O Seminário “Transição Energética Justa – Carvão até quando?” aponta os riscos do PL 4.653/2023, que visa incluir “a região carbonífera do Estado do Rio Grande do Sul” na Lei Federal 14.299/2022, que criou o “Programa de Transição Energética Justa (TEJ)”.
Para o Comitê de Combate à Megamineração, que está promovendo o seminário, “essa lei esvazia de sentido e utiliza de maneira contraditória o termo Transição Energética Justa para maquiar de verde a continuidade da exploração e queima do carvão mineral”.
Em documento lançado anteriormente pelas mais de 100 entidades que o compõem, o comitê alertou para a continuidade da queima de carvão em Candiota “provavelmente” até 2040. No documento, a entidade concluiu que a continuidade da mineração e queima do carvão irá “comprometer as condições de vida desta e das futuras gerações a nível global, mas também a nível local, pois essas atividades estão diretamente relacionadas a pioras na qualidade ambiental e, consequentemente, de vida da população”.
Reunindo pesquisadores e especialistas, o comitê convida a sociedade a debater e pensar os impactos locais e globais do uso do carvão. A partir da equipe multidisciplinar de estudiosos dos temas do direito, ambiente, saúde e economia, o seminário se propõe a refletir coletivamente e cobrar das autoridades que ouçam a sociedade e a ciência antes de aprovar uma lei que irá influenciar a qualidade de vida das gerações presentes e futuras.
Seminário Transição Energética Justa – Carvão até quando?
Dia: 11/12
Hora: 19 horas
Local/endereço: Plenarinho da Assembleia Legislativa RS – Praça Mal. Deodoro S/N
Palestras:
- Visão geral sobre o PL 4653/2023 – Emiliano Maldonado – RENAP/FURG
- Impactos ambientais do carvão – Paulo Brack – InGá
- Impactos à saúde – Dr. Roberto Luiz Targa Ferreira – Pneumologista e Dra. Olga Falceto da Coordenação do grupo Medicina em Alerta
- Outras economias para além do carvão – Alcemar Adilio Inhaia – Coordenador Geral Coonaterra – Bionatur
Texto: Bruno Pedrotti
Cards: Anahi Fros