Coletivo Catarse está na Guatemala para discutir estratégias de defesa às democracias latinoamericanas

Em virtude de um histórico de trabalhos nas áreas de ativismo da comunicação, com enfoque na defesa dos direitos humanos de diversas populações ao longo de duas décadas, o Coletivo Catarse participa entre os dias 5 e 8 de maio do evento “Democracias bajo ataque – de la crisis a la estrategia”. A presença do Coletivo também é fruto de relações consolidadas com diversos ativistas de caminhada reconhecida, como o jornalista estadunidense Michael Fox, com quem realizamos duas séries de podcasts: “Brazil on fire”, sobre a escalada do fascismo contemporâneo no Brasil – clique aqui -, e “Under the shadow”, sobre a história da ação dos Estados Unidos na América Central, destacando os 200 anos da Doutrina Monroe – clique aqui. O encontro ocorre na cidade de Panajachel, Lago de Atitlán, Guatemala. Cerca de uma centena de representantes de diversos países das Américas levarão seus pontos de vista e farão a reflexão práticas sobre os riscos do ataque à democracia a partir do avanço de ideários extremos aproximados ao fascismo, da criminalização da sociedade civil e dos movimentos sociais que se opõem a essas ideias, que são cada vez mais devastadoras. É um espaço para trocas, também, à construção de alternativas e estratégias de enfrentamento dessas forças autoritárias – já muito aprofundadas principalmente nas Américas -, tendo como guia a força de organização das resistências populares, comunitárias e indígenas. Todos os países participantes têm histórico no tema e também avanços a compartilhar – exemplos, ideias de como movimentar um continente, um mundo de uma forma diferente. O representante do Coletivo Catarse, já na chegada à Ciudad de Guatemala neste domingo, ao se apresentar como proveniente de Porto Alegre e atuante junto aos povos origináros, aos excluídos, ao meio cultural de base comunitária, entre tantos outros, escutou de pronto a resposta de um mexicano: “A capital do Fórum Social Mundial”. Um outro mundo já foi possível em algum momento. E por que, novamente, não o seria? Confira os materiais do evento com a listagem de participantes e a programação. Canais de comunicação:Cuenta oficial del evento (Democracias en las Americas)FOCO: Facebook, X (Twitter) e InstagramGlobal Exchange: Facebook, X (Twitter), Instagram , BlueSky e  YouTubeRompeviento TV: YouTube Ao final, será feita nova publicação com os resultados.

Cinevibe Fora da Asa

Na quinta feira (06/03) passada, o Fora da Asa Experiências Plurais recebeu mais um evento de cinema, debate e música. Realizado na semana da mulher, buscou refletir as trajetórias femininas na Capoeira a partir do filme “Mulheres da Pá Virada: histórias e trajetórias na capoeira” e teve como encerramento um show voz e violão de Fyah Rocha.

Reflorestamento na Retomada Gãh Ré

No calor abafado do verão porto alegrense, na tarde do dia 22 de janeiro do corrente ano, reuniram-se, na Retomada Gãh Ré, os coletivos articuladores do projeto “Reflorestamento, resiliência climática e restauração do modo de vida Kaingang em um território em Retomada em Porto Alegre – RS”. O projeto foi inscrito e aprovado no Edital Reconstruir RS – 2024, do Fundo Casa Sócio Ambiental. Junto às lideranças da Retomada, tendo à frente a cacica Iracema Gãh Té, foram traçados os planos para a realização do projeto. Vale recordar do que se trata: “A Retomada Gãh Ré localizada no Morro Santana, em Porto Alegre/RS, busca resgatar o Cuidado e a Proteção da Mãe Terra. As inundações evidenciaram a urgência de iniciativas que repensem o modo de vida para proteção e resiliência climática. Este projeto busca contribuir para o reflorestamento, proteção das nascentes de água e recuperação do solo, restaurando o modo de vida Kaingang enquanto estratégia de resiliência climática, através da retirada de pinus e plantio de mudas nativas no território da Retomada. As necessidades iminentes de fortalecimento desse território contribuem para uma perspectiva do Bem Viver para todos os povos.” Serão várias atividades correlacionadas, envolvendo coletivos e apoiadores da luta indígena aos pés do Morro Santana. Nosso papel, Coletivo Catarse, é de dar suporte burocrático/financeiro e também ajudar nas compras e cumprimento dos objetivos e cronograma. O calendário já foi desenhado e as atividades iniciarão no próximo dia 7 de fevereiro, com a compra dos equipamentos necessários para a empreitada. Muitos mutirões serão convocados e a força coletiva será fundamental para a realização do propósito. Nas fotos, as pessoas reunidas e também uma parte dos bichos e plantas que compõem a comunidade Gãh Ré, todas beneficiadas por essa iniciativa de preservação da natureza em mais uma uma zona de disputa na cidade de Porto Alegre.

Do Morro Santana aos Andes

No próximo final de semana, 25 e 26 de janeiro, será realizado o XV Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas (ELAOPA) em Santiago (Chile). Grupos de toda Abya Yala – nome que o povo kuna, originário da Colômbia e do Panamá, deu ao continente americano antes da chegada dos europeus – estão se articulando para participar do evento, que tem como tema do ano levar a resistência desde o sul do mundo.

1° Encontro de Cineastas Indígenas CORAL Porto Alegre

Entre os dias 10 e 13 de outubro, aconteceu em Porto Alegre o 1° Encontro de Cineastas Indígenas. Sediado na Retomada Gãh Ré do Morro Santana, o encontro foi promovido por diversas organizações, incluindo o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, o fotógrafo e cineasta guarani Vhera Xunú, além dos Pontos de Cultura Africanamente e Quilombo do Sopapo, com apoio da Witness Brasil e do Preserve Morro Santana. O projeto “CORAL Porto Alegre – Escola de Audiovisual Multicultural” foi contemplado no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo do IBERCULTURAVIVA, Programa de Cooperação Intergovernamental.Além disso, também faz parte da Rede CORAL, articulação que reune quase 30 coletivos de mais de 10 países de Abya Yala que fazem uso do audiovisual para acompanhar lutas pela defesa da terra, dos territórios e bens comuns. Sim, é uma introdução grande e cheia de nomes e agentes. Mas, só através dessas redes de apoios e produção que tal encontro foi possível. E a lista ainda não está completa pois muitas outras pessoas e organizações deram seu suporte e participaram das atividades propostas. Essas serão nomeadas a seu tempo, conforme forem se assentando as ideias, informações e vivências.