Oficina de edição

Os dias 22 e 23 de janeiro marcaram o início do 2º ciclo de oficinas de Produção audiovisual do Ventre Livre. Este ciclo está sendo realizado com os participantes do 1º ciclo, que produziram a reportagem Tua dor tem cor? e, agora, neste ciclo, irão aprofundar seus conhecimentos na edição. O tema proposto foi Alimentação e, para tanto, tivemos o apoio da Comuna do Arvoredo, especialmente na pessoa do Silvio Lucena e da Feira Ecológica do Menino Deus, onde fomos carinhosamente recebidos pela Rafa Vencato e Giovanni Neves. Nesta semana finalizaremos nossas produções.

Estreitando laços com o Africanamente

Em visita à sede do Ponto de Cultura Africanamente, conversamos com o coordenador Contra Mestre Guto sobre as propostas de trabalho e parceria junto com o Ventre Livre. As atividades desejadas para acontecerem no espaço é uma oficina de construção do Tambor de Sopapo, pelo Zé Batista e a constituição de um espaço para abrigar e expôr as obras do Paulo Montiel. Foram alinhavadas outras possibilidades de trabalho em rede (eventos, cinemas e debates, produção e exibição dos vídeos do Ventre Livre). Todas essas pontas serão amarradas no decorrer dos próximos meses. “A Áfricanamente Escola de Capoeira Angola é uma organização totalmente autônoma e independente de órgãos governamentais, que tem a missão de divulgar a filosofia da Capoeira Angola como um instrumento de educação e cidadania. Além das atividades desenvolvidas em sua sede e no entorno, atualmente tem vários integrantes da escola atuando como educadores sociais, compartilhando com crianças e adolescentes as ideias de união e coletividade”. Conheça mais sobre o Africanamente.

Espaço Griô – Sirley Amaro

A Ação Griô foi uma importante política pública da época em que o Brasil tinha Ministério da Cultura. Uma outra era que deixou um saudoso tempo em que, através desse reconhecimento, ficamos conhecendo tanta gente que carrega a história e o conhecimento de suas comunidades e, através da oralidade, as passa para as gerações mais novas, sendo responsável por manter e transformar as tradições. Quando produzimos o documentário O Grande Tambor, tivemos a sorte de conhecer Dona Sirley, autêntica Griô da nossa terra, mulher de coração enorme, só menor que sua imensa capacidade de transformar a palavra em histórias e memórias. A mãe de toda a griotagem, como a chamamos aqui no Coletivo Catarse, nos trouxe lembranças, ritmos, música, brincadeiras, memórias de uma Pelotas em que o Carnaval era um dos maiores do país. Esse programa faz parte da série Espaço Griô, parceria com o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, uma política pública implementada em edital da Secretaria de Estado da Cultura do RS. Setlist:Francisco Alves – Onde o céu é mais azulAlabê Ôni – Glefê/Giba Gigante NegãoFever 333 – Made an Amercica Ismael Silva – Me diga teu nomeJorge Ben – Xica da SilvaClara Nunes – Canto das 3 raças Eskröta – GritaMedulla – Perigo

Tua dor tem cor? – filme e making of

A informação de que mulheres negras receberiam menos anestesia que mulheres brancas levou o grupo de oficineiros do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre a escutar mulheres negras sobre o assunto. Num país que carrega na sua cultura a dura herança da escravidão e que vive um processo de racismo estrutural evidente, falar de situações assim é fundamental para o avanço enquanto sociedade, lutando-se para não permitir que a história siga sendo embranquecida e esquecida. Este documentário foi produzido durante as Oficinas Práticas de Produção Audiovisual e Trilha Sonora (1º ciclo – 2019) do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. [youtube https://www.youtube.com/watch?v=FLJ0vdXKORo] Making of [youtube https://www.youtube.com/watch?v=FFxJtZsjV3c] Ficha técnica Equipe de filmagem Flora De Camillis Fraga Jomar Correa Juliano Santos Leandro Rodrigues Lorena Sanchez Maria Inês dos Santos Miguel Krasner Gustavo Türck (supervisão) Produção Maria Inês dos Santos Lorena Sanchez Edição do documentário Henrique Weiss Jomar Correa Maria Inês dos Santos Têmis Nicolaidis (supervisão) Edição do Making of Flora De Camillis Fraga Mariana Hansen Billy Valdez (supervisão) Edição da entrevista na íntegra André de Jesus Leandro Rodrigues Leonardo Klein Trilha sonora original Despertar Katia de Oliveira (letra, caxixi) Juliano Santos (ilu) Lorena Sanchez (sopapo, voz) Miguel Krasner (agogô) Marcelo Cougo (supervisão e produção musical) Gustavo Türck (edição e mixagem) Ilustração Dr. J. Marion Sims com Anarcha de Robert Thom Museu Pearson, Faculdade de Medicina da Universidade de Southern Illinois Agradecimentos Antelina Ott Gisah Vieira Marlise Paz Inajara Ramos Regina Marques Terezinha Silva Torres Matheus Pandolfo Elaine Oliveira Soares Maria Letícia de Oliveira Garcia Fátima Souza Apoio Comunidade do Arvoredo A Sociedade BRasileira de Anestesiologia emitiu nota oficial sobre o assunto, motivada por declarações sobre anestesia em mulheres negras no programa Roda Viva. Para ler a nota acesse: https://www.sbahq.org/nota-de-esclarecimento-da-sba/

Encerramento do 1º Ciclo das oficinas – 2019

Ontem, na Comuna do Arvoredo, sede do Ventre Livre, houve uma confraternização de encerramento do primeiro ciclo de oficinas com o lançamento do curta Tua dor tem cor?, do making of do processo de oficina e da trilha sonora produzida especialmente para o filme, chamada Despertar. Foi uma noite de trocas, papos, música e emoção. Saímos fortalecidos para os novos ciclos que virão! Em breve compartilharemos nas redes os filmes. Fotos tiradas pelo grupo.

Espaço Griô – Iracema Gã Teh Nascimento

Para mais uma edição do Espaço Griô, uma parceria entre o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre e o Coletivo Catarse, a convidada no Estúdio Monstro foi a grande Mestra Iracema Gã Teh Nascimento! Liderança Kaingang da região sul do Brasil, Iracema nasceu na Terra Indígena Nonoai e mora há mais de 30 anos em Porto Alegre, onde cuida dos seus parentes e de todos os fóg (não indígenas) que não titubeiam em pedir-lhe conselhos sobre saúde, partos e até sobre romances(!). Iracema aprendeu a luta junto ao seu pai, Alcindo Peni Nascimento, que, junto a Angelo Kretã, impulsou a retomada de terras Kaingang em Mangueirinha-PR e muitas outras. É parte dessa história que o Coletivo Catarse está contando no projeto da Resistência Kaingang que se pode conhecer acessando resistenciakaingang.com.br.