Ônibus voltam a rodar, mas impasse segue

Mesmo com a categoria dos rodoviários decidindo em assembleia na última segunda-feira retomar as atividades nos ônibus em Porto Alegre, o impasse com prefeitura e empresários segue firme. O comando de greve afirma não suportar a pressão que o capital exerce sobre os trabalhadores e considera uma situação escravagista a questão do volume de trabalho e o banco de horas – o que se observa estar longe de qualquer acordo.

Conexões Globais ao vivo!

O Conexões Globais é um evento que busca promover e intensificar o diálogo entre os diferentes atores da sociedade em rede, tratando de temas como democracia 2.0, Marco Civil da Internet, soberania na rede, cultura digital e mobilização social na era da internet.

Uma releitura dos eventos de Junho e de Julho

*Por Tania Jamardo Faillace. Em que circunstâncias, as pessoas saem espontaneamente às ruas para protestar ou desafiar autoridades? 1. Quando as condições concretas de sua existência estão insuportáveis: fome, desabrigo absoluto, violência institucional generalizada, catástrofes sem socorro. Essa saída à rua equivale a uma “fuga para a frente”, de quem não tem mais o que perder. Uma espécie de “estouro da boiada”. 2. Quaisquer outras circunstâncias implicam em organização e pensamento convergente através de associações ideológicas ou classistas, confissões religiosas, provocação política, luta revolucionária. As manifestações de junho/julho no Brasil, consideradas de modo geral, não se encaixam nas condições do item 1. Não se tratava de cidadãos desesperados, mas de jovens bem alimentados e com boa saúde, que desfrutaram do movimento até de uma forma bem humorada e lúdica. Em relação ao item dois, podemos descartar o associativismo classista, o embate religioso, e a luta revolucionária, uma vez que não estamos dentro desse processo. Ficamos de momento com a hipótese da provocação política.