CNTE lança campanha para mudar nomes de escolas que homenageiam colaboradores do regime militar
Do CNTE. De acordo com o Inep, 976 escolas públicas têm nomes de presidentes no período da ditadura
Do CNTE. De acordo com o Inep, 976 escolas públicas têm nomes de presidentes no período da ditadura
Do Brasil de Fato. Presidente do Uruguai afirma que administração Obama desconhece que imposição de sanções serve para prejudicar os mais fracos e diz que venezuelanos devem resolver seus problemas sem ingerência externa.
Em meio às atividades que marcam os 50 anos do golpe de 1964, acontecerá entre os dias 1 e 4 de abril na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS o evento “As mídias, as marcas, os arquivos: 50 anos do golpe de 1964″. Com convidados locais, nacionais e internacionais os debates terão como foco tema do evento relacionado às áreas da Arquivologia, Museologia, Biblioteconomia e Comunicação social. Os dois primeiros dias do evento trabalharam as questões das marcas e dos arquivos. Ruben Chababo Diretor do Museo de la Memoria (Rosário/Argetina) e como debatedoras as professoras Lizete Diaz de Oliveira e Jennifer Alves Cuty do Departamento de Ciências da Informação da UFRGS abrem o primeiro dia de atividades. O segundo dia contará com a participação de Jaime Antunes Diretor do Arquivo Nacional do Barsil e de Victor Abramovich Diretor do Instituto de Políticas Públicas e Direitos Humanos do Mercosul (Argentina). A quarta e a quinta serão dedicadas aos debates sobre mídia. No dia 03 o jornalista Luiz Claúdio Cunha e a professora Departamento de Comunicação Social da UFRGS Aline Strelow do Amaral realizaram um debate sobre o papel da mídia durante dos anos de ditadura. No último dia será abordada as permanências da repressão nas mídias alternativas com Gustavo Türck do Coletivo Catarse e Marina Amaral da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. O evento é organizado pelo Curso de Arquivologia, Museologia, Biblioteconomia e Comunicação Social, o CABAM e DACOM, sob a Coordenação Geral do Prof. Jorge Vivar. Os debates terão início sempre às 18h e acontecerão no auditório 1 da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS, Rua Ramiro Barcelos 2705 – Bairro Santana. A entrada é gratuita, para receber certificado é preciso fazer inscrição pelo endereço: ou no dia e local do evento. O custo do certificado outorgado pela PROREXT é de R$ 4,00. Página no Facebook: https://www.facebook.com/midiasmarcasarquivos?ref=ts&fref=ts Evento: https://www.facebook.com/events/861552360537291/?ref=ts&fref=ts
A Catarse, em parceria com o Produtor e Diretor Laurence West, está produzindo um curta-metragem sobre uma passagem fundamental na vida de Carlos Marighella: é o CineMarighella, filme que retrata a prisão de Marighella pouco mais de um mês depois do Golpe de 64. As gravações iniciaram dia 22 de março. No domingo, 23, as filmagens aconteceram na Ocupação Saraí, no Centro de Porto Alegre.
O Dia que Durou 21 Anos A partir de documentos inéditos, como áudios da Casa Branca e papeis da CIA, o documentário expõe em detalhes a preparação do golpe de 1964, com o decisivo envolvimento de autoridades dos EUA, como os presidentes John Kennedy e Lyndon Johnson e o embaixador norte-americano no Brasil, Lincoln Gordon.
Especial sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil: Relembranças – O golpe de 64 e uma homenagem a Lamarca – https://jornalismob.com/2014/03/31/relembrancas-o-golpe-de-64-e-uma-homenagem-a-lamarca/ “No fim da Ditadura não houve transição, mas transação” – Entrevista com Jair Krischke – https://jornalismob.com/2014/03/30/no-fim-da-ditadura-nao-houve-transicao-mas-transacao-entrevista-com-jair-krischke/ Para que pare de se repetir – https://jornalismob.com/2014/03/30/para-que-pare-de-se-repetir/ Há 50 anos o golpe, a dor, a resistência – https://jornalismob.com/2014/03/30/ha-50-anos-o-golpe-a-dor-a-resistencia/ www.jornalismob.com
O Coletivo Catarse está produzindo o filme CineMarighella, uma produção liderada pelo realizador Laurence West, com grande equipe de colaboradores. Nesta galeria, o registro de dois dias de filmagem muito intensos e proveitosos.
Na semana do dia 24 ao 28 de março a equipe do Coletivo Catarse/Projeto Carijo vai se deslocar para os municípios de Panambi, São Miguel das Missões e Giruá, onde será lançado o filme Carijo.
