Novas Fronteiras do Ativismo Social, 3ª sessão – live! 18/07, 19h30

O terceiro episódio do ciclo vai apresentar o coletivo Baque Mulher Poa, muito representativo dos ativismos contemporâneos, com comentários da Apoema Socioambiental. As análises serão de Helena Bonumá, da OSCIP Guayí. O tema que se inaugura neste mês de julho será “Feminismo, Equidade e Questões de Gênero”, com o evento acontecendo ao vivo no Espaço Cultural Maria Maria (na Comuna do Arvoredo, Rua Fernando Machado, 464). A transmissão ocorre pelo canal do YouTube do Coletivo Catarse (https://www.youtube.com/@coletivocatarse). Não perca! Coletivo Baque Mulher PoaÉ um coletivo de Maracatu do Baque Virado, ligado ao Candomblé e às suas figuras místicas e deidades. Porém, o Baque Mulher não supõe nem demanda alinhamento religioso, mas, sim, respeito às práticas e tradições religiosas de consideração e cortesia. Ele se orienta pela ética e pela cosmovisão dessas tradições, afins às perspectivas humanistas e emancipatórias. Agrega pessoas sem preconceito de classe, não racistas e contra as discriminações de gênero. Da mesma forma, pessoas contrárias à intolerância religiosa. Os espetáculos são conduzidos com alegria, em clima de diversão e festa, ao mesmo tempo em que se fazem seguidas exortações à força das mulheres (“guerreiras”), ao fortalecimento das “mulheres negras da favela”, à luta contra o racismo, o machismo e o opressor. Além de ensaios e apresentações artísticas, o coletivo realiza atividades de acolhimento e amparo a mulheres em situação de vulnerabilidade e promove uma rede de apoio a mulheres vítimas da violência. Ele compartilha o mesmo espírito de engajamento da rede Baque Mulher, que possui mais de 35 núcleos no Brasil e Portugal. Para assistir pela internet, visite o canal do Coletivo Catarse e inscreva-se. Uma notificação da live será enviada ao seu celular quando for ao ar! Caso prefira assistir por computador, abra o canal minutos antes do início da transmissão (19h30) e aguarde abrir o sinal, automaticamente. Valorizamos a sua participação! Confira um resumo de como foi a segunda sessão do ciclo:

Novas Fronteiras do Ativismo Social, 2ª sessão – live! 28/06, 19h30

Encontro acontece no Espaço Cultural Maria Maria, na Comuna do Arvoredo, Rua Fernando Machado, 464, e tem transmissão ao vivo pelo canal do Youtube do Coletivo Catarse. Esta edição conta com a apresentação do coletivo Amada Massa, uma experiência singular e relevante – um Clube de Pães, produzidos e comercializados por pessoas provenientes da população em situação de rua e grande vulnerabilidade social. A iniciativa está associada à economia solidária e à economia verde, bem como à culinária vegana e outras propostas na área da alimentação saudável e do comércio justo. O trabalho de acolhida e atenção que realiza se alinha à comunicação não-violenta e à Justiça Restaurativa. O coletivo conecta-se a iniciativas similares ou convergentes, busca promover outras relações comerciais e difundir o consumo de produtos saudáveis e ecológicos. Conheça mais: https://www.amadamassa.com.br/. Assista uma palhinha de como foi o primeiro encontro:

Novas Fronteiras do Ativismo Social – live! Inicia dia 20/06, 19h30

Na quinta-feira, a partir das 19h30, no Espaço Cultural Maria Maria, Comuna do Arvoredo (Rua Fernando Machado, 464 – Centro de Porto Alegre), inicia-se um ciclo de debates proposto por um conjunto de pesquisadores e ativistas, no contexto das interações e dos resultados propiciados pelo Projeto de Pesquisa “O TERCEIRO ARQUIPÉLAGO – A RECIPROCIDADE E OS COLETIVOS DE AUTO-ORGANIZAÇÃO DA VIDA COMUM”. São encontros que ocorrerão como forma de se oportunizar momentos de diálogo entre ativistas, estudiosos e outros agentes. Estreiando neste espaço, ao vivo e com transmissão simultânea pelo canal do Coletivo Catarse no Youtube, o ciclo consistirá em uma sequência de painéis (2 por mês, um no Espaço Cultural Maria Maria e outro na Cooperativa GiraSol), com apresentações, comentários e conversas, versando sobre práticas contemporâneas de ativismo social, abordadas em sua diversidade temática e em suas múltiplas formas de atuação. “O propósito do ciclo é trazer conhecimento mútuo a respeito, com referência principalmente aos coletivos de auto-organização da vida comum, e propiciar diálogos acerca de suas motivações, inovações e sentidos, no contexto local de Porto Alegre, regional, em países ou continentes, e global. É uma ideia de se reunir pessoas envolvidas ou interessadas nos temas abordados, com variadas inserções e enfoques, para se realizar uma dinâmica de reflexão conjunta, visando conhecer, compreender, apreciar e dimensionar os ativismos atuais, assim como gerar engajamento e participação” – é o que afirma o Professor Luiz Inácio Gaiger, coordenador geral do proposta. O ciclo se direciona a ativistas, agentes (ONGs, entes públicos, entidades diversas), pesquisadores, acadêmicos e demais pessoas interessadas. Seu intuito principal é promover o diálogo direto, face a face, entre os participantes. Cada painel será composto por ao menos um ou uma ativista no papel de apresentador/a de sua experiência, por ao menos um ou uma ativista de outra experiência, no papel de comentador/a e, ainda, por pessoa conhecedora do tema (pesquisadores, intelectuais engajados, agentes sociais, acadêmicos), no papel de analista. Ademais, haverá uma pessoa mediadora em cada sessão, função a ser exercida em rodízio por integrantes da equipe responsável pelo Ciclo. Detalhes da programação e do desenvolvimento das sessões serão anunciados mensalmente em vários canais de divulgação. Programação temáticaAs formas de ativismo e os propósitos do engajamento são múltiplos. Há exemplos concretos de vários deles em Porto Alegre e região. O Projeto de Pesquisa à base dessa proposta explorou detidamente 120 casos (coletivos) em vários países, encontrando exemplos similares às iniciativas de Porto Alegre, além de outras formas que podem ser trazidas para fins ilustrativos, comparativos ou de contextualização. Assim sendo, a programação dará preferência a temas em relação aos quais se conheçam experiências locais e ativistas. Os nomes dos coletivos e demais participantes convidados serão divulgados a cada mês, tendo-se em vista a seguinte lista temática: • Agroecologia, vegetarianismo e veganismo• Alternativas de mídia e jornalismo• Ancestralidade, raça/etnia e desenvolvimento comunitário• Consumo consciente• Cooperativismo de plataforma• Cuidado, reparação social e emancipação• Cultura digital e software livre• Cultura e arte• Feminismo, equidade e questões de gênero• O ativismo a partir de empresas de mercado• O Bem-Viver e o sentido do Terceiro Arquipélago• Produção, consumo e sustentabilidade• Vida urbana e sustentabilidade Promotores e ResponsáveisAuspiciam a atividade o CNPq (via Prof. Luiz Inácio Gaiger), a Cooperativa GiraSol, o Espaço Cultural Maria Maria, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre e o CAMP (Centro de Assessoria Multiprofissional), por meio de recursos financeiros e materiais, diretos e indiretos. Colaboram, participando do evento e auxiliando em sua difusão, o Grupo de Pesquisa EcoSol (Unisinos), a Rede de Economia Solidária e Feminista (RESF) e a Guayí. Apoiam, por meio de suas marcas institucionais e via mobilização de seus docentes, pesquisadores e estudantes, a Unisinos a UFPEL e a ABET (Associação Brasileira de Estudos sobre o Trabalho). Equipe gestoraLuiz Inácio Gaiger – CNPq (coordenação geral – luiz.Gaiger@gmail.com)Marilia Veronese – UnisinosAndré Mombach – Cooperativa GiraSolDaniela Tolfo – Espaço Cultural Maria MariaHelena Bonumá – Rede Feminista de Economia Solidária e GuayíMarcelo Cougo – Coletivo CatarseGustavo Türck – Coletivo CatarseMonika Dowbor – UFPEL (PPG de Ciência Política)Adriane Ferrarini – UFPEL (PPG de Sociologia)

Movidas, ações e articulação em solidariedade às atingadas e atingidos pelas enchentes no RS

Desde o início de maio, o Estado do RIo Grande do Sul enfrenta um evento extremo ligado ao colapso climático e às péssimas gestões ambientais e de prevenção de cheias dos governos em todos os níveis. O modelo econômico empregado na região tem contribuído tanto com o sucateamento de órgãos e estruturas públicas de resposta a emergências do gênero como também com o desmatamento e outras fontes de emissão de CO2 – o que tem tornado mais comuns ciclones e outros eventos extremos nesta área do continente sul-americano.

Sessão Bodoqe na Retomada Gãh Ré

Mal iniciou o ano e o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre articulou uma Sessão Bodoqe (cinema comunitário) junto à Retomada Kaingang no Morro Santana.Um momento de encontro para celebrar as lutas e as conquistas no ano que passou e reafirmar nossas alianças pra essa nova jornada.Nossas amigas e amigos da Retomada receberam algumas visitas na noite de sábado, 6 de janeiro, para que juntos assistíssimos alguns filmes produzidos pelo Coletivo Catarse e também víssemos a produção da turma de ofineira(o)s de fotografia. Essa oficina foi uma parceria do Ventre Livre\Catarse com a Witness Brasil e proporcionou uma pequena formação para 3 jovens da Retomada, incluindo uma cobertura fotográfica da Marcha das Mulheres Indígenas, que aconteceu em Brasília em setembro de 2023. Nossas amigas e amigos da Retomada receberam algumas visitas na noite de sábado, 6 de janeiro, para que juntos assistíssimos alguns filmes produzidos pelo Coletivo Catarse e também víssemos a produção da turma de ofineira(o)s de fotografia. Essa oficina foi uma parceria do Ventre Livre\Catarse com a Witness Brasil e proporcionou uma pequena formação para 3 jovens da Retomada, incluindo uma cobertura fotográfica da Marcha das Mulheres Indígenas, que aconteceu em Brasília em setembro de 2023. Para além das exibições dos filmes e das fotos, fizemos também um salchipão para toda gente ali reunida, quando rolou muita conversa e diversão, preparando os novos projetos que vem por aí.

Ventre Livre/Coletivo Catarse prensente no fechamento de atividades do Ponto de Cultura Africanidade, na Restinga

Numa ação para agregar parceiros, amigos e redes, o Ponto de Cultura Aficanidade fez ontem (30/11) o balanço histórico de suas atividades com o enfoque na continuidade! Não são poucas as expectativas e as iniciativas concretas de trabalho que este ponto, uma referência no bairro-cidade de Porto Alegre – sempre representado na importância da figura de Mestre José Ventura -, agora se vê às vésperas de realizar. Como não poderia deixar de ser, o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre também se vê muito agradecido de fazer parte das funções e vem marcando presença com estes parceiros que agregam diversas frentes de relações. Aqui abaixo um relato do encontro de ontem realizado no Terreiro Oxum Demum, feito por André de Jesus. Alô! Alô! Comunidade! Final de 2023 chegando e 2024 batendo à nossa porta no ano deste grande Orixá Bará!!! Fomos contemplados com edital federal dos Ministérios da Justiça e da Cultura Pronasci/Cultura na cidade de Porto Alegre/Viamão, com parcerias em rede (tarrafas) com Ponto de Cultura Tambor Falante e o Centro Cultural Mestre Borel, com Alvo Cultural e Associação Força Maior da Pedreira, parceria e a realização AMO Ponto de Cultura, com certificação estadual. Nossa reunião de 30 de novembro teve uma grande representação de Pontos de Cultura, escolas públicas, entidades parceiras, agentes comunitários, artistas, meios de comunicação comunitários e representantes de comunidades de Terreiro. Realizamos nossa reunião trimestral do Comitê Gestor do Ponto de Cultura Africanidade/Restinga (André de Jesus e Denise Flores), Reino de Oxum Demun Mãe Cleide de Oxum, na Rua Arno Horn, 278, Restinga Velha. Presentes: Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo (Cris e Alemão), Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre/Coletivo Catarse (Gustavo Türck), Ponto de Cultura Alvo Cultural (Ali), Ponto de Cultura Mídia Livre TV Restinga/Falante (Marcio Figueira), Maicon Martins (Vozes das ruas), Ponto de Cultura Mestre Borel (Jeff), Ponto de Cultura Tambor Falante (Cândido e Dayse reis), Escola Municipal Lidovino Fonton (Professora Cláudia), Associação Força Maior da Pedreira, Mestre Edu Nascimento, Mestre Zé Ventura, Mestre Felino (Grupo Capoeira Olufe), Yalorixás Mãe Cleide de Oxum e a Mãe Ana de Ossanha, Professora Sílvia Balestrin (DAD –UFRGS), Dr. Marco Maragato e nossa colaboradora de arte gráfica (Júlia). Tivemos um “salve!” em vídeo de Elisa Larkin (IPEAFRO – RJ), professores e a coordenação extensão IFRS Campus Restinga (Jean e Felipe) e da educadora slammer Poetadesperta. É a nossa defesa na sociedade e nos espaços, aquela que tem que ter atuação territorial cotidiana, tem que ter oferta de atividades gratuitas, precisando-se envolver diferentes agentes nos territórios, precisando atuar em rede no âmbito da Política Nacional Cultura Viva, com ações educativas, promoção da democracia e o combate às desigualdades! Fotos: divulgação dos presentes

RAP IN CENA pra todos

No último final de semana de outubro, dias 29 e 30, rolou mais uma edição do evento RAP IN CENA no Parque Harmonia, na cidade de Porto Alegre. O evento reuniu diversas atrações: quadra de basquete, pista de skate, locais para breakdance, graffiti, entre outros. Diferentes nomes da cena rap/hip-hop se apresentando em 3 palcos diferentes, entre eles Marcelo D2 e seu filho Sain, Daguedes, Negra Li, Racionais e outra cacetada de artistas. DJ Piá, oficineiro parceiro do Ventre Livre, também marcou presença, além de outros nomes clássicos da cena hip-hoper de POA como: DJ Brother Neni, DJ Anderson, DJ Buiu, DJ Nitro Di, DJ Nezzo e DJ Gepowers, grandes nomes que fizeram e fazem a cena em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Um pouco dessa história você pode conferir no projeto Rap é Poesia. A Prefeitura de Porto Alegre distribuiu 6.000 ingressos cortesias para pontos de cultura, pessoas das perferias com baixa renda, marcha do Hip-Hop RS, comunidades indígenas, quilombolas e LGBTQIAP+. Mas porque o RAP IN CENA foi para todos estes que normalmente não tem acesso a este tipo de evento? Atribuímos essa grande distribuição de cortesias a um trabalho político de mobilização, pressão social, luta por direitos, espaços, recursos e visibilidade de movimentos sociais e culturais, rede de Pontos de Cultura, entre outros agentes que fazem da pauta cultura acessível a todos uma bandeira da mais alta relevância. Isto certamente refletiu na parceria que a prefeitura de Porto Alegre fez com a produção do evento. Com isso, o Ventre Livre pode oportunizar a ida gratuita ao evento de Kaingangs da Retomada Gãh Ré, alunos das oficinas de Discotecagem e DJ com o DJ Piá e amigos da nossa rede, todos pessoas não iriam ao evento devido alto custo de entrada, visto que esses mega festivais não são, de fato, acessíveis a população geral e para muitos fãs dos artistas que se apresentam. Enfim, colocamos o povo para dentro de um festival que deveria ser voltado para o povo, já que rap/hip-hop surgiram na periferia, embora hoje frequentem muito o mainstream. Segue alguns registros que o pessoal nos enviou. Os relatos são os mais diversos, com uma coisa em comum, todos se divertiram muito e curtiram demais essa oportunidade.

19 anos de Coletivo Catarse!

E finalizamos um novo ciclo nos reestruturando, como sempre, em movimentos contínuos, numa árdua tarefa de levantar um projeto que nos fez olhar para nós mesmos – mais uma vez. A possibilidade de termos uma programação continuada e financiada com dinheiro público, via Funarte, nos permitiu revisitar nossas redes de relações e – como já havia acontecido em outros momentos, também em projetos parecidos – recebermos um retorno que nos emocionou. Então, nada mais justo que se marcasse o início do novo giro no entorno do Sol com agradecimentos! A todos que nos reconheceram – e reconhecem! -, não necessariamente aos que nos entregaram cartas, mas que o fazem nas singelezas de suas atitudes diárias; aos próprios cooperados – que passaram e que seguem!; a todos aqueles que encostamos, de uma maneira ou outra, com esses 19 anos de atividades; e ao Ricardo Retamal, que nos apoiou por muito tempo, de maneira silente, mas seguida, representando aqui todos aqueles que, de alguma forma, também nos deram suporte do jeito que fosse. Com certeza, sem isso tudo, não estaríamos aqui, com um belo plano de seguir! Agora, aproveite e leia o que escrevemos para justificar a sequência de nossa existência: Ao Edital Funarte – Ações Continuadas. O Coletivo Catarse completa 20 anos em 2024. Apesar de ser constituído formalmente como uma cooperativa de trabalho, para tratar das relações formais de direitos sociais de seus cooperados e sua colocação no mercado de trabalho, sempre se caracterizou por ser um coletivo agregador e compartilhador de estruturas e ações. E é assim que segue pautando suas atividades, e é assim que propõe este projeto de um 20° ciclo cheio de atividades que, de certa forma, representam exatamente sua existência. A rede que o Coletivo apoia, propaga e circula é muito reflexo desse histórico – em anexo, seguem cartas de reconhecimento da nossa relevância cultural pelas mãos de artistas, grupos, representantes de comunidades indígenas, instituições, de ações integradas, etc. Foram mais de 100 coletadas (15 pontos de cultura, 13 entidades/núcleos de pesquisa, 5 profissionais relacionados ao patrimônio, 3 lideranças indígenas, 3 indigenistas, 23 pessoas relacionadas à música, 15 representando o teatro, 6 do cinema, 10 da negritude, 9 da ecologia, 4 mulheres ativistas negras, 3 do hip-hop, 3 da dança, 7 de mídia, 6 representando manifestações culturais de matriz Africana – capoeira, samba, sopapo, culinária etíope – , 1 liderança quilombola, 5 instituições ligadas também ao patrimônio – IPHAN, MuseCom, Museu Júlio de Castilhos, Museu Antropológico do RS –, 2 profissionais da acessibilidade, 1 coletivo LGBTQI+ e 2 entidades ligadas à saúde), algumas com o comprometimento, inclusive, de participação nesta proposta (em anexo, também, vai já parte da programação diversa e inclusive acertada, com as devidas referências, para o Eixo Maria Maria). E o que é importante nisso para além do apoio recebido? Esta é uma REDE ATIVA. Só nesta lista, dos que se dispuseram a encaminhar formalmente seu reconhecimento, calculam-se cerca de 400 pessoas que se beneficiaram diretamente com o compartilhamento da estrutura do Coletivo ou que desenvolveram trabalhos em conjunto – e que serão atingidos por esta proposta ou que estarão diretamente envolvidos! Ou seja, o nosso 20° ano não pretende-se ser diferente do que já realizamos historicamente, mas, sim, programado com resultados de um evidente e maior potencial de se atingir, ainda mais público a se tocar, e fomentar com recursos uma rede que vem se apoiando em escambos culturais, com recursos muitas vezes insuficientes para toda uma cadeia de envolvidos, literalmente na militância de fazer sua arte. Assim, o Coletivo planeja com muito mais força, com o aporte pretendido, dar ao dinheiro público o seu sentido que entende como principal – o usufruto coletivo, a disponibilização pública, a produção artística e cultural de matriz comunitária. E isso já é algo que, através de iniciativas como o projeto do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, por exemplo, o Coletivo já efetiva! Não foram poucas as vezes que se produziram projetos com financiamentos públicos em que o objetivo principal era a devolução à sociedade daquele investimento (2008/2020 – Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre – com atividades ininterruptas financiadas ou não financiadas até o momento presente, conveniamento com Ministério da Cultura e SEDAC-RS; 2010 – Prêmio Interações Estéticas – Projeto Famílias do Jardim, Ministério da Cultura; 2010 – Projeto Tambor de Sopapo – Resgate Histórico da Cultura Negra do Extremo Sul do Brasil, Edital Patrimônio Cultural Imaterial – IPHAN; 2011 – Prêmio Pontinhos de Cultura – Projeto Fazendo Cena, Ministério da Cultura; 2012 – Participação no Projeto LabCultura Viva, UFRJ – Ministério da Cultura; 2012 – Projeto Carijo: Herança do Conhecimento Ancestral na Fabricação da Erva-Mate, Edital Patrimônio Cultural Imaterial – IPHAN; 2012 – Contemplado no Edital da terceira edição do Etnodoc – Projeto Batuque Gaúcho, Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro, em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e o Departamento de Patrimônio Imaterial – IPHAN; 2012 – Projeto “Araucária: de braços erguidos para o céu”, contemplado no Edital SEDAC nº 9/2012 Edital de Concurso “Rio Grande do Sul – Pólo Audiovisual”, Pró-cultura RS FAC, vinculado à SEDAC-RS; 2012 – Filme Nega Lú, contemplado no edital nº 41/2012 Edital de Concurso “Pró-cultura RS FAC das Artes”, vinculado à SEDAC-RS; 2013 – Projeto Nós da Rede, contemplado no Edital SEDAC nº 07/2013, Edital de Concurso “Pró-cultura RS FAC Processos Culturais Colaborativos”, vinculado à SEDAC-RS; 2015 – Projeto Roda Carijo, contemplado no edital 03/2015 Edital de Concurso “Pró-cultura RS FAC #juntospelacultura”, vinculado à SEDAC-RS; 2016 – Projeto Uma Tainha no Dilúvio – contendo filme/websérie ficcional e site – apoiado pelo Fundo Socioambiental CASA, em edital na linha de ação: Água e questões socioambientais do meio urbano; 2016 – Websérie “O ser Juçara”, apoiada no edital Fortalecendo Comunidades na busca pela Sustentabilidade, uma parceria entre o Fundo Socioambiental CASA e o Fundo Socioambiental CAIXA; 2018 – Projeto em parceria com o músico e bonequeiro Mestre Bira/Ubirajara Toledo, contemplado no Edital de Seleção Pública n.º …

Entrega de mudas de juçara para o Faupoa

O Coletivo Catarse, na figura de dois cooperados, Bruno Pedrotti e Marcelo Cougo, esteve na abertura do décimo encontro do Faupoa – Fórum de Agricultura Urbana e Periurbana de Porto Alegre, que foi realizado nas dependências do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS Ampliado da Restinga, na última sexta, 15 de setembro. O Faupoa reúne diversas iniciativas de hortas coletivas urbanas no município de Porto Alegre, seja em comunidades, escolas, unidades de saúde, unidades de assistência social, unidades prisionais, unidades de recuperação de dependentes químicos, espaços com cunho religioso e de recuperação ambiental, entre outros. Entre os seus objetivos estão: divulgar, estimular, trocar e desenvolver experiências em práticas de agricultura urbana, agroecologia, hortas urbanas, jardinagem e arborização em espaços urbanos, promovendo o cultivo e o consumo de hortaliças, frutas, grãos e plantas alimentícias não convencionais (PANCs). Foram entregues duas dezenas de mudas de palmeira Juçara, fruto do nosso envolvimento enquanto coletivo de comunicação e produção cultural com essa espécie de palmeira, nativa da Mata Atlântica, e que representa um ponto central na manutenção da biodiversidade, assim como um importante incremento econômico para as populações que vivem nesses territórios que se estendem do sul do Brasil até o Espirito Santo. Coletadas durante a I Carijada Kaatártica, as mudas foram distribuídas para as hortas participantes do encontro. Para conhecer mais e fazer contato, acesse a página no Facebook do Fórum. O Coletivo Catarse tem um histórico de envolvimento com a Juçara desde o advento da Rede Juçara, rede de agricultores florestais que trabalham a sustentabilidade a partir dessa palmeira. Dentre os trabalhos de comunicação que fizemos junto com a rede está a trilogia “O ser juçara” . A trilogia retrata, além de toda diversidade encontrada no domínio da Mata Atlântica, as experiências do ser humano com os saberes associados ao manejo da floresta nativa, em especial da Palmeira Juçara. Este primeiro episódio apresenta a relação direta e indireta das pessoas com a floresta, os modos de vida, as conexões que existem entre as experiências retratadas – e a perspectiva de que é possível se viver de maneira sustentável em todos os espaços. O ser Juçara é um documentário produzido pela Associação Içara, Butia Dub e Coletivo Catarse, apoiado pela Rede Juçara, a ser lançado em três episódios (Nós e a Floresta, Cultura em Transformação e Alimento para a Vida) de cerca de 30 minutos cada, sobre a cadeia de valores econômicos, sociais e culturais do manejo sustentável da Palmeira Juçara (Euterpe edulis) – o açaí da Mata Atlântica, atualmente ameaçada de extinção assim como todo o bioma. É parte integrante do Projeto Cadeia de Valores da Palmeira Juçara, financiado pelo edital Fortalecendo Comunidades na busca pela Sustentabilidade, uma parceria entre o Fundo Socioambiental CASA e o Fundo Socioambiental CAIXA. No segundo episódio, está em questão a transformação do modo de se enxergar e se relacionar das pessoas com a palmeira. Por décadas – séculos! -, considerada fonte do melhor palmito, foi objeto de um extrativismo que, quando realizado apenas por comunidades tradicionais e famílias que se instalavam em áreas de sua incidência, inicialmente era sustentável, mas que, a partir de um desenvolvimentismo econômico que enxergou neste um produto de grande valor agregado – para os agroindustriários, nunca para os coletores, conhecidos como “palmiteiros” -, passou a ser ameaçada de extinção. Já há cerca de duas décadas este panorama vem se modificando pela disseminação do conhecimento de que os frutos da Palmeira Juçara – o açaí da Mata Atlântica – também são viáveis economica, ecologica e culturalmente. No terceiro e último episódio, Alimento para a Vida, fiinaliza a nossa história apresentando as alternativas e a importância que os frutos da Palmeira Juçara têm para oferecer para alimentar nossas vidas. Com certeza sua contribuição vai para além da nutrição e da culinária, mas é, sim, um elemento delicioso que pode compor os mais variados pratos. No entanto, é preciso entender esta palmeira como parte de uma cadeia de valores Aproveitamos para convidar a se inscrever no nosso canal do youtube, curtir e compartilhar esse conteúdo, para que essa informação chegue mais longe e ajude a preservação das nossas matas. Texto: Marcelo CougoImagens: Marcelo Cougo e Bruno PedrottiEdição: Bruno Pedrotti.