Novas Fronteiras do Ativismo Social – live! Inicia dia 20/06, 19h30

Na quinta-feira, a partir das 19h30, no Espaço Cultural Maria Maria, Comuna do Arvoredo (Rua Fernando Machado, 464 – Centro de Porto Alegre), inicia-se um ciclo de debates proposto por um conjunto de pesquisadores e ativistas, no contexto das interações e dos resultados propiciados pelo Projeto de Pesquisa “O TERCEIRO ARQUIPÉLAGO – A RECIPROCIDADE E OS COLETIVOS DE AUTO-ORGANIZAÇÃO DA VIDA COMUM”. São encontros que ocorrerão como forma de se oportunizar momentos de diálogo entre ativistas, estudiosos e outros agentes. Estreiando neste espaço, ao vivo e com transmissão simultânea pelo canal do Coletivo Catarse no Youtube, o ciclo consistirá em uma sequência de painéis (2 por mês, um no Espaço Cultural Maria Maria e outro na Cooperativa GiraSol), com apresentações, comentários e conversas, versando sobre práticas contemporâneas de ativismo social, abordadas em sua diversidade temática e em suas múltiplas formas de atuação. “O propósito do ciclo é trazer conhecimento mútuo a respeito, com referência principalmente aos coletivos de auto-organização da vida comum, e propiciar diálogos acerca de suas motivações, inovações e sentidos, no contexto local de Porto Alegre, regional, em países ou continentes, e global. É uma ideia de se reunir pessoas envolvidas ou interessadas nos temas abordados, com variadas inserções e enfoques, para se realizar uma dinâmica de reflexão conjunta, visando conhecer, compreender, apreciar e dimensionar os ativismos atuais, assim como gerar engajamento e participação” – é o que afirma o Professor Luiz Inácio Gaiger, coordenador geral do proposta. O ciclo se direciona a ativistas, agentes (ONGs, entes públicos, entidades diversas), pesquisadores, acadêmicos e demais pessoas interessadas. Seu intuito principal é promover o diálogo direto, face a face, entre os participantes. Cada painel será composto por ao menos um ou uma ativista no papel de apresentador/a de sua experiência, por ao menos um ou uma ativista de outra experiência, no papel de comentador/a e, ainda, por pessoa conhecedora do tema (pesquisadores, intelectuais engajados, agentes sociais, acadêmicos), no papel de analista. Ademais, haverá uma pessoa mediadora em cada sessão, função a ser exercida em rodízio por integrantes da equipe responsável pelo Ciclo. Detalhes da programação e do desenvolvimento das sessões serão anunciados mensalmente em vários canais de divulgação. Programação temáticaAs formas de ativismo e os propósitos do engajamento são múltiplos. Há exemplos concretos de vários deles em Porto Alegre e região. O Projeto de Pesquisa à base dessa proposta explorou detidamente 120 casos (coletivos) em vários países, encontrando exemplos similares às iniciativas de Porto Alegre, além de outras formas que podem ser trazidas para fins ilustrativos, comparativos ou de contextualização. Assim sendo, a programação dará preferência a temas em relação aos quais se conheçam experiências locais e ativistas. Os nomes dos coletivos e demais participantes convidados serão divulgados a cada mês, tendo-se em vista a seguinte lista temática: • Agroecologia, vegetarianismo e veganismo• Alternativas de mídia e jornalismo• Ancestralidade, raça/etnia e desenvolvimento comunitário• Consumo consciente• Cooperativismo de plataforma• Cuidado, reparação social e emancipação• Cultura digital e software livre• Cultura e arte• Feminismo, equidade e questões de gênero• O ativismo a partir de empresas de mercado• O Bem-Viver e o sentido do Terceiro Arquipélago• Produção, consumo e sustentabilidade• Vida urbana e sustentabilidade Promotores e ResponsáveisAuspiciam a atividade o CNPq (via Prof. Luiz Inácio Gaiger), a Cooperativa GiraSol, o Espaço Cultural Maria Maria, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre e o CAMP (Centro de Assessoria Multiprofissional), por meio de recursos financeiros e materiais, diretos e indiretos. Colaboram, participando do evento e auxiliando em sua difusão, o Grupo de Pesquisa EcoSol (Unisinos), a Rede de Economia Solidária e Feminista (RESF) e a Guayí. Apoiam, por meio de suas marcas institucionais e via mobilização de seus docentes, pesquisadores e estudantes, a Unisinos a UFPEL e a ABET (Associação Brasileira de Estudos sobre o Trabalho). Equipe gestoraLuiz Inácio Gaiger – CNPq (coordenação geral – luiz.Gaiger@gmail.com)Marilia Veronese – UnisinosAndré Mombach – Cooperativa GiraSolDaniela Tolfo – Espaço Cultural Maria MariaHelena Bonumá – Rede Feminista de Economia Solidária e GuayíMarcelo Cougo – Coletivo CatarseGustavo Türck – Coletivo CatarseMonika Dowbor – UFPEL (PPG de Ciência Política)Adriane Ferrarini – UFPEL (PPG de Sociologia)

