FOGO E LAMA, novo lançamento da banda R.E.D.

Este início de outubro de 2024 marca um retorno marcante para banda Raiva em Dobro (R.E.D.), banda das cidades de Cachoeirinha e Alvorada, na atividade desde 1998, que faz um som pesado, denso, agressivo e sentimental, com o lançamento do seu novo EP “FOGO E LAMA”, em conjunto com o videoclipe da faixa “Educandário”. No final de setembro, a banda aqueceu as redes e as plataformas de streaming, disponibilizando os álbuns “Degradação Natural”, lançado originalmente em 2012, o single “Resistindo”, de 2015, e o EP “RALO”, de 2005. A faixa “Educandário”, gravada no estúdio Hurricane, foi a escolhida para ter um videoclipe, que foi produzido pelo Coletivo Catarse, com direção, filmagem, edição e finalização de Billy Valdez, filmagens de Bruno Pedrotti e Marcelo Cougo, com imagens adicionais de arquivo da banda e do show captadas durante o evento Preto no Metal Festival, em dezembro de 2023. Conheça um pouco da Raiva.Banda criada em 1998 de Cachoeirinha e Alvorada. O estilo é indefinível: não é metal, não é hardcore, não se encaixa em nenhum compartimento musical pré-estabelecido, porém é pesado e isto basta.É indefinível porque é verdadeiro, não segue nenhuma tendência, foi construído (depurado) ao longo do tempo, não foi fabricado; reflete uma batalha real, a batalha da realidade, das bandas que movimentam o underground, movidas por amor, amor a tudo aquilo que exprime realidade, esta pode ser entendida como um sinônimo de verdade. Confira abaixo o lançamento do novo EP e demais trabalhos da banda. Formação atual da banda R.E.D.Eder Santos – Voz(@ederozo)Luciano Lopes – Baixo(@luciano.lopesred)Rodrigo – Guitarra(@rodrigo.red.9)Roger Garcia – Sintetizador / DJ(@blankagarcia.r)Kanan Sobieski – Bateria(@kanansobieski)

Enquanto a luz não chega – fase de pré-produção

Um filme de ficção é como uma mudança. As pessoas só lembram que dá muito trabalho a cada vez que, eventualmente, se põe a “mão na massa” para fazer. Além disso, existe uma longa caminhada até a tão esperada hora do set de filmagem, que envolve muita conversa, muita pesquisa de referências, muito planejamento e um tanto de tabelas – até para que, com a receita bem detalhada, seja possível uma execução rápida e objetiva. Ou seja, deve-se pensar cada plano na teoria para que a prática fique mais segura e acertiva. Por isso, dentro da fase da pré-produção, o roteiro ganha novos contornos e já estabelece, a partir disso, as indicações para possíveis locações, personagens, ações e tons – entre várias outras obserções que vão da luz à sombra, do silêncio à música. A equipe de direção e roteiro, constituída por Têmis Nicolaidis (@temis.nicolaidis) e Gustavo Türck, esteve em imersão criativa no mês de agosto, aprofundando o trabalho no roteiro e organizando, inclusive, os direcionamentos para a produção. De volta a Porto Alegre, iniciou-se os trabalho na decupagem e análise técnica do roteiro, que determina o plano de filmagem, incluindo enquadramentos, fotografia, necessidades de cena e indicativo de locações. Com este trabalho iniciado, a direção de arte, por Alexandre Fávero (@clubedasombra), pôde começar a indicar na tabela da análise técnica reflexões a partir das propostas iniciais. Ainda em setembro, aconteceu também uma reunião com a direção de fotografia, assinada por Billy Valdez (@billy.valdez), estabelecendo os parâmetros para uma empreitada de testes no próximo períodos a partir das cenas e ideias desenhadas e decupadas. Aos poucos se vai avançando enquando as filmagens não chegam.

