Mulheres Araucárias

Mulheres Kaingang e araucárias (“fãg”, na língua materna) tem uma relação forte, profunda, ancestral. O documentário “Mulheres Araucárias” conta as vivências de luta, resistência e esperança de Maria, Jociele e Tayla, três gerações de mulheres Kaingang que “caminham” desde o território indígena no Paraná até à III Marcha das Mulheres Indígenas, ocorrida em 2023, em Brasília (DF). O filme conecta as mulheres Kaingang e as árvores de araucárias na resistência aos projetos de morte nos territórios indígenas no bioma Mata Atlântica. Com protagonismo de mulheres Kaingang nas falas e também na produção, é um convite para conhecer e reconhecer o importante papel das mulheres Kaingang e das araucárias na defesa da vida e dos territórios. Realizado por FLD-COMIN e Coletivo Catarse, “Mulheres Araucárias” faz parte do projeto Moviracá: direito à terra indígena, fruto da parceria entre o Movimento Indígena e a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), financiado pela União Europeia (UE). FICHA TÉCNICA Protagonistas:Maria EufrásioJociele LuizTayla Cristine Luiz Chagas Direção e roteiroCamila Mīg Sá: Comunicadora da Mídia Indígena OficialKassiane SchwingelVanessa Fe Há: Coordenadora de comunicação Arpinsul e cofundadora Ga Jare NarraçãoCamila Mīg Sá dos Santos: Comunicadora da Mídia Indígena Oficial ImagensCamila Mīg Sá dos Santos: Comunicadora da Mídia Indígena OficialVanessa Fe Há: Coordenadora de comunicação Arpinsul e cofundadora Ga Jare Equipe audiovisual Coletivo CatarseJefferson Pinheiro: Direção, roteiro, imagens e ediçãoBilly Valdez: Imagens, cor e finalização de videoGustavo Türck: Finalização de áudio e legendasMarcelo Cougo: Trilha sonora e pesquisa musical Designer do logotipoWanesa Ribeiro e Kath Xapi Puri Imagens adicionaisTV CâmaraLideranças indígenas pedem derrubada do PL do Marco Temporal – 30/05/2023 MÚSICAS Dois Irmãozinhos – Música tradicional KaigangVozes e chocalho: Coral de crianças da Retomada Gãh RéVãn Kafej | Nonóe | Nó fej | KojoîViolão e produção: Marcelo CougoBateria: Ale MendesProdução e mixagem: Gustavo Türck Canto com os PássarosInstrumentista | Intérprete: Gomercindo SalvadorViolão taquara: Gomercindo SalvadorÁlbum: Goj tej gor ror, as águas são nossas irmãs VozesTrilha sonora original do filme – Vozes Indígenas da América Latina: “Nós somos o documento da Terra”Composição | produção | violão: Marcelo CougoPercussões | flautas | sintetizadores: Paulinho BetanzosGravação | mixagem: Gustavo Türck AgradecimentosÀ Comissão de Lideranças da Aldeia Kakané Porã por abrir seu espaço para as gravações;Às protagonistas deste material por aceitarem compartilhar suas histórias e vivências;Às mulheres indígenas que travam duras batalhas em defesa da vida de todas as pessoas.

Estreia! “Ao vivo no Maria Maria #01 – Musical Talismã”

Estreiamos o projeto Ao vivo no Maria Maria, uma iniciativa em parceria com o Espaço Cultural Maria Maria, na Comuna do Arvoredo, que visa a entregar e divulgar quem se apresenta neste espaço, que fomenta uma diversidade artística plural e constante no Centro de Porto Alegre. Toda semana – ou com uma periodicidade que se consiga realizar -, um tipo de clipe de um novo artista será postado aqui. Esta é uma proposta de se disponibilizar, para além do lugar, uma estrutura existente do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, com boa qualidade, para músicos e outras apresentações que nem sempre conseguem acessar recursos que sejam à altura da sua arte exatamente por não fazerem parte do main stream. Como piloto – ou melhor, nosso primeiro episódio -, utilizamos a apresentação do Musical Talismã, uma das bandas da casa aqui do nosso coletivo. Uma apresentação que rolou no último dia 28/03. Conheceça um pouco do Músical Talimã (texto de Marcelo Cougo)Sob as luzes da minuciosa pesquisa feita pelo jornalista Paulo Sérgio de Araújo, autor do livro “Eu não sou cachorro não”, que trata da música brasileira durante o período de vigência do A.I.5, e as memórias afetivas dos músicos que o compõem, o Musical Talismã trafega pelos grandes sucessos populares da música chamada pejorativamente de cafona. Trazendo junto à reflexão crítica ao elitismo cultural uma enorme vontade se divertir, a banda fez do ensaio aberto no Espaço Cultural Maria Maria, uma ponte para sua estreia oficial, dia 9 de maio, no Ocidente Bar. Recebendo amigas e amigos dispostos a fazer uma noite de celebração, juntos, cantamos sem vergonha de ser feliz! Até a estreia a sede do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre seguirá sendo a casa do Musical Talismã, em sua trajetória de montar um espetáculo que dê conta de tanta história, tanto afeto!

A Viagem de Jacinto

Nos dias 27, 28 e 29 de abril, o Ponto de Cultura Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo (@vale.arvoredo) foi transformado no set de filmagem para a produção da minisérie A Viagem de Jacinto. Não é a primeira vez que o Clube da Sombra (@clubedasombra), realizador deste projeto, em parceria com o Coletivo Catarse e Vale Arvoredo, se juntam para fazer arte em Morro Reuter. No ano de 2021 o set foi para o projeto Criaturas da Literatura Em Movimento (com financiamento do Fundo de Apoio à Cultura do RS), que resultou em 6 curtas-metragens com a linguagem do teatro de sombras como principal protagonista para contar 6 histórias clássicas da literatura universal. Nesta nova empreitada, A Viagem de Jacinto ainda conta com mais dois parceiros importantes: Cia Pájaro Negro e Pablo Longo (@pajaronegro.sombras e @pablongol) – Mendonza – AR e Box23filmes (@box23filmes) – Dois Irmãos-RS. A minisérie terá estreia ainda este ano, por enquanto, acompanhe os bastidores desta jornada. Sobre o projeto:A Viagem de Jacinto é um projeto de minisérie ficcional que narra a história de duas crianças que vivem na zona rural e, em uma noite, brincando com uma lanterna, disparam um facho de luz para o céu escuro. Essa luz, antes de viajar pelo espaço, ilumina um boneco de papelão chamado Jacinto, que os dois construíram para brincar com teatro de sombras. Nesse instante em que Jacinto é iluminado, uma grande ideia surge na imaginação dessas duas crianças, abrindo um universo novo de dúvidas e descobertas onde a ciência e a imaginação se juntam para formar imagens surpreendentes. Jacinto está viajando na velocidade da luz pelo espaço. Mas e a sombra de Jacinto, está viajando junto? Onde estará esse nosso personagem? Conforme o tempo passa, Jacinto segue sua a aventura espacial, enquanto as crianças crescem, tornam-se adultos para finalmente descobrirem onde Jacinto está. Numa produção @clubedasombra, em parceira com @pajaronegro.sombras, @coletivocatarse, @box23filmes e Ponto de Cultura @vale.arvoredo e financiamento pela @leipaulogustavo no município de Dois irmãos (@prefeituradoisirmaos / @doisirmaos_cul_tur), A Viagem de Jacinto sai do papel e encontra este grupo de realizadores dispostos a embarcar na mesma viagem.

