Quilombo da Família Silva comemora
Quilombo da Família Silva Convida! 3° Ano da Titulação – Roda de samba – Você não pode perder!
Quilombo da Família Silva Convida! 3° Ano da Titulação – Roda de samba – Você não pode perder!
Acontece neste domingo (22.7) o Mocotó Quilombola Negro e Popular, em apoio ao quilombo do Rio dos Macacos (BA). Será no Quilombo da Família Silva, às 12h, contribuição de R$ 7,00. Leve sua força, prato e talheres.
Relatório publicado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo ilustra a situação das demarcações de terras quilombolas no Brasil. Focado no balanço de 2011, o relatório concluiu que apenas uma única terra foi regularizada neste período.
por Onir de Araujo Militante do MNU e da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas No apagar das luzes de seu mandato como Presidente do STF, o Ministro Cesar Peluso sai como uma verdadeira metralhadora giratória reacionária atacando direitos fundamentais das comunidades quilombolas e procura jogar cortina de fumaça sobre seu conservadorismo atacando colegas de pasta. E tudo isso a seviço dos interesses das oligarquias racistas que sempre dominaram o país.
por Fábio Nassif, publicado na Agência Carta Maior Relatório publicado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo ilustra a situação das demarcações de terras quilombolas no Brasil. Focado no balanço de 2011, o relatório concluiu que apenas uma única terra foi regularizada neste período. Enquanto isso, dois casos chamam a atenção pela violência gerada diante da indefinição jurídica: o de Manoel do Charco (foto), ameaçado de morte no Maranhão; e o da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos, em conflito com a Marinha do Brasil no estado da Bahia. Um relatório publicado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo no último dia 15 ilustra a dramática questão das demarcações de terras quilombolas no Brasil. Focado no balanço de 2011, o relatório concluiu que apenas uma única terra foi regularizada neste período. Enquanto isso, dois casos chamam a atenção pela violência gerada diante da indefinição jurídica: o de Manoel dos Chacos, ameaçado de morte no Maranhão; e o da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos, em conflito com a Marinha do Brasil no estado da Bahia. A conclusão do relatório é que “o primeiro ano do governo Dilma não trouxe mudanças significativas na política de regularização das terras quilombolas”. A inovação ocorrida diz respeito à contratação de empresas para realização de relatórios antropológicos que subsidiam os processos de titulação. Além de colocar em dúvida a qualidade desse material, o documento critica a falta de agilidade dos processos já que, depois de inclui-lo como parte do Relatório de Técnico de Identificação e Delimitação (RTDI), o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) deve garantir técnicos para a produção das outras peças. A demora desses processos se deve em boa parte à falta de estrutura do Incra. O próprio texto da Comissão Pró-Índio questiona como o órgão dará conta de transformar os 158 relatórios antropológicos em RTDIs, já que em sete anos ele publicou somente 147 desses. Ameaça Manoel do Charco, do Quilombo do Charco localizado no município São Vicente Ferrer no Maranhão, aponta que boa parte dos problemas está mesmo na ausência de estrutura do Incra, mas complementa que “boa parte se dá pela falta de vontade política do governo federal”. Ele tem uma história semelhante a de outros quilombolas, que, diferente dos fazendeiros da região que herdam terras, têm como herança a luta por elas. Manoel assumiu com mais força essa tarefa depois que seu companheiro de luta, Flaviano Pinto Neto, foi assassinado com sete tiros na cabeça em outubro de 2010. Flaviano era presidente da Associação Quilombola do Charco. Os acusados são Manoel Martins Gomes e Antonio Martins Gomes (vice-prefeito de Olinda Nova do Maranhão e candidato a reeleição). “Pro Charco ser valorizado teve que morrer um companheiro”, disse ele, que aguarda o relatório, já com prazo estourado em um mês. Manoel prefere não dar palpite sobre as possibilidades de titulação das terras onde vive, mas já sabe que a justiça é muito suscetível às pressões dos fazendeiros. A demora pela espera da titulação da terra não diz respeito somente a uma questão de tempo, mas de vida. No último domingo, Manoel foi ameaçado mais uma vez. “Três caboclos tentaram me pegar de moto indo pruma reunião no interior do estado. É a quarta vez que tentam me derrubar”, relata. Faz um mês que ele deixou de ser protegido pelo Programa Nacional dos Defensores de Direitos Humanos (PNDDH) do Governo Federal. O motivo é financeiro, já que ele não conseguia cumprir nenhum horário de trabalho, e o programa disse não poder bancá-lo. Segundo o próprio Manoel, “proteção, só a divina”. Despejo Um outro caso que exemplifica a situação desses povos é o da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos, na Bahia. A disputa, nesse caso, é com a Marinha do Brasil, que, segundo os moradores da região, impedem até a entrada de funcionários do Incra no local. A Marinha tem protagonizado uma série de violações, como a invasão de domicílios, atentado às mulheres, uso ostensivo de armamento e impedimento das atividades econômicas tradicionais como agricultura e pesca de subsistência. Diversas entidades realizaram um ato no último dia 6 para denunciar esta situação pois a ameaça eles sofrem ameaça de despejo no dia 4 de março. (Veja aqui vídeo sobre esta situação). Não à toa, João Pedro Stédile, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em reunião de alguns movimentos sociais com a presidenta Dilma Rousseff (PT) durante o Fórum Social Temático, cobrou resolução do problema das terras quilombolas. “É a maior dívida social que nós temos, o país foi construído com trabalho escravo, e agora não consegue reconhecer uma área? Nós temos que recuperar a legalização das terras quilombolas”, disse. Foto de Guilherme Zocchio. Mais sobre Rio dos Macacos aqui.