Ontem, um amigo passarinho voou pro céu. Toda a minha admiração pelo que semeou por aqui! Tive o privilégio dele me apresentar uns pedaços da Mata Atlântica e seu povo, em Minas Gerais, e depois escrever esta matéria sobre ele para a revista da Rede Juçara. Daquelas pessoas lindas, que quase não cabem em si mesmas de tanta energia e amor pela vida, e que nos deixam meio embriagados só de estar por perto. Não tive tempo de repassar a ele as fotos e vídeos que prometi, mas que vão circular por aí, compartilhando um pouco da sabedoria deste irmão que segue agora irradiando sua luz em outras bandas. Gratidão, Guará! Guará não é pássaro, mas semeia como se fosse um Guará, de Guaraciaba (MG). Mas podia ser de lobo guará, animal raro e extinção, ou um pássaro guará, espalhando sementes de juçara nos quintais e nas matas. Ele as espalha. Seu bico está na ponta dos dedos, de onde jorram mudas. Ele, que já teve o apelido de professor pardal, que recolhe o que não serve para os outros quando enxerga uma função nova para um relé ou uma tábua numa parede, na sala ou na bancada onde dá vida e sobrevida para o que recicla. Diminuir a pressão sobre a natureza, sempre. Comprou um pedacinho de terra em Fervedouro, junto a Serra dos Arrepiados. “Só as duas palmeiras juçara da floresta primária já valeram o preço”, ele fala sério sorrindo. E não tem coragem de subir nelas para não estragar as bromélias. “Deixa o jacu subir”. “Tem que passar juçara na boca de quem está nascendo”, ensina um pai que soube passar ao filho o ofício de sorveteiro, depois de receber a profissão também do próprio pai, avô de Messias. Ele, que também apresentou asas de passarinho para a filha Isadora voar na floresta, e lhe deu raízes para respeitar o ventre da terra, de onde nascem os frutos. “O homem é só mais um”, ele tem certeza, diante da natureza, pensando nos animais e nas plantas. Por que você faz esse trabalho? “Pela fauna. A gente vê os pássaros com fome comendo folha de mamoeiro porque não tem fruto”. Na rodoviária de Viçosa, ele veio entregar mudas de yacom para as comunidades tradicionais e os quilombos de Ubatuba. Chama o IEF – Instituto Estadual das Florestas de IEE – Instituto Estadual do Eucalipto, magoado por quem inventou que esta árvore deve predominar na distribuição de mudas em Minas. É lá que ele deixa as sementes da despolpa para tomar corpo, que depois vai buscar na fiorino da década de 80, da sorveteria Creola, esparramar por aí a palmeira nativa que aprendeu a amar. Para o seu Valdo Pimenta foi uma caixa com 54 pés, que ele vai plantar lá em cima no morro. Se o agricultor ainda nem pegou o gosto, Guará já vai vislumbrando pra ele a escala comercial da polpa. Garante a colheita, subindo em cada pé para buscar a essência dos sorvetes de juçara, juçara com banana e juçara com amora. Todos saboreados com prazer pela população do interior mineiro, uai. E defende que sorvete não é apenas sobremesa, mas alimento. A impressão é que por tudo onde se anda, todo mundo conhece Antônio Carlos Queiroz Cabral, mas não pelo nome oficial. Disfarçado de Guará, até a casa de Seu Dico paramos na estrada muitas vezes para uma prosa. O agricultor humilde, que chegou na região de Araponga só ele e a esposa com a bagagem de roupa e a vontade de trabalhar, hoje produz o segundo melhor café do Brasil, próximo ao Pico do Boné. Vive dos 300 mil pés de café, mas tem paixão pelos 1.500 pés de juçara, que distribuiu para os 10 filhos porque acha bonito. É como uma herança em beleza e tradição. O palmito vai para a mesa no Natal e na Sexta-feira Santa, na mesa dele e de todos que ainda guardam a cultura que receberam. No resto do tempo bebe o suco, que aprendeu a fazer de forma artesanal. Dico, um senhor que já vai lá pelos seus 70 anos é admirador de “Toninho”, “atravessador” do fruto da juçara dos seus quintais em Estouro, para os freezers de sorvete em Viçosa. Depoimento de Guará sobre sua relação com a Palmeira Juçara: A minha relação com a juçara foi a partir de um garimpeiro, que na margem da minha cidade estava lá num garimpo. Na divisa da casa da minha tia, me ensinou a processar o fruto, há uns 20 anos. Eu passei para o Chico, que trabalhava num parque estadual. Numa visita de professores e alunos da Universidade Federal de Viçosa, o Chico preparou o suco para a turma. Aí, o pessoal levou para o laboratório e já rendeu um doutorado e dois mestrados. No início, foi muito difícil porque ninguém acreditava. Minha esposa mesmo dizia: “já vai catar ‘coquinho’ de novo?”. Hoje, ela sabe a importância que tem. Estamos aí distribuindo mudinhas, difundindo, doando sementes, do jeito que a gente pode fazer. Eu desconheço um outro alimento, não precisa de dois não, apenas um, que contenha o valor nutricional da juçara. Não tem. Nem na carne e nem em lugar algum você vai achar um quilo que tenha a quantidade de vitaminas e minerais de uma polpa. Na fase da alimentação escolar é fundamental. Zinco é para crescimento. Tem cobalto, manganês, cobre, tudo. Acho que tem que unir cada vez mais as entidades e fazer trabalho de base com as crianças. Ensinar a dar mudinha, desde cedo. Promover a cultura de consumo, que nesta região foi introduzida graças ao açaí lá de cima. Mas de inserir o próprio juçara. E ensinar para o produtor que é saúde. As vezes não é vendendo o fruto que ele vai ter lucro, é consumindo. Aí, não vai gastar dinheiro em farmácia e vai ter disposição o dia inteiro para trabalhar.
Na última segunda-feira, 17 de março, o Chalé da Cultura do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em parceria com o Ponto de Cultura Ventre Livre, realizou a Oficina de Quadrinhos e Cartum no pátio interno do Hospital Conceição.