O caminho do Sopapo

Ao longo da produção do documentário O Grande Tambor, o Coletivo Catarse teve a oportunidade de desvendar um pouco do que foi a história do Rio Grande do Sul, contada não pelos invasores ou escravizadores, mas pelos descendentes daqueles que foram escravizados. Descobrimos, ou melhor, afirmamos a desconfiança de que algo estava errado com o que aprendemos na escola e com o imaginário cultural que tanto estamos acostumados. Foi uma experiência incrível que nos fez entender mais da nossa identidade gaúcha. O tambor nos abriu portas espirituais e mostrou que não era apenas um instrumento de percussão, mas um guia para um mundo desconhecido e muito poderoso e inevitável para quem entra em contato com o Sopapo.

A Cidade sou Eu

Vídeo produzido no primeiro ano de Coletivo Catarse. Um filme documentário de ocasião, realizado na ânsia de retratar uma realidade das ruas de Porto Alegre. Filmado antes de o auditório Araújo Viana virar propriedade privada por concessão, sem as grades que o separam do público frequentador e (por que não?) morador da Redenção.

Com que roupa você se veste para viver em outra cidade?

Por Eliana Mara Chiossi. Já vivi em quatro cidades diferentes: São Paulo, onde nasci, Aracaju, Porto Alegre e Bahia. Quando rememoro os fatos passados em cada uma, também vejo quem eu era, no momento. E como fui me modificando a cada mudança. Quando saí de São Paulo, tudo era novo: o casamento, o amor por um homem, a possibilidade de parar de trabalhar e realizar o sonho de fazer Letras. Seis anos depois, saindo de Aracaju, no caminho do aeroporto, um filme passava na minha cabeça. Amigos, histórias compartilhadas, aventuras, risos, erros, raríssimos inimigos, aprendizagens.

De volta às ruas

Nós somos os que escrevem nos muros as verdades que os jornais escondem. Os que não acreditam nas mentiras repetidas na televisão. Nós somos a parte da democracia que não se faz por votos, porque seus eleitos não nos representam. Somos os que se movimentam em direção às injustiças, para enfrentá-las. Somos os que se mobilizam por direitos coletivos e são criminalizados por interesses privados. Os que não desistem de lutar por um mundo diverso e solidário. Somos os que têm fome de brincar nas praças, sede de andar nas ruas. Nós somos os que sobem nas árvores que não se deve cortar.