Da leitura à produção audiovisual

No dia 11 de junho, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura Ventre Livre esteve no Ponto de Cultura Vale Arvoredo para finalizar o projeto da oficina prática de produção audiovisual “Vamos fazer um filme?”, marcando uma importante parceria entre os dois Pontos de Cultura junto à EMEIEF Tiradentes em Morro Reuter, escola que recebeu o projeto de braços abertos. Abaixo confira a postagem que conta mais sobre essa iniciativa: Depois de elaborar a leitura audiovisual, de criar uma história possível de ser filmada em pouco tempo na escola, partimos para o set de filmagens. Nessa manhã de trabalho, cada um sabia o seu papel e todas crianças estavam focadas em fazer a história acontecer com um olho no storieboard e o outro na cena que acontecia ao vivo. Todas e todos participaram, até a profe e a dire, e só foi possível chegar ao final pelo empenho e concentração total da nossa equipe. Todo esse esforço resultou no filme curta-metragem de ficção “Trio Parada Dura – E o mistério do brilho no mato”. Quase um filme de ficção científica! Para fazer um fechamento à altura do que foi esse mês de oficina, o Vale Arvoredo abriu as Portas para receber as crianças, diretora Márcia Sparremberger e a professora Dani Frank, essenciais na produção dessa jornada audiovisual, quem nos recebeu lá foi o Andreson Freitagm residente do Vale. Inclusive, importante ressaltar a importância de contar com a receptividade da escola Tiradentes nesta empreitada, pois faz toda a diferença quando a escola abraça de verdade a proposta, tudo sai com mais qualidade, e foi o que aconteceu com esse projeto. Antes de assistirmos ao curta-metragem “Trio Parada Dura”, asistimos juntos o curta-metragem “As Aventuras de Pinóquio”, um filme de animação em sombras filmado em 2021 lá no Vale Arvoredo, o diretor da Cia Teatro Lumbra Alexandre Fávero estava presente e falou um pouco sobre a produção. Confira o resultado final da oficina:

Vem aí o Talk Exu, o talk show do Coletivo Catarse

Dia 14/06, 20h, no canal do Youtube do Coletivo Catarse – com Musical Talismã e Lorena Sánchez. Direto do Espaço Cultural Maria Maria – situado na Comuna do Arvoredo, na Rua Fernando Machado, 464 (Quer ser público? É só chegar!). Esta é uma proposta de projeto. Uma ideia que quase emplacou num edital do Fumproarte, já sendo uma derivação de outras iniciativas que o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre realizou ao longo dos últimos 5 anos, principalmente em tempos de pandemia. Pois o Talk Exu vem a se concretizar em um momento complexo para a arte e a cultura popular da cidade de Porto Alegre. Vai servir, num primeiro momento, para divulgar e conversar com artistas que foram atingidos pela parada no cenário cultural – pelo desastre das enchentes -, mas, também, para abrir os caminhos de um novo canal de produção do Coletivo Catarse, que comemora, dentro do possível, neste ano, 20 anos de existência. A escolha pela banda Musical Talismã e pela performance de Lorena Sánchez, com excertos da peça Língua Lâmina, para estreiar o talk show se deu também porque, para além de ambos terem sofrido com cancelamentos de apresentações suas, são simplesmente “artistas da casa” – amigos, parceiros e integrantes do Coletivo – e com uma bela caminhada na cultura popular da capital dos gaúchos. MUSICAL TALISMÃ Sabe aquela música que você tem guardada no cantinho do seu coração? Uma memória que vem junto com um chiadinho de rádio AM e que, se puxar por um fiapo, vem toda a letra e melodia? O Musical Talismã foi criado para trazer à tona essas lembranças, como se encontrássemos roupas antigas em um brechó, que longe de serem conservadoras, lembrassem-nos de antigos afetos, risadas e, por que não, reflexões. A banda é um tributo à Música Popular Brega Brasileira, que fazia sucesso nas rádios, vendia muitos LPs e permitia que as gravadoras pudessem investir nos artistas que hoje são considerados a “nata” da MPB. Álvaro Balaca (vocal) e Marcelo Cougo (Baixo e Violão) se juntaram a Rodrigo Rodrigowski (Guitarra e Violão 12) e Ale Souza (Bateria) e tiraram desse brechó musical obras dos anos 60, 70 e 80 e as transformaram, com roupagens despojadas, em músicas atuais. (facebook.com/musicaltalisma70 e @musicaltalisma70) LORENA SÁNCHEZ Língua Lâmina é um espetáculo lítero-teatral em formato de monólogo que homenageia a poeta Gilka Machado (1893-1980),“a primeira mulher nua da literatura brasileira”, grande pioneira da literatura erótica brasileira, que foi sufocada, criticada e incompreendida pelos preconceitos da sociedade de seu tempo. Em cena, a atriz Lorena Sánchez dá movimento às palavras e verbaliza cada gesto, apresentando fatos marcantes da vida da escritora, ao mesmo tempo em que sua obra vai permeando cada momento. (@lola_produtora e @loresanchez_apa) E a seleção pela figura da entidade Exu… Vai no nome e estará também nas paredes do “estúdio” montado no Espaço Cultural Maria Maria, vem da ligação que esta força da natureza tem com os processos de comunicação, é o Orixá da comunicação e da linguagem, que atua como mensageiro entre os seres humanos e as divindades. O artista plástico Paulo Montiel, que foi residente no Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, quando era sediado na Vila Jardim, infelizmente falecido recentemente, deixou um acervo de telas pintadas a óleo com motivos dos Orixás – quadros que seguem, hoje, a história do Ventre Livre e ilustram a ligação do Coletivo Catarse com mais este aspecto da cultura popular brasileira.

CANCELADO! FORÇA, PORTO ALEGRE! *CULTURA na Rua #02, comemorando o 1° de maio com as trabalhadoras e trabalhadores da cultura

EVENTO CANCELADO, AGUARDE NOVA DATA. No dia 4 de maio, um sábado, a partir das 17h, a Rua Fernando Machado, na altura do número 464, Comuna do Arvoredo, vai receber mais uma edição de uma atividade promovida em parceria com o Espaço Cultural Maria Maria e o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. As calçadas das 3 casas da Comuna serão ocupadas com estrutura de som, mesas, feira, antiquário e, ainda, uma apresentação de teatro na rua – já a chamada Garajona do Casarão será montada como uma clássica discoteca. Às 18:30, inicia a apresentação “Língua Lâmina – fragmentos”, um espetáculo lítero-teatral em formato de monólogo que homenageia a poeta Gilka Machado (1893-1980), “a primeira mulher nua da literatura brasileira”, grande pioneira, uma autora sufocada, criticada e incompreendida pelos preconceitos da sociedade de seu tempo. Em cena, a atriz Lorena Sánchez (@loresanchez_apa) dá movimento às palavras e verbaliza cada gesto, apresentando fatos marcantes da vida da escritora, ao mesmo tempo em que sua obra vai permeando cada momento. “Desde tempos imemoriais, as mulheres têm enfrentado uma batalha incansável por reconhecimento, por voz, por espaço. É como se a história tivesse sido escrita com uma tinta invisível para nós, obscurecendo nossas contribuições, nossas vozes, nossas vidas. Mas nós, mulheres, não nos resignamos ao silêncio. Muitas se ergueram das sombras e das críticas e fizeram da palavra uma arma, da escrita um escudo. Gilka é dessas pessoas que desafiaram essa realidade, e esta obra é uma tentativa de trazer à luz sua essência, sua luta, seus sentimentos. É um convite para uma experiência sensorial, onde cada palavra, cada movimento, cada projeção nos convida a mergulhar no universo de uma mulher que desafiou as convenções de seu tempo.” – é o que explica Lorena. Terminando o teatro, as atenções devem se voltar para a parte interna, para a Garajona, com DJ Piá (@piaprodutor) em suas pick-ups trazendo só os clássicos do RAP, original funk, soul, reggae, rock e som Brasil. Um presente para um público que andou pelas casas noturnas de Porto Alegre nos anos 2000/2010. Piá, por si só, já é uma atração nostálgica, pois fez sua história de vivências na cultura popular desde 1984, sendo um dos clássicos DJs da tão aclamada Rádio Ipanema FM 94.9 por 17 anos – além de muitas outras atividades, incluindo recentemente as Oficinas de Discotecagem Hip Hop no próprio espaço do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. São duas atrações que devem movimentar quem se fizer presente na calçada, nas mesas que estarão por ali, ou quem estiver conferindo a feira de artesanato da FESPOPE (@loja_fespope) – Fórum de Mulheres Negras na Economia Popular e Solidária, composto por mulheres negras empreendedoras e ativistas de movimentos sociais – e, também, o antiquário Ao Belchior (@carmenantiguidades) – tradicional casa de antiguidades, funcionando desde 1930 na cidade, hoje com sede na Comuna do Arvoredo (@comuna_do_arvoredo). Haverá ainda os petiscos das Marias, da Kyzzy Rodrigues (@kyzzyrodrigues), Pão da Comuna, entre outros. “A gente teve um movimento muito legal no nosso primeiro evento do CULTURA na Rua. Comemoramos 1 ano que nos integramos neste espaço da Comuna, e é um prazer receber e trabalhar com um grupo que pensa de uma forma diferenciada, que são todos os envolvidos nesta função. Seja por conta dos coletivos que habitam e se apoiam, seja pelo público que busca algo acolhedor e político. Estamos ansiosas e esperando a todos no dia 4 para celebrar conosco!” – convida Márcia Tolfo, uma das idealizadoras do Espaço Cultural Maria Maria (@mariamariaespacocultural). Toda esta proposta da CULTURA na Rua, além de ser uma atividade conjunta, de muitas parcerias de realizações, integra programação dos 20 anos do Coletivo Catarse. “A Catarse sempre foi boa de festa! Basta ver o nome escolhido para batizar a cooperativa para se perceber o quanto estar junto, coletivamente celebrando, é importante na nossa trajetória. Mas, depois que nos mudamos para a Comuna do Arvoredo – e ainda mais com a chegada das Marias -, a coisa ficou séria! Também, são 20 anos para serem comemorados, revividos, afirmados e sustentados para os próximos anos. E uma parte dessa vivência estará conosco no dia 4 de maio, celebrando as trabalhadoras e trabalhadores do mundo. O teatro na rua e a cultura Hip Hop se encontram com a cultura de luta das mulheres negras da Economia Solidária, se espraiando pela charmosa Fernando Machado, de tantas histórias. Bem, cá estaremos nós montando equipamentos de som e luz, trabalhando com firmeza e alegria para que tudo corra da melhor maneira possível e deixar mais uma marca na história dessa rua e do Centro de Porto Alegre. Se Nietzsche disse não acreditar em um deus que não dance, nós só cremos na luta quando ela se movimenta, dança, ocupando espaços, se relaciona com outras pessoas, outras lutas, outras maneiras de ver e estar no mundo. Desse modo, neste ano, já fizemos e faremos muitos eventos para encontrar para ouvir e contar histórias, dançar e sonhar, pois, na segunda-feira, tudo começa de novo!” – Marcelo Cougo, músico e produtor cultural, um dos integrantes do Coletivo Catarse. E, para finalizar, a data também vai marcar um (re)lançamento oficial pelo Coletivo Catarse do seu (novo!) site – que esteve inativo por um bom hiato durante a pandemia e que já vem sendo reconstituído no último período como um local que, além de contar com as atualizações das ações da cooperativa e do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, está em plena organização de um acervo de duas décadas de materiais produzidos, disponibilizando para acesso irrestrito e pesquisas um compêndio de produções das mais variadas. É o que se está denominando Ponto de Memória Catarse – um projeto com apoio da ONG Witness Brasil, realizado em plataforma livre, com a tecnologia Tainacan. Acessa lá e explora bem todo o nosso conteúdo! https://coletivocatarse.com.br CULTURA na Rua #02 Programação:Os trabalhos se iniciam às 17h com os Comes & Bebes das Marias, da Kyzzy Rodrigues, Pão da Comuna, Feira da Loja do …

