20 anos completos, e um novo ciclo se inicia!

No dia 5 de outubro, na Comuna do Arvoredo, o Coletivo Catarse fez a festa de comemoração dos seus 20 anos de existência. Um evento contando com a discotecagem de DJ Piá, clássico das picapes, que foi integrante da também clássica Rádio Ipanema 94.9 FM. A junção rolou na garajona, em dia de Maria Maria Espaço Cultural, marcando o início de uma nova fase de programação continuada na parceria com “as gurias” e o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. Passaram diversas turmas das 17h às 23h, bombando o “bailinho” com muito groove e músicas pra dançar. O Coletivo brindou com os amigos, parceiras e ex-cooperades, o bolo, feito pela Márcia “Maria”, foi partilhado e as homenagens foram feitas – além do desejo de pelo menos mais 20 anos de estrada. O que foi alimentado também pelo projeto “Ventre Livre e Maria Maria em catarse na Comuna do Arvoredo”, apresentado – e contemplado – no Edital BOLSA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES ARTÍSTICAS CONTINUADAS 2024 – PROGRAMA RETOMADA CULTURAL RS, direcionado a propostas de grupos, coletivos, espaços e eventos artísticos calendarizados de 95 municípios do Rio Grande do Sul, em estado de calamidade pública – conforme o Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024, e a Portaria 1.802 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, de 31 de maio de 2024. Uma ação do Governo Federal em apoio ao setor da cultura para mitigar os efeitos das enchentes de maio e que permitirá um fortalecimento de uma programação continuada no Espaço Cultural – que abre semanalmente de quinta a sábado desde janeiro de 2023. Serão diversas atividades a se consolidarem com este apoio em 6 meses: 3 sessões de talk show (Talk Exu), com música e outra apresentação cultural; uma sessão de teatro de rua; uma sessão de arte de sombras; a produção de telas por artista visual popular; 2 sessões comentadas de filmes (Sessão Bodoqe); e apoio a pelo menos 10 apresentações musicais de artistas populares, com assistência técnica de som e gravação de um clipe ao vivo de uma música de cada um. São movimentos que preveêm suporte na manutenção, memória, comunicação e divulgação, intercâmbios, produção cultural de coletivos e artistas multidiversos, não por si só, exclusivamente, mas pela rede que se incluem, numa proposta de auxílio na sustentabilidade e busca por estabilidade, de forma continuada, apresentando diversidade estética, artística e acessível, estimulando a formação de um público que vem crescendo, de geração de trabalho e renda, desenvolvendo uma rede produtiva de artes e seus agentes, estimulando, assim, a ampliação do acesso e a fruição de bens e serviços artístico-culturais. Será uma programação envolvendo trabalhadores da cultura, artistas visuais, músicos, produtores de teatro, do audiovisual, uma gama interessante que já se vê circulando pelo espaço nesses últimos anos. E a Festa dos 20 anos foi um momento marcante para este novo ciclo que se inicia agora, inclusive, DJ Piá, que apresentou seus scratchs, já está confirmado para uma Quinta do Vinil, dia 04/12, dentro desta programação, que vai sendo divulgada nos canais do Maria Maria Espaço Cultural, do próprio Coletivo Catarse e da Comuna do Arvoredo. Fotos: Billy Valdez

A instalação Faces de Eva toma forma no salão da Comuna do Arvoredo

A montagem Faces de Eva, uma co-produção TMA e Ponto de Cultura Ventre Livre/Coletivo Catarse, com o apoio da Comuna do Arvoredo, atravessa seus 05 meses de processo. Embora seja um trabalho independente, ganha fôlego e estrutura a cada semana de ensaio. Na direção do TMA, Raul Voges dirige esta instalação e também atua. O trabalho conta com um elenco experiente de 7 artistas que interpretam, cantam e dançam, dando corpo a essa instalação de teatro musical livremente inspirada em situações de vida de Evita Perón. Mais que isso, trata de consciência política e relações sociais e reflete sobre a contemporaneidade utilizando como mote o legado de Evita. Uma montagem dessas só é possível pela dedicação e investimento dos próprios artistas, além de apoios importantes como o do próprio Ponto de Cultura, que co-produz o trabalho, e da Comuna do Arvoredo que mantém um espaço multiuso para oficinas e ensaios, além de ser o espaço íntimo de convivência de uma das casas do complexo comunitário. O trabalho está para estrear ainda em 2024.

Como cozinhar um espetáculo?

Porção: Residência Era uma vez, em um vale mágico chamado do Arvoredo, um grupo de artistas que se reuniu para cozinhar um espetáculo chamado Gretel. Neste refúgio havia uma cozinha cheia de ingredientes frescos. Uma cozinha onde todos podem se apropriar de seus utensílios, e ir experimentando, misturando, sentindo os aromas, testando as texturas… Cozinhar uma torta recheada de tentativa e erro, de ajustes sutis, como se fosse adoçada com pitadas de sal. Durante a residência artística do Projeto Gretel, esse espaço aconchegante nos permitiu o necessário isolamento do cotidiano. Cuidadosamente planejado para a troca de saberes, o lugar e suas pessoas – e que pessoas – nos deram estrutura e liberdade para expandir. Foram 06 dias de trocas intensas: corpo, mente, alimento e alma alinhados.Em meio à mata nativa e embalados pelo som de uma cascata, encontramos o ambiente perfeito para aprofundar nosso processo criativo. Eu particularmente me senti acolhida pelo entorno e pela generosidade dos meus colegas, o que me permitiu mergulhar em todas as camadas da criação cênica. Da construção corporal à composição das nuances dramáticas, a natureza ao redor parecia sussurrar segredos que moldavam cada detalhe da obra. Música, luz, movimento – cada cena foi como escolher a fruta mais madura, descascar com cuidado e revelar o sabor único de cada mordida… “Só um pedacinho…”.Estar imersa no processo cênico, foi fundamental. Desde alongamentos e experimentações físicas com a linda Carol Garcia, mulher de uma generosidade tão grande que não consigo mensurar, até discussões sobre a estética e a narrativa da peça. E assim como na manufatura de um bom pão, o tempo de cozimento é essencial – as ideias precisam maturar, e os recheios devem encorpar com cuidado. Nesta fase ainda criativa, o espetáculo é como uma torta de frutas que por enquanto precisa de combinações e acertos: testamos sabores, experimentamos novos ingredientes, reformulamos ideias. O conto dos Irmãos Grimm serve como inspiração, mas estamos fermentando algo bem original, que vai além das páginas de um livro. Como cereja do bolo, no último ensaio geral, tivemos o privilégio de ouvirmos devolutivas de mestres do teatro de animação, artistas cujas opiniões e vivências internacionais adicionarão temperos a serem experimentados na nossa sequência de criação, certamente. Esses diálogos enriquecem o processo de uma forma que nem o melhor dos livros de receitas poderia prever. Em resumo, a criatividade flui, o meu conhecimento como artista, fermenta! E ainda continuará a crescer. Sigo em cozimento… Sinto que o Projeto Gretel está se tornando algo realmente especial, um espetáculo que vai trazer reflexões profundas, surgindo como essa torta perfeita; mal posso esperar para dividir um pedaço dela com o mundo. Gratidão a todos os envolvidos e envolvidas. Lorena SanchezAtriz e produtoraProjeto Gretel.09/09/2024

Circuito Dandô – Ubiratan Carlos Gomes

No final de semana dos dias 16, 17 e 18 de agosto, tivemos a oportunidade de acompanhar a gira de Ubiratan Carlos Gomes, multi artista brasileiro, que dessa vez levou sua música, sua viola e voz, que é dele mas também de muitos outros, pelas cidades de Osório, Maquiné e Capão da Canoa. Acompanhado pelo músico e cooperado do Coletivo Catarse, Marcelo Cougo, a viagem contou com a direção de vera Remedi, Coordenadora Estadual do Dandô, que, junto com as coordenadoras de cada cidade, torna possível essa circulação de artistas pelo estado e pelo país, proporcionando trabalho digno, encontros artísticos, trocas culturais e afeto. O Circuito Dandô é um circuito de afetos e é nesse pegada quer as três noites correram. Primeiro em Osório, no Espaço Cultural Conceição e tendo como anfitriã da noite a banda Arauco, que tem muita coisa boa pra nos dizer. Essa apresentação contou com a participação mais que especial de Davi Pacote, sobrinho de Bira. Como era aniversário de 71 anos do Bira uma atividade comemorativa foi realizada. Em seguida rumamos para Maquiné para que, no Canto da Terra a magia dos bonecos do Grupo de Teatros de Bonecos A Divina Comédia, aquecesse a noite e os corações para que depois a música tomasse conta do espaço. Ainda nessa noite o encontro entre Bira e Hamilton, o guardião das sementes de Maquiné, mostrou mais uma vez o valor dos encontros proporcionados pelo Dandô., Por fim, com a abertura ilustre de Valdir Verona, fosse a vez de Capão da Canoa, no Aroma de Família Café. Mais um encontro de muitas trocas e alegrias. É bom a gente lembrar que essa iniciativa conta com o trabalho de pessoas como a Val, o Rafa, a Gisele, a Fabi, a Tilika, que a partir de suas cidades e suas redes levam cultura e arte pra sua gente, além de trabalho para os que vivem de fazer arte. Agradecimentos a elas e também a rede de apoiadores citando o Big Hotel e o CTG Estância da Serra, em Osório, a Pousada Recanto da Mata, em Maquiné (abraços à toda querida família que nos recebeu) e ao Serra Mar Hotel e Manus Churrascaria, em Capão da Canoa. Quem quiser conhecer, somar, aqui um link para o Circuito Dandô.

