O Paraná em transe

[Consulta Popular] Greve dos professores e do funcionalismo estadual abre período de desgaste do governo Beto Richa (PSDB) e ampliação das lutas sociais no Paraná.

Por Pedro Carrano, diretor do Sindicato de Jornalistas do Paraná.

“Essas questões da Constituinte, do tema do Senado, do financiamento privado de campanhas, da participação popular, estão gritantes nessa greve, basta ver o perfil dos parlamentares que votam contra a gente”, professor Cafu, do Comando de Greve da APP-Sindicato.

prof_paranaHá 18 dias, a greve dos professores segue com força, avançando na pauta ao mesmo tempo em que mantém a mobilização.

Ao lado de centenas de professores mobilizados, no acampamento em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, e com diversos atos no interior, a paralisação alcança também os servidores estaduais do judiciário, da Defensoria Pública, do Detran-PR, das Universidades estaduais. Difícil pensar uma pasta do governo Richa que não esteja com problemas, falta de verbas e precariedade.

Depois de uma manhã do dia 25 de fevereiro com 50 mil educadores nas ruas, em ações por todo o Paraná, o Comando de Greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) reuniu-se com representantes do governo, pontuando uma série de compromissos. Com a greve, vai se desmontando pouco a pouco o chamado pacotaço proposto por Richa em regime de urgência à Assembleia Legislativa (Alep). A tendência agora é o executivo tentar propor para o legislativo as medidas de ajuste a conta gotas.

Desde a ocupação da Assembleia pelos professores e também no enfrentamento dia 12 de fevereiro, quando os grevistas derrubaram as cercas da Alep – dia de votação às pressas do pacotaço, quando a pressão massiva obrigou os acuados deputados a retirar os projetos da pauta –, a greve mantém dois eixos importantes: avança em mobilização, ganho de legitimidade e de forte apoio não só de sindicatos, mas também de setores médios da sociedade.

E, ao mesmo tempo em que conquista, segue mobilizando, mostrando uma disposição para a luta do magistério estadual. Esse raciocínio implica inclusive pensar que a mobilização deve seguir mesmo quando a greve tiver o seu término. (…)

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