Juçaras em movimento

Ao longo do último fim de semana, seguiu a diáspora das juçaras em busca de novas florestas. Aproximadamente 50 mudas da palmeira, espécie-chave da Mata Atlântica, foram resgatadas de uma área de mata de manejo do sítio dos Nicolaidis Cardoso (em Triunfo/RS) para integrar o viveiro e “centro de distribuição” na Comuna do Arvoredo, no centro de Porto Alegre – um local já clássico da resistência agroecológica em área urbana.

II Carijada Serrana Caconde

No último final de semana de julho, foi realizada mais uma edição da Carijada Serrana no Caconde, distrito rural de São Francisco de Paula/RS. Nesta, além de se manejar os pés de erva-mate nativos em meio à floresta com araucárias da Fazenda das Taipas – propriedade que acolheu o evento mais uma vez – também foram podadas plantas cultivadas em sistema agroflorestal na propriedade do professor, da UERGS, Ricardo Mello.

No Centro da cidade, um Sarau das matas.

No sábado, dia 22 de junho, aconteceu o Primeiro Sarau das Agroflorestas, no Espaço Cultural Maria Maria. Esse encontro de música e poesia proporcionou a interação presencial de diversas pessoas que ajudaram a construir a Carta das Agroflorestas, um documento que reuniu inicialmente 405 assinaturas e apresenta propostas para reconstrução do Estado por meio dos sistemas agroflorestais.

Ocupação Residencial Arvoredo

Na sexta, 24 de maio, 60 famílias atingidas pelas enchentes do Rio Grande do Sul ocuparam o antigo Hotel Arvoredo. Localizada na Rua Fernando Machado, Centro Histórico de Porto Alegre, a ocupação luta para seguir no local e manter a dignidade das famílias na reconstrução depois da catástrofe.

Organizações pela soberania popular no combate à catástrofe

Apesar do tempo nublado com momentos de garoa e do vento sul gelado (que fazia a sensação térmica parecer bem menor dos 12 C que a temperatura marcava), o sábado dia 25 de maio foi um dia de mobilização intensa. Tanto nos espaços centrais quanto nas periferias de Porto Alegre, grupos diversos de pessoas se juntaram para combater a capitalização da catástrofe que atinge o RS e pensar alternativas locais que levem em conta a ciência e as demandas dos territórios.

Movidas, ações e articulação em solidariedade às atingadas e atingidos pelas enchentes no RS

Desde o início de maio, o Estado do RIo Grande do Sul enfrenta um evento extremo ligado ao colapso climático e às péssimas gestões ambientais e de prevenção de cheias dos governos em todos os níveis. O modelo econômico empregado na região tem contribuído tanto com o sucateamento de órgãos e estruturas públicas de resposta a emergências do gênero como também com o desmatamento e outras fontes de emissão de CO2 – o que tem tornado mais comuns ciclones e outros eventos extremos nesta área do continente sul-americano.