2 anos de Maria Maria

O Espaço cultural Maria Maria que ocupa de quinta-feira a sábado a garajona da Comuna do Arvoredo celebrou mais um ciclo de cultura. Dois anos de Marias, habitando a Comuna do Arvoredo e mexendo com nossas vivências e emoções. E se parar para lembrar, a Luizy tem grande parte da responsabilidade por isso tudo. Foi para comemorar seu aniversário, no final de 2022, que essa junção toda se fez. Eu estava lá tocando baixo na sua banda de apoio. Agora, depois de várias participações em eventos promovidos pelas gurias e pela Catarse, tive a oportunidade de estar novamente apoiando sua poderosa voz nesse espaço tão querido por nós. The Misters e Luizy foi mais que diversão. Foi apontamento para futuras parcerias. Que seja longa e produtiva a jornada das Marias. Que seja fértil e divertida nossas futuras “juntadas” de vozes e afetos!Marcelo Cougo | Coletivo Catarse Algumas fotos dessa noite divertida feitas pelo cooperado Billy Valdez.

Coletivos iniciam organização da 10ª Festa da Biodiversidade

O Centro Histórico de Porto Alegre (RS) será um dos palcos para a celebração do Dia Internacional da Diversidade Biológica, comemorado em 22 de maio. Entre os dias 17 e 23, ocorre a 10ª edição da Festa da Biodiversidade. O evento será descentralizado, ocupando diversos espaços da cidade além da passagem entre o Mercado Público e a Praça XV de Novembro. Grupos e coletivos participantes já estão em movimento, levantando ideias, propondo e articulando as ações de maneira autônoma.

Ações Continuadas, uma realidade em andamento que vai seguir em 2025

Já há algum tempo, em se vencendo a pandemia, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre veio paulatinamente retomando atividades culturais das mais diversas. Com sede em um local histórico, propício a ações do tipo – como a Comuna do Arvoredo, desde 2019 – e com a chegada, em 2023, da Maria Maria Espaço Cultural, o que se vê hoje em dia é uma consolidação de uma programação diversa e continuada intermitente já há pelo menos 2 anos no Centro Histórico de Porto Alegre. Com o aprofundamento das parcerias e a organização compartilhada das ações, vieram os projetos – pelo menos 3 editais (Funarte Retomada RS, PNAB POA Cultura Viva e PNAB Sedac-RS Cultura Viva) compõem a garantia de que 2025 seguirá a todo vapor. Serão ofertadas oficinas (Teatro para crianças, Produção Audiovisual para crianças e Discotecagem/Hip Hop com DJ Piá) e uma programação intensa com mais de 40 datas garantidas, com teatro, música, gastronomia, sessão de filmes, talk show e muito mais. “São as redes de relações desses coletivos que impulsionam as ideias e sonhos e os tornam realidade. A gente vem trabalhando insistentemente, de forma militante, com essas parcerias como a que temos com as gurias do Maria Maria, que são fundamentais nessa proposta. Fomos fazendo devagarinho, realizando… Aí, conseguimos emplacar esses 3 editais, que é um reforço econômico fundamental para a gente ter segurança na manutenção da programação e para dar um apoio concreto e fazer isso tudo chegar em mais pessoas.” – é a reflexão que faz Gustavo Türck, um dos coordenadores do Ponto de Cultura e dos projetos inscritos. Gustavo e seus colegas já sabem que, com um grande calendário à frente, a estrutura deve aumentar, mais pessoas devem se agregar nas relações, e a tendência é que o trabalho aumente. “Vamos penar, mas vamos seguir investindo nosso tempo e os recursos que tivermos disponíveis. Vem mais gente pra somar nas ações, acho que vamos melhorar muito na comunicação e divulgação de tudo, mas uma das coisas principais é que a luta pela sustentabilidade está melhorando. E é aquela coisa, quanto mais a gente fizer e melhor realizar, mais retorno todos terão.” – complementa Bruno Pedrotti, atual Diretor Financeiro da cooperativa. Há um sem número de atividades já realizadas, inclusive, sob o apoio de um desses editais. Nesses últimos 3 meses do ano, foi possível garantir apresentações de músicos populares da história do samba porto-alegrense, de mulheres pretas em luta, de dupla que canta a reflexão do mundo sob o panorama agroecológico, tangos, choros e milongas e discotecagem do clássico DJ Piá, um dos grandes comunicadores da saudosa Ipanema 94.9 FM. Piá, inclusive, transformou a garagem montada, de uma quinta-feira singela de noite do vinil, em uma pequena pista de discoteca. Quem foi curtir a noite nas Marias caiu no groove… E durante a “Festa da Cultura Afro na Rua”, quem deu sua graça foi THS. Teve SintropSons cantando agroecologia. E, na festa da culinária afro – sob o comando de Kyzzy Rodrigues -, o companheiro Vlad e Fábio Fernandes receberam Renato Borba, uma figura histórica do samba antigo do sul do Brasil, mas que tem muito pouco material de registro. 2024 termina assim, consolidando uma ideia de programação continuada, com muita diversidade de artes e artistas e de público, que passou pela Garajona da Comuna do Arvoredo, na Maria Maria Espaço Cultural (todas quintas, sextas e sábados sempre com algo para curtir) e com estrutura e apoio do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. E é isso tudo que torna possível ao Coletivo Catarse projetar e disputar esses editais que devem garantir muito mais programação em 2025.

Cultura Afro na Rua do Arvoredo

Fazia sol naquele sábado e, mesmo sendo 23 de novembro, não estava tão quente. Uma brisa agradável, o céu azul e uma luz dourada reforçavam que, afinal de contas, a primavera ainda não havia acabado. Na calçada, em frente aos três casarões centenários que compõem a Comuna do Arvoredo, gente alegre ocupava o espaço público com cultura.

Vivência do Sopapo em Porto Alegre! (2ª edição)

Neste sábado, 30 de novembro, a Casa de Cultura Mário Quintana recebe a etapa final de um encontro que se iniciou em Pelotas e já passou também por Caçapava do Sul. Com título de “Memórias da Ancestralidade”, esta edição da vivência que tem o Grande Tambor gaúcho como foco traz à capital uma tarde de conversas e reflexões, além de toques de tambor, com Mestre José Batista e convidados. Local: Casa de Cultura Mario Quintana – Sala Luis Cosme – 4º Andar (R. dos Andradas, 736 – Centro Histórico)13h30: Abertura do espaço ao público14h00: Abertura com toque de Sopapo14h10: Apresentação musical com Jay Djin e Maíra14h20: Performance de “Arcano sem nome” com Duma14h40: Mesa com convidados especiais (Edu do Nascimento, Lucas Kinoshita e Gustavo Türck)15h45: Palestra com Mestre José Batista16h45: Coffee break17h15: Roda de conversa17h45: Toque de Sopapo18h00: Encerramento Na mesa que se inicia às 14h40, os convidados compartilharão suas experiências e conhecimentos para aprofundar as discussões sobre o legado do Tambor de Sopapo, bem como sua história e sua importância cultural para o Rio Grande do Sul – Edu do Nascimento, para falar sobre a importância da difusão do Sopapo no RS; Gustavo Türck, do Coletivo Catarse, para compartilhar suas pesquisas e vida com o Grande Tambor; e Lucas Kinoshita, para enfatizar a importância do instrumento no ensino de jovens. O projeto conta com idealização e produção de Nina Grace Baptista, produtora cultural e atriz, filha de José Batista e neta de Mestre Baptista, e foi realizado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022, Lei Paulo Gustavo. Para saber mais sobre, acesse @vivenciadosopapo. E sobre O Grande Tambor, assista ao documentário produzido pelo Coletivo Catarse, com direção de Gustavo Türck, lançado em 2010:

16 anos de Comuna do Arvoredo!

O último sábado foi de comemoração no Centro Histórico de Porto Alegre – nos fundos de 3 casarões da Fernando Machado, se comemorou mais um ano de um espaço de resistência consolidado na cidade. A Comuna do Arvoredo é um grupamento de pessoas, sede de coletivos (Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, Maria Maria Espaço Cultural, Fespope, Antiquário Ao Belchior) e iniciativas que, ao longo dessa década e (mais que) meia, segue ininterruptamente promovendo e realizando diversos tipos de ações, de educação ambiental, de reflexão sobre a cidade, de produção cultural, entre tantas outras atividades. Foi uma data também especial, porque se decidiu realizar uma homenagem a um grande amigo, frequentador da Comuna, que, infelizmente, fez sua passagem há um ano: Zé da Terreira. Zezão, como era conhecido nas internas comunais, vai ter o seu nome, agora, como denominação de um espaço de ensaios e expressões culturais na Casarona, o salão, onde está se produzindo teatro, música, cinema, etc. Exatamente numa inquietude de realização cultural assim como é o seu espírito. Na parede da memória, agora, a lembrança – que dói demais pela ausência, mas que se supera pela permanência – fica com os quadros da versão original de sua já clássica canção para a Comuna… *vídeo de Adriana Hiller

1° Encontro de Cineastas Indígenas CORAL Porto Alegre

Entre os dias 10 e 13 de outubro, aconteceu em Porto Alegre o 1° Encontro de Cineastas Indígenas. Sediado na Retomada Gãh Ré do Morro Santana, o encontro foi promovido por diversas organizações, incluindo o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, o fotógrafo e cineasta guarani Vhera Xunú, além dos Pontos de Cultura Africanamente e Quilombo do Sopapo, com apoio da Witness Brasil e do Preserve Morro Santana. O projeto “CORAL Porto Alegre – Escola de Audiovisual Multicultural” foi contemplado no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo do IBERCULTURAVIVA, Programa de Cooperação Intergovernamental.Além disso, também faz parte da Rede CORAL, articulação que reune quase 30 coletivos de mais de 10 países de Abya Yala que fazem uso do audiovisual para acompanhar lutas pela defesa da terra, dos territórios e bens comuns. Sim, é uma introdução grande e cheia de nomes e agentes. Mas, só através dessas redes de apoios e produção que tal encontro foi possível. E a lista ainda não está completa pois muitas outras pessoas e organizações deram seu suporte e participaram das atividades propostas. Essas serão nomeadas a seu tempo, conforme forem se assentando as ideias, informações e vivências.

Sarau das Agroflorestas II – Comuna do Arvoredo

No início do mês de agosto, dia 10, a Floresta Urbana da Comuna do Arvoredo acolheu o encontro de trabalhadores, acadêmica(o)s, militantes, artistas, todo um pessoal que luta pela causa do meio ambiente através das Agroflorestas, opção fundamental para moradia, produção de alimentos, mudança de postura na vida e, principalmente, cuidados com a natureza e o planeta. Esse foi o segundo encontro, organizado pela Comuna, Coletivo Catarse e o coletivo da Carta das Agroflorestas. A Carta das Agroflorestas é uma iniciativa para enfrentar a crise climática e buscar alternativas baseadas na natureza para reassentar famílias que perderam seus lares na enchente de maio, regeneração dos solos erodidos pelas águas e reconstituição das matas devastadas pelo desenvolvimento capitalista desenfreado no RS. Esse segundo encontro trouxe as experiências de Fabianne Vezzani, Kátia Zanini, Vicente Guindani e Isabel Cristina Dalenogare em uma roda de conversa que depois foi aberta ao público presente. Logo em seguida tivemos as apresentações do Musical Talismã, Jéssica Nucci, acompanhada pelo Vicente Guindani, Rodrigo Apolinário e outros artistas que usaram do palco para expressar sua arte e posicionamento político. Esperamos em breve a realização do terceiro encontro.

II Carijada Serrana Caconde

No último final de semana de julho, foi realizada mais uma edição da Carijada Serrana no Caconde, distrito rural de São Francisco de Paula/RS. Nesta, além de se manejar os pés de erva-mate nativos em meio à floresta com araucárias da Fazenda das Taipas – propriedade que acolheu o evento mais uma vez – também foram podadas plantas cultivadas em sistema agroflorestal na propriedade do professor, da UERGS, Ricardo Mello.

Ele voltou! E vai para a 2ª Carijada Serrana em São Chico

Após algumas semanas aos cuidados do amigo e médico veterinário Fabio Haussen, que o resgatou das águas da enchente do Rio Taquari – que acometeu sua morada em Triunfo -, o soque de erva-mate do Coletivo Catarse passou por uma “internação” nas mãos do marceneiro Juca Rocha, ali mesmo, no bairro Olaria, e… voltou a funcionar! Depois desse processo de recuperação, deve chegar em São Francisco de Paula um dia antes da carijada marcada para passar por uma limpeza profunda e ajustes finais, quando ficará à disposição para voltar a bater erva novamente. Esta que será a 2ª Carijada Serrana do Caconde, já contando com muita gente inscrita e que vai ocorrer entre os dias 26, 27 e 28 de julho. Um evento que marca também os 20 anos do Coletivo Catarse e os 10 anos do lançamento do documentário Carijo! Para mais informações, clique aqui e leia a matéria original de divulgação da carijada. Confira mais imagens da recuperação do soque, que passou (e vai passar mais um pouco) por troca e limpeza de rolamentos – da estrutura de madeira e do motor (que ficou uma semana embaixo da água e voltou a funcionar!) -, limpeza e refeitura do cocho da erva-mate, afiação das lâminas, mais uma desinfecção e lubrificação geral. *Texto de Gustavo Türck e fotos e vídeo de Bruno Pedrotti e Billy Valdez.