Os quilombolas urbanos de Porto Alegre uniram-se para realizar uma manifestação em apoio a permanência da posse e do título do território do Quilombo dos Macacos, na Bahia. A Marinha está tentando despejar os quilombolas de uma área que habitam há mais de 100 anos.
Assista o vídeo que denuncia o Racismo Institucional que está sendo praticado pela marinha brasileira contra os quilombolas de Rio dos Macacos, na Bahia.
Cineclube Cine 48 apresenta quilombo família silva um documentário do Coletivo Catarse e Inverso Coletivo, que trata da A história do primeiro quilombo urbano titulado do Brasil, expõe a luta dos quilombolas pelo direito a terra no bairro mais rico de Porto Alegre.
O Comite Popular da Copa/ Porto Alegre-Centro (Proponente), conjuntamente, com a Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas, Quilombo da Família Silva (RS), Quilombo da Família Fidelix (RS), Quilombo da Pedra do Sal (RJ), CIMI (Conselho Indigenista Missionário/POA-RS), Odomode, GT-Quilombola – MNU/RS, Ocupação 20 de Novembro- MNLM/POA-RS, LBL (Liga Brasileira de Lébiscas-RS), AGB (Associação Geografos Brasileiros-RS) , Coletivo Catarse, Sintect /RS- (Secretaria de Combate ao Racismo- Sindicato dos Correios e Telegrafos do Rio Grande do Sul), Quilombo Rassa e Classe da CSP-CONLUTAS, Rede Quiombos do Sul, convocam e convidam os(as) ativistas presentes no FORUM SOCIAL TEMÁTICO (2012) em Porto Alegre-RS. PROGRAMAÇÃO SUGERIDA: 24/01- MARCHA DE ABERTURA DO FORUM- CONCENTRAÇÃO LARGO GLÊNIO PERES – PONTO DE ENCONTRO BANNER DO COMITE POPULAR DA COPA DO CENTRO E FRENTE NACIONAL EM DEFESA DOS TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS 25/01(09hs) – 10 Anos de Articulação da Rede Quilombos do Sul, Balanço e Perspectiva da Luta Quilombola no Brasil. Local: Quilombo Oliveira Silveira – Largo Zumbi dos Palmares. Proponentes: Rede Quilombos do Sul – MNU – Frente Nacional em Defesa dos territórios Quilombolas. 26/01 (9 às 17hs) – Seminário Internacional de Reparação. Local: Quilombo Oliveira Silveira – Largo Zumbi dos Palmares. Proponente: MNU. 27/01 (14hs)- As Políticas de Ações Afirmativas como Enfrentamento do Racismo no Ambiente Escolar e Acadêmico– Local: Quilombo Oliveira Silveira. Proponente: GT de Ações Afirmativas da UFRGS. 28/01(9hs) – Balanço e Perspectivas da Luta Quilombola no Brasil – Local: Quilombo Oliveira Silveira. Proponente: Rede Quilombos do Sul – MNU e Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas. Dia 28/01- A Copa ,os megaprojetos e os direitos dos explorados e oprimidos: a situação indígena, negra, quilombola e popular no Brasil e Porto Alegre. O local da atividade: Quilombo da Família Silva, carrega forte simbologia dessa resistência contra o Racismo e todas as formas de exploração e opressão, portanto, contamos com a importante presença dos compas na atividade no dia 28.01 á partir das 14h. Ponto de encontro diário , a partir das 19h , Rua Lobo da Costa nº 24 , Cidade Baixa, Final da Rua José do Patrocínio, Bar da Carla, Quilombo Fidelix. CARTA DO COMITÊ POPULAR DA COPA/CENTRO POA: Companheiros(as), Somos negras(os), quilombolas, indígenas, pobres, trabalhadores(as), desempregados(as), gays, lésbicas, jovens, idosos, que ao longo de nossas vidas, nos comprometemos com a luta pela transformação social. Juntos, estivemos em greves – como a dos Correios e Telégrafos -, ocupações de órgãos públicos, manifestações de rua, Audiências Públicas, Marchas – inclusive em Brasília – e realizamos trabalhos de base em nossos territórios. As demandas que esses movimentos representaram e representam, seguem em aberto, mantendo-se os ataques as comunidades quilombolas, indígenas, o genocídio da juventude negra e pobre em geral, a homofobia, a lesbofobia, o machismo, os assassinatos e perseguição de ativistas, quilombolas e indígenas. Apesar da existência de lutas e resistência, das quais somos integrantes, as raras conquistas obtidas estão ameaçadas. Mas algo ainda mais difícil de enfrentar no cenário: percebemos que boa parte das organizações do Movimento Social, em geral, e também do movimento negro abriu mão de seu papel histórico e hoje é parte integrante do projeto político e econômico que prepondera. A economia da dominação usa e se baseia nos Megaprojetos – as grandes obras – não respeitando a exploração da mão de obra nem respeito ao meio ambiente do país. Usa a cultura popular, a música, a gastronomia o esporte, como as Olimpíadas e a Copa do Mudo de Futebol para o aprofundamento do projeto de Colonização. Favorecem os mesmos de sempre, contra e em detrimento da maioria da população. As maiores vítimas desta fase política do país são os povos originários, os quilombolas, os negros(as), a juventude em geral. Vítimas da institucionalização da violência, do racismo, da homofobia, da lesbofobia, do machismo. Mais do que nos encontrarmos e confraternizarmos, neste momento emblemático da história, temos que enfrentar o desafio de construirmos uma agenda comum de luta, resistência e organização. Se juntos identificamos o inimigo enfrentaremos melhor os ataques que se avizinham, com independência e autonomia em relação ao Estado, aos Governos e aos governistas de plantão. Felipe da Costa Franco