De acordo com o Resumo Executivo do projeto de pesquisa apresentado pelo prof. Wanderlei Pignati denominado “Impactos dos Agrotóxicos na Saúde e no Ambiente nos Municípios do interior de Mato Grosso, Brasil”, um dos maiores impactos da cadeia produtiva do agronegócio são as poluições ao meio ambiente e as intoxicações agudas e cronicas nas pessoas, todas relacionadas aos agrotóxicos.
Esse processo agrícola químico-dependente, que é o agronegócio no Brasil, vem sendo alvo de diversas críticas e denúncias por parte dos ambientalistas e defensores da agroecologia, porém, quando nos deparamos com dados de pesquisas cientificas, realizadas por instituições de pesquisas como a UFMT (universidade federal do mato grosso) e FIOCRUZ, perante rigoroso critério metodológico e quem vem sendo realizada desde 2006, conforme explica o professor Pignati, o quadro fica ainda mais assustador.
A pesquisa feita na cidade de Lucas do Rio Verde (MT), entre 2007 e 2010 revelou uma série de perigos a saúde das pessoas e a sobrevivência do meio ambiente, entre elas a contaminação de resíduos de vários tipos de agrotóxico em 83% dos poços de água potável e a contaminação com resíduos de agrotóxicos em 100% das amostras de leite materno de 62 mães que pariram e amamentavam em Lucas do Rio Verde em 2010.
Ao ouvirmos a palestra realizada pelo prof Pignati, no final de setembro de 2013 na Escola de Administração da UFRGS, promovida pelo Grupo de Pesquisa Organização e Práxis Libertadora, fica evidente também a batalha travada com relação a produção de conhecimento e de acesso a informação a respeito do agronegócio, em especial sobre os agrotóxicos.
Nos discursos de “boas práticas”, “uso seguro”, “legislação rigorosa” e “custo de produção”, uma pergunta ainda se faz necessária : Quanto custa a vida?
Assista a trechos da primeira parte:
Assista ao filme Nuvens de Veneno, apresentado e indicado pelo Prof. Pignati: