Novas Fronteiras do Ativismo Social

Um ciclo de debates proposto por um conjunto de pesquisadores e ativistas, no contexto das interações e dos resultados propiciados pelo Projeto de Pesquisa O TERCEIRO ARQUIPÉLAGO – A RECIPROCIDADE E OS COLETIVOS DE AUTO-ORGANIZAÇÃO DA VIDA COMUM como forma de oportunizar devolutivas e criar momentos de diálogo entre ativistas, estudiosos e outros agentes.

O ciclo consiste em uma sequência de painéis, com apresentações, comentários e conversas, versando sobre práticas contemporâneas de ativismo social, abordadas em sua diversidade temática e em suas múltiplas formas de atuação. O propósito é trazer conhecimento (mútuo) a respeito, com referência principalmente aos coletivos de auto-organização da vida comum, e propiciar diálogos acerca de suas motivações, inovações e sentidos, no contexto local (Porto Alegre), regional (em países ou continentes) e global. Direcionado principalmente a ativistas, agentes (ONGs, entes públicos, entidades diversas), pesquisadores, acadêmicos e demais interessados, objetiva promover o diálogo direto, face a face, entre os participantes. São encontros presenciais, mas com suporte online, transmissão ao vivo por canal de YouTube (https://www.youtube.com/@coletivocatarse) e posterior publicação aqui nesta página.

Os painéis estão organizados segundo uma programação temática mensal, ocorrendo para cada tema em duas datas – uma no Espaço Cultural Maria Maria (Comuna do Arvoredo, Rua Fernando Machado, 464 – Centro Histórico de Porto Alegre) e outra na Cooperativa GiraSol (Avenida Venâncio Aires, 757 – Santana). Cada painel é composto por ao menos um ou uma ativista no papel de apresentador/a de sua experiência, por ao menos um ou uma ativista de outra experiência (idealmente, a ser apresentada no mês seguinte), no papel de comentador/a e, ainda, por pessoa conhecedora do tema (pesquisadores, intelectuais engajados, agentes sociais, acadêmicos), no papel de analista.

Programação temática
As formas de ativismo e os propósitos do engajamento são múltiplos. Há exemplos concretos de vários deles em Porto Alegre e região. O Projeto de Pesquisa à base dessa proposta explorou detidamente 120 casos (coletivos) em vários países, encontrando exemplos similares às iniciativas da capital dos gaúchos, além de outras formas que são trazidas para fins ilustrativos, comparativos ou de contextualização. Assim sendo, a programação dá preferência a temas em relação aos quais se conheçam experiências locais e ativistas, tais como:

• Agroecologia, vegetarianismo e veganismo
• Alternativas de mídia e jornalismo
• Ancestralidade, raça/etnia e desenvolvimento comunitário
• Consumo consciente
• Cooperativismo de plataforma
• Cuidado, reparação social e emancipação
• Cultura digital e software livre
• Cultura e arte
• Feminismo, equidade e questões de gênero
• O ativismo a partir de empresas de mercado
• O Bem-Viver e o sentido do Terceiro Arquipélago
• Produção, consumo e sustentabilidade
• Vida urbana e sustentabilidade

Promotores e Responsáveis
A atividade é uma realização do Professor Luiz Inácio Gaiger (CNPq), da Cooperativa GiraSol, do Espaço Cultural Maria Maria, do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre e do CAMP (Centro de Assessoria Multiprofissional), por meio de recursos financeiros e materiais, diretos e indiretos.

Colaboram, participando do evento e auxiliando em sua difusão, o Grupo de Pesquisa EcoSol (Unisinos), a Rede de Economia Solidária e Feminista (RESF) e a Guayí.

Apoiam, por meio de suas marcas institucionais e via mobilização de seus docentes, pesquisadores e estudantes, a Unisinos, a UFPEL e a ABET (Associação Brasileira de Estudos sobre o Trabalho).

