2 anos de Maria Maria

O Espaço cultural Maria Maria que ocupa de quinta-feira a sábado a garajona da Comuna do Arvoredo celebrou mais um ciclo de cultura. Dois anos de Marias, habitando a Comuna do Arvoredo e mexendo com nossas vivências e emoções. E se parar para lembrar, a Luizy tem grande parte da responsabilidade por isso tudo. Foi para comemorar seu aniversário, no final de 2022, que essa junção toda se fez. Eu estava lá tocando baixo na sua banda de apoio. Agora, depois de várias participações em eventos promovidos pelas gurias e pela Catarse, tive a oportunidade de estar novamente apoiando sua poderosa voz nesse espaço tão querido por nós. The Misters e Luizy foi mais que diversão. Foi apontamento para futuras parcerias. Que seja longa e produtiva a jornada das Marias. Que seja fértil e divertida nossas futuras “juntadas” de vozes e afetos!Marcelo Cougo | Coletivo Catarse Algumas fotos dessa noite divertida feitas pelo cooperado Billy Valdez.

Reflorestamento na Retomada Gãh Ré

No calor abafado do verão porto alegrense, na tarde do dia 22 de janeiro do corrente ano, reuniram-se, na Retomada Gãh Ré, os coletivos articuladores do projeto “Reflorestamento, resiliência climática e restauração do modo de vida Kaingang em um território em Retomada em Porto Alegre – RS”. O projeto foi inscrito e aprovado no Edital Reconstruir RS – 2024, do Fundo Casa Sócio Ambiental. Junto às lideranças da Retomada, tendo à frente a cacica Iracema Gãh Té, foram traçados os planos para a realização do projeto. Vale recordar do que se trata: “A Retomada Gãh Ré localizada no Morro Santana, em Porto Alegre/RS, busca resgatar o Cuidado e a Proteção da Mãe Terra. As inundações evidenciaram a urgência de iniciativas que repensem o modo de vida para proteção e resiliência climática. Este projeto busca contribuir para o reflorestamento, proteção das nascentes de água e recuperação do solo, restaurando o modo de vida Kaingang enquanto estratégia de resiliência climática, através da retirada de pinus e plantio de mudas nativas no território da Retomada. As necessidades iminentes de fortalecimento desse território contribuem para uma perspectiva do Bem Viver para todos os povos.” Serão várias atividades correlacionadas, envolvendo coletivos e apoiadores da luta indígena aos pés do Morro Santana. Nosso papel, Coletivo Catarse, é de dar suporte burocrático/financeiro e também ajudar nas compras e cumprimento dos objetivos e cronograma. O calendário já foi desenhado e as atividades iniciarão no próximo dia 7 de fevereiro, com a compra dos equipamentos necessários para a empreitada. Muitos mutirões serão convocados e a força coletiva será fundamental para a realização do propósito. Nas fotos, as pessoas reunidas e também uma parte dos bichos e plantas que compõem a comunidade Gãh Ré, todas beneficiadas por essa iniciativa de preservação da natureza em mais uma uma zona de disputa na cidade de Porto Alegre.

Do Morro Santana aos Andes

No próximo final de semana, 25 e 26 de janeiro, será realizado o XV Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas (ELAOPA) em Santiago (Chile). Grupos de toda Abya Yala – nome que o povo kuna, originário da Colômbia e do Panamá, deu ao continente americano antes da chegada dos europeus – estão se articulando para participar do evento, que tem como tema do ano levar a resistência desde o sul do mundo.

Carijada rebelde em Erval Grande

A Seiva Rebelde convida para uma vivência de produção artesanal de erva-mate no carijo na pequena aldeia Ponkry Chaig sítio Pinheiro Preto, localizada em Erval Grande (RS). A atividade ocorre neste final de semana, dias 25 e 26 de janeiro.

A música é o que move: no ar, plataforma que traz visibilidade ao atual rock gaúcho

Quando a música está no sangue, as mentes são criativas e a amizade avança além dos palcos, mesas de bares e conversas de rolê. Esses encontros é que fazem os projetos saírem do papel e, por vezes, beneficiar muito além dos envolvidos.Jaydson Gomes, guitarrista e vocalista e empreendedor de tecnologia, e Homero Pivotto Jr, vocalista das bandas Diokane e T.S.F (Tijolo Seis Furos), que atua também como jornalista, se uniram para criar um projeto musical que não envolve necessariamente criar música, formar uma banda e tocar um instrumento. “É como se fosse uma playlist, só que aberta para todo mundo. O Novo Rock Gaúcho permite um panorama mais completo sobre os artistas do que os streamings ou redes sociais. É um espaço centralizado e de fácil navegação. É algo que pode ser usado pelos próprios músicos como material de apresentação.” Jaydson O “Novo Rock Gaúcho” , nome da iniciativa, é uma ideia que começou como uma playlist do Spotify para destacar a cena rockeira do Estado. Mas nem todos amantes da música utilizam o player para consumir e conhecer músicas, bandas, artistas.Então, o projeto se torna uma plataforma, ganha um site para facilitar o acesso e possibilita agregar mais dados sobre os artistas listados (tipo de som, descrição, redes sociais, onde escutar, links importantes, fotos e vídeos).O nome do projeto leva o rótulo de “rock” onde tudo começou, mas busca contemplar também outros gêneros, do pop ao trap e rap, passando por MPB, blues, jazz e possíveis combinações sonoras. “A iniciativa funciona como catálogo. Pode parecer simples e talvez até óbvio, mas, no momento, faz sentido para visualizarmos com alguma clareza a quantidade e a qualidade musical destes pagos em que vivemos. Isso ajuda não só quem toca a aparecer, mas ouvintes e até mesmo colegas de imprensa, produtores de eventos e casas de shows a encontrarem novidades.” Homero Para fazer parte, o artista ou banda submete seu cadastro no portal Novo Rock Gaúcho, ganha uma espécie de perfil próprio e uma página dedicada onde se encontram todas as informações enviadas. É criado assim um banco de dados, uma forma de repositório do que está sendo produzido no cenário gaúcho da música. Os interessados podem enviar material pelo link “Submeta” no topo da página e preencher o formulario. Acesse e conheça, se puder compartilhe. Os artistas agradecem.https://novorockgaucho.com

Gretel

Cozinhar, para mim, sempre foi mais do que um simples ato. É um ritual, um espaço onde o ordinário vira algo mágico. Cresci observando minhas abuelas transformarem ingredientes simples em celebrações, mesmo em tempos difíceis. Mas será que aquelas mulheres, a quem tantas vezes recorremos por sustento e afeto, realmente queriam passar suas vidas na cozinha? Essa pergunta foi o ponto de partida para criar o espetáculo Gretel.A nossa releitura apresenta então a personagem subvertendo a relação entre patrão e empregada, ao decidir fazer uma torta para si mesma, celebrando o que é próprio, em vez de obedecer à ordem de preparar o jantar, por conta de um convidado de última hora. Esse gesto de Gretel, embora aparentemente simples, é um ato de muita coragem e autonomia (ao final de contas, ela é uma empregada), e desafia a hierarquia tradicional dos contos originais recolhidos pelos Irmãos Grimm, onde não tem nenhum príncipe salvando nenhuma princesa de nenhuma torre. Os contos que já atravessaram tantas fronteiras continuam a dialogar com questões de gênero, poder e autonomia. Com Gretel, colocamos em cena uma mulher que decide por si mesma, que toma as rédeas de sua história sem esperar um príncipe ou qualquer salvador externo. No palco, a cozinha deixa de ser um espaço de subserviência e se torna um laboratório de resistência. Leandro Silva, nosso diretor e idealizador da coisa toda, trouxe uma metáfora que guiou todo o processo criativo: o conceito de mise en place — a preparação cuidadosa dos ingredientes antes de cozinhar. Essa ideia moldou a mise en scène do espetáculo, em que cada detalhe importa e reforça a autonomia da personagem. Neste projeto somos 03 os cooperados que estamos envolvidos de forma muito direta. Com a criação visual de Billy Valdez Billy Valdez, criador das projeções multimídia, pretendemos destacar o papel dos elementos visuais como extensões simbólicas da personagem, ampliando sua subjetividade para além do palco. Já a trilha original de Marcelo Cougo, é um prato à parte. Ele mesmo define sua criação como uma “canção destemperada”, que ressoa com as tensões e quebras narrativas da história. As intervenções sonoras, musicais e os movimentos que misturam o arcaico (contação de histórias e teatro de bonecos) com as poéticas tecnológicas atuais, tornam Gretel uma obra coletiva no melhor sentido: é um manifesto artístico construído a muitas mãos, uma celebração do poder do grupo sem ofuscar as singularidades. Gretel a gulosa, a esperta, a astuta — essas são as traduções que encontramos do nome no conto original em suas diferentes traduções. Pra mim, é uma forma de lhe tirar importância à personagem, tornando-a indigna, irresponsável talvez.Mas, na nossa versão, ela é poderosa. Ao se presentear com a torta que escolheu fazer, ao beber os melhores vinhos da adega, Gretel celebra a si mesma e a todas as mulheres que encontram na sua vivacidade o “fatum”, ou destino, que as transforma. Ela é sua própria fada. Ah! e já que estamos, por que não falar um pouco do grande evento antecedente à mostra do espetáculo?O concurso Torta Gretel, que realizamos no Espaço Cultural Maria Maria, no último dia 7 de novembro, também carregou uma certa anarquia da ordem, e muita diversão. A cozinha – para aquele que a desfruta – sempre foi um espaço de criação artística assim como é o espaço das “Marias”. Ver jovens confeiteiros como Iago, o vencedor do concurso, a Paula, a segunda colocada, e o Lucas, o terceiro, brilhando com suas criações foi uma celebração. Ver amigos queridos na mesa do jurado técnico, rindo e degustando com seriedade cada fatia, me dava a sensação de serviço bem feito. O Leandro correndo pra lá e pra cá, sendo o melhor auditor de todos os tempos, me fez rir muitas e muitas vezes. O Billy, lutando entre as pessoas para conseguir tirar a melhor foto (e conseguiu!). E claro, a minha atenção no som envolvente do Marcelão, que, empolgadíssimo, não parou nem na hora de dar os parabéns ao vencedor. Veja as fotos do concurso aqui: https://www.instagram.com/p/DCW37fER7tr/?img_index=1 No fim, Gretel não é apenas um espetáculo. É uma provocação, um convite para repensarmos os espaços que ocupamos — ou que nos permitem ocupar. E, como atriz e produtora, é emocionante perceber que, em cada cena, estou não apenas representando, mas também compartilhando histórias que alimentam o público de novas ideias e esperanças. De 3 a 5 de dezembro, no Goethe Institut. Sessões às 15h e às 19h30A entrada é gratuita, e os ingressos podem ser retirados no Sympla, ou 1 hora antes , na bilheteria do local.Para mais informações, aqui seguem as redes oficiais do projeto: Instagram: @projetogretel – https://www.instagram.com/projetogretel/Site: https://espetaculogretel.wordpress.com/

Inimigo Fest 2024

No final deste mês de novembro rolou mais uma edição anual do Inimigo Fest produzido pela banda @inimigo_eu .O Festival sempre tem a característica de fortalecer a cena trazendo bandas de outras localidades e nesta edição a gurizada trouxe os caxienses da @borduna_hcTambém rolou shows das bandas @atrackoficial , @socialdrive_hc e claro os anfitriões do evento @inimigo_eu que támbem estavamos captando imagens para produção de um videoclipe com lançamento logo mais em janeiro/fevereiro de 2025. Evento aconteceu no @trilhahubcultural em Sapucaia. Segue algumas fotos feitas por Billy Valdez. Confira álbum de fotos completo aqui:https://photos.app.goo.gl/BvTBRX2eUwzVNF7M7

‘Camisa Amarela’, novo single do músico Jaydson

Na última sexta-feira (4), faltando dois dias para escolha de novos prefeitos em todo o Brasil, o músico Jaydson lançou seu novosingle:  ‘Camisa Amarela’. Já disponível em todas as plataformas, a música pega emprestado expressões usadas, principalmente, pela extrema direita para ironizar o comportamento de adeptos desse espectro político. Com letra direta e de boas sacadas, o que torna a composição “grudenta” e de fácil assimilação, a faixa usa da ironia para dar o recado. Trechos como “Desculpe se eu ofendi alguém / Não foi minha intenção / Tenho até amigos que são” e “Quem me conhece sabe bem / Eu não faço mal a ninguém / Eu sou um cidadão de bem” ilustram um discurso retórico e perigoso em meio ao cenário de polarização política.Musicalmente, a composição evoca um clima anos 1990, tanto na produção quanto na estrutura, sendo o grunge referência. A ficha técnica do trabalho, que sai pela Loop Discos, inclui ainda Rafael Siqueira (engenharia de áudio), Tom Zinsky (preparação vocal), Davi Pacote (mixagem) e Marvin T (masterização). A arte da capa é do ilustrador Gus Serrano. ‘Camisa Amarela’ é o segundo single de Jaydson, que disponibilizou em janeiro deste ano o punk rock ‘I Don’t Wanna Die Young’ (acessível em todas as plataformas e com clipe no Youtube). Ambas as faixas fazem parte do álbum de estreia do artista, nominado “Live Fast, Die Old” e com previsão de ganhar o mundo em 2025. Ouça ‘Camisa Amarela’ no seu player preferido clicando neste link: https://onerpm.link/Camisa_AmarelaPara quem quiser acompanhar a letra de ‘Camisa Amarela’, eis: Desculpe se eu ofendi alguémNão foi minha intençãoTenho até amigos que sãoDesculpe se eu ofendi alguémEu respeito a constituição e aLiberdade de expressão Hey Quem me conhece sabe bemDesculpe se eu ofendi alguémÉ apenas a minha opiniãoTudo é ofensa, tudo é lacraçãoAntigamente não tinha isso daíChega de frescura, é muito mimimiNa minha época não era assim Hey Quem me conhece sabe bemDesculpe se eu ofendi alguémEu sou um cidadão de bemHoje em diaTá tudo muito chatoEu não posso mais querer matar ninguémDesculpe se eu ofendi alguémNão foi minha intençãoTenho até amigos que são Hey Quem me conhece sabe bemEu não faço mal a ninguémEu sou um cidadão de bemDesculpe se eu ofendi alguém (8x) Sobre Jaydson Músico brasileiro influenciado, principalmente, por punk rock e rock alternativo. Começou a tocar na adolescência, mas afastou-se da música. Desde 2022, voltou a investir em composições próprias como guitarrista e vocalist. O álbum de estreia “Live Fast, Die Old” tem previsão de lançamento para 2025. Mais informações no site do músico.Siga no Instagram: @jay_jaydson A banda, que leva o nome do artista, é formada por experientes músicos da cena gaúcha:Marcel Bittencourt (@marcel.hit) — Nosso baixista, além de produtor! Já tocou com Hit The Noise, Rebel Machine e Eu, o Zé e os Cara. Produziu trabalhos das bandas Ladros, Bad Drivers, Rebel Machine, Hit the Noise, Lamarquez e Jaydson. Mixou e masterizou trabalhos de Lamarquez, Anderson Sena e The Red Crow. Rodrigo Ferreira (@rodrigoguitarraferreira) — Músico, professor e compositor formado em Música pela UERGS. Desde 2010 atua como professor de música da rede municipal de ensino de Porto Alegre. Foi membro fundador das bandas Samadhi, Calibre, Base Sonora e participou de vários outros projetos. Como compositor, realizou mais de 15 trilhas sonoras para espetáculos de teatro e dança. Renato Siqueira (@renatosiqueira79) — Baterista desde 1994, com experiência em shows no Brasil e no exterior. Ministra workshops e masterclass, além de fazer gravações e acompanhar diversos artistas ao longo da carreira. Foi eleito pelo site batera.com como “baterista revelação” em 2009, bem como “melhor baterista e mais influente” em 2010. Foi colaborador da Revista americana Modern Drummer e consultor de várias importadoras. Atualmente toca com a It’s All Red e é patrocinado por Odery, Evans, Meinl, Gibraltar e Handdry. Texto: Homero Pivotto Jr.Fotos: Billy Valdez

FOGO E LAMA, novo lançamento da banda R.E.D.

Este início de outubro de 2024 marca um retorno marcante para banda Raiva em Dobro (R.E.D.), banda das cidades de Cachoeirinha e Alvorada, na atividade desde 1998, que faz um som pesado, denso, agressivo e sentimental, com o lançamento do seu novo EP “FOGO E LAMA”, em conjunto com o videoclipe da faixa “Educandário”. No final de setembro, a banda aqueceu as redes e as plataformas de streaming, disponibilizando os álbuns “Degradação Natural”, lançado originalmente em 2012, o single “Resistindo”, de 2015, e o EP “RALO”, de 2005. A faixa “Educandário”, gravada no estúdio Hurricane, foi a escolhida para ter um videoclipe, que foi produzido pelo Coletivo Catarse, com direção, filmagem, edição e finalização de Billy Valdez, filmagens de Bruno Pedrotti e Marcelo Cougo, com imagens adicionais de arquivo da banda e do show captadas durante o evento Preto no Metal Festival, em dezembro de 2023. Conheça um pouco da Raiva.Banda criada em 1998 de Cachoeirinha e Alvorada. O estilo é indefinível: não é metal, não é hardcore, não se encaixa em nenhum compartimento musical pré-estabelecido, porém é pesado e isto basta.É indefinível porque é verdadeiro, não segue nenhuma tendência, foi construído (depurado) ao longo do tempo, não foi fabricado; reflete uma batalha real, a batalha da realidade, das bandas que movimentam o underground, movidas por amor, amor a tudo aquilo que exprime realidade, esta pode ser entendida como um sinônimo de verdade. Confira abaixo o lançamento do novo EP e demais trabalhos da banda. Formação atual da banda R.E.D.Eder Santos – Voz(@ederozo)Luciano Lopes – Baixo(@luciano.lopesred)Rodrigo – Guitarra(@rodrigo.red.9)Roger Garcia – Sintetizador / DJ(@blankagarcia.r)Kanan Sobieski – Bateria(@kanansobieski)

Regina Tchelly, do Favela Orgânica, fala sobre aproveitamento de alimentos em Porto Alegre

Fundadora do Favela Orgânica e cozinheira autodidata, Regina Tchelly estará em Porto Alegre neste final de semana, quando cumpre agendas nas quais irá falar de seu projeto, que há mais de dez anos ensina o “uso de ingredientes até o talo”, por meio do combate ao desperdício dos alimentos e da fome, fazendo da cozinha um espaço de transformação social. Sua proposta é modificar a relação das pessoas com a comida e seus ingredientes. Na sexta-feira (6), ela participa do evento de lançamento da Cartilha Exigibilidade do Direito a Estar Livre da Fome, de autoria da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, atividade marcada para as 19h no Sindicato dos Aeroviários, na Rua Augusto Severo, 82, bairro São João. Já no sábado (7), a partir das 8h30min, Regina faz uma caminhada seguida de uma roda de conversa nas Feiras Ecológicas da Redenção – Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) e Feira Ecológica do Bom Fim (FEBF), na Avenida José Bonifácio, junto ao Parque Farroupilha (Redenção). O Favela Orgânica foi criado em setembro de 2011. A iniciativa, precursora em seu formato, teve origem nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Na época, com apenas R$ 140,00 para montar uma primeira oficina de aproveitamento de alimentos, Regina fez o projeto crescer, espalhando suas sementes, multiplicando saberes e democratizando a comida criativa, econômica e nutritiva não somente dentro da favela, mas pelo Brasil e em viagens ao Exterior, a convite de diversas organizações e chefs renomados. Trabalhando conceitos como consumo consciente, gastronomia alternativa, compostagem caseira, hortas em pequenos espaços e defendendo o uso de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), Regina ensina como usar integralmente folhas, raízes, cascas, talos e por aí afora. Ideias que inclusive viraram um livro de receitas ao ar livre, por meio de murais pintados em setembro de 2019 na entrada do Morro da Babilônia que reproduzem as dicas de Regina. A inciativa Favela Orgânica atua no combate ao desperdício do alimento e da fome. A proposta é modificar a relação das pessoas com os alimentos. “Aproveitar o alimento é coisa de gente inteligente”, defende. Sobre a convidada Natural de Serraria, interior da Paraíba, nasceu em 4 de agosto de 1981. Aos 12, já era manicure. Três anos mais tarde, se mudou para João Pessoa. Chegou ao Rio com 20 anos, onde trabalhou como doméstica para uma família que comia de forma saudável, novidade para ela na época. Como adorava cozinhar, superou o estranhamento inicial e passou a se interessar por alimentos integrais e orgânicos.“Quando cheguei ao Rio de Janeiro vi o volume e a quantidade de alimentos sendo desperdiçados nas feiras livres da cidade. Foi uma das coisas que mais me incomodou, porque lá na Paraíba a gente sabe como aproveitar tudo”, conta. Sobre a Aliança A Aliança pela alimentação Adequada e Saudável é uma coalizão que reúne organizações da sociedade civil, associações, movimentos sociais, entidades profissionais e pessoas físicas que defendem o interesse público com o objetivo de desenvolver e fortalecer ações coletivas que contribuam para a realização do Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA). Suas ações buscam o avanço de políticas públicas para a garantia da Segurança alimentar e Nutricional (SAN) e da soberania alimentar no Brasil. Em Porto Alegre, o Núcleo RS da Aliança surgiu em outubro de 2016, durante o 24º Congresso Brasileiro de Nutrição, que teve como sede a Capital gaúcha. As bandeiras e práticas da Aliança são orientadas pela promoção da equidade, da transparência, da realização e respeito dos direitos humanos. Assim como pela valorização da interação entre culturas de forma recíproca, respeitando e incluindo saberes e práticas de lugares não acadêmicos. por Anahi Fros | Semeadora Comunicação | parceira do Coletivo Catarse(Assessoria de Imprensa Voluntária)