Oficina DJ e formação de oficineiros Hiphopers com DJ Piá (Ciclo #3). Inscreva-se!

E atenção! Este é o ÚLTIMO ciclo do projeto, então não perde está oportunidade! Você pode realizar inscrição através do link. https://forms.gle/iSvwtiPyDfGFMGZY6 Vagas limitadas!!! Este é um projeto aprovado pelo DJ Piá no edital 08/2022 Cultura Viva no hip-hop – Residências Artísticas em Pontos de Cultura, financiamento da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. DJ Piá (@piaprodutor)Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre (@ventre_livre)Coletivo Catarse (@coletivocatarse)Sedac RS (@sedac_rs)Rede RS Pontos de Cultura (@rederspontosdecultura) sedacrs #djpia #pontosdecultura #ventrelivre #pontodeculturaesaudeventrelivre #coletivocatarse #oficinadehiphop #hiphop #cultura #portoalegre

Índios Urbanos nos 20 anos da Fág Nhin

Sexta 7 de Abril os Kaingang da Fag Nhin, na Lomba do Pinheiro em Porto Alegre/RS, celebraram os vinte anos da sua comunidade, uma das primeiras áreas indígenas urbanas do Rio Grande do Sul. Em 2002, os Kaingang reivindicaram o espaço na Lomba do Pinheiro, enfrentando o senso comum que reduzia os indígenas aos espaços rurais. Na época, um grupo que depois viria a fundar o Coletivo Catarse esteve na aldeia acompanhando a luta pelo território na Parada 25, por meio do Projeto Indíos Urbanos (na época o termo indígenas ainda não era amplamente usado) que teve uma revista e um documentário em VHS. Passadas duas décadas, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre voltou a aldeia para celebrar junto a conquista do território. Em clima de festa, com direito a muita comida tradicional Kaingang, o coletivo contribuiu com a exibição do documentário Indíos Urbanos e a mostra das revistas e fotografias do Projeto. A equipe do Coletivo assistiu maravilhada enquanto a juventude reconhecia os mais velhos, protagonistas da luta retratada no telão e nas fotografias. O momento suscitou reflexões importantes, recordou do papel de lideranças que participaram para a conquista da aldeia como Zílio e Francisco. E quantos conquistas a se celebrar: do acampamento lutando para se manter em 2002, a equipe encontrou uma aldeia consolidada, com moradias dignas, espaço, áreas de mata preservada e uma escola estruturada. Mas, para além dos ganhos materiais, a comunidade também avançou em uma das principais preocupações de lideranças décadas atrás: a manutenção da cultura e das práticas tradicionais no ambiente urbano. Longe de “perder sua cultura” por viver na capital, a comunidade fortaleceu tradições e conhecimentos ancestrais como as pinturas e grafismos relacionados as marcas Rá Ror e Rá Tej das metades Kainru e Kamé, a língua Kaingang, a culinária tradicional, os artesanatos com cipó, taquara e outros materiais. Estar em um território pulsante, com a cultura ancestral fortalecida e difundida e o clima geral de festa reforçou a importância de seguir ao lado dos povos tradicionais registrando suas lutas. Mas, para além de apenas registrar, o valor de tornar acessíveis os registros para as comunidades. Até porque as imagens oferecem um suporte importante para que a juventude visualize as histórias contadas pelos anciões sobre a comunidade e sua trajetória. Além disso, o audiovisual é sempre um disparador para discussões e momentos coletivos de compartilhamentos de saberes e vivências. Sem contar a possibilidade de manter registros da visão dos povos tradicionais, para além das narrativas dominantes contadas pelo viés dos opressores. Se a memória também é um campo de batalha, nos posicionamos nesta trincheira ao lado dos povos, da diversidade e contra as monoculturas de ideias.

Sessão Bodoqe 6 – Ubiratan Carlos Gomes e Rafael Texido

De volta em 2023, no dia 01/4, a Sessão Bodoqe recebeu, com apoio do Maria Maria Espaço Cultural, a presença de dois mestres bonequeiros, Rafael Teixido, da Patagônia argentina e Ubiratan Carlos Gomes, de Cachoeira do Sul e do mundo! Rafael nos mostrou seu espetáculo de títeres e música, encantando toda a plateia com a singeleza e leveza dos movimentos de seus bonecos. Após, Bira entrou para cantar algumas de suas canções clássicas, incluindo as de sua autoria e do tempo do Santa Preguiça. Foi acompanhado por Teixido, no acordeon, durante Na primeira manhã, de Alceu Valença, em um momento de muita beleza e emoção! Um brinde aos mestres bonequeiros!! Texto Marcelo CougoFotos: Maria Maria Espaço Cultural.

Escola no Ponto: EEEF Leopolda Barnewitz

Na sexta, dia 24 de março o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre recebeu os estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Leopolda Barnewitz para uma sessão de filmes e exposição dos quadros de Paulo Montiel no Salão da Comuna do Arvoredo. A turma de geografia do nono ano foi recebida pela presidenta da cooperativa Temis Nicolaidis que contou um pouco sobre a Catarse, o Ponto de Cultura e a obra de Paulo Montiel, artista plástico que foi residente do ponto até sua morte em 2019 e deixou um legado de pinturas a óleo dos Orixás (divindades africanas das regiões da Nigéria, Benin). Depois de apreciar a obra do artista e assistir alguns trechos do documentário Descobrindo Montiel, a turma também assistiu o filme Dilúvio – Riacho que a cidade esqueceu. Justamente pelo fato de a escola estar localizada na Cidade Baixa, na rua João Alfredo – antiga rua da Margem do Arroio Dilúvio – Giulia Sichelero estagiária de licenciatura junto da escola, propos e organizou a atividade junto da escola.

Oficina de Discotecagem e Formação de Oficineiros HipHopers – com Piá

No Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, dia 24 de janeiro, 18:30, inicia um curso gratuito e completo, com aulas divididas em teoria e prática, sendo utilizados toca-discos, mixer, microfones, caixas de som, controladoras e tudo o que envolve a prática. Confere aqui como foi a live de lançamento, com Piá dando a letra de como vai ser nossa oficina! E aí?! Quer te inscrever? Acessa este formulário: https://forms.gle/xMy2L711S1nPPUj27 Lembrando que as vagas são limitadas! Onde:Ponto de Cultura e Saúde Ventre LivreRua Fernando Machado, 464, Centro Histórico de Porto Alegre Quando:24/01 – 18:30 às 22:3025/01 – 18:30 às 22:3026/01 – 18:30 às 22:3031/01 – 18:30 às 22:3001/02 – 18:30 às 22:30

Oficina de Tambor de Sopapo com Mestre José Batista – Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre

Oficina virtual parte do projeto do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. Neste encontro, Mestre José Batista fala sobre a construção deste histórico tambor tipicamente gaúcho e a visão que empresta, como Luthier, à produção do Sopapo na atualidade. Acompanhado por sua mãe, Dona Maria, testemunha da história do Tambor de Sopapo no carnaval, sua quase extinção e seu resgate através do projeto Cabobu. Confira abaixo uma compilação de as postagens, em vídeos e textos, relacionadas ao Tambor de Sopapo:

Conheça nossos mestres e mestras

O projeto do Ventre Livre tinha como objetivo a formação do Espaço Griô a partir do trabalho do artista plástico Paulo Montiel. Infelizmente ao longo do projeto ele veio a falecer. No momento que o projeto se encontrou sem o artista residente oficial, passou-se a buscar nomes de mestres e mestras que pudessem compor este espaço com o seu conhecimento próprio nas diversas áreas da cultura popular. Música, contação de histórias, música, alquimias, modo de vida. Neste carrossel a cima vocês pode navegar e escolher abrir uma janela para o universo de cada uma dessas pessoas e entender porque o papel de um mestre ou uma mestra é tão importante em nossas vidas. Escute com cuidado, pois esses ensinamentos tendem a ecoar profundamente no coração de quem se abre para isso, e este, é um caminho sem volta rumo a uma grande transformação.

Festival Ventre Digital – Edição Pré-Pandêmica

Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre convida toda gente para o festival de lançamento de curtas-metragens! O Ventre livre tem um projeto de oficinas de audiovisual. Com essas oficinas já produzimos e apoiamos a realização de muitos vídeos sempre com temáticas voltadas para a saúde, mas usando a criatividade e o universo de cada oficinando. Durante o segundo e terceiro ciclos de oficinas de produção audiovisual e de trilha sonora, num período anterior ao isolamento social imposto pelo Covid-19, produzimos na sede do Ponto de Cultura 4 filmes curtas-metragens que iremos apresentar nesta edição do festival: Ciclo de oficinas 2 – A Fantástica Fábrica de Saúde (5’25”)O tempo das Coisas (3’51”)O tempo das comidas (7′) Ciclo de oficinas 3Capoeira: A saúde está na Ginga (11′) Convidado: Guto Obafemi (Africanamente)

O legado de Paulo Montiel

por Têmis Nicolaidis Dia 9 de dezembro de 2020 foi dia de buscar os quadros do Paulo Montiel com sua família no Bairro Vila Jardim. Um legado que deixou para seus filhos e que nos confiaram a guarda. A nossa história com esse bairro e com essa família em especial se tornou um dos eixos fundamentais do existir deste ponto de cultura. Eu me lembro bem dos primeiros contatos com a casa que abrigou as atividade do Ventre, como era e é carinhosamente chamado o nosso Ponto de Cultura, como conhecemos as crianças que nos ajudaram a erguer o projeto, as atividades, as arrumações, as incertezas e alegrias que um projeto como esse pode nos proporcionar. E, finalmente, lembro muito bem do dia e dos meses que se seguiram e que tivemos o privilégio de conhecer Paulo Montiel. Anos depois ele veio a falecer, e nos 8 anos que trabalhamos juntos, ele deixou sua marca em nós e no projeto do Ventre Livre. Grande privilégio, também, foi conhecer a Raíssa e a Márcia, pessoas que criamos laços daqueles inexplicáveis que atravessam o tempo e são maiores que nós. Por causa delas e de muitas outras crianças e suas famílias no entorno da casa da Galiléia, 220, é que pudemos nos fortalecer e realizar tanta coisa bacana das quais tanto nos orgulhamos. Foram oficinas, produções audiovisuais, livro de fotografia, prêmios de reconhecimento e, claro, a descoberta de um acervo de grande importância cultural composto por inúmeras pinturas a óleo, pesquisa em esboços de desenho e textos de um material que renderia um livro, tudo sobre a cultura afrodescendente ligada aos orixás, produzido por Montiel. Revendo esse histórico do Ponto de Cultura, voltando a assistir esses vídeos sou tomada por uma emoção muito forte. Era uma época de semear, de cuidar e de regar, fizemos isso e vimos florescer e dar frutos. Gosto de pensar que fizemos a diferença nesse pouco tempo que estivemos na Vila Jardim, e trabalhamos muito mais do que estava no projeto. Extrapolamos e nos orgulhamos de tudo, mesmo das falhas, porque elas fazem parte do processo e certamente nos tranformaram em pessoas e profissionais mais maduros. Hoje, voltamos a Vila Jardim para buscar os quadros do Montiel, nos comprometendo com a preservação e difusão dessas obras. O cordão que nos liga com esta comunidade é da cor de todos esses orixás, de toda essa cultura e ele é muito resistente. Na casa onde um dia foi o Ventre Livre, hoje, é uma casa de religião que, de vez em quando, toca tambores noite adentro. Quando perguntei pra Raíssa se os vizinhos não se incomodavam com isso, ela respondeu: “Não, aqui na rua é tudo batuqueiro”. Gosto, também de pensar que o nosso ventre, também, é esse, de raíz, de resistência e de identidade cultural. Após o falecimento de Paulo Montiel, sua filha Raíssa ficou responsável por reunir todas as obras que foram deixadas nos últimos locais que transitou, fazendo o levantamento e resgatando todo o acervo que foi possível encontrar. Na sequência passou todo esse ao Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre que passa a ter essa guarda temporária dessa riqueza cultural.

Zé da Terreira

Zé da Terreira é uma figura onipresente. Onde tem um teatro de rua ou de sala, pode ser num restaurante no centro da cidade, numa praça ou simplesmente caminhando na rua, existe a chance de cruzar com essa figura tão ilustre da Cidade de Porto Alegre. “José Carlos Peixoto, Zézão ou Zé da Terreira, nasceu em Rio Grande, em 1945. É cantor, ator e personalidade do meio cultural de Porto Alegre. Em 1969, estudou no Departamento de Arte Dramática da Ufrgs. Foi para o Rio de Janeiro em 1970, conviveu com o grupo Tá na Rua. Participou como cantor no Festival Universitário de Música Brasileira. Em 1984, de volta a Porto Alegre, trabalhou no Ói Nóis Aqui Traveiz e no grupo teatral Oficina Perna de Pau”. Neste vídeo produzido pelo Coletivo Catarse e com o apoio do Cabaré do Verbo, o Zé abre seu coração, como sempre, e mostra um pouco dessa pessoa cativante e envolvente que é.