Equipe curadora
Luiz Inácio Gaiger – CNPq (coordenação geral)
Marilia Veronese – Unisinos
André Mombach – Cooperativa GiraSol
Daniela Tolfo – Espaço Cultural Maria Maria/CAMP
Helena Bonumá – Rede Feminista de Economia Solidária e Guayí
Marcelo Cougo – Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre
Gustavo Türck – Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre
Monika Dowbor – UFPEL (PPG de Ciência Política)
Adriane Ferrarini – UFPEL (PPG de Sociologia)

*A partir do 9° episódio, esta atividade passou também a ser apoiada e fomentada, via Coletivo Catarse, pelo PROGRAMA RETOMADA CULTURAL RS – BOLSA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES ARTÍSTICAS CONTINUADAS 2024.

A seguir, todas as sessões com as suas informações e um mapa com os grupos participantes:

Combate à fome, inclusão social e emancipação

Na quinta-feira, 20 de junho, no Espaço Cultural Maria Maria, Comuna do Arvoredo (Rua Fernando Machado, 464 – Centro de Porto Alegre), e ao vivo neste canal, iniciou-se um ciclo de debates proposto por um conjunto de pesquisadores e ativistas, no contexto das interações e dos resultados propiciados pelo Projeto de Pesquisa “O TERCEIRO ARQUIPÉLAGO – A RECIPROCIDADE E OS COLETIVOS DE AUTO-ORGANIZAÇÃO DA VIDA COMUM”. Nesse dia, apresentaram-se os coletivos Cuidado que Mancha e Baque Mulher, de Porto Alegre – com o tema “Combate à Fome, Inclusão Social e Emancipação”.

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Na sexta-feira, 28 de junho, no Espaço Cultural Maria Maria, Comuna do Arvoredo (Rua Fernando Machado, 464 – Centro de Porto Alegre), e ao vivo neste canal, aconteceu o segundo encontro de um ciclo de debates proposto por um conjunto de pesquisadores e ativistas, no contexto das interações e dos resultados propiciados pelo Projeto de Pesquisa “O TERCEIRO ARQUIPÉLAGO – A RECIPROCIDADE E OS COLETIVOS DE AUTO-ORGANIZAÇÃO DA VIDA COMUM”. Nesse dia, apresentaram-se o Coletivo Amada Massa e o Projeto Gradiva, seguindo com o tema “Combate à Fome, Inclusão Social e Emancipação”.

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Feminismo, equidade e questões de gênero

O terceiro episódio do ciclo aconteceu na quinta-feira, 18 de julho, e apresentou o novo tema “Feminismo, Equidade e Questões de Gênero” com o coletivo Baque Mulher Poa, representativo dos ativismos contemporâneos, com comentários da Apoema Socioambiental. As análises foram de Helena Bonumá, da OSCIP Guayí. O tema que se inaugurou nesse mês de julho foi “Feminismo, Equidade e Questões de Gênero”, com o evento acontecendo ao vivo no Espaço Cultural Maria Maria (na Comuna do Arvoredo, Rua Fernando Machado, 464).

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No 24 de julho, quarta-feira, o Ciclo de Debates prosseguiu com o tema “Feminismo, Equidade e Questões de Gênero” em sua 4ª edição na Cooperativa GiraSol (Av. Venâncio Aires, 757), com a apresentação do Projeto Gradiva, um coletivo que traz a Psicanálise a mulheres em situação de violência, fazendo da escuta e da palavra meios de reconstituição de vínculos, subjetivos e sociais, e de reconstrução pessoal. Para comentar, tivemos o Coletivo Yapó, e, nas análises, a Professora Marília Veronese, da Unisinos.

