Oba Kekerê – Rei Pequeno

Então o Sopapo renasceu, um gigante adormecido retumbou através do Projeto CaBoBu(1980), Giba Giba, grande mestre e autor do projeto, afirmava que ele deveria ter no mínimo 1.05 de altura para ser considerado Sopapo, cabendo a mim e meu pai(mestre Baptista) a engenharia de tal obra, assim foi feito e construido o Rei dos atabaques. Ele havia voltado, está vivo, porém alguns acham ele muito alto para ser usado em baterias de escola de samba, mas todos perceberam que em 2016, muitas baterias usaram atabaques em seus arranjos, e como ficará o Sopapo? esquecido novamente? não senhor… O Sopapo original, segundo o que consta na história…tinha 1,50m de altura x 60 de boca superior, o Sopapo do Projeto CaBoBu ficou com 52,5cm de boca superior x 1,05m de altura, nas escolas de samba antigas os Sopapos ainda eram maiores que as medidas usadas no Projeto CaBoBu, mas nem isso é suficiente para que ele seja reaproveitado nos sambas de enredo, o que está faltando? boa vontade? ritmistas? seja como for, a maior desculpa é quanto a altura do instrumento, que hoje está sendo muito bem divulgado e mantido por grupos musicais e culturais, mas o Sopapo não pode perder a grandeza de ser o originário de toda essa arte desenvolvida no tempos atuais, ele precisa ser mantido como Sopapo, mas precisa também se adaptar aos costumes modernos. Em respeito a memória do Mestre Giba Giba, o Sopapo continuará sendo 1,05m de altura, mas surge o seu filho…um Rei Pequeno… Ele tem a altura regular dum Timbal (92cm), 08 afinadores, construido com a mesma tecnologia da luthiearia do Sopapo…com uma inovação nos puxadores, esses agora são dobrados em L, dando mais firmeza e garantindo a durabilidade dos puxadores, mais leve, guarda as proporções do Sopapo, portanto não é um Timbal de madeira, é um Atabaque Rei em proporções menores, isso facilita o manuseio por pessoas de baixa estatura, acaba a desculpa de não ser usado em escolas por causa da altura e do peso, o som em grave médio mantém a postura do Sopapo Roncador, mas sua engenharia permite que ele também seja usado em naipes mais agudos… Ele vem preservando as origens africanas no nome e no formato, respeitando a tradição dos atabaques conceituados como de origem africana: Oba, pronunciado O-ba em yourubá, quer dizer “Rei”, Kékeré ou Kekerê em Yourubá quer dizer “pequeno”, no sincretismo do Candomblé iyakekerê quer dizer(mãe pequena), babakekerê(pai pequeno), essa analogia também cruza o Oba Kekerê com a ancestralidade sagrada, reforçando os laços do sagrado com o atabaque rei. Oba Kekerê – Rei Pequeno, veio para respeitar e reforçar a existência do Atabaque Rei(Sopapo), jamais para substituí-lo, pois é filho do Rei, tem no seu gene a natureza nobre do Pai, vindo para Aiê como uma Airá de seu Orixá batuqueiro, atraindo os raios que iluminam as sombras, em nome da justiça e da natureza guerreira para conquistar o seu reino. Kawó Kabiesilé!! José Batista

Ciranda na Rua – documentário

Documentário produzido na Oficina de Produção Audiovisual de de Trilha Sonora do Ponto de Cultura Ventre Livre. (Porto Alegre /RS) – 2015) [youtube https://www.youtube.com/watch?v=71LUsNFATJM?rel=0&w=853&h=480] A ciranda na rua foi uma proposta de cuidado construída a partir da inserção da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva do Educasaúde – UFRGS no Consultório na Rua do centro de Porto Alegre. Ocorreu no período de maio/2015 a janeiro/2016.

Ciranda na Rua – Edição

Estamos na reta final da edição do documentário sobre o projeto Ciranda na Rua, feito a partir da Oficina de Produção Audiovisual do Ventre Livre. Em breve o resultado final poderá ser conferido aqui.

Paulo Montiel

Os preparativos para a exposição do dia 2o de novembro começaram. Oito dos 20 quadros que serão expostos na UFRGS no mês da Consciência Negra. Em breve estaremos trazendo mais informações. Acompanhe!

