Dona Maria: Minha História – Parte 2

No Heavy Hour desta semana, nós seguimos com a segunda parte da “Minha História”, projeto contemplado no edital FAC Digital e que conta a safa de Dona Maria Islair Madruga Baptista, a mãe do Sopapo. Entre memórias emotivas e histórias que estavam para serem contadas, esse programa segue no embalo do tambor com a participação de Leandro Anton, do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, da colega de Coletivo Catarse, Têmis Nicolaidis, e, claro, Zé Baptista, herdeiro e luthier criador da linhagem de tambores da Família Baptista.

Ciclo 4 de produções remotas

Estamos fechando 2 semanas de encontros virtuais para definir as 4 produções audiovisuais deste novo ciclo, que trazem 4 roteiros com trilhas sonoras originais, todos produzidos remotamente em quarentena devido ao Covid-19. São muito os desafios e aprendizados para esses 3 oficineiros e 9 oficinandos. Acompanhe por aqui e em nossas redes, como essas pequenas histórias irão se desdobrar.

Paulo Dionísio

Paulo Dionísio, músico, compositor, vocalista da Produto Nacional, que, em mais um Espaço Griô, conta parte de sua história e ajuda a equipe do Heavy Hour na tarefa de jogar luz nos mecanismos de poder da mídia cultural. Com uma trajetória que vem desde os anos 80, Dionísio nos traz o açoite das tranças horrendas contra a Babilônia, que a tudo tenta engolir. Das rodas de cerveja e música à descoberta do Reggae como linguagem universal, a formação da Produto Nacional (maior banda de reggae do Sul do Brasil!), a tomada de consciência, a mescla de estilos, o alerta a oprimidos e opressores, o artista que não se conforma e canta a esperança, a negritude, a sua voz como uma bazuca contra o sistema. Paulo, tal o deus romano da natureza e da alegria, nos embebeda com o vinho de sua música (na verdade foi com cachaça @cana_caipora) e transforma o Heavy em Reggae no Estúdio Monstro, mantendo o peso com suas ideias e melodias.

Dona Maria: Minha história – Parte 1

A Dona Maria deve ter uma peça em papel velho, desbotada pelas marcas do tempo. O Mestre Batista deve ter uma cuíca em metal pesado, desgastada pelos toques do batuque. E os sopapos que estão vindo estão saindo desse ventre de cuíca… Minha História é o Heavy Hour especial Espaço Griô/FAC Digital em que conversamos com Dona Maria, a Mãe do Sopapo. Sua trajetória de vida, memórias afetivas, os encontros de nossa grande família, formada em torno do Tambor de Sopapo, matéria e espírito, legado ancestral, presente de lutas e futuro de permanência e transformação. O grande tambor, que nas charqueadas era tronco no chão, em Rio Grande, barril de toneleiro, nas ruas de Pelotas ressoava nas mãos de negros grandes, é pura memória e metamorfose. Um símbolo da vida de nossa gente, transformou a família de Dona Maria e transforma nossas vidas. Esse é só um primeiro episódio, recheado de músicas do passado, melodias e letras viscerais, contrastando com a fala macia e pausada de nossa Mestra.

Espaço Griô – Marietti Fialho

Uma lutadora romântica e apaixonada pela cultura de Porto Alegre. No Espaço Griô do Heavy Hour nesta semana, a conversa restauradora de ânimos e afetos nos faz viajar nos tempos de Oswaldo Aranha, Porto Reggae, FSM e nos traz, hoje, aquela vontade de dançar e sorrir, enquanto se luta! Nossa viagem, na companhia luxuosa de Marietti Fialho, inicia lá no início dos anos 90, na tradicional Lancheria do Parque, caminha pelas ruas de uma Porto Alegre negra e reggaera, enfrenta o machismo e o preconceito racial, conhece cada canto desse estado, vai pelo mundo e volta pra seguir indo à luta, sem jamais esquecer o romantismo. Marca tradicional na arte feita por esta mulher ícone da música feita na nossa cidade. Esse bate-papo nos trouxe lembranças e conhecimentos antigos, nos deu sede de limonada e etílicos, fez rodar Da Guedes pela primeira vez no programa e mostrou quais os caminhos de reinvenção e resistência essa artista segue trilhando, mesmo em pleno isolamento pandêmico. Os motivos de admiração por essa trajetória são óbvios! Muita gente já sabe, desde os tempos de Ipanema FM. Para você, que não conhece ainda, essa é uma oportunidade de ouvir e curtir a natureza guerreira e amorosa de Marietti Fialho! Para acompanhar a cantora e compositora entre e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/user/MARAVILHAETI Setlist: Marietti Fialho – Eu vou à luta Marietti Fialho – Guria Da Guedes – Fração (Até Quando Esperar) Motivos Óbvios – Quadrilha Richard Serraria e Marcelo Delacroix – Doce amor se fez samba puro Marietti Fialho – Na Moral do Blues Marietti Fialho e Cia Luxuosa – Louco pra te ver Marietti Fialho – Telhados de Paris

Ciclo 4 – Produções audiovisuais e de trilha sonora em tempos de quarentena

Informações e inscrições aqui – atividade gratuita. Ciclo de troca e compartilhamento de informações e produção de conteúdo audiovisual, a distância, como o objetivo de produção de 4 filmes ficcionais e 4 temas musicais para filmes que tenham como temática o isolamento social a partir da ameaça do Covid-19. As oficinas consistirão, além do estímulo e direcionamento de toda parte criativa, o entendimento da utilização de ferramentas de transferência de arquivos, a otimização da captação a partir das ferramentas disponíveis, os formatos possíveis e ideais de uma produção audiovisual e a dinâmica de produção remota em grupo. Como tranferir arquivos grandes sem perda de qualidade? Como é possível realizar uma reunião virtual de um grupo com mais de 3 pessoas? Parte 1: Dois (2) encontros remotos gerais para entender as ferramentas a serem utilizadas e a dinâmica de trabalho. Parte 2: Segmentação dos grupos já direcionados a partir da inscrição. Como segue: Grupo 1 – Roteiro coletivo, filmagem individual, e edição e finalização a cargo da equipe Ventre Livre. 6 vagas Metodologia: A partir do mote Desejos da Clausura, o grupo irá elaborar um roteiro original, e cada integrante fará sua filmagem individualmente. Etapas: 2 encontros remotos para a discussão do roteiro, 3 dias para filmagem, 2 encontros remotos para avaliar e direcionar a edição. Grupo 2 – Grupo autogestionário com assessoria da equipe Ventre Livre. 4 vagas Metodologia: Temática livre criada pelo grupo com edição assessorada remotamente pela equipe do Ventre Livre, finalização a cargo da equipe do Ventre Livre. Etapas: 1 encontro remoto para discussão e fomação de equipe, 1 encontro remoto para a discussão do roteiro, filmagem e edição. Assessoria direta em contatos remotos com oficineiros a combinar. Grupo 3 – Trilha sonora – O objetivo desta oficina é a produção de trilhas para 4 filmes, que serão produzidos nas oficinas remotas de audiovisual do Ponto de Cultura Ventre Livre. Serão 4 trilhas, uma para cada produção. 6 vagas (músicos ou pessoas que toquem algum instrumento ou tenham algum conhecimento musical) Metodologia: Os encontros remotos se darão para tratar da importância e peculiaridades de trilhas sonoras através da análise de filmes. Serão vistas as diferenças de sons captados diretamente e de sons (sonoplastias) feitos em estúdio, assim como trilhas já compostas e trilhas originais para filmes, sites que disponibilizam trilhas e sons livres. Serão analisadas tanto produções do Coletivo Catarse e do Ponto de Cultura Ventre Livre quanto filmes antigos ou grandes produções do cinema. OBS: de acordo com os desafios vividos neste período de quarentena, este módulo será voltado para um público que já é familiarizado com a produção musical. Os encontros se darão através de videoconferência, contando-se com o conhecimento prévio dos participantes para uma mínima garantia de concretização dos objetivos. Etapas: 1 encontro para apresentação do projeto, sensibilização sobre trilhas sonoras, trilhas livres e exercícios e entrega de apostila com os conteúdos, 1 encontro para análise das obras de audiovisual das oficinas e as orientações das direções, troca de ideias e combinação das equipes, e 1 encontro para análise das trilhas, finalização. As produções serão organizadas também remotamente e, sendo necessário, serão feitos acompanhamentos de caso a caso por parte do oficineiro. Preencha o formulário para fazer a sua inscrição: [googleapps domain=”docs” dir=”forms/d/e/1FAIpQLScIig3txHgORxQT-LUPb_WZRgKJGCfUsgTho1VxF1qKSjQ1QQ/viewform” query=”embedded=true” width=”640″ height=”1031″ /]

Capoeira é saúde

O terceiro ciclo das Oficinas de Produção Audiovisual e Trilha Sonora do Ventre Livre ainda estão rolando. Agora chegou a hora de processar todo o material bruto e transformá-lo num documentário curta-metragem que vai tratar sobre a relação da capoeira e saúde. Na tela, Mestre Renato. Vai ter até trilha sonora original, produzida e gravada na oficina…Logo, logo sai o resultado dessa empreitada.

Recomeçar é resistir.

O Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre nasce em 2008 e renasce neste mês de outubro depois de 4 anos parado por conta de um cenário político complexo. Sabemos que garantir que políticas públicas funcionem de maneira efetiva é um esforço que não depende apenas de quem administra um país ou um estado, mas de cada um de nós. Por isso, agradecemos a mobilização insistente e fundamental da Rede de Pontos de Cultura do RS para que esta última parcela do projeto iniciado em 2014, no nosso caso, fosse repassada. Dito isto, esta postagem marca o reinício de uma série de atividades que o Ventre Livre estará desenvolvendo no próximo ano. Oficina de Produção Audiovisual e Musical, de construção do Tambor de Sopapo, mostra de vídeos, espaço Griô e tudo mais que pudermos mobilizar junto a nossa rede de apoio. Em 4 anos muita coisa se transforma, porém, o Coletivo Catarse e o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre permanecem com a certeza de que trabalhar CULTURA é alcançar a LIBERDADE DE ESCOLHA. Acompanhe pelas redes as novidades. *na foto, os gestores responsáveis pela programação do Ponto de Cultura finalizam planejamento para a sequência do projeto

Espaço Griô – Paulo Romeu

Mestre Paulo Romeu, que tocou com Bedeu, que tocou com o Grupo Pau Brasil, que viu nascer e fez parte da criação do swing, o Samba Rock riograndense, com Luis Vagner e Companhia. Ele não queria ser chamado de Mestre Griô, mais por reverência aos mais antigos, mas a verdade é que não teve jeito! Ele foi ungido pela Troica chalacera do Heavy Hour e entra definitivamente na nossa galeria do Espaço Griô, do Ponto de Cultura e Saúde ventre Livre! Educador popular, professor de música, ativista do Afrosul Odomodê, Paulo Romeu é também um grande contador de histórias, compositor e cantor. Isso ele demonstra pra toda gente em uma hora e meia de muita música e curtição!

Oficinas Práticas de Produção Audiovisual e Trilha Sonora (3º ciclo – 2020)

No dia 29 de janeiro, iniciou o 3º Ciclo das Oficinas de Produção Audiovisual e Trilha Sonora do Ventre Livre. Esta turma foi composta pelas pessoas da lista de espera do 1º Ciclo de oficinas e esta semana já estão em plena produção. O assunto escolhido pelo grupo para desenvolver é Capoeira, explorando os benefícios da prática para promoção de saúde. Para isso, estamos contando com o depoimento dos capoeiristas Mestre Renato, Mestra Didi e, também, de praticantes de capoeira.