A Outra Pátria – uma reflexão sob a visão dos colonizadores alemães

Nos dias 22 e 23 de março, o Coletivo Catarse esteve envolvido em duas sessões do filme alemão Die andere Heimat – Chronik einer Sehnsucht (A outra Pátria – Crônica de uma Saudade), de 2013, de Edgar Reitz. Considerado uma obra-prima do cinema sobre a emigração alemã para o Brasil, o filme se passa no século XIX e faz uma instigante reflexão sobre migração e pertencimento, o sonho de uma vida melhor e o imaginário daqueles que vieram ocupar terras e colonizaram o sul do país. Com ponto-de-vista “daqueles que ficaram” na Alemanha, o longa de 4 horas de duração prendeu a atenção dos descendentes e demais interessados neste processo histórico entre os mais de 100 presentes nas duas sessões – no sábado, no Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre e, no domingo, no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. A programação contou ainda, ao final das projeções, com debates sobre o tema, com participação dos Professores Cléo Altenhofen, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Johannes Kretschmer, da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro. “Conhecendo detalhes sobre a construção desse trabalho e a seriedade da pesquisa realizada pelo diretor Edgar Reitz e sua equipe, acho que ‘A outra pátria – Crônica de uma saudade’ deveria circular pela região da colonização alemã do estado e país, atingindo o maior número possível de descendentes. Particularmente, tenho a dizer que o filme me emocionou profundamente, com história fictícia, mas que nos leva a ‘ver’ os nossos antepassados vivendo a opressão e a miséria da região que, no filme focou no Hunsrück, resultando na migração para busca de melhores oportunidades. Hoje somos o que somos, após 200 anos.” – refletiu Susana Frölich, amiga e parceira de longa data do Coletivo Catarse, Diretora Cultural do Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre e uma das articuladoras das sessões. O Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre se fez presente pela relação histórica com esses parceiros, montando toda a estrutura de projeção e som das salas de exibição e dos equipamentos para os debates finais – estrutura esta proveniente de diversos projetos de editais públicos, cumprindo a sua função de retorno à sociedade e promovendo a difusão cultural em todos os aspectos e nas suas diversidades. Sinopse:Em meados do século XIX, quando a fome, a pobreza e a arbitrariedade esmagavam os povos, centenas de milhares de pessoas emigraram da Europa para a longínqua América do Sul. “A amarga constatação e a esperança de encontrar algo melhor do que a morte em qualquer lugar”. Tendo como pano de fundo este drama inesquecível, Edgar Reitz revela a crônica de uma saudade no seu novo longa-metragem “O outro lar”: Mais uma vez, a aldeia fictícia de “Schabbach” é o cenário e o universo. Aqui vivemos a história de dois irmãos que, na sua aldeia, se apercebem que só os seus sonhos os podem salvar.

Cultura Viva em Bento Gonçalves

Num dia marcado como o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Serra Gaúcha recebeu o evento “Cultura Viva: Mobilização e Redes no RS”. Espaço pulsante de cultura e diversidade e com produção do Ponto de Cultura e Memória Vale dos Vinhedos, da Associação Circolo Trentino Di Bento Gonçalves, foi realizado pelo Comitê de Cutura RS, na Casa das Artes, reunindo agentes da cultura gaúcha na região para refletir sobre os desafios do setor.

MET Ecossistema Audiovisual

O Coletivo catarse está participando do projeto Metropolitano RS: Ecossistema Audiovisual, integrando Grupos de Trabalho, participando de reuniões e formulação de chamamentos e ações relacionadas ao plano de trabalho, além de suporte em equipamentos e registro dos encontros. O Metropolitano RS é um ecossistema colaborativo que conecta professores, alunos, produtoras e iniciativas do audiovisual da Região Metropolitana de Porto Alegre. Com foco na descentralização e no fortalecimento das produções independentes, a rede busca criar oportunidades concretas, impulsionar a diversidade de narrativas e consolidar uma identidade audiovisual própria para o estado do Rio Grande do Sul. Formado por 19 produtoras de Porto Alegre, 12 de Canoas, 9 de Alvorada, além de representantes de Novo Hamburgo, Gravataí, Sapiranga, Ronda Alta e Dois Irmãos, o Metropolitano RS promove ações estratégicas para estimular a produção audiovisual regional. A iniciativa nasceu da articulação entre a Animal Produtora, a NGM Produções & Promoções e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Alvorada, uma instituição pública que desde 2015 forma novos profissionais na área de Produção Cultural e Design. Com três cursos na área — Produção Multimídia, Produção de Áudio e Vídeo e Processos Fotográficos — o IFRS se consolidou como um polo estratégico para a formação técnica, criativa e crítica dos futuros profissionais do audiovisual gaúcho. O projeto foi viabilizado por meio dos recursos do Edital SEDAC 13/2023 da Lei Paulo Gustavo (LPG), com o objetivo de fomentar a retomada do setor cultural no estado pós-pandemia. O ecossistema tem como meta Capacitação Profissional, Distribuição de Obras, Memória e Acervo e Ações Afirmativas e, entre suas principais ações, estão a Residência Audiovisual, Circuito Exibidor, Workshops e Oficinas, Apoio a Festivais Regionais (FECIC, FECEA e FUCA), entrega do Prêmio METROPOLITANO RS valorizando produções que se destacaram na região e o desenvolvimento do Hub de Acessibilidade. O formato de trabalho do Metropolitano RS é baseado em uma gestão colaborativa, estruturada em um Comitê Gestor rotativo e grupos de trabalho organizados por metas específicas. Essa dinâmica garante maior participação dos envolvidos, descentralizando as decisões e promovendo uma construção coletiva e democrática do ecossistema. Com uma estrutura que une mercado, academia e políticas públicas, o Metropolitano RS convida empresas, profissionais do setor, alunos e professores a se conectarem a essa rede inovadora e colaborativa. Todas as ações do METROPOLITANO RS são divulgadas nas redes sociais do projeto: Instagram (@metrs.audiovisual) e Site, ainda em construção, (https://metropolitanors.com.br) e o contato pode ser feito através do e-mail ecossistema.audiovisual@alvorada.ifrs.edu.br. Acompanhe também as ações envolvendo o Coletivo Catarse nas nossas redes e site. As imagens são do banco de imagens do Projeto.

2 anos de Maria Maria

O Espaço cultural Maria Maria que ocupa de quinta-feira a sábado a garajona da Comuna do Arvoredo celebrou mais um ciclo de cultura. Dois anos de Marias, habitando a Comuna do Arvoredo e mexendo com nossas vivências e emoções. E se parar para lembrar, a Luizy tem grande parte da responsabilidade por isso tudo. Foi para comemorar seu aniversário, no final de 2022, que essa junção toda se fez. Eu estava lá tocando baixo na sua banda de apoio. Agora, depois de várias participações em eventos promovidos pelas gurias e pela Catarse, tive a oportunidade de estar novamente apoiando sua poderosa voz nesse espaço tão querido por nós. The Misters e Luizy foi mais que diversão. Foi apontamento para futuras parcerias. Que seja longa e produtiva a jornada das Marias. Que seja fértil e divertida nossas futuras “juntadas” de vozes e afetos!Marcelo Cougo | Coletivo Catarse Algumas fotos dessa noite divertida feitas pelo cooperado Billy Valdez.

Cinevibe Fora da Asa

Na quinta feira (06/03) passada, o Fora da Asa Experiências Plurais recebeu mais um evento de cinema, debate e música. Realizado na semana da mulher, buscou refletir as trajetórias femininas na Capoeira a partir do filme “Mulheres da Pá Virada: histórias e trajetórias na capoeira” e teve como encerramento um show voz e violão de Fyah Rocha.

Ao vivo no Maria Maria #13 – À Revelia

O trio À Revelia, composto por Nath Barbieri (voz), Josué Farias (voz e violão) e Paulo Liska (baixo e voz) musicou a noite na @mariamariaespacocultural repleta de novos e velhos amigos. Com um repertório escolhido a dedo de MPBs e Latinas, a galera pode cantar e dançar no aconchego da garagem e da calçada da @comuna_do_arvoredo amenizando a sensação térmica desse intenso verão. Aproveitando o embalo da boa música realizamos o registro da interpretação que o grupo fez da música Deus me proteja de Chico César que entrou para o projeto Ao vivo no Maria Maria. AO VIVO no MARIA MARIA é uma produção do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, em realização junto ao Maria Maria Espaço Cultural, ambos com sede na Comuna do Arvoredo (Porto Alegre, Rua Fernando Machado, 464).Gravado em Porto Alegre, 22/02/2025.Imagem: Têmis NicolaidisEdição: Billy Valdez. Esta proposta foi fomentada pelo PROGRAMA RETOMADA CULTURAL RS – BOLSA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES ARTÍSTICAS CONTINUADAS 2024.

Ao vivo no Maria Maria #12 – Os Valdos

Os Valdos é uma banda formada em 2024, tendo seu nome inspirado na cultura musical do Bom Fim, que foi epicentro cultural de Porto Alegre, nas décadas de 70 à 90. Em seu release eles afirmam: “Fazemos música e, com música contamos histórias e aproximamos pessoas.A gente faz música das novelas da vida e da poesia que é viver.É o nosso ponto de contato com a arte e temos muito o que tocar, cantar e contar.” A banda traz canções autorais e também releituras de artistas que fazem parte da história dos integrantes da banda.Osvaldos é:CADU BORBA: letra e vocal;CHRISTIAN BUELLER: guitarra, baixo e arranjos;HAMILTON FELIX: bateria e percussão;RICHARD RENCK: baixo, guitarra e arranjos. Acompanhe a agenda da banda através de seu perfil no Instagram:@os.valdos Texto e filmagem: Marcelo CougoEdição: Billy Valdez

Ela só quer ver filme do Almodóvar

Estivemos envolvidos nos meses de janeiro e feveiro com o artista Jaydson, que lançou recentemente um novo single ‘Filme do Almodóvar’ onde realizamos a produção das fotos promocionais e um videoclipe para ilustrar a música. A produção e realização das fotos e do videoclipe ficaram a cargo do cooperado Billy Valdez, com produção do parceiro Homero Pivotto Jr. Para as fotos a produção teve apoio da Cinemateca Paulo Amorim na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), em Porto Alegre/RS. Sobre o videoclipe, texto de Homero Pivotto Jr.Justo que uma música com referências ao cinema tenha também uma representação audiovisual. Por isso, ‘Filme do Almodóvar’, terceiro e mais recente single do músico porto-alegrense Jaydson, agora tem videoclipe. Com direção de Billy Valdez (do Coletivo Catarse), a peça tem como enredo as vivências do autor que inspiraram a composição. As locações foram a própria casa do artista e o estúdio RR44. A trama mostra o músico à frente da televisão tentando assumir o controle, literalmente, do que está sendo assistido. Dividindo a cena com Jaydson aparece a personagem feminina interpretada por Anne Cardon, amiga do músico. A obra também conta com cenas da banda que leva o nome de seu principal compositor tocando ao vivo, com imagens de filmes antigos projetadas ao fundo. O grupo de instrumentistas que acompanha Jaydson é Marcel Bittencourt (baixo, além de produtor), Renato Siqueira (bateria) e Rodrigo Ferreira (guitarra e violão). Todos os três singles lançados pelo porto-alegrense até o momento tiveram vídeos atrelados: ‘I Don’t Wanna Die Young’, o primeiro a ser disponibilizado, também veio acompanhado de clipe. Já o segundo, ‘Camisa Amarela’, ganhou um minidocumentário mostrando uma ação de divulgação pelas ruas de Porto Alegre. “Fazer um clipe é sempre bacana, complementa a música e impulsiona o som pra chegar até mais pessoas”, avalia Jaydson, que complementa: “‘Filme do Almodóvar’ é o último single antes do lançamento do álbum de estreia “Live Fast, Die Old”, que sai em março. É uma música que tem apelo pop, com letra em português para uma temática de sátira. As filmagens mostram isso.” ‘Filme do Almodóvar’ faz referência ao diretor Pedro Almodóvar para ironizar alguns admiradores da sétima arte que usam o nome do espanhol para parecerem “cult”. A brincadeira da lírica tem como base um instrumental puxado para o punk rock melódico inspirado por nomes como NOFX — grupo californiano conhecido pelo deboche. Mais em Instagram Jaydson.

Enquanto a Luz Não Chega tem etapa de trabalho intenso com protagonistas

Nos últimos 10 dias de janeiro, enquanto o calor não chegava com tudo em Porto Alegre, a equipe de direção reuniu o elenco principal do filme para o tratamento final do roteiro, usando e moldando as características dos atores aos seus respectivos personagens. Foram realizadas leituras simples e dramáticas, exaltando-se aspectos de linguagem falada e corporal, construindo uma diegética que passasse a transformar Gustavo, Ana e Anderson definitivamente em Téo, Ciça e Theodoro. Artistas com ampla trajetória principalmente em teatro, os 3 se dedicaram às desconstruções e reconstruções de suas táticas linguísticas, abrindo os caminhos para a concretizar a transposição do ato atuado para o ato filmado. Também esteve presente o responsável pelas filmagens, que cuidará de grande parte da fotografia da obra, Billy Valdez, já experimentando – com câmera e acessórios – os possíveis posicionamentos para cada plano. Marcelo Cougo, quem deve assinar a direção de trilha sonora do filme, fez também seus primeiros contatos com olhar mais sensível ao que vai se pretender construir em som e imagem para contar esta estória. Esta é apenas uma fase inicial desta etapa de produção, mas que já trouxe resultados satisfatórios ao que planeja direção. Toda ela realizada nas dependências do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, na Garajona e nos pátios internos da Comuna do Arvoredo, situada no Centro Histórico de Porto Alegre. Novos momentos de ensaios, mais direcionados e construídos em detalhes, em sets que venham a se assemelhar com o que se deseja materializar com o roteiro, virão nas próximas semanas até se culminar com a etapa de filmagem, que deve ocorrer na segunda metade de março. Enquanto a Luz Não Chega é uma obra em curta-metragem, que tem lançamento previsto para maio/junho de 2025. É uma realização do Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, com projeto aprovado no Edital Lei Paulo Gustavo – Cinema – Linha 3: Produção de Curta-Metragem por Empresas Produtoras – Município de Porto Alegre. Direção e roteiro de Gustavo Türck e Têmis Nicolaidis e direção de arte de Alexandre Fávero, Marcelo Cougo assinando a direção de trilha, Billy Valdez na fotografia e operação de câmera e Bruno Pedrotti na assistência geral. Fotos: compilado de registro realizados por Têmis Nicolaidis, Anahi Fross, Billy Valdez e Gustavo Türck