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Produção, consumo e sustentabilidade

Na quinta-feira, 22 de agosto, o Ciclo de Debates apresentou o tema “Produção, Consumo e Sustentabilidade” em sua 5ª edição no Espaço Cultural Maria Maria (Comuna do Arvoredo, Rua Fernando Machado, 464). Desta feita, conhecemos a Apoena Socioambiental, coletivo de longa atuação, com foco principal em tratamento de resíduos e licenciamento ambiental. Para comentar, o Dandô – Movimento de Arte e Saberes Décio Marques, e, nas análises, Frederico Salmi, especialista em políticas de mudanças climáticas. (ps: está em duas partes por causa de queda de luz durante o evento)

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Na sexta-feira, 30/08, ocorreu a apresentação do Coletivo Yapó, formado por pessoas arquitetas e engenheiras dedicadas à elaboração de projetos e à construção de edificações (casas, centros sociais ou de cultura etc.), com uso de tecnologias ecossustentáveis. O evento se realizou na Cooperativa GiraSol (Av. Venâncio Aires, 757 – Santana, Porto Alegre). Os comentários foram da representante do Espaço Cultural Maria Maria, Daniela Tolfo, e a análise, da socióloga e psicanalista Kellen Pasqualeto.

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Cultura e arte

Na sexta-feira, 13 de setembro, aconteceu uma nova sessão do ciclo de debates sobre os ativismos sociais contemporâneos. Na temática Cultura e Arte, será apresentado o Dandô – Movimento de Arte e Saberes Dércio Marques, com os comentários do Coletivo Retomada Gáh Ré Kaingang, do Morro Santana, em Porto Alegre. Dois grupos que representam diversidades importantes em suas histórias, de militância cultural e social, de luta popular e resistência, e que foram analisados pelos Professores Caleb Alves e Raquel Weiss, doutores em Sociologia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Na quinta, 19/09, aconteceu mais uma sessão do ciclo de debates. Desta feita, o Maria Maria Espaço Cultural apresentou sua experiência. Esse coletivo, com sede no local, oferece culinária vegetariana e orgânica, valorizando a gastronomia étnica, de raízes ancestrais. Ademais, promove uma alternativa popular aos circuitos de música, teatro, poesia e literatura, engajando-se em várias causas sociais. Vem se tornando um espaço de referência e presença constante de ativistas no Centro de Porto Alegre. Os comentários ficaram por conta do Coletivo Afro Aya, com Gil Neves. Andressa Correa, doutora em Sociologia e moradora da Comuna do Arvoredo, na qual funciona o Maria Maria, foi a analista.

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Etnias, Culturas e Territórios Ancestrais

Na quinta, 17/10, mais uma sessão do ciclo de debates aconteceu com uma temática primordial para quem deseja uma sociedade melhor, justa e pacífica. A Comunidade Kaingang que se apresentou é uma referência na defesa dos direitos, do modo de vida, da natureza, da cultura e da sabedoria ancestral dos povos indígenas. O evento rolou ao vivo no Maria Maria Espaço Cultural (Rua Fernando Machado, 464 – Centro) e contou com apresentação do Coletivo Retomada Gáh Ré Kaingang, do Morro Santana, com comentários da Comuna do Arvoredo e análises de Luís Gustavo Ruwer, sociólogo e morador do Morro Santana.

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Na sexta, 18/10, seguiu o ciclo de debates, por um futuro melhor, nos conhecendo e inspirando no passado. Essa é uma das lições de coletivos como o Afro Aya, que travam uma luta histórica pela defesa e valorização de culturas e modos de vida ancestrais, por justiça e pelo fim de toda discriminação racial e social. Os comentários ficaram por conta do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo e a análise com Onir Araújo, da Frente Quilombola/OLPN. Rolou ao vivo na Cooperativa GiraSol (Av. Venâncio Aires, 757 – Santana).

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Na quinta, 21/11, marcando a entrada na reta final das sessões do Ciclo de Debates, se apresentou o tema “Cidades Inclusivas e Sustentáveis”, com apresentação de uma iniciativa reconhecida por seu pioneirismo e persistência ao longo de muitos anos – como vivermos juntos, em harmonia e em cooperação, sendo ao mesmo tempo individualidades, sujeitas de si e de seus sonhos? Um grande debate ocorreu com a apresentação da Comuna do Arvoredo, nos comentários, o Brasil de Fato e, na análise, o educador popular Cláudio Nascimento. Aconteceu também ao vivo na Maria Maria Espaço Cultural (Rua Cel. Fernando Machado, 464 – Centro Histórico).