A Viagem de Jacinto

Texto: Clube da SombraFotos: Clube da Sombrta e Cia Pájaro Negro A Viagem de Jacinto é um projeto de minisérie ficcional que narra a história de duas crianças que vivem na zona rural e, em uma noite, brincando com uma lanterna, disparam um facho de luz para o céu escuro. Essa luz, antes de viajar pelo espaço, ilumina um boneco de papelão chamado Jacinto, que os dois construíram para brincar com teatro de sombras. Nesse instante em que Jacinto é iluminado, uma grande ideia surge na imaginação dessas duas crianças, abrindo um universo novo de dúvidas e descobertas onde a ciência e a imaginação se juntam para formar imagens surpreendentes. Jacinto está viajando na velocidade da luz pelo espaço. Mas e a sombra de Jacinto, está viajando junto? Onde estará esse nosso personagem? Conforme o tempo passa, Jacinto segue sua a aventura espacial, enquanto as crianças crescem, tornam-se adultos para finalmente descobrirem onde Jacinto está. Numa produção Clube da Sombra, em parceira com Cia Pájaro Negro, Coletivo Catarse, Box23filmes e Ponto de Cultura Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo e financiamento pela Lei Paulo Gustavo no município de Dois irmãos, A Viagem de Jacinto sai do papel e encontra este grupo de realizadores dispostos a embarcar na mesma viagem. Esta história parte de uma pesquisa acadêmica, artística e real, em andamento, iniciada no interior do município de Morro Reuter, no Espaço de Vivência Artística Vale Arvoredo, que se desdobra em uma tese para a Universidad Nacional del Centro de La Provincia de Buenos Aires – Facultad De Arte, na carreira de Maestría en Teatro – Dirección escénica, com o título de: La espacialidad en el teatro de sombras contemporáneo de la Compañía Teatro Lumbra de Brasil. O diretor teatral Pablo Longo, integrante da Cía Pájaro Negro é o proponente responsável por essa investigação sobre a profundidade da sombra e suas manifestações no campo da percepção. O personagem Jacinto foi criado por Alexandre Fávero, associado do Espaço Vale Arvoredo, residente do munícipio de Dois Irmãos e diretor do filme Boitatá – (Argentina / Brasil – 2020/2021) Cía Pájaro Negro y Cia Teatro Lumbra. Nessa pesquisa de 2022 ele é utilizado como protótipo para ilustrar fotos e vídeos do processo de investigação para a tese de Pablo Longo, participando de diferentes experimentos com luz e sombra, sobre superfícies, como fumaça, água de rio, água de cascata, tecidos, árvores e espelhos. O argumento de “A Viagem de Jacinto” surge desses testes e suposições, que estão se desdobrando em teorias, perguntas e na tese que se apresentará em 2024. A proposta é desenvolver um roteiro, uma estrutura narrativa que possa se desdobrar em outras linguagens e produtos, como um filme, um livro ou uma peça de teatro. É uma obra de ficção que estimula a imaginação e o raciocínio lógico de crianças e adultos, de qualquer idade, sobre a nossa época, sobre aquilo que podemos perceber de nós mesmos, mas também daquilo que se distancia infinitamente de nós. Com um mundo tão repleto de tecnologias e virtualidade, talvez o importante não seja ver o que ninguém nunca viu, mas sim pensar o que ninguém nunca pensou sobre algo que todo mundo vê. Jacinto é um personagem criança que está viajando no espaço sideral e na imaginação, conectando o dentro e o fora de cada um de nós.

Fortalecendo comunidades : Quilombo Vila Nova

Nos dias 20 e 21 de fevereiro, o Coletivo Catarse esteve junto de uma equipe de pesquisadoras parceiras do Núcleo de Estudos de Geografia e Ambiente da UFRGS (NEGA/UFRGS) no Quilombo Vila Nova, em São José do Norte/RS. A saída faz parte do trabalho do projeto “Quilombo Vila Nova : organização e soberania na defesa do território” que recebeu apoio do Fundo Casa Socioambiental.

Filmagem na U.S. Santíssima Trindade

Na tarde de 27 de fevereiro uma equipe do Coletivo Catarse na Unidade de Saúde Santíssima Trindade, zona norte de Porto Alegre, gravando para uma produção nova da Bombozila. A série fala sobre as mudanças na Atenção Básica em Saúde nacionalmente e tem apoio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV Fiocruz).

Neptunn – The Hidden Self (Drums Playthrough)

Confira o novo lançamento audiovisual da banda Neptunn. Desta vez um “Drums Playthrough”, uma espécie de videoclipe, porém com imagens reais de captação da gravação da bateria, sem cortes, na execução precisa e pesada do baterista da banda Matheus Montenegro. A captação de som e mixagem ficou por conta do Rafael Siqueira do estúdio RR44 Artistic Complex, captação de imagens e edição pelo cooperado Billy Valdez. Para quem está conhecendo a banda por esta postagem, em julho deste ano (2023), produzimos o clipe de “Onward to Nothingness” e você pode conferir esta produção logo abaixo.

