Sessão Bodoqe 7 – os bonecos atacam novamente!

Mais uma vez os bonecos tomaram o palco do Maria Maria Espaço Cultural. Na noite da última sexta, 26/05, a Sessão Bodoqe recebeu a participação da Trupi di Trapo com a peça “As aventuras do palhaço Sebastião” e teve como atração músical a trilha sonora original do filme Informar é Vacinar. Depois que as crianças de todas as idades se maravilharam com a peça – que com muita alegria prestigiou a arte do teatro de bonecos e levantou em tom satírico diversas questões que atravessam a sociedade brasileira, como o machismo e o racismo – o palco recebeu a apresentação ao vivo da trilha sonora original do documentário Informar é Vacinar. Realizado pelo Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre com apoio da Fiocruz e OPAS, o documentário teve as trilhas Aires de Tango e Tema de Prata Preta executadas ao vivo por Marcelo Cougo e Marcelo Eguez, com participação de Bruno Pedrotti na última trilha.

Um parque natural para proteger e visitar, em Porto Alegre

O Parque Natural Morro do Osso é uma unidade de conservação de proteção integral, situado no meio urbano de Porto Alegre, RS, próximo às margens do lago Guaíba. Com aproximadamente 130 ha e grande beleza cênica, abriga diversidade de fauna e flora, representativa dos biomas Mata Atlântica e Pampa. O vídeo é um projeto do Grupo de Apoio ao Uso Público em Unidades de Conservação (GAUPUC), do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), em parceria com o Parque Natural Morro do Osso. O trabalho tem o objetivo de apresentar o Parque ao grande público, convidando-o a contemplar e valorizar esta área protegida. A realização audiovisual é do Coletivo Catarse e da Mobile Drone. Para agendar trilhas, ligue (51) 3289.5070 ou envie e-mail para morrodoosso@smam.prefpoa.com.br Colaboração:APACA – Associação Porto Alegrense de Condutores AmbientaisAPACAtrilhasPOA (Instagram); cirandas.net/apaca (Facebook)

Índios Urbanos nos 20 anos da Fág Nhin

Sexta 7 de Abril os Kaingang da Fag Nhin, na Lomba do Pinheiro em Porto Alegre/RS, celebraram os vinte anos da sua comunidade, uma das primeiras áreas indígenas urbanas do Rio Grande do Sul. Em 2002, os Kaingang reivindicaram o espaço na Lomba do Pinheiro, enfrentando o senso comum que reduzia os indígenas aos espaços rurais. Na época, um grupo que depois viria a fundar o Coletivo Catarse esteve na aldeia acompanhando a luta pelo território na Parada 25, por meio do Projeto Indíos Urbanos (na época o termo indígenas ainda não era amplamente usado) que teve uma revista e um documentário em VHS. Passadas duas décadas, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre voltou a aldeia para celebrar junto a conquista do território. Em clima de festa, com direito a muita comida tradicional Kaingang, o coletivo contribuiu com a exibição do documentário Indíos Urbanos e a mostra das revistas e fotografias do Projeto. A equipe do Coletivo assistiu maravilhada enquanto a juventude reconhecia os mais velhos, protagonistas da luta retratada no telão e nas fotografias. O momento suscitou reflexões importantes, recordou do papel de lideranças que participaram para a conquista da aldeia como Zílio e Francisco. E quantos conquistas a se celebrar: do acampamento lutando para se manter em 2002, a equipe encontrou uma aldeia consolidada, com moradias dignas, espaço, áreas de mata preservada e uma escola estruturada. Mas, para além dos ganhos materiais, a comunidade também avançou em uma das principais preocupações de lideranças décadas atrás: a manutenção da cultura e das práticas tradicionais no ambiente urbano. Longe de “perder sua cultura” por viver na capital, a comunidade fortaleceu tradições e conhecimentos ancestrais como as pinturas e grafismos relacionados as marcas Rá Ror e Rá Tej das metades Kainru e Kamé, a língua Kaingang, a culinária tradicional, os artesanatos com cipó, taquara e outros materiais. Estar em um território pulsante, com a cultura ancestral fortalecida e difundida e o clima geral de festa reforçou a importância de seguir ao lado dos povos tradicionais registrando suas lutas. Mas, para além de apenas registrar, o valor de tornar acessíveis os registros para as comunidades. Até porque as imagens oferecem um suporte importante para que a juventude visualize as histórias contadas pelos anciões sobre a comunidade e sua trajetória. Além disso, o audiovisual é sempre um disparador para discussões e momentos coletivos de compartilhamentos de saberes e vivências. Sem contar a possibilidade de manter registros da visão dos povos tradicionais, para além das narrativas dominantes contadas pelo viés dos opressores. Se a memória também é um campo de batalha, nos posicionamos nesta trincheira ao lado dos povos, da diversidade e contra as monoculturas de ideias.

Primeira ação de lançamento do filme “Informar é Vacinar!”

No sábado, 25 de março, foi realizada a primeira ação de lançamento do filme “Informar é Vacinar” na 9 ª Conferência Municipal de Saúde de Porto Alegre. Além da exibição do trailer do documentário, que terá a versão completa lançada ao vivo no Youtube do Coletivo Catarse no dia 10/04, também foi realizada uma intervenção artística com os bonequeiros da Trupi di Trapo. Assim, os próprios personagens do filme – Machado de Assis e Oswaldo Cruz – estiveram presentes interagindo com o público e divulgando a obra ao lado do diretor Gustavo Türck. Dando seqüência a uma homenagem às vítimas do Covid-19, a ação foi um alívio cômico de uma temática séria. Ao final da intervenção,o público de cerca de 300 pessoas acompanhou o trailer e foi informado também de 8 sessões de lançamentos que ocorrerão de forma presencial na cidade de Porto Alegre durante os meses de abril e maio. O filme é uma produção do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, com apoio do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegr, contemplada na Chamada Pública para Projetos da Sociedade Civil de Comunicação Popular e Comunitária em Saúde da Fiocruz.

Sessão Bodoqe 6 – Ubiratan Carlos Gomes e Rafael Texido

De volta em 2023, no dia 01/4, a Sessão Bodoqe recebeu, com apoio do Maria Maria Espaço Cultural, a presença de dois mestres bonequeiros, Rafael Teixido, da Patagônia argentina e Ubiratan Carlos Gomes, de Cachoeira do Sul e do mundo! Rafael nos mostrou seu espetáculo de títeres e música, encantando toda a plateia com a singeleza e leveza dos movimentos de seus bonecos. Após, Bira entrou para cantar algumas de suas canções clássicas, incluindo as de sua autoria e do tempo do Santa Preguiça. Foi acompanhado por Teixido, no acordeon, durante Na primeira manhã, de Alceu Valença, em um momento de muita beleza e emoção! Um brinde aos mestres bonequeiros!! Texto Marcelo CougoFotos: Maria Maria Espaço Cultural.

Escola no Ponto: EEEF Leopolda Barnewitz

Na sexta, dia 24 de março o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre recebeu os estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Leopolda Barnewitz para uma sessão de filmes e exposição dos quadros de Paulo Montiel no Salão da Comuna do Arvoredo. A turma de geografia do nono ano foi recebida pela presidenta da cooperativa Temis Nicolaidis que contou um pouco sobre a Catarse, o Ponto de Cultura e a obra de Paulo Montiel, artista plástico que foi residente do ponto até sua morte em 2019 e deixou um legado de pinturas a óleo dos Orixás (divindades africanas das regiões da Nigéria, Benin). Depois de apreciar a obra do artista e assistir alguns trechos do documentário Descobrindo Montiel, a turma também assistiu o filme Dilúvio – Riacho que a cidade esqueceu. Justamente pelo fato de a escola estar localizada na Cidade Baixa, na rua João Alfredo – antiga rua da Margem do Arroio Dilúvio – Giulia Sichelero estagiária de licenciatura junto da escola, propos e organizou a atividade junto da escola.

Curtas do Dilúvio no Quilombo do Areal

No fim de tarde da última terça, dia 29, a equipe do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre realizou um cinedebate na comunidade do Quilombo do Areal com apoio do Sindbancários. Além da exibição dos curtas “Dilúvio – riacho que a cidade esqueceu” e “Tainhas no Dilúvio” o evento teve também a apresentação musical do Serestas da Ilhota. Embalado por músicas autorais e serestas, entre as quais algumas de Lupicínio Rodriguês, o evento rememorou os tempos da antiga Ilhota, nos quais as comunidades e a cidade como um todo se relacionavam de outras maneiras com o Arroio Dilúvio. Aliás, as imagens antigas do arroio e o registro histórico, presentes no documentário “Dilúvio – riacho que a cidade esqueceu” instigaram os mais velhos a compartilhar suas vivências e lembranças. “Estive na grande enchente de 1941, lembro que a água chegou no telhado das casas e tivemos que ser resgatados pela Brigada Militar” relatou uma senhora que assitia o filme da varanda da sua casa junto com a família. Por fim, última atração da noite, o curta de ficção Tainhas no Dilúvio trouxe um clima de leveza com sua ironia e momentos satíricos. Os deboches às relações das empreiteiras com os veículos de mídia corporativa – e o constante lobby contra a natureza – levaram o público às gargalhadas.

Zé da Terreira

Zé da Terreira é uma figura onipresente. Onde tem um teatro de rua ou de sala, pode ser num restaurante no centro da cidade, numa praça ou simplesmente caminhando na rua, existe a chance de cruzar com essa figura tão ilustre da Cidade de Porto Alegre. “José Carlos Peixoto, Zézão ou Zé da Terreira, nasceu em Rio Grande, em 1945. É cantor, ator e personalidade do meio cultural de Porto Alegre. Em 1969, estudou no Departamento de Arte Dramática da Ufrgs. Foi para o Rio de Janeiro em 1970, conviveu com o grupo Tá na Rua. Participou como cantor no Festival Universitário de Música Brasileira. Em 1984, de volta a Porto Alegre, trabalhou no Ói Nóis Aqui Traveiz e no grupo teatral Oficina Perna de Pau”. Neste vídeo produzido pelo Coletivo Catarse e com o apoio do Cabaré do Verbo, o Zé abre seu coração, como sempre, e mostra um pouco dessa pessoa cativante e envolvente que é.