Estamos fazendo um filme!

Numa parceria com o Ponto de Cultura Vale Arvoredo, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre desenvolveu, ao longo do mês de abril, Vamos fazer um filme? oficina prática de produção audiovisual para crianças, através de projeto contemplado pela Lei Paulo Gustavo no município de Morro Reuter. Foram 5 encontros até o momento, quando crianças do 1º, 2º, 3º e 4º anos da EMEIEF Tiradentes tiveram a oportunidade de experimentar um pouco de como é a lida da produção de um vídeo mais trabalhado. Juntos, contamos histórias, assistimos filmes, trabalhamos em grupo, fizemos um roteiro e filmamos um pequeno curta-metragem – que está em fase de edição. “Num momento onde o audiovisual é onipresente em nossas vidas, a importância de um projeto como este é o desenvolvimento de um pensamento crítico a respeito do que é consumido como entretenimento ou mesmo como informação. Saber e viver os bastidores de um filme, a exemplo do que foi feito com essas turminhas, é desmistificar as produções, colocando em perspectiva o conteúdo que chega através dos computadores, televisões e, principalmente, celulares. É estimular a reflexão a respeito do que é verdade e do que é puramente ficção. Colocar os pequenos como produtores de um filme é dar voz ativa ao público que diante de uma tela, normalmente é passivo e, isso, é dar ferramentas para que possam decodificar as mensagens, tendo opinião própria sobre o que assistem”.Têmis Nicolaidis – Oficineira No dia 7 de maio, as crianças visitarão o espaço do Ponto de Cultura Vale Arvoredo, proponente deste projeto. Lá, conhecerão mais sobre este espaço cultural, que é uma referência no município, e participarão de uma sessão de cinema com filmes produzidos em Morro Reuter, culminando com a estreia do filme que produziram: Trio Parada Dura – e o mistério do brilho no mato.