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Esta sessão do Ciclo de Debates ocorreu na sexta-feira, 29/11, apresentando o Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, uma iniciativa importante, ativa desde 2008 em Porto Alegre. Nos comentários, o Coletivo Catarse, com representantes que também fizeram parte da história do Ponto e, na análise, a Doutora em Ciências Sociais e Consultora da Unesco, Anelise Estivalet. O Quilombo do Sopapo é um centro comunitário resultante de parcerias entre várias entidades, incentiva e desenvolve ações que integram arte, cultura, cidadania e economia solidária, estimulando a construção de uma cultura de não-violência. Tem como foco a música, o vídeo e a produção cultural local, promovendo intercâmbio entre linguagens culturais, artísticas e expressões simbólicas diversas que resultam numa rede de articulação, recepção e disseminação das manifestações artísticas. O Quilombo abre suas portas à comunidade praticamente todos os dias e mantém, desde que foi criado, um Conselho Gestor Comunitário ativo, trabalhando para garantir a inclusão social pela cultura e dela gerar inclusão econômica e de trabalho, resistindo a todos os desafios para estabelecer um programa de cultura viva, acessível a toda comunidade. O evento ocorreu ao vivo na sede do coletivo Cuidado que Mancha, próximo à Rótula do Papa, na Rua Damasco, 162, bairro Azenha.

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Na quinta-feira, 12/12, conhecemos uma importante alternativa de jornalismo, de atuação nacional e com bastante presença no RS: o “Brasil de Fato”, que funciona desde 2003 como uma fonte de notícias e uma agência de rádio, publicando jornais digitais em vários estados do país. Possui uma ampla rede de jornalistas, colaboradores, articulistas e intelectuais, oferecendo uma visão objetiva e crítica de nossa atualidade. No comentário tivemos a Rede Economia Solidária & Feminista e a análise de Matheus Mazzilli Pereira, do PPG Sociologia da UFRGS. O evento ocorreu ao vivo na Maria Maria Espaço Cultural, na Rua Cel. Fernando Machado, 464 (compareça!), Centro Histórico de Porto Alegre.

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Na, sexta-feira, 13/12, foi a vez do Coletivo Catarse se apresentar no ciclo de debates – uma cooperativa de trabalho fundada em 2004, dedicada à produção cultural, difusão e apoio a eventos e movimentos sociais. A Catarse, Ponto de Cultura e Memória, está organizada e atua segundo os princípios do cooperativismo, da autogestão e da economia solidária. Desenvolve seus trabalhos em uma perspectiva de comunicação integrada, transdisciplinar, valorizando o compartilhamento de conhecimentos, o fomento de redes e a formação com caráter articulador e mobilizador. Sua atuação é múltipla, como se viu. Os comentários ficaram com a Cooperativa GiraSol e a análise com Betânia Alfonsin, Doutora em Planejamento Urbano e Regional. E, ao meio da live, foi lançado o curta-metragem “A Viagem de Jacinto”, uma coprodução do Coletivo Catarse com a Cia Lumbra e outros parceiros. Assista! O evento ocorreu ao vivo na Maria Maria Espaço Cultural, na Rua Cel. Fernando Machado, 464, Centro Histórico de Porto Alegre.

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Novas Fronteiras do Ativismo Social teve sua última sessão em 16/01 – com LIVE! A partir das 19h, se iniciaram os debates com a Rede Economia Solidária e Feminista, com a Cooperativa GiraSol e com Ecossistemas Ativistas – realizando-se um fechamento com uma visão abrangente dos ecossistemas ativistas na atualidade. O evento ocorreu no Centro Histórico, na Maria Maria Espaço Cultural, na Comuna do Arvoredo, Rua Fernando Machado, 464.

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A partir do 9° episódio, passou-se a ter o apoio de estrutura do projeto: