O Ventre Livre recomeça suas atividades

De abril de 2009 a agosto de 2012 o Ventre Livre esteve aberto como espaço de cultura e saúde na comunidade da Vila Jardim, fundamentalmente construído com muita experimentração e resistência. Aconteceu de tudo nesses anos: oficina de fotografia na lata e colagem, grupo de jovens, núcleos operativos da unidade de saúde e oficina de tambor de sopapo, teatro de rua, oficina de música, circo, artes plásticas, audiovisual…e muito mais – tudo ou quase tudo registrado aqui nesse blog. [youtube http://www.youtube.com/watch?v=YURkQqjW9RM?feature=player_embedded]Vídeo que mostra um pouco do início do Ponto de Cultura. [youtube http://www.youtube.com/watch?v=T_xELNZLIsU]Vídeo de atividade com música. Todas essas atividades nos trouxeram, além de muita satisfação, alguma experiência. Coisas que foram previstas no projeto original aconteceram diferente e tivemos que readequar, outras superaram as expectativas e geraram frutos para além do projeto do Ponto de Cultura. Um exemplo disso foram as oficinas de audiovisual que a vontade de produzir extrapolou os limites das oficinas e aprovou outro projeto para produzir outros curtas-metragens. [youtube http://www.youtube.com/watch?v=coKqVpyjxMc]Vídeo sobre grupo de produção audiovisual.Do Ventre do Sopapo Sai Som Seja como for, toda a história do Ventre Livre nos estimulou a dar continuidade ao trabalho porém com uma maturidade que surge de todas essas experiências que passamos desde o começo do primeiro projeto. Daí surge uma segunda fase do Ventre Livre que chamamos Do Ventre do Sopapo Sai o Som. O projeto essencialmente foca na continuidade e qualificação do trabalho a partir das seguintes vertentes: A constituição do Espaço Griô projeta qualificar a participação do artista residente do Ponto de Cultura, Paulo Montiel, visando à conservação de seu acervo e a possibilidade de permitir que ele, morador “anônimo” do bairro, possa contar suas histórias, suas inspirações e os significados em suas obras – tão conhecidas pelos povos de terreiro de Porto Alegre e Salvador. Além de permitir a manutenção de um espaço terapêutico para a recuperação deste artista que teve a sua condição física tragicamente afetada por um acidente de moto em 2008. Mestre Baptista Pretende-se também produzir 2 Tambores de Sopapo, instrumento enraizado na história da contribuição africana no Estado do Rio Grande do Sul – que motivou, inclusive, a produção de um longa-metragem (O Grande Tambor), disponível na internet, realizado pelo Coletivo Catarse, em parceria com os pontos de cultura Ventre Livre e Quilombo do Sopapo. A montagem dos tambores se dará em formato de oficina, quando se explicará o Método Baptista de produção, desenvolvido pelo luthier Mestre Baptista (in memorian) desde meados da década de 1990, quando o tambor praticamente se encontrava extinto. Durante essas oficinas, haverá a presença de outros griôs que também compartilharão os seus conhecimentos. A oficina de produção audiovisual se desenvolverá com o objetivo de realizar o programa Sala de Espera que será um conjunto de produtos audiovisuais para serem veiculados nas televisões das salas de espera de unidades básicas de saúde, hospitais, ambulatórios, serviços especializados de saúde, bem como em processos educativos nas áreas da saúde, cultura e da assistência social. Junto a esses vídeos produzidos, a intenção é realizar pesquisa e coleta de outros vídeos de produtores independentes e/ou outras organizações que desenvolvam conteúdo audiovisual, a exemplo dos Pontos de Cultura. A oficina de produção musical complementa a de audiovisual, trabalhando a sensibilização através da música, voltada à produção de trilhas sonoras originais para as peças audiovisuais realizadas. Vislumbramos neste novo plano de trabalho a realização de um processo de oficinas com uma proposta metodológica inventiva construída coletivamente (como sempre foi). Os grupos de oficinandos, compostos pela comunidade, trabalhadores de saúde, assistência social, artistas, estudantes, terão a possibilidade de pensar e produzir algo que realmente faça sentido em seus territórios e nos locais onde desenvolvam suas atividades diárias, sejam de estudo, arte, trabalho ou todas juntas. Acreditamos, assim, que a possibilidade de escutar e registrar a contribuição das comunidades envolvidas através das histórias cotidianas das pessoas serve para humanizar as relações, valorizando os indivíduos e suas memórias na família e na comunidade, repercutindo na autoestima daquele que produz por poder falar e pensar em seu bairro, seu local de trabalho, sua vida. Relação com a Unidade de Saúde Divina Providência Pelo Ventre Livre entender que cultura e saúde são indissociáveis, o Ponto abriga desde 2013 as atividades de núcleos operativos da Unidade Básica de Saúde Divina Providência que, com certeza, vão somar para que o espaço retome as atividades com bastante força (veja o cronograma dos núcleos operativos). Enfim, este projeto apresenta-se numa proposta de interligação de conhecimentos, permitindo uma organização efetiva de atividades que durante um bom tempo já ocorriam dentro do ponto de cultura e agregando novos aspectos e metodologias de produção e compartilhamento de saberes. Desejamos que os próximos anos sejam de muita música, filme, conversa, convivência, arte, cultura e saúde na Vila Jardim.

Oficina de quadrinhos e cartum de Grupo Hospitalar Conceição

Retirado do site do GHC Na última segunda-feira, 17 de março, o Chalé da Cultura do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em parceria com o Ponto de Cultura Ventre Livre, realizou a Oficina de Quadrinhos e Cartum no pátio interno do Hospital Conceição. A oficina foi ministrada pelos cartunistas Santiago e Rafael Corrêa. Santiago é um dos maiores artistas da área, atualmente trabalha para o jornal Extra Classe e para a revista Le Monde Diplomatique Brasil. Já Rafael, que teve seu trabalho reconhecido em diversas premiações, participa de oficinas em escolas, feiras e pontos de cultura. As 20 vagas disponibilizadas para a comunidade em geral foram preenchidas por alunos de todas as idades. O objetivo da oficina foi ensinar para os alunos algumas noções de desenhos como anatomia, perspectiva, luz e sombras, composição e arte final; técnicas como grafite, nanquim, cores e colagem; a linguagem, a narrativa e a simbologia das histórias em quadrinhos; exemplos, tipos, estereótipos, arquétipos e expressões de personagens; como criar um roteiro; trabalho em equipe; e produção de fanzine. Além disso, os cartunistas explicaram qual a diferença entre cartum, charge, caricatura, ilustração e história em quadrinhos por meio de desenhos e livros.

A vida de Greyce – Filmagens

Amanhã começamos as filmagens do curta-metragem A Vida de Greyce. Vamos filmar no supermercado Céu Sul lá na Vila Jardim e o Ventre Livre vai ser o camarim! Foto: Jefferson Pinheiro. Na foto Amanda Cristina (a Greyce)

Greyce

Neste final de semana próximo, o Coletivo Catarse estará iniciando as filmagens do curta-ficção Greyce – um projeto contemplado no quarto edital do LabCulturaViva, do Pontão da FOCU (Faculdade de Comunicação da UFRJ). O filme conta a história de Greyce, uma menina com Síndrome de Down que trabalha em um supermercado e que está refletindo sobre a sua vida, quando se encontra com algumas coisas que mexem com o seu interior. O roteiro é baseado em acontecimentos reais, adaptado a um artigo que posteriormente virou o próprio projeto. O papel principal será interpretado por Amanda Cristina Trasmonte, uma garota de 28 anos, que já faz aulas de teatro e dança na escola Nazareth, da APAE-POA. No elenco ainda estão Gustavo Cardoso e Iurque Pinheiro, dois atores de teatro que recentemente participam do projeto Nós em Off. As filmagens acontecerão no supermercado Céu Sul no Bairro Vila Jardim, e são uma realização do Coletivo Catarse juntamente com os Pontos de Cultura Ventre Livre e Quilombo do Sopapo. Fotos do ensaio Jefferson Pinheiro.

Cordão de música

Logo, logo vai sair o vídeo das oficinas de teatro de música que aconteceram no Ventre Livre este ano, parte das atividades do projeto Fazendo Cena (Prêmio Pontinho de Cultura 2010 – MInistério da Cultura). Por enquanto, vamos curtir a trilha sonora!! http://www.coletivocatarse.com.br/downloads/player.swfCordão de Música (Marcelo Cougo – citação Villa Lobos – Bachianas n° 4 , segundo movimento/Cantiga) Marcelo Cougo – Violão, caixa de música, campanhia e chinelo Lucas Kinoshita – Vaso, Shake e escaleta Gravado e mixado por Lucas Kinoshita – Tamborearte Estúdio Móvel Log O Marcelo, oficineiro de música, gravando a trilha sonora na Tamborearte.

Domingo no São Pedro

O Ventre Livre foi passear.Não só no parque, não só no teatro, mas na história.Um grupo de 20 pessoas foi conferir no Teatro São Pedro a peça “TaTá Dança Simões” – sobre a história, contada por Simões Lopes Neto, da vida do negro gaúcho.Foram filhas, amigos, netos, vó, tia, mãe… Alguns nunca haviam ido ao teatro, outros sequer ao Centro.No final, muita diversão e cultura. Paulo Montiel, artista residente do Ventre Livre, também marcou presença. No final, todos foram conhecer Maria Falkembach, organizadora do espetáculo e uma das idealizadoras do projeto do Ponto de Cultura Ventre Livre.

Fazendo cena, fazendo som no Ventre Livre

Neste sábado dia 19 de maio 2012 os participantes do projeto Fazendo Cena (edital Pontinhos de Cultura 2010) realizaram atividades para a produção de pequanas cenas. Para isso, foram divididos em dois grupos. Um grupo trabalhou os sons (com diferentes instrumentos) e um segundo grupo realizou pequenas encenaçãoes para depois se mesclarem e complementar as cenas.O projeto tem continuidade neste próximo sábado, estas atividades continuarão acontecendo para exercitar a criação coletiva, improviso e a liberdade de expressão.Abaixo fotos deste encontro.

Os sábados seguem com atividade no Ponto!

Sem parar por mais um tempo, o Projeto Fazendo Cena vai avançado todas as semanas, movimentando os sábados na rua Galiléia, na Vila Jardim.As crianças estão aprendendo sobre ritmo, foco e a expressar seus sentimentos – um processo que se espera possa ajudar no desenvolvimento do protagonismo e nas iniciativas de todos.Nesse dia 12, além das atividades lúdicas, exploramos um pouco o constrangimento de todo mundo, observando o que cada um teria a dizer para uma “câmera confessionário”, na segurança de uma sala separada, para depois percebermos que as coisas não ficam tão fácil assim na frente de todo mundo, mas que isso é um obstáculo comum e possível de ser superado por todos.Ao final, a comemoração do aniversário do oficineiro e músico Marcelo Cougo – bolinho pra relaxar e um até o próximo sábado!