Ao vivo no Maria Maria #04 – Érick Feijó

Mais uma noite de quinta nas Marias. A cidade aguarda uma chuva que insiste em não cair. Está abafado, e o verão parece ter desistido de viajar. Dentro da Garajona, lugar na Comuna do Arvoredo que acolhe o Espaço Cultural Maria Maria, a alegria é moeda corrente, e o trabalho se mistura com a missão de abrir caminho para mais uma voz negra cantar suas influências, seu passado ancestral, nos colocando ao par, no presente, da existência de um jeito tão leve e encantador de cantar e tocar violão. Com um repertório que transita entre clássicos da MPB e do Samba – e alguns Lados B muito instigantes -, Érick Feijó nos trouxe a lembrança de Paulinho da Viola e João Gilberto. Sempre é bom referenciar um novo artista para que saibamos por onde ele anda, mas Érick vai além, emprestando à sua interpretação algo seu, tão familiar e potente quanto o nome que carrega. Andou também por Montevidéu, e isso traz um sotaque especial, não no seu jeito de cantar, mas no toque sincopado do violão que traduz negritudes no cone sul das Américas. Mais uma noite nas Marias, uma noite única e que, espero, se repita de outras maneiras, com a força e a sutileza da música de Erick Feijó. Texto de Macelo Cougo

Ao vivo no Maria Maria #02 – Jéssica e Vicente

O deslumbre é o mistério de olhar para as águas de um rio, é a alegria de ver a fluidez da água indo pro mar. As melodias suaves nos induzem a um sentimento de água e terra, juntas e alimentando o espírito de pessoas que fluem suas artes nas artérias da cidade e na amplidão dos espaços que circundam um rio. Tudo isso foi pensado enquanto Jéssica e Vicente nos faziam viajar com sua música, com seus timbres suaves e precisos, naquela noite da última quinta de março. Claro que o ambiente acolhedor do Espaço Cultural Maria Maria favoreceu à expansão dos sentidos; à fluidez de águas e emoções. Em resumo: foi uma noite muito boa de se estar ali, e saí com a alma leve e encantada. Recomendo fortemente seguir o trabalho da dupla e o espaço das Marias. Siga:@jessicanucci_ @vicentiguindani_@espaçoculturalmariamaria Texto de Marcelo Cougo. Projeto: AO VIVO no MARIA MARIA #02 com Jéssica e Vicente.Gravado em Porto Alegre, 29/03/2024.Ficha técnica:Imagens e edição – Billy Valdez

Estreia! “Ao vivo no Maria Maria #01 – Musical Talismã”

Estreiamos o projeto Ao vivo no Maria Maria, uma iniciativa em parceria com o Espaço Cultural Maria Maria, na Comuna do Arvoredo, que visa a entregar e divulgar quem se apresenta neste espaço, que fomenta uma diversidade artística plural e constante no Centro de Porto Alegre. Toda semana – ou com uma periodicidade que se consiga realizar -, um tipo de clipe de um novo artista será postado aqui. Esta é uma proposta de se disponibilizar, para além do lugar, uma estrutura existente do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, com boa qualidade, para músicos e outras apresentações que nem sempre conseguem acessar recursos que sejam à altura da sua arte exatamente por não fazerem parte do main stream. Como piloto – ou melhor, nosso primeiro episódio -, utilizamos a apresentação do Musical Talismã, uma das bandas da casa aqui do nosso coletivo. Uma apresentação que rolou no último dia 28/03. Conheceça um pouco do Músical Talimã (texto de Marcelo Cougo)Sob as luzes da minuciosa pesquisa feita pelo jornalista Paulo Sérgio de Araújo, autor do livro “Eu não sou cachorro não”, que trata da música brasileira durante o período de vigência do A.I.5, e as memórias afetivas dos músicos que o compõem, o Musical Talismã trafega pelos grandes sucessos populares da música chamada pejorativamente de cafona. Trazendo junto à reflexão crítica ao elitismo cultural uma enorme vontade se divertir, a banda fez do ensaio aberto no Espaço Cultural Maria Maria, uma ponte para sua estreia oficial, dia 9 de maio, no Ocidente Bar. Recebendo amigas e amigos dispostos a fazer uma noite de celebração, juntos, cantamos sem vergonha de ser feliz! Até a estreia a sede do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre seguirá sendo a casa do Musical Talismã, em sua trajetória de montar um espetáculo que dê conta de tanta história, tanto afeto!