Vivência com o Tambor de Sopapo

Fotos: Nina Baptista e Leandro Anton Foram dois dias de vivência onde, com toda a tranquilidade e aconchego, pudemos viver o Tambor de Sopapo. José Baptista contou junto com Dona Maria como o Sopapo nasceu dentro da família Baptista a partir do projeto Cabobu e como a ancestralidade deste tambor fortaleceu os laços de pais e filho e, ainda hoje, fortalece os de amizade. De Pelotas junto com José, Maria, Nina e Dulce veio o tambor batizado de Elo de Xangô. [youtube https://www.youtube.com/watch?v=Shdg8DsErsI&w=560&h=315] O Elo de Xangô foi feito com muito carinho pelo Zé para ser leiloado durante a vivência. Eliana Mara o levou para casa. Durante esses dois dias mais do que falar e sentir o tambor as pessoas puderam tocar, dançar e sorrir. Rolou almoço comunitário, mística e trocas que vão muito além da matéria, são emoções que ficam na pele e nos ligam cada vez mais. [youtube https://www.youtube.com/watch?v=-jxr86Y_uI4&w=560&h=315] Obrigada à família Baptista pela oportunidade de nos passar conhecimentos tão profundos, obrigada ao Quilombo do Sopapo por abrir as portas da casa e nos acolher tão bem e muito obrigada a todos e todas que participaram da vivência trazendo toda aquela energia.

Ciranda na rua – Filmagens

Este grupo vai fazer um documentário sobre uma atividade cultural que acontece semanalmente, como descreve os próprios integrantes: “A Ciranda na Rua é uma proposta de cuidado em saúde, realizada a partir da inserção da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva pela UFRGS, que ocorre todas as terças-feiras no turno da manhã na sala de espera do serviço do Consultório na Rua, localizado no Centro da cidade de Porto Alegre-RS. Essa proposta possibilita o encontro, o diálogo, o vínculo e a produção de vida, através de diversas formas de expressão. (artes visuais, poesias, músicas, tintas, abordagens corporais, audiovisual, etc). A sala de espera se caracteriza como um espaço único, em que diferentes sujeitos circulam, sejam profissionais de saúde, usuários dos serviços, como pessoas que passam e atentam o olhar para esse lugar com música, incenso e ciranda. Um espaço que complementa a(s) cena(s) e acontecimentos do Consultório na Rua. A partir desses argumentos, acreditamos ser importante filmar a Ciranda na Rua, tornando-se possível a visibilidade às pessoas em situação de rua e ao cuidado em saúde mental coletiva”. Eles já fizeram as filmagens e iniciarão 2016 editando o documentário.

Saúde da Terra ao prato – filmagens

No dia 9 de dezembro o grupo realizou as primeiras filmagens para o clipe Saúde da Terra ao prato. A locação foi a feira de produtos agroecológicos que acontece toda a quarta-feira dentro do Hospital Conceição. O grupo segue no início do ano de 2016 buscando registrar o cultivo dos produtos nas áreas onde são produzidos, procurando fazer o registro, também, dos hábitos alimentares das famílias que produzem esses alimentos.

Saúde da terra ao prato

No dia 24 de novembro estivemos reunidos com um dos grupos de produção do programa Na Sala de Espera. Este grupo vai trabalhar na produção de um clipe que mostrará toda a produção de alimentos agroecológicos que chegam até o hospital através de uma feira de pequenos produtores. Vai ser uma jornada bem importante de ser registrada. A saúde está no prato!

Exposição no mês da Consciência Negra

  No dia 17 de novembro, o artista residente do Ventre Livre, Paulo Montiel, esteve presente no seminário  Saúde da População Negra em Foco dentro das atividades propostas pela Comissão Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Grupo Hospitalar Conceição (Ceppir/GHC), dentro das atividades no mês da Consciência Negra. Foram expostos uma série de quadros do artista. Esses momentos sempre são oportunidades de contemplação a obras que representam  a cultura afrodescendente, especialmente quando se tem toda uma série de atividades voltadas à temática. Link para a matéria do site do GHC.