A modernidade do brega

Há uma lacuna na historiografia da música popular brasileira do século passado. Essa lacuna se dá justamente em um dos períodos mais ricos e mais difíceis do fazer artístico nacional. O período da ditadura cívico-militar, principalmente o compreendido entre os anos do AI 5 (Ato Institucional número 5), de 1968 até 1978. Quem produziu memória e estudo, em livros, revistas e teses acadêmicas, acabou por deixar de fora desses estudos, intérpretes e compositora(e)s de uma vertente chamada pejorativamente de cafona (algo similar ao brega de hoje em dia). Essa turma de artistas dava suporte econômico às gravadoras e por conseguinte ao cast de artistas, considerados de “bom gosto” e engajados politicamente, pois eram os mais vendidos e os mais tocados nas rádios do Brasil. Desvelar esses “segredos” é um dos motivos da existência do Musical Talismã, projeto iniciado por Álvaro Balaca (voz) e Marcelo Cougo (violão, baixo e voz) e transformado em banda com a adesão de Rodrigo Vaz (violão e guitarra) e Alex Becker (bateria). Para além deste resgate há, ainda, o envolvimento afetivo de quem ouvia essas canções nos velhos rádios à pilha ou em vitrolas portáteis e ainda guarda na memória as belas melodias e as letras desbragadas em sentimentos, verdadeiras crônicas de seu tempo e do nosso povo. Esse projeto foi lançado em uma live no canal do Facebook da comunicadora Karine Faria e no canal do Youtube do Coletivo Catarse, numa segunda feira de outubro. Nesse bate papo a banda conversou sobre história, memória e as motivações de montar esse projeto, além de tocar 4 canções emblemáticas dessa ideia.

Foto de @mig_sa_camila

Curta sobre protagonismo de mulheres indígenas em produção para FLD/COMIN.

Foto destaque por @mig_sa_camila. Três mulheres kaingang de diferentes gerações e que vivem no Paraná são as personagens que conduzem o enredo do minidoc que o Coletivo Catarse está produzindo para o FLD/COMIN.O vídeo é uma parceria também com a rede de comunicação Olhares Indígenas. As filmagens aconteceram em agosto na aldeia Kakané Porã, em Curitiba, e no mês de setembro na III Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, que teve como tema Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade e pelas Raízes Ancestrais. O evento reuniu aproximadamente oito mil indígenas de diferentes povos, territórios e biomas, e foi promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). Nesta etapa de filmagem quem esteve a frente nos registros foi o cooperado Billy Valdez, que alem de produzir as filmagens para o curta, fez alguns registros fotograficos que pode ser conferido na galeria a baixo. O cotidiano nas aldeias e sua conexão com elementos da natureza, em especial, as araucárias, o apoio e o cuidado entre as mulheres indígenas e suas lutas por direitos são os principais temas do documentário. Em fase de edição, o documentário, que terá também legendas em inglês, deve estar pronto em novembro. Galeria de fotos da III Marcha das Mulheres Indígenas.Fotos de @billy.valdez

A Comuna do Arvoredo continua, verde e pulsante!

