Dona Maria: Minha história – Parte 1

A Dona Maria deve ter uma peça em papel velho, desbotada pelas marcas do tempo. O Mestre Batista deve ter uma cuíca em metal pesado, desgastada pelos toques do batuque. E os sopapos que estão vindo estão saindo desse ventre de cuíca… Minha História é o Heavy Hour especial Espaço Griô/FAC Digital em que conversamos com Dona Maria, a Mãe do Sopapo. Sua trajetória de vida, memórias afetivas, os encontros de nossa grande família, formada em torno do Tambor de Sopapo, matéria e espírito, legado ancestral, presente de lutas e futuro de permanência e transformação. O grande tambor, que nas charqueadas era tronco no chão, em Rio Grande, barril de toneleiro, nas ruas de Pelotas ressoava nas mãos de negros grandes, é pura memória e metamorfose. Um símbolo da vida de nossa gente, transformou a família de Dona Maria e transforma nossas vidas. Esse é só um primeiro episódio, recheado de músicas do passado, melodias e letras viscerais, contrastando com a fala macia e pausada de nossa Mestra.

Espaço Griô – Marietti Fialho

Uma lutadora romântica e apaixonada pela cultura de Porto Alegre. No Espaço Griô do Heavy Hour nesta semana, a conversa restauradora de ânimos e afetos nos faz viajar nos tempos de Oswaldo Aranha, Porto Reggae, FSM e nos traz, hoje, aquela vontade de dançar e sorrir, enquanto se luta! Nossa viagem, na companhia luxuosa de Marietti Fialho, inicia lá no início dos anos 90, na tradicional Lancheria do Parque, caminha pelas ruas de uma Porto Alegre negra e reggaera, enfrenta o machismo e o preconceito racial, conhece cada canto desse estado, vai pelo mundo e volta pra seguir indo à luta, sem jamais esquecer o romantismo. Marca tradicional na arte feita por esta mulher ícone da música feita na nossa cidade. Esse bate-papo nos trouxe lembranças e conhecimentos antigos, nos deu sede de limonada e etílicos, fez rodar Da Guedes pela primeira vez no programa e mostrou quais os caminhos de reinvenção e resistência essa artista segue trilhando, mesmo em pleno isolamento pandêmico. Os motivos de admiração por essa trajetória são óbvios! Muita gente já sabe, desde os tempos de Ipanema FM. Para você, que não conhece ainda, essa é uma oportunidade de ouvir e curtir a natureza guerreira e amorosa de Marietti Fialho! Para acompanhar a cantora e compositora entre e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/user/MARAVILHAETI Setlist: Marietti Fialho – Eu vou à luta Marietti Fialho – Guria Da Guedes – Fração (Até Quando Esperar) Motivos Óbvios – Quadrilha Richard Serraria e Marcelo Delacroix – Doce amor se fez samba puro Marietti Fialho – Na Moral do Blues Marietti Fialho e Cia Luxuosa – Louco pra te ver Marietti Fialho – Telhados de Paris

