Os dias 11, 13 e 14 de março foram dedicados a muitos testes de fotografia e início das fimagens do curta-metragem “Enquanto a Luz não Chega”, produção do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, através do edital da Lei Paulo Gustavo para o município de Porto Alegre. Foram dias de trabalho intensos que incluiram, também, visita às possíveis locações pela equipe de produção e direção.




Os testes no salão da Comuna do Arvoredo foram fundamentais para embasar o trabalho artístico e fotográfico no set de filmagem. Ali se determinou tanto a estrutura de equipamento quanto os conceitos estéticos a serem utilizados para o desenrolar da trama.
Já no final das tardes de quinta e sexta, a equipe inaugurou a sequência de filmagens, registrando a chuva sobre a cidade, o pôr-do-sol e o nascer da lua cheia. O filme pode falar sobre desconexões pelo uso exessivo da tecnologia, mas trata, também, sobre a ligação com a natureza e como ela pode aproximar as pessoas enquanto seres humanos vivos.
Criar arte pode parecer um ato mágico de talento e inspiração, mas, na prática, é um processo de negociação constante. No Coletivo Catarse, iniciamos os testes de luz e as experiências de linguagem para Enquanto a Luz Não Chega. Checar equipamentos, testar o equilíbrio entre as fontes de luz, simular trucagens teatrais.
Ação! Corta! De novo!
Gravamos os testes com projeções de sombras que modulam os espaços e rodamos as primeiras cenas da força da natureza chorando sobre a tristonha cidade de Porto Alegre. Cinema são pactos de confiança. Ontem, assinamos alguns termos desse contrato de paixão e camaradagem. Pra ti ver!
Alexandre Fávero
Direção de Arte – Clube da Sombra / Cia Teatro Lumbra









“Enquanto a Luz Não Chega” é um curta-metragem de ficção produzido pelo Coletivo Catarse, que propõe uma reflexão sobre os impactos da tecnologia nas relações humanas. A história acompanha Eleutério e Conceição, um casal isolado em seu apartamento durante um apagão causado por enchentes na cidade. Sem acesso à eletricidade, são forçados a lidar com sua própria desconexão emocional, enquanto a chegada do vizinho Teodoro transforma sua dinâmica. Inspirado livremente no romance Enquanto a Noite Não Chega, de Josué Guimarães, o filme aborda a alienação gerada pelo uso excessivo da tecnologia e a redescoberta do contato humano em momentos de crise.