Nesse último mês de setembro a Comuna do Arvoredo completou 15 anos. Uma estrutura de 3 velhos casarões históricos – Casarão, Caza Azul e Casarinho – na rua Fernando Machado, antiga Rua do Arvoredo, Centro de Porto Alegre, que abriga um sonho. Um sonho vivido diariamente. Por exemplo, na segunda, dia 2 de outubro, em determinado momento da noite havia um ensaio de banda e uma reunião de Rede de Pontos de Cultura acontecendo no espaço do Coletivo Catarse, que há mais 3 anos habita a Comuna. Ao mesmo tempo uma oficina de tambores realizada por mulheres acontecia na Garajona do Casarão. Vibrante, pulsando ritmo e liberdade. No Salão, oficina de teatro para as crianças da comunidade. No final da tarde o perfume dos pães artesanais alimentava o apetite da criançada da Comuna. O pátio, nesse dia, estava calmo e iluminado. Um pulmão verde e acolhedor para toda gente que por ali circula. Nessa Comuna, toda essa vivência de arte é fruto da construção coletiva de quem mora, de quem trabalha, de quem mora e trabalha, de quem vive esse sonho. Um modo de encarar a vida na cidade grande que encanta e ensina. Desafia sempre as coletividades que ali circulam a encontrar suas soluções com muita conversa e maturidade. É uma escola! Isso tudo que falei foi em apenas uma segunda-feira, mas nos outros dias ela pulsa também. O almoço coletivo, alegria da sineta que avisa a comida saudável e cheia de significados, por conta de todas as ações que envolvem “alimentar” a Comuna e sua gente. Os empreendimentos solidários e criativos, a alegria do convívio e da surpresa de quem conhece a Comuna e seus encantos e encontros. Nesses tempos que ali estamos temos sido felizes e temos sonhado juntos. A Comuna é um presente pra cidade de Porto Alegre e para nós do Coletivo Catarse. “A comuna do arvoredo é uma comunidade urbana que compreende 3 casas no Centro Histórico de Porto Alegre. Além de espaço de moradia, também abriga coletivos de trabalho. Atualmente vivem 16 pessoas, incluindo as crianças, e mais 4 coletivos: Coletivo Catarse, Espaço Cultural Maria Maria, Brick Ao Belchior, Mútua e Fespope. Nestes 15 anos, calculamos que mais de 150 pessoas compuseram esta rede, seja como moradores ou coletivos de trabalho. Propiciando a construção de sonhos, encontros, amores, realização de projetos, que permeiam a vida de cada uma e cada um de nós que por aqui passamos, ou estamos. É um lugar que nos permite sonhar, e mais do que isso, colocando em prática (ao menos um pouco) o que sonhamos. Entre os sonhos que sonhamos juntos partem de inspiração ecológica em nossas práticas, seja na alimentação em articulação com as feiras ecológicas (FAE, Menino Deus, MPA), na gestão dos resíduos, no consumo consciente e nas conexão com quem produz os nossos alimentos”. – Fabi Cre e Carol Ferraz – moradoras da Comuna do Arvoredo. Estar no centro histórico de Porto Alegre e optar por preservar uma pequena, mas nem tanto, agrofloresta é, também, uma atitude de resistência. Uma resistência que impacta quem não conhece o interior dos casarões e não imagina que esse gigante verde é uma das moradoras mais importantes e mais antigas da Comuna. Cerejeira, Juçara, Pitangueira, araçá, ervas medicinais, Panc´s, bananeira, abacateiro, nesperina, viveiro de mudas, casa de pássaros. Uma mata constituída de degraus com clareira, fogueira, espaço para as composteiras e trilha! Esse é um dos espaços coletivos. Tem o salão, espaço multiuso que abriga aulas, ensaios, oficinas. A garajona, localizada na maior das três casas, o Casarão. “Mas tudo isto que já foi falado aqui, é apenas um fragmento dessa história que vem sendo vivida já há quinze anos, nos quais as presenças do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), do Casa Tierra e do grupo inicial de moradores fixos, foi fundamental para que nossa Comuna tomasse forma e se tornasse o “ser vivo” que é hoje,. Esse ser que respira e ajuda a cidade a respirar, seja pela sua pequena/grande floresta ou pela às inúmeras atividades culturais e sociais ancoradas aqui! Experiências compartilhas e lembradas pelo país afora com os muitos amigos e ex moradores oriundos de muitas regiões do Brasil e, também mundo afora, pelas muitos amigos e ex moradores vindos das mais diversas regiões do planeta! Que venham outros quinze anos e outros e outros…” – Paulinho Bettanzos – morador da Comuna do Arvoredo Para quem tem ou já teve a experiência de viver em coletivo, seja para trabalho, seja para moradia, entende que muitos são os desafios. E porque se assume viver tamanho desafio? Porque se cresce, se evolui e se consegue concretizar espaços de utopia, como a Comuna do Arvoredo.