Ciclo 4 – Produções audiovisuais e de trilha sonora em tempos de quarentena

Informações e inscrições aqui – atividade gratuita. Ciclo de troca e compartilhamento de informações e produção de conteúdo audiovisual, a distância, como o objetivo de produção de 4 filmes ficcionais e 4 temas musicais para filmes que tenham como temática o isolamento social a partir da ameaça do Covid-19. As oficinas consistirão, além do estímulo e direcionamento de toda parte criativa, o entendimento da utilização de ferramentas de transferência de arquivos, a otimização da captação a partir das ferramentas disponíveis, os formatos possíveis e ideais de uma produção audiovisual e a dinâmica de produção remota em grupo. Como tranferir arquivos grandes sem perda de qualidade? Como é possível realizar uma reunião virtual de um grupo com mais de 3 pessoas? Parte 1: Dois (2) encontros remotos gerais para entender as ferramentas a serem utilizadas e a dinâmica de trabalho. Parte 2: Segmentação dos grupos já direcionados a partir da inscrição. Como segue: Grupo 1 – Roteiro coletivo, filmagem individual, e edição e finalização a cargo da equipe Ventre Livre. 6 vagas Metodologia: A partir do mote Desejos da Clausura, o grupo irá elaborar um roteiro original, e cada integrante fará sua filmagem individualmente. Etapas: 2 encontros remotos para a discussão do roteiro, 3 dias para filmagem, 2 encontros remotos para avaliar e direcionar a edição. Grupo 2 – Grupo autogestionário com assessoria da equipe Ventre Livre. 4 vagas Metodologia: Temática livre criada pelo grupo com edição assessorada remotamente pela equipe do Ventre Livre, finalização a cargo da equipe do Ventre Livre. Etapas: 1 encontro remoto para discussão e fomação de equipe, 1 encontro remoto para a discussão do roteiro, filmagem e edição. Assessoria direta em contatos remotos com oficineiros a combinar. Grupo 3 – Trilha sonora – O objetivo desta oficina é a produção de trilhas para 4 filmes, que serão produzidos nas oficinas remotas de audiovisual do Ponto de Cultura Ventre Livre. Serão 4 trilhas, uma para cada produção. 6 vagas (músicos ou pessoas que toquem algum instrumento ou tenham algum conhecimento musical) Metodologia: Os encontros remotos se darão para tratar da importância e peculiaridades de trilhas sonoras através da análise de filmes. Serão vistas as diferenças de sons captados diretamente e de sons (sonoplastias) feitos em estúdio, assim como trilhas já compostas e trilhas originais para filmes, sites que disponibilizam trilhas e sons livres. Serão analisadas tanto produções do Coletivo Catarse e do Ponto de Cultura Ventre Livre quanto filmes antigos ou grandes produções do cinema. OBS: de acordo com os desafios vividos neste período de quarentena, este módulo será voltado para um público que já é familiarizado com a produção musical. Os encontros se darão através de videoconferência, contando-se com o conhecimento prévio dos participantes para uma mínima garantia de concretização dos objetivos. Etapas: 1 encontro para apresentação do projeto, sensibilização sobre trilhas sonoras, trilhas livres e exercícios e entrega de apostila com os conteúdos, 1 encontro para análise das obras de audiovisual das oficinas e as orientações das direções, troca de ideias e combinação das equipes, e 1 encontro para análise das trilhas, finalização. As produções serão organizadas também remotamente e, sendo necessário, serão feitos acompanhamentos de caso a caso por parte do oficineiro. Preencha o formulário para fazer a sua inscrição: [googleapps domain=”docs” dir=”forms/d/e/1FAIpQLScIig3txHgORxQT-LUPb_WZRgKJGCfUsgTho1VxF1qKSjQ1QQ/viewform” query=”embedded=true” width=”640″ height=”1031″ /]

Recomeçar é resistir.

O Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre nasce em 2008 e renasce neste mês de outubro depois de 4 anos parado por conta de um cenário político complexo. Sabemos que garantir que políticas públicas funcionem de maneira efetiva é um esforço que não depende apenas de quem administra um país ou um estado, mas de cada um de nós. Por isso, agradecemos a mobilização insistente e fundamental da Rede de Pontos de Cultura do RS para que esta última parcela do projeto iniciado em 2014, no nosso caso, fosse repassada. Dito isto, esta postagem marca o reinício de uma série de atividades que o Ventre Livre estará desenvolvendo no próximo ano. Oficina de Produção Audiovisual e Musical, de construção do Tambor de Sopapo, mostra de vídeos, espaço Griô e tudo mais que pudermos mobilizar junto a nossa rede de apoio. Em 4 anos muita coisa se transforma, porém, o Coletivo Catarse e o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre permanecem com a certeza de que trabalhar CULTURA é alcançar a LIBERDADE DE ESCOLHA. Acompanhe pelas redes as novidades. *na foto, os gestores responsáveis pela programação do Ponto de Cultura finalizam planejamento para a sequência do projeto

Espaço Griô – Paulo Romeu

Mestre Paulo Romeu, que tocou com Bedeu, que tocou com o Grupo Pau Brasil, que viu nascer e fez parte da criação do swing, o Samba Rock riograndense, com Luis Vagner e Companhia. Ele não queria ser chamado de Mestre Griô, mais por reverência aos mais antigos, mas a verdade é que não teve jeito! Ele foi ungido pela Troica chalacera do Heavy Hour e entra definitivamente na nossa galeria do Espaço Griô, do Ponto de Cultura e Saúde ventre Livre! Educador popular, professor de música, ativista do Afrosul Odomodê, Paulo Romeu é também um grande contador de histórias, compositor e cantor. Isso ele demonstra pra toda gente em uma hora e meia de muita música e curtição!

Oficinas Práticas de Produção Audiovisual e Trilha Sonora (3º ciclo – 2020)

No dia 29 de janeiro, iniciou o 3º Ciclo das Oficinas de Produção Audiovisual e Trilha Sonora do Ventre Livre. Esta turma foi composta pelas pessoas da lista de espera do 1º Ciclo de oficinas e esta semana já estão em plena produção. O assunto escolhido pelo grupo para desenvolver é Capoeira, explorando os benefícios da prática para promoção de saúde. Para isso, estamos contando com o depoimento dos capoeiristas Mestre Renato, Mestra Didi e, também, de praticantes de capoeira.

Espaço Griô – Sirley Amaro

A Ação Griô foi uma importante política pública da época em que o Brasil tinha Ministério da Cultura. Uma outra era que deixou um saudoso tempo em que, através desse reconhecimento, ficamos conhecendo tanta gente que carrega a história e o conhecimento de suas comunidades e, através da oralidade, as passa para as gerações mais novas, sendo responsável por manter e transformar as tradições. Quando produzimos o documentário O Grande Tambor, tivemos a sorte de conhecer Dona Sirley, autêntica Griô da nossa terra, mulher de coração enorme, só menor que sua imensa capacidade de transformar a palavra em histórias e memórias. A mãe de toda a griotagem, como a chamamos aqui no Coletivo Catarse, nos trouxe lembranças, ritmos, música, brincadeiras, memórias de uma Pelotas em que o Carnaval era um dos maiores do país. Esse programa faz parte da série Espaço Griô, parceria com o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, uma política pública implementada em edital da Secretaria de Estado da Cultura do RS. Setlist:Francisco Alves – Onde o céu é mais azulAlabê Ôni – Glefê/Giba Gigante NegãoFever 333 – Made an Amercica Ismael Silva – Me diga teu nomeJorge Ben – Xica da SilvaClara Nunes – Canto das 3 raças Eskröta – GritaMedulla – Perigo

Encerramento do 1º Ciclo das oficinas – 2019

Ontem, na Comuna do Arvoredo, sede do Ventre Livre, houve uma confraternização de encerramento do primeiro ciclo de oficinas com o lançamento do curta Tua dor tem cor?, do making of do processo de oficina e da trilha sonora produzida especialmente para o filme, chamada Despertar. Foi uma noite de trocas, papos, música e emoção. Saímos fortalecidos para os novos ciclos que virão! Em breve compartilharemos nas redes os filmes. Fotos tiradas pelo grupo.

Espaço Griô – Iracema Gã Teh Nascimento

Para mais uma edição do Espaço Griô, uma parceria entre o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre e o Coletivo Catarse, a convidada no Estúdio Monstro foi a grande Mestra Iracema Gã Teh Nascimento! Liderança Kaingang da região sul do Brasil, Iracema nasceu na Terra Indígena Nonoai e mora há mais de 30 anos em Porto Alegre, onde cuida dos seus parentes e de todos os fóg (não indígenas) que não titubeiam em pedir-lhe conselhos sobre saúde, partos e até sobre romances(!). Iracema aprendeu a luta junto ao seu pai, Alcindo Peni Nascimento, que, junto a Angelo Kretã, impulsou a retomada de terras Kaingang em Mangueirinha-PR e muitas outras. É parte dessa história que o Coletivo Catarse está contando no projeto da Resistência Kaingang que se pode conhecer acessando resistenciakaingang.com.br.