A Viagem de Jacinto ganha locuções

O curta-metragem A Viagem de Jacinto, uma produção Cia Teatro Lumbra (@clubedasombra), é um filme sobre a curiosidade infantil e a criatividade humana e está em fase de finalização. No sábado, dia 14.09 foram gravadas as locuções para este filme de animação e contou com o elenco infantil composto por Mainô Türck e Fabrício Fros Fortes, além dos sombristas da Cia Lumbra Alexandre Fávero e Têmis Nicolaidis. O filme tem sua estreia marcada para o dia 19 de outubro deste ano, com exibição aberta ao público no Espaço Cultural Antiga Matriz (@ecantigamatriz), em Dois Irmãos.

Jacinto segue viagem

Jacinto é o personagem principal do curta-metragem A Viagem de Jacinto, onde o teatro de sombras, a iluminação artesanal e o audiovisual se combinam para gerar imagens de potência poética e plástica. Em tempos de IA, a nossa inteligência mais poderosa é a curiosidade e a criatividade sob a perspectiva da criança que intui, reflete e se expressa sem preocupações científicas ou regras canônicas. Tudo pode ser parte dessa viagem, quando a figura simpática desse personagem foi projetada para o espaço, em 2022, desde o Ponto de Cultura Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo (@vale.arvoredo). A sombra de Jacinto já viaja a uma distância de mais de um ano luz de distância da Terra. Seu deslocamento é de 300.000 km/seg. Mas onde estará Jacinto agora? Isso é o que queremos saber! Este curta-metragem está em etapa de produção e em novembro terá a sua exibição na cidade de Dois Irmãos pela Lei Paulo Gustavo. Acompanhe no nosso canal essa nova produção da Cia Teatro Lumbra com uma equipe técnica estelar: Roteiro: Alexandre Fávero (@clubedasombra), Pablo Longo (@pablongol) e Têmis Nicolaidis (@temis.nicolaidis)Sombras, luzes e atuação: Alexandre Fávero e Têmis NicolaidisProdução executiva: Alexandre Fávero, Fabiana Bigarella (@fabianabigarella), Têmis Nicolaidis e Pablo LongoAssistência de direção: Têmis Nicolaidis e Pablo LongoAssistência de câmera: Pablo LongoArte e luz: Alexandre FáveroOperação de câmera: Maurício Frohlich (@mauriciofrohlich @box23filmes) e Gustavo Türck (@coletivocatarse)Administração: Fabiana Bigarella e Têmis NicolaidisApoio: @vale.arvoredo, @abtbunimabrasilAssessoria: Claudia Kunst, Observatório Astronômico da UFRGS e Paulo FochiRealização: LPG Dois Irmãos – Ministério da Cultura – Governo Federal Brasil

As sombras de Ciça e Teo

Enquanto a luz não chega é um filme curta-metragem livremente baseado na obra de Josué Guimarães, “Enquanto a Noite Não Chega”, esta, uma obra que acompanha a história de solidão de dois velhinhos em uma cidade deserta, que revisitam o passado através das suas memórias enquanto aguardam a visita da morte. No caso da adaptação ao audiovisual, para além de utilizarmos os mesmos nomes dos personagens, procuramos trazer o avesso da história, quando Ciça e Téo estão metaforicamente mortos em um cotidiano maquiado e regido pelas redes sociais e falsas realidades digitais. Vidas vazias, mas que ainda comportam uma chama interna, esperando ser alimentada. Essa história tem como pano de fundo o caos climático que o sul do Brasil vivenciou em fins de 2023 e meados de 2024 e que, contraditoriamente, o excesso de água desabasteceu as residências pela falta de energia elétrica. Essa situação coloca os personagens principais em xeque. Se, antes, muito dependentes da tecnologia e tudo o que a energia elétrica facilita, agora, imersos na escuridão, obrigados a encarar de frente um ao outro e a si mesmos. É com este apelo que a direção optou por trabalhar com a linguagem do teatro de sombras, que traz toda a carga subjetiva dos personagens. A sombra pode ser os demônios como os sonhos, as memórias ou as idealizações. É nesse universo sombrio que, na diegética do filme, a realidade e a ficção se fundem e embriagam Teo e Ciça, fazendo-os dançar na escuridão e, quase cegos, se reencontrarem. Os fogos internos são alimentados e, de repente, a energia elétrica não é mais tão necessária (será?). Ainda na fase de desenvolvimento do projeto, Têmis Nicolaidis e Gustavo Türck, diretores e roteiristas, se reuniram com Alexandre Fávero, Diretor de Arte, da Cia Teatro Lumbra, para pensar o conceito do cruzamento entre o audiovisual e o teatro de sombras, resultando no levantamento de hipóteses e procedimentos criativos a serem testados ao longo da fase de pré-produção, buscando criar, também, através de um dramaturgia da sombra. Enquanto a luz não chega sugere coisas desconhecidas para autores e atores. Um mundo de transições. Sendo assim, me ponho a especular sobre as possibilidades das sombras como protagonistas e umbral dos mundos. Da confiança que temos em um trabalho em equipe, de escolhas e incertezas, surgem alguns sinais no escuro… Justamente enquanto a luz não chega e ninguém grita: Luz, câmera… Ação! Então, aproveitamos! (Alexandre Fávero – Cia Teatro Lumbra) *Sombra branca: conceito não-literal que fundamenta diferentes estratégias estéticas e poéticas para recombinar valores visuais por meio de efeitos e defeitos na composição visual, interferindo e distorcendo as informações, os códigos, os signos e os símbolos que estruturam os significados e as convenções das imagens estáticas ou dinâmicas. Já que é complicado, podes se entender como: sombras em negativo!*Telacentrismo: fenômeno do teatro de sombras, de origem intencional ou casual, em que toda a experiência dos envolvidos converge na direção da tela, ignorando as demais partes do ato teatral e do dispositivo projetivo. Em resumo: usar outras opções fora do centro!*Sombracumba: procedimento improvisado ou ensaiado, com movimentos de dança ou coreografia, realizada por sombristas, dentro do cone de luz, de maneira intencional e ritualística para liberar energias sutis antes ou durante uma experiência artística, ativando determinadas potências simbólicas e significantes no corpo físico, nos objetos, no espaço de ação ou na sonoplastia. Na prática, é relaxar para ver como a ação da sombra interfere na consciência e na qualidade da ação física do corpo sombrista.*Transombrismo: movimento que pensa, frui e atua artisticamente com as sombras por vários vieses do conhecimento e da mística para transgredir as tradições e transcender as convenções definidas pelo campo técnico e discursivo, elevando a experiência artística para um nível de teurgia entre sombrista(s) e espectador(es). Me explico: Isso é vivenciar a ação anterior no teatro de sombras de forma profunda para potencializar o ritual criativo, integrando o público além daquilo que é esperado em uma ação teatral.

Cinema na pedreira do Morro Santana

Nas últimas semanas, o Coletivo Catarse vem trabalhando na produção do Encontro de Cineastas Indígenas, que acontecerá na Retomada Gãh Ré, do Morro Santana, em outubro deste ano. Dentro da programação, o encontro prevê uma exibição de cinema aberta ao público, projetada nada mais nada menos do que na pedreira do Morro Santana. Por conta disso, um grupo de trabalho foi formado junto aos moradores e coletivos locais do território (Preserve Morro Santana, Sagrado Formigueiro, Coletivo Mães da Periferia, entre outros). No último domingo, foi realizada uma visita técnica ao local, para planejar a logística do encontro. Em breve serão divulgadas mais informações.

1° episódio do Talk Exu foi ao ar!

No dia 14 de junho, à medida que as coisas voltavam a uma pequena e egoística normalidade em Porto Alegre – como a circulação e a vontade de socializar -, foi ao ar o primeiro episódio de um projeto de talk show do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. Este, um projeto incipiente, fruto de uma necessidade de se conversar sobre a cultura popular que circunda ao Coletivo e que, com um tempo de desenvolvimento, pode certamente vir a expandir seus horizontes. Esta edição de estreia, todo produzido dentro do Espaço Cultural Maria Maria, na Comuna do Arvoredo, Centro HIstórico de Porto Algre, se estruturou sobre as experiências da atriz e produtora cultural Lorena Sánchez (@lola_produtora e @loresanchez_apa) e a banda Musical Talismã (facebook.com/musicaltalisma70 e @musicaltalisma70) – foi possível conferir excertos do espetáculo em monólogo Língua Lâmina, sobre a vida e obra de Gilka Machado, e um som da Música Popular Brega Brasileira, além das histórias de como esses artistas desenvolvem seus trabalhos, a reflexão sobre o impacto das enchentes no RS na cultura e como se pretende continuar neste contexto. O segundo episódio já está em produção, mas como é um trabalho realizado todo com recursos próprios do Coletivo Catarse, ainda não há como ocorrer com periodicidade fixa – a proposta do #02 é acontecer em agosto. Aguarde! Enquanto isso, assista a este primeiro e confira aqui na galeria (fotos de Giulia Sichelero) alguns dos momentos dessa bela noite de estreia.

Para lembrar: Nêga Lû leva prêmio em festival na Restinga

Um curta documental produzido pelo Coletivo Catarse em 2015 foi vencedor da 4ª Mostra de Vídeo Popular da Restinga realizada em novembro de 2023. O filme, dirigido por Ana Mendes e Natália Bandeira, com produção executica de Marcelo Cougo, foi o escolhido pelo Júri Técnico da Mostra, levando para casa o Troféu Cine Kafuné (leia matéria completa aqui). Assista ao filme: SinopseNêga Lû é um curta documental sobre uma personagem transgressora que impactou o universo gay de Porto Alegre. Uma “bicha” que circulou por vários mundos e deixou sua marca em todos eles. São 15 minutos de memórias que ficaram no corpo da cidade, gravadas nas pequenas histórias de pessoas que conheceram uma grande celebridade popular, sua vida e seu show. Direção de filmagens e entrevistasAna MendesNatália Bandeira ArgumentoCélio Golin Trilha sonora e Produção executivaMarcelo CougoImagens Nêga LúAndré de Oliveira Fotografias Nê LúAcervo familiar Produção executivaMarcelo Cougo

Da leitura à produção audiovisual

No dia 11 de junho, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura Ventre Livre esteve no Ponto de Cultura Vale Arvoredo para finalizar o projeto da oficina prática de produção audiovisual “Vamos fazer um filme?”, marcando uma importante parceria entre os dois Pontos de Cultura junto à EMEIEF Tiradentes em Morro Reuter, escola que recebeu o projeto de braços abertos. Abaixo confira a postagem que conta mais sobre essa iniciativa: Depois de elaborar a leitura audiovisual, de criar uma história possível de ser filmada em pouco tempo na escola, partimos para o set de filmagens. Nessa manhã de trabalho, cada um sabia o seu papel e todas crianças estavam focadas em fazer a história acontecer com um olho no storieboard e o outro na cena que acontecia ao vivo. Todas e todos participaram, até a profe e a dire, e só foi possível chegar ao final pelo empenho e concentração total da nossa equipe. Todo esse esforço resultou no filme curta-metragem de ficção “Trio Parada Dura – E o mistério do brilho no mato”. Quase um filme de ficção científica! Para fazer um fechamento à altura do que foi esse mês de oficina, o Vale Arvoredo abriu as Portas para receber as crianças, diretora Márcia Sparremberger e a professora Dani Frank, essenciais na produção dessa jornada audiovisual, quem nos recebeu lá foi o Andreson Freitagm residente do Vale. Inclusive, importante ressaltar a importância de contar com a receptividade da escola Tiradentes nesta empreitada, pois faz toda a diferença quando a escola abraça de verdade a proposta, tudo sai com mais qualidade, e foi o que aconteceu com esse projeto. Antes de assistirmos ao curta-metragem “Trio Parada Dura”, asistimos juntos o curta-metragem “As Aventuras de Pinóquio”, um filme de animação em sombras filmado em 2021 lá no Vale Arvoredo, o diretor da Cia Teatro Lumbra Alexandre Fávero estava presente e falou um pouco sobre a produção. Confira o resultado final da oficina: