Paulo Montiel já passou por muitas etapas na sua vida artística. Por exemplo, quando era funcionário da UFRGS apurou sua técnica visitando clandestinamente a faculdade de medicina,onde guardavam os corpos para pesquisas. Depois, deu as caras no mundo e foi viver de sua pintura. Viajou pro Rio, pra Bahia, pro Marrocos, pra Espanha, sempre com sua obra embaixo do braço. Desenvolveu calendário com os Orixás, com suas telas e mesclou as diversidade religiosa de matriz africana, misturando Candomblé e Batuque.
Agora, mais uma vez, Montiel se reinventa, no seu novo espaço de trabalho, na Clínica onde mora.
Muitos esboços, quadro novos, retoques nos antigos, acabamento.
Em seu atelier/acervo no Ventre Livre busca as informações e trabalha seus projetos mais grandiosos, como a Ceia dos Orixás. Na cabeça, a certeza de que a vida e arte são uma coisa só, cosmovisão ancestral, ligada ao presente e de olho no futuro desse homem. O Ponto de Cultura segue no apoio e busca alternativas para que a arte siga seu rumo. Paulo Montiel é o artista Griô do Ponto.