz existir a Catarse. Desde a cooperativa anterior – que muitos de nós fizeram parte – pensávamos em um dia trabalhar pro MST e pra esta outra sociedade que o Movimento reivindica, e que seus integrantes têm coragem pra lutar por ela. Na Coomunica não foi possível trabalhar pra movimentos sociais, não seria. Foi por limitações como esta que saimos de lá. Já havia acontecido ano passado quando registramos em vídeo o Acampamento Continental Guarani em São Gabriel, quando a Via Campesina e o Centro Indigenista Missionário nos chamaram pra trabalhar juntos. Agora, em fevereiro, rodamos acampamentos e assentamentos de todo o RS conhecendo por dentro de qual revolução o MST se ocupa, a de promover a nova mulher e o novo homem, que tenham consciência do mundo em que vivem, e concentrem força pra enfrentar os que acham que compraram o direito de mandar no planeta e dele sugar tudo o que puderem pra si. Estes poucos têm sob seus domínios a maioria da população, seja pela alienação que seus instrumentos – como a grande mídia – produzem, seja pelos serviços que seus funcionários nos governos lhes prestam, ou pela miséria que administram, tolhindo a liberdade do homem que não sabe se hoje terá algo para comer. Destas nossas andanças saíram três vídeos que estão sendo usados pelo Movimento no seu trabalho de base, um quarto registro está em finalização e mais adiante editaremos um quinto filme, ampliando as questões tradadas nos outros. Estamos felizes em saber que a comunicação que escolhemos fazer pode ajudar na decisão de pessoas a integrar movimentos como o MST. Abaixo, texto do André no blog agenciadisparate.blogspot.com “Reportagem (de uma série de quatro) sobre a situação de acampados e assentados do MST no Rio Grande do Sul. O primeiro episódio realizado na região de Nova Santa Rita. Um filme de dentro do Movimento, sem demagogia. Uma brecha que a imprensa gorda faz questão de deixar de lado na cobertura sobre reforma agrária no Brasil. Informações manipuladas, opiniões injustas são o que prevalecem no imaginário midiático. A elite brasileira ainda considera perigoso que o povo se una para lutar por seus direitos, porque isso altera as relações de poder na sociedade. Mas para entender o MST é preciso ouvir as pessoas que fazem o Movimento: porque são elas que acreditam na desconcentração de terras, renda e riqueza no campo; acesso ao meio ambiente saudável e amor pela natureza; autonomia como trabalhador; futuro de tranquilidade para suas famílias. Y num país em que o povo mobilizado conduza às mudanças. Pelo fim da exploração, da vergonha e da pobreza. A luta do MST é a luta das pessoas que formam o MST. Terra, justiça e liberdade.”