Sarau das Agroflorestas II – Comuna do Arvoredo

No início do mês de agosto, dia 10, a Floresta Urbana da Comuna do Arvoredo acolheu o encontro de trabalhadores, acadêmica(o)s, militantes, artistas, todo um pessoal que luta pela causa do meio ambiente através das Agroflorestas, opção fundamental para moradia, produção de alimentos, mudança de postura na vida e, principalmente, cuidados com a natureza e o planeta. Esse foi o segundo encontro, organizado pela Comuna, Coletivo Catarse e o coletivo da Carta das Agroflorestas. A Carta das Agroflorestas é uma iniciativa para enfrentar a crise climática e buscar alternativas baseadas na natureza para reassentar famílias que perderam seus lares na enchente de maio, regeneração dos solos erodidos pelas águas e reconstituição das matas devastadas pelo desenvolvimento capitalista desenfreado no RS. Esse segundo encontro trouxe as experiências de Fabianne Vezzani, Kátia Zanini, Vicente Guindani e Isabel Cristina Dalenogare em uma roda de conversa que depois foi aberta ao público presente. Logo em seguida tivemos as apresentações do Musical Talismã, Jéssica Nucci, acompanhada pelo Vicente Guindani, Rodrigo Apolinário e outros artistas que usaram do palco para expressar sua arte e posicionamento político. Esperamos em breve a realização do terceiro encontro.

II Carijada Serrana Caconde

No último final de semana de julho, foi realizada mais uma edição da Carijada Serrana no Caconde, distrito rural de São Francisco de Paula/RS. Nesta, além de se manejar os pés de erva-mate nativos em meio à floresta com araucárias da Fazenda das Taipas – propriedade que acolheu o evento mais uma vez – também foram podadas plantas cultivadas em sistema agroflorestal na propriedade do professor, da UERGS, Ricardo Mello.

Gretel: Uma Celebração do Bem Viver e da Astúcia Feminina

Inspirado no conto “A Esperta Gretel” dos irmãos Grimm, o espetáculo Gretel traz à cena uma homenagem à sagacidade feminina. Tanto no conto original quanto nesta adaptação teatral, Gretel é uma cozinheira astuta encarregada de preparar um jantar especial para o convidado de honra de seu patrão. No entanto, com o atraso dos comensais, ela se vê obrigada a tomar decisões inesperadas e divertidas. É sua vivacidade que age como uma espécie de “fada” ou “fatum”, alterando o seu destino de maneira surpreendente. A personagem de Gretel é contemporânea e emblemática, uma verdadeira “vivedeira” – termo que se refere a pessoas que, em situações difíceis, sabem resolver e aprender com as adversidades. Com sua autoestima elevada e presença de espírito, Gretel transforma tudo ao seu redor, subvertendo as relações de poder e autoridade. No espetáculo, a cozinha não é vista como um lugar de submissão, mas como um espaço onde a mulher cria, transforma e recria o mundo. Assim como no conto original, Gretel transforma a mesa em um lugar de celebração e desobediência aos cânones patriarcais, refazendo o mundo à sua maneira. O espetáculo Gretel propõe uma abordagem ousada ao unir tradições e inovações contemporâneas. A partir do uso de poéticas híbridas, combina elementos “arcaicos” como o conto de fadas e as técnicas milenares do Teatro de Animação com recursos tecnológicos avançados, via projeções audiovisuais interativas. Esta mistura permite um trânsito sutil e colaborativo entre o passado, presente e futuro, proporcionando uma experiência envolvente, promovendo um alargamento do horizonte do olhar do espectador, trazendo novos significados a um conto de fadas tão tradicional. A técnica do objeto animado é central no espetáculo, onde objetos e bonecos atuam como extensões do trabalho do ator, ampliando a interação entre o inanimado e o humano. EquipeO Coletivo Catarse desempenha um papel fundamental no espetáculo Gretel, trazendo uma rica contribuição artística através de seus cooperados. Billy Valdez, com sua expertise em audiovisual, é responsável por dar vida às projeções e elementos multimídia que ampliam e transformam a cena. Marcelo Cougo, músico de destaque, compõe a trilha sonora original, que embala e intensifica a narrativa da personagem. Por fim, Lorena Sanchez, atriz integrante do coletivo, entrega uma performance envolvente no papel principal, contribuindo também para a construção criativa do espetáculo. Juntos, eles integram a equipe criativa, enriquecendo o espetáculo com suas habilidades distintas e colaborativas, somando-se a esta equipe José Renato Lopez na iluminação, Ismael Goulart nos efeitos e operação de sonoplastia, Anderson Gonçalves na construção de cenários e adereços.A assessoria de imprensa e social mídia fica por conta de Saia Rodada Comunicação.A direção Geral é de Leandro Silva. O projeto conta com a gestão e direção de Leandro Silva (Argonauta Assessoria Cultural) https://www.instagram.com/argonauta.cultural/E produção artística de LaLola Produtorahttps://www.instagram.com/lola_produtora/ Financiamento Para realizar um trabalho de qualidade com a complexidade técnica que Gretel exige, o projeto conta com o financiamento da Lei Paulo Gustavo RS, Edital de Concurso LPG 2023 – Criação Artística.

Segue o Baile!

Em um fim de semana cheio de música e alegria na Comuna do Arvoredo (@comuna_do_arvoredo), Espaço Cultural Maria Maria (@mariamariaespacocultural), com as bênção de Fughetti Luz e El Comandante, seguimos nossas parcerias de trabalho e afetos, com Catarse e Ventre Livre e bailador! Sexta teve o lançamento do single Prosseguir, do cantautor Carlos Hahn, que junto de uma banda formada pelo baixista e cantor João Pedro, o tecladista Lucas Caiã e do percussionista Rolando Borges, levantou poeira no galpão roqueiro que se formou nas Marias. Muitos sons do velho patriarca do do rock gaúcho, Fughetti Luz, clássicos de Bob Dylan, Beatles, Raul e algumas autorais deram o tom de uma verdadeira celebração musical e de afetos. Foi a segunda vez de Carlos na Comuna e esperamos que venham muitas outras! No sábado, o baile prosseguiu com o Direito ao Delírio, grupo rico em percussões e harmonias, levando as batidas da música latina para uma novamente cheia garajona. La guitarra americana peleando aprendió a cantar, diz o coletivo de música latinoamericana, como se intitulam os delirantes, garantiu o direito de toda gente ao cantar, ao sonhar, as melodias e letras ricas em significado para além das questões puramente estéticas. Foi a primeira, que venham muitas outras! As fotos são da Dani Tolfo que, junto à sua irmã Márcia Tolfo, tocam de quinta à sábado esse espaço que está se constituindo em importante bastão da cultura no Centro Histórico de Porto Alegre.

A Modernidade do Brega: Estreia do Musical Talismã no Bar Ocidente

No último dia 25 de julho, o Musical Talismã fez sua estreia oficial no Bar Ocidente, histórica casa de espetáculos da capital gaúcha. Diante de um público diverso porém predominantemente “maduro”, e imerso na atmosfera intimista típica do Ocidente Acústico, o espetáculo apresentou novas versões da “Música Popular Brega Brasileira”.  O conjunto, formado por Álvaro Balaca (vocalista), Marcelo Cougo (baixista e vocalista), Rodrigo Vaz (guitarrista) e Ale Souza (baterista), apresentou um vasto repertório da música brega, incluindo sucessos de Odair José, Agnaldo Timóteo e Reginaldo Rossi.Segundo Balaca, o projeto foi inspirado no livro Eu Não Sou Cachorro Não, de Paulo César de Araújo, e visa resgatar e dar nova vida à música cafona e brega dos anos 70 e 80 que foi, de certa forma, esquecida: “O livro fala sobre questões políticas e sociais relativas à música cafona e brega dos anos 70 e 80. Há uma vertente da música popular brasileira que foi esquecida, de certa forma apagada da memória do povo.” Os integrantes da banda enfatizaram que o objetivo de modernizar a linguagem brega sem perder a essência que caracteriza o gênero. A banda está tentando descobrir novas formas de apresentar esses clássicos, mantendo a autenticidade das melodias originais, mas com uma roupagem atualizada. Cougo ressaltou que, apesar da sátira ser comum na abordagem de alguns artistas sobre o gênero brega, o Musical Talismã pretende realmente valorizar as melodias e o sentimento popular das músicas: “Nosso trabalho não é uma sátira, é um trabalho verdadeiro e emotivo. Valorizamos as melodias e o sentimento popular das letras, que falam direto ao coração do povo. Nada contra quem satiriza, mas essa não é nossa pegada.”  O evento de lançamento do Musical Talismã foi produzido pela Rei Magro Produções e o Coletivo Catarse, e contou com apoio da Cerveja Territórios, do Ao Belchior Antiquários, do Café com PANC e de toda galera que tem apoiado o projeto!. Para saber mais, acompanhe também a entrevista realizada pelos parceiros da rádio comunitária A Voz do Morro no link a seguir: https://www.podcasts.com/a-voz-do-morro/episode/entrevista-a-modernidade-do-brega-estreia-do-musical-talisma-no-bar-ocidente As fotos são